CAPITULO 1

Outra vez Mia

estava  no corredor de um hospital na Itália esperando notícias de sua mãe que deu entrada novamente na emergência após sofrer um segundo infarto em um período curto de tempo. Ela estava trabalhando quando recebeu um telefonema da jovem  Sara que  fazia companhia de sua mãe para ela poder trabalhar e tamanho foi seu desespero quando chegou ao hospital sendo informada pelo médico que sua mãe sofrerá seu segundo infarto e que se não fosse operada o mais breve possível ela não sobreviveria a um terceiro infarto.

Mia trabalhava como garçonete em um lugar que não se orgulhava de trabalhar, mas pagava bem o suficiente para garantir a compra dos medicamentos de sua mãe que eram caríssimos e o sustento delas. O local em que trabalhava era uma ‘boate’ em Roma  com um nome de uma antiga casa de prostituição da Roma antiga chamada Lupanar o que significava  "Covil de Lobas" e foi o único emprego que lhe pagava o necessário para arcar com tantas despesas. Quem  lhe arrumou esse emprego foi a sua amiga Paula que trabalhava com ela em seu outro emprego como arrumadeira em um hotel de luxo na Itália, na verdade, Paula trabalhava nessa ‘boate’  como garota de programa e só Mia que sabia disso porque ela por ficarem  muito amigas e confiar nela lhe disse que esse foi o único meio que conseguiu para pagar sua faculdade de administração e assim que terminasse iria largar a vida de garota de programa. Quando ela apresentou Mia a dona da ‘boate’  para a vaga de garçonete ela logo colocou seus olhos gananciosos  nela por ser jovem e linda e perguntou se não gostaria de ser uma de suas garotas por que sabia que ela  seria requisitada por muitos clientes da ‘boate’ o que iria encher seus bolsos de dinheiro. Mia deixou bem claro que nunca, faria algo assim, pois poderia se matar trabalhando dia e noite, mas que essa vida não era para ela  não que condenasse que escolheu isso como meio de vida porque cada um fazia de sua vida o que bem entendesse.

Eva a dona do boate que, na verdade, era uma casa de prostituição disfarçada de  casa de ‘shows’ ainda tentou  convencê-la dizendo que ganharia muito mais apenas com um programa do que ganharia trabalhando como garçonete e o que os clientes eram homens ricos e muito poderosos que se ela soubesse como agrada-los lhe pagariam até mais que o  valor estipulado por ela para sair com as suas garotas. Mas ela desistiu por que viu que Mia não era uma pessoa ambiciosa e tudo que ela almejava era dinheiro o suficiente para seu sustento e de sua mãe e também para arcar com os altos custos dos medicamentos dela e o salário  que receberia como garçonete era o suficiente para ela.

Após conversa com o médico Mia ficou mais desesperada ainda quando ele lhe falou que sua mãe teria que fazer uma cirurgia cardíaca  de ponte de safena com urgência e era caríssima e mesmo que se matasse trabalhando nos dois empregos ela nunca conseguiria todo esse dinheiro. Até que Paula vendo seu desespero depois que ela lhe contou o que estava acontecendo lhe deu a ideia de pedir um empréstimo a Eva a dona  do boate  e combinar com ela de ir descontando do seu salário e isso lhe encheu de esperança.

Após ter visitado sua mãe que ficaria internada aguardando  porque não tinha condições de ir para  casa sem ficar por um tempo aos cuidados dos médicos.

Ao chegar em casa aquela noite depois de  dia exaustivo trabalhando como arrumadeira no hotel ela tomou um banho e se arrumou  com as roupas acostumada  a usar jeans, uma blusa confortável e jaqueta, mas ao chegar na ‘boate’ ela sabia que teria que vestir o ‘top’ curto que se fechava com o um nó na frente com um decote em V que deixava seus seios firmes a mostra e a saia preta justa e curta que deixava suas belas pernas bem torneadas de fora.

Ela detestava aquela roupa, mas Eva  a dona da ‘boate’ fazia questão que todas as garçonetes se vestissem assim  e quando ela pediu para trabalhar com suas próprias roupas ela disse estar fora de questão porque o que era bonito era para se mostrar e já que ela não queria trabalhar como uma de suas garotas pelo menos atrairia mais clientes que gostavam de apreciar jovens tão lindas como ela.

Mia sabia que não podia mais protestar ou trabalhava com aquelas roupas que a deixava muito exposta ou Eva a colocaria no olho da rua e ficaria sem o salário que era crucial para lhe ajudar com os custos dos medicamentos caríssimos de sua mãe. Cheguei na ‘boate’ as 10 horas da noite no horário de sempre do seu funcionamento  entrei no vestiário dos empregados  para trocar de roupa e colocar o uniforme de ‘top’ branco e a saia preta justa que tanto detestava mais que era roupa que ela e todas as outras garçonetes tinham que vestir.

Mas antes de começar a trabalhar ela foi até o escritório da ‘boate’ onde a dona Eva geralmente tratava de negócios. Mia estava aflita  e após bater várias vezes a porta e não ser ouvida pela senhora Eva ela resolveu arriscar e entrar sem ser atendida e ficou totalmente desconcertada e constrangida  quando viu que a senhora Eva

estava com visitas e ia se retirar discretamente  se deparou com o olhar irritado da senhora Eva e também com outro olhar que vinha de um par de olhos de um azul intenso e frio que além de irritação, transmitia algo mais que Mia não soube decifrar.

___Mia. Quantas vezes já avisei a todas vocês que não entrem sem ser autorizadas por mim a entrar? Perguntou a senhora Eva muito zangada com uma expressão fechada.

____Eu quero ela. Ela é a minha escolhida e dê o preço que quiser sabe muito bem que dinheiro não é problema para mim. Disse um homem lindo de olhos azuis cristalinos e frios

olhando para mia como se ela fosse uma mercadoria exposta para ser comprada ,passeando os olhos pelo seu rosto e pelo seu corpo com um olhar que já não transmitiam mais irritação e um sentimento que Mia agora sabia decifrar muito bem: desejo.

____Desculpe senhora Eva. Isso não voltará a se repetir é que eu precisava falar com a senhora com urgência antes de começar a trabalhar. Mas voltarei quando a senhora puder me atender. Disse Eva muito constrangida com o olhar intenso e insistente que o homem a olhava.

___Pois o único trabalho que terá hoje será o de me agradar e fazer tudo que eu quiser que faça para me satisfazer. Disse o homem com uma voz rouca e autoritária. Depois de um tempo pensando no absurdo que acabou de ouvir é que Mia entendeu que ele havia lhe confundido com uma das garotas da senhora Eva, também ela não podia culpá-lo pelo modo vulgar que era obrigada a se vestir para servir os clientes qualquer um pensaria o mesmo que ele. Como já aconteceu várias vezes no salão e ela foi obrigada a pedir ajuda dos seguranças para me livrar de uns clientes muito folgados e abusados que não acreditavam quando ela dizia ser apenas garçonete e não aceitava um não como resposta.

E se ele soubesse o quanto Mia odiava homens autoritários e arrogantes como ele que pensam que podem ter tudo que quiser só por que são lindos, ricos e poderosos ele não a olhava e nem falaria com ela daquela forma. Mas mesmo não gostando da sua prepotência ela tinha que admitir ele era o homem mais lindo que ela já havia visto, seus olhos eram tão azuis que ela não conseguia desviar seus olhos castanhos dos dele como se tivesse presa uma espécie de hipnose. ___Sinto muito decepciona-lo, mas a Mia não é uma das minhas meninas, bem que eu tentei convencê-la trabalhar para mim como tal, mas por não saber aproveitar os belos atributos que a vida lhe deu ela rejeitou minha oferta e trabalha apenas como garçonete na Lupanar. Disse Eva com um olhar de receio para Dimitri porque sabia que ele não gostaria nada de saber que o seu desejo de passar a noite com a bela Mia não poderia ser satisfeito.

____Mia se retire. Mais tarde verei se poderei recebê -la. Disse a senhora Eva fazendo sinal para que Mia se retirasse.

_____Não. Ela só sairá daqui comigo. Disse Dimitri com uma voz fria e autoritária. Levantando da cadeira e indo até a Mia que já estava com a mão na maçaneta para se retirar da sala.

____Me desculpe. Senhor, mas a senhora Eva já lhe explicou que o único trabalho que exerço aqui é o de garçonete. Se o senhor que uma mulher que lhe sirva de outra maneira a senhora Eva tem várias que exerce essa função. Então se, me der licença eu tenho que trabalhar. Disse Mia

a ele já muito irritada com a prepotência daquele homem que pensava que podia mandar nela.

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