Do Inferno Até O Paraíso

Do Inferno Até O Paraíso

capítulo 1 Lugar seguro

Sou Maryna Lima tenho vinte e dois anos, sou ruiva e estou acima do peso, sou como qualquer pessoa comum tentando seguir a vida como tantos.

Hoje acordei muito alegre pois é meu primeiro dia de trabalho como tradutora não é aquele trabalho dos sonhos ,mas dá pra pagar as contas.

Moro em uma cidade turística e por isso alguns contratam profissionais na minha área, faz pouco tempo que concluí minha formação e agora vou trabalhar em uma revista que lida com turismo e outros.

Eu trabalho na parte de tradução de alguns tópicos para o turismo, pois nossa revista é distribuída em vários países.

A semana passou rápido com muita tradução, como sempre depois do trabalho cheguei em casa tomei um banho e comi um lanche, em seguida fui dormir pois estava muito cansada nesse momento era tudo que eu queria mas nem imaginava o que iria acontecer depois.

Bem mais tarde eu estava em um sono profundo quando uma grande explosão aconteceu vindo a tremer o prédio onde moro quebrando algumas janelas do meu apartamento e isso me acordou assustada, e ali sem entender nada me encolhi na cama pensando ser um terremoto ou coisa parecida, nem tive tempo de fugir ou me proteger e já ouvi um zunido bem alto e logo em seguida um silêncio mortal explodindo tudo a minha volta me fazendo desmaiar, parte do prédio foi ao chão.

Acordei horas mais tarde e não sei como mas estava viva ainda sobre a cama a qual estava presa em uma mureta restante da parede que foi estilhaçada, ainda meia atordoada me apalpei pra ver se tinha algum machucado mas graças a Deus estava bem só alguns arranhões.

Ali sem saber ao certo o que estava acontecendo, ouvi pessoas a chorar, muita gritaria de dor, desespero e pedidos de socorro.

Ainda confusa com tudo aquilo senti um tremor mais forte e alguém grita alto:

---- SAÍAM.... SAÍAM TODOS, O PRÉDIO VAI CAIR.........

Nem penso duas vezes pego minha mochila que está com alguns pertences meu, pois sempre ia trabalhar com ela preparada caso inventa-se de sair com algumas amigas, ali estava uma muda de roupa e um calçado assim não precisava ir em casa me arrumar, pois me arrumava no trabalho mesmo.

Saí dali de meias e camisola, enquanto buscava como sair dali achei um par de tênis e os calçei, vi um casaco e o vesti, assim corri pelos corredores e escadas semi destruídos até chegar a rua, ouvi de novo alguém a gritar mais alto ainda: ---- CORRE!! CORRE......

Novamente corri sem olhar para trás, enquanto corria de novo aquele zunido que ficava cada vez mais perto e novamente aquele silêncio mortal, em seguida outra explosão más desta vez me joga ao chão com seu impacto violento, nesse momento fiquei surda por alguns instantes vendo algumas pessoas multiladas e sangrando a correr sem direção transtornadas com a situação e eu ali perdida me sentindo impotente pôr ver tudo aquilo sem entender o que estava acontecendo, parecia que um fogo passou por cima de mim pois senti que minhas roupas queimaram, ainda no chão senti que estava em cima de um boeiro meio aberto e em meio aquela poeira da explosão entrei procurando me esconder de tudo aquilo fechando o mesmo após mim.

Ali chorei tanto sem saber ao certo o que estava acontecendo não entendia o porque estávamos sendo atacados daquele jeito, meu desespero era tão grande que eu tremia com meu sofrimento e agora o que seria de mim, o que eu poderia fazer pra sair daquela situação.

Meu corpo estava sujo com a poeira da explosão e também chamuscado pelo fogo e agora também molhado com aquela água fedida do esgoto, as horas se passaram e ainda passava caminhões por ali e também ouvi muitos tiros de metralhadora com gritos de desespero e dor.

Então senti muito medo tendo a certeza que se saísse morreria também sendo assim segui em frente buscando uma saída segura daquele lugar.

Ali dentro do bueiro havia um pouco de luz, era bem fraca mal dava pra ver o caminho e eu agradecia a Deus pois sabia que estava cheio de ratos e baratas mas meu medo maior estava acima de minha cabeça.

Também não dei importância ao fedor daquele lugar pois estava segura ali, conforme andava podia ouvir os tiros e muitos gritos suplicando por suas vidas.

Tudo que eu podia fazer era seguir em frente sem me importar com que estava acontecendo ali, ainda chorando muito segui em frente e depois de muito tempo os tiros diminuiram e eu encontrei uma saída, está saia de frente a uma estação de trem.

Só havia um problema como sairia dali pois tinha uma grade fechando aquele esgoto, achando que seria difícil sair dali, olhei em volta e para minha surpresa está grade estava sem cadeado só encostada, tamanha foi minha alegria e assim sai dali e segui em frente.

Ali na estação de trem havia uma placa dizendo que só funcionava das seis horas até às zero hora da noite, observei o lugar por um tempo para ver se estava seguro, depois de ter certeza entrei pelo portão dos fundos sempre me certificando de era seguro o lugar, pois temia ser pega pelo inimigo.

Sentindo me segura busquei o vestiário e lá vi muitos armários, mas todos trancados então procurei a sala dos funcionários e achei, lá estava um painel com todas as chaves e seus nomes por um instante fiquei triste por aquelas pessoas que agora podiam estar mortas, e assim pensei que eu também poderia estar morta agora.

Algo caiu no chão fazendo barulho, isso me fez despertar de meus devaneios onde pulei de susto, olhei em volta e vi que era um rato apenas a procura de alimentos deixados ali, peguei duas chaves e fui até os armários onde encontrei roupas masculina do meu tamanho e algumas toalhas de banho e tudo mais que precisava naquele momento, então agradeci a Deus por esta benção.

Capítulo 2

Esgueirando pelas sombras

Ali no vestiário retirei minhas poucas roupas que vestia e me olhei no espelho, me vi toda suja de lama dos pés a cabeça mal dava pra ver meus olhos azul turquesa então ri e vi meus dentes também sujo de terra ainda ali procurei uma tesoura e achei, fui até o chuveiro lá retirei um pouco de lama e cortei meus cabelos me fazendo parecer com um homem assim não chamaria atenção.

Terminei o banho me vestindo logo, em seguida dei uma olhada no espelho e coloquei um boné e fui a procura de comida na sala dos funcionários lá tinha uma geladeira e dentro tinha um lanche, alguns iogurtes de frutas e água bebi os iogurtes e também a água guardei o lanche para mais tarde.

Ainda estava dia então busquei dormir um pouco, escondida ali para mais tarde sair em segurança, consegui cochilar um pouco tendo alguns pesadelos e acordei no final da tarde quase noite.

Busquei em volta para ver se tinha alguém mas não tinha, agradeci a Deus novamente por tudo estar calmo.

Olhei para o céu e vi um resto de tarde com muita destruição e corpos espalhados pelo chão, todos multilados dava dó de ver, logo escureceu e nesse momento sai dali me esgueirando pelas sombras sentindo meu coração em frangalhos mas continuando em direção ao lugar onde trabalhava para saber o que estava acontecendo talvez alguém pudesse me dizer.

Durante minha caminhada vi mais pessoas multiladas estas estão vivas tentando achar ajuda e também vi outras roubando alguns comércios buscando algum tipo de comida, estava tudo tão confuso.

Mesmo não podendo ver direito pois estava meio escuro só o claro dos prédios e casas em chamas, me sentia no meio de uma guerra, mas a pergunta que não queria calar, porque isso estava acontecendo.

Mas não tinha resposta , mais adiante encontrei muitos soldado mal encanrados e armados, eles atiravam em qualquer coisa que tivesse movimento então consegui me esconder entre escombros sem que eles percebam e puxei alguns corpos já sem vida sobre mim, nessa hora alguém gemeu perto de mim.

Chamando a atenção do soldado que ria, então outro soldado se aproximou e atirou nele o matando sem dó e e nem piedade, ele tia e o chamava de porco imundo cuspindo no chão.

Fiquei estatíca, nem respirei por alguns instantes até ele ter certeza que estávamos todos mortos e assim consegui sobreviver naquele momento, ali temi por minha vida.

Depois de muito tempo sai dali em busca de um lugar seguro pois logo seria dia, demorou muito tempo para os soldados saírem dali e agora já era quase dia e eu não queria correr o risco de ser vista.

A alguns metros dali me escondi debaixo de um prédio em ruínas, comi a metade de um lanche que havia guardado, bebi água e dormi um pouco, meia atenta para qualquer barulho pois não me sentia segura.

Mais tarde ainda de tardinha observo as coisas a minha volta e ouço ao longe muitos tiros e alguns gritos pedindo misericórdia.

Sabendo que não podia ficar ali, novamente sai me esgueirando pelas sombras, em tempos normais chegaria ao local de meu trabalho em poucos minutos mas levei horas quase a noite inteira.

Então avistei o prédio onde trabalhava e vi que não tinha mais ninguém por ali, entrei e por alguns instantes fechei meus olhos, e mentalmente vi meus colegas a andar de um lado para o outro com papéis nas mãos e muitas vozes e até o telefone a tocar, por fim senti o cheiro gostoso do café que era servido toda tarde aos funcionários que aproveitavam para fofocar alguns assuntos do momento.

Mas um tiro só longe me despertou de minhas lembranças boas, olhei em volta vendo o estrago que estava ali com muitos corpos de pessoas tão queridas pra mim agora mortas.

Fui até o quinto andar buscando alguma notícia do que estava acontecendo mas só vi mais corpos multilados e espalhados pelos escombros pois o prédio também havia recebido uma bomba levando parte dele só chão, em meio aquela confusão senti um pequeno tremor e fui até a grande janela quebrada que dava pra ver toda a cidade.

Por ali vi boa parte da cidade que tanto amava agora destruída, já era quase dia quando ouvi um zunido novamente e olhei ao longe a procura e vi uma fila de canhões e muitos caminhões pela estrada a fora mas o último canhão atirou em um prédio distante esse veio abaixo e o canhão atira novamente e outro prédio próximo também explodiu o levando ao chão então tenho a certeza que o próximo é o meu.

Agora saio correndo dali, quando cheguei na porta não deu mais tempo para nada a explosão me joga pra fora do prédio me fazendo cair no chão, por um tempo eu fico ali então mais uma vez vejo se estou bem, e em meio aquela poeira vejo alguém caído debaixo de alguns escombros sem pensar direito vou até ele e me certifico se ele está bem, ele geme de dor então eu vejo apenas um galo na cabeça dele que com a explosão ele deve ter corrido e com o impacto caiu ao chão batendo a cabeça em uma pedra que enfeitava aquele prédio.

Retirei alguns destroços de cima dele e o conduzi a um lugar seguro pois já estava dia e não era seguro ficar por ali.

Já em segurança o deito em meu colo mas antes lhe dou um remédio pra dor, limpo seu rosto e o reconheço, ele tinha uma pequena loja de computadores e componentes próximo ao meu trabalho.

Ele trabalhava com sua adorável esposa, ás vezes eles lancharam em uma lancheteria ali perto junto com sua filhinha que devia ter uns três a quatro aninhos e eu também ia uma vez ou outra e os via lá.

Algumas vezes me pegava paquerando eles pois eu achava eles encantadores e as vezes sonhava com uma família assim para mim, mas ali estava ele precisando de minha ajuda, sua cabeça doía muito então soltei seu cabelo comprido e comecei a massagear seu rosto barbudo e sua cabeça para passar logo a dor, pois sabia que assim seus músculos relaxaria, pois não havia mais o que fazer e aos poucos ele melhorou e dormiu e eu também adormeci, mais tarde acordei e sem fazer barulho, procurei algo pra comer e também água mas havia acabado.

capítulo 3

O momento exato

A alguns metros dali vi um mercadinho com as portas estilhaçada por uma bomba, sem me preocupar fui até lá e peguei algumas latas de sopa, água e bolachas com alguns chocolates então me lembrei que esqueci de trazer a mochila olho em volta mas não tem nada que possa usar como sacola então tenho uma ideia tiro minha blusa cacharrel ficando só de sutiã, então amarro a gola e as mangas da cacharrel colocando tudo ali, então pego um pacote de bolacha e começo a comer ali mesmo saboreando a cada bolacha, por alguns instantes esqueci do perigo que estava correndo.

Depois de comer todo o pacote de bolacha bebi água e me levantei para sair daquele lugar dando de cara com dois homens mal encarados e com um sorriso malicioso, eles me comiam com os olhos senti muito medo mas procurei não demostrar o pavor que sentia.

----He ! he, onde pensa vai a mocinha e sem pagar que coisa feia.

Um deles fala em deboche, Maryna sentiu um certo medo pois teve a certeza que não sairia dali viva a não ser por um milagre, mesmo assim tentou sair argumentando.

----Me deixem passar pode ficar com tudo eu me viro em outro lugar.

E assim ela tenta sair dali esperando que um milagre aconteça.

----A que pena, não sabe que você é a convidada principal da nossa festinha KKKKK.....----e acho que não vai saí daqui tão cedo.

Só agora Maryna se lembrou que estava só de sutiã e calça comprida pois havia tirado a blusa para usar como sacola.

Então um deles pulou sobre ela e lhe arrancou o sutiã com brutalidade lhe machucando e num abraço apertado ele a cheira e a lambe como um cachorro no cio, Maryna chorando lhe súplica para não machuca-lá mas ele não lhe dá ouvidos e busca lhe tirar as calças, ela se debate e lembra que tem uma pequena faca no bolso da calça comprida e consegui pegá-la lhe desferindo um golpe rasgando o braço dele mas este a esbofeteia com força e ela caí perdendo os sentidos nesse momento Maryna fica inerte como um cão sem dono enquanto o valentão faz um curativo em seu braço o outro rasgou as calças dela a deixando completamente nua ele apalpa seu precioso presente ali estendido no chão mordendo e a beijando e ela desmaiada sem poder lutar por sua honra, alguns minutos se passa e ele resolve tirar as roupas também quando se prepara para iniciar sua maldade um tiro o atingiu na cabeça fazendo ele tombar ao lado dela e numa fração de segundos um outro tiro certeiro no outro homem.

Os dois agora estão mortos e não viram quem os matou pois este veio em surdina sem que eles percebe-se, depois de mata-lo ele jogou Maryna nós ombros pegou sua blusa improvisada de sacola e saiu.

Ali perto vou uma loja de roupas com os vidros estilhaçados, entrou e pegou uma calça comprida, camiseta e manga comprida, um tênis do tamanho dela e foi para um lugar seguro.

Depois de vestir as calças dela e o tênis sentou ela ainda desmaiada e começou a vestir a camiseta nela,. nessa hora ela acorda se dabatendo pensando estar ainda com aqueles homens mas este a abraça com ternura falando baixinho em seus ouvidos:

----Calma já passou, você está salva agora, sou eu lembra você me salvou.

Então Maryna o abraça chorando sem perceber que estava sem blusa, ele a beija na cabeça e diz:

----Não se aflija pois não aconteceu nada, eu te salvei a tempo, antes que algo pior pudesse lhe acontecer, agora você pode acabar de se vestir !

Ele diz isso com voz calma e sai lhe virando as costas buscando algo para comer e aproveita para tomar outro remédio pois ainda dói sua cabeça.

Maryna vestiu a camiseta e por um tempo ficou em silêncio ali em posição fetal sentindo suas lágrimas a rolar pelo rosto, pensando em como foi desleixada precisava tomar mais cuidado para isso não acontecer mais porque não teria quem a salva-se outra vez.

----Ei, fique tranquila, não aconteceu nada, eu cheguei na hora certa, já passou está bem.

Então ele chegou mais perto dela e a abraçou como um irmão mais velho, e continua falando:

----Agora você não está mais sozinha, você tem a mim para protegê-la.

Ele a fitou nos olhos e a convenceu, assim Maryna viu aqueles olhos castanhos tão sinceros naquele rosto com barba que sofria com dor, ao vê-lo parou de chorar se aninhando nós braços dele se sentindo protegida.

Mesmo assim ele reclama que ainda dói sua cabeça então ela o faz deitar em seu colo e novamente massageia seu rosto e a cabeça dele.

Ali com a massagem ele relaxa e antes de dormir lhe pede:

---- Você promete pra mim que só vai sair daqui comigo, assim posso te proteger ou ajudá-la no que for preciso promete?

---- Sim prometo... Diz ela ainda chorosa.

---- Então durma um pouco, aqui estamos seguros, até mais tarde.

Ele diz isso e fecha os olhos, assim eles dormiram e muitas horas mais tarde ele acordou já bem melhor e tentou se lembrar de onde a conhecia fitando os olhos nela mas não conseguiu.

Deixou de olhar pra ela e buscou em seus pensamentos a imagem de sua amada esposa e filha, pois ansiava em saber se elas estavam bem e porque tudo aquilo, o que realmente estava acontecendo mas não se lembrava de nenhuma notícia sobre o assunto.

---- Oi, você está melhor!

Disse Maryna continuando a falar, ---- Obrigada por ter me ajudado ou melhor por ter salvo a minha vida, tenho certeza que não sairia dali com vida.

---- Eu é que devo agradecer, você me salvou primeiro.

---- Verdade, então estamos kits.

---- Certo, então agora vamos encontrar nossos soldados aliados para sairmos desse inferno combinado.

---- Sim e por onde começamos, você sabe onde eles estão ou melhor sabe o porquê disso tudo qual o motivo desse inferno que estamos vivendo.

---- Eu estava procurando alguma notícia mas não consegui nada, não sei o motivo.

---- Tá, pelo menos me diz teu nome, eu me chamo Maryna e trabalhava na revista como tradutora e você?

Quando ele ia falar escutam um barulho, nessa hora surgiram alguns ratos e vozes de soldados inimigo um deles atirou em um rato xingando em sua língua natal, então Maryna e seu companheiro se deitam no chão e se fingiram de mortos, os soldados não podiam chegar mais perto só olharam de onde estavam e foram embora.

Mas por via de dúvidas ele e Maryna ficaram por ali até escurecer, mais tarde em silêncio se arrastaram em outra direção, e saíram de esgueirando pelas sombras.

Ele a guiou para fora da cidade pois conhecia bem as mantas dali porque sempre que podia acampava com seus amigos e esposa.

Já distante dali buscava um lugar alto para seguir em frente mas não tinha como pois ali só tinha árvores baixas como não tinha jeito subiram em direção da montanha no caminho viram algumas casas em chamas e muitos corpos espalhados pelo chão procuraram em vão por pessoas vivas mas todas estavam mortas.

Parecia que tinha passado ali um tornado tropical destruindo tudo sem deixar nada com vida.

Capítulo 4

Inverno na montanha

Mesmo em meio aquilo tudo eles buscam por alguns alimentos não perecíveis, Maryna encontrou latas de sopa pois seu povo armazenava essas latas por causa do frio intenso que caia sobre aquele lugar e também frutas secas estas muitas vezes era a única refeição que tinha.

Depois de algum tempo eles seguiram em frente e encontraram uma pequena vila mas não entraram ali pois estava cheia de soldados inimigos ouviram muito choro então buscaram ver se podiam ajudar mas não tinha como.

O lugar estava repleto de soldados inimigos e eles se divertiam maltratando as pessoas que ali moravam, pelo chão se via muitos corpos já sem vida.

Uma cena chamou a atenção de Maryna ela viu uma mulher loira com um vestido vermelho de mangas compridas e um bebê bem loirinho em seus braços a criança chorava muito, devia ser de fome mas não tinha como ela calar aquela criança já que não era a mãe, pois ela aparentava ser bem jovem.

Os soldados inimigos seguravam um rapaz também jovem ele gritava por sua esposa, eles haviam casados a poucos dias então está mulher se ajoelha diante do soldado e pede misericórdia ao olhar pra ele esperando uma resposta e a olha rindo e fala:

---- Não sou Deus para ter misericórdia de ninguém, aqui está tua misericórdia.

Nessa hora ele rindo dá um tiro na cabeça do bebê e seguida nela a qual caí ali olhando para ele esperava ajuda a entender o porquê daquilo tudo e morre, seu sangue espirra no rosto dele e o mesmo o limpa, sorrindo a chamando de mulher miserável.

O marido correu até ela em gritos de desespero mas o soldado o matam também sem dó e nem piedade e riem da situação, agora começam a cantar alegremente como se nada tivesse acontecendo.

Maryna fica revoltada mas não, como ajudar, pois como ajudaria não tinha como naquele momento nem se quer uma arma, mas ela marca o rosto do soldado e em silêncio ela jura matá-lo se surgir a oportunidade.

Seu companheiro a puxa para si e faz sinal para sair dali, a noite já está quase acabando e eles tem que encontrar um esconderijo seguro, assim eles seguem e mais na frente ele mostra a ela um lugar pouco conhecido mas seguro é uma pequena gruta onde às vezes ele acampava com os amigos.

Nela tem água é bem escondida, ela está entre rochas, mato alto e algumas árvores que bloqueiam a entrada.

Eles ficam ali por alguns dias pois os soldados inimigos estavam acampados perto e por isso e por isso eles ficam presos ali quase uma semana, o que salvou os dois foi que tinham como se alimentar, já que ele tinha trazido alguns alimentos e ela tinha chocolates, sopas e algumas bolachas, e ali dividiriam, a água que beberam tinha na gruta.

Como não sabiam quanto tempo ficariam ali, aproveitaram para descansar pois sabiam que logo teriam que andar dia e noite para encontrar seus aliados.

Já era começo de outono e o frio às vezes castigava por ali então Maryna se lembra que escondeu uma pequena coberta e agora dividiria com seu companheiro mas só se aqueceriam se ficassem perto um do outro e assim venceram os dias que ali ficaram.

Finalmente chegou o dia de saírem dali mas ainda tinha muitos inimigos nas redondezas, então buscaram trilhas bem difíceis pois sabiam que eles não iriam por lá.

As vezes Maryna observava ele e não entendia porque confiava tanto nele se mal o conhecia, ela também via ele confiar nela como se já a conhecesse a anos.

Ela via nele um irmão que não tinha e via da parte dele o mesmo e isso lhe trazia uma grande alegria que não conhecia pois ela se sentia bem ao lado dele.

Apesar de ficarem juntos o tempo todo não podiam falar, pois por onde olhavam tinha soldados inimigos e atiravam em qualquer coisa que se movia, não sabiam se era de medo ou coisa assim, então os dois seguiram por outros caminhos.

Mas por onde quer que eles fossem só encontravam destruição ou casas queimado tudo era tão triste, ver corpos espalhados pelo chão como se fosse um bicho abandonado isso comovia ela que chorava em silêncio por vê-los daquela maneira.

Ele muitas vezes a abraçou tentando confortá-la e procurando tirá-la dali o mais rápido possível.

Maryna jamais imaginou passar por tudo isso e agora se sentia inútil por não poder ajudar.

Em uma determinada noite vendo que não dava pra seguir em frente acharam melhor subir a montanha pois o inverno já estava às portas e não conseguiriam sair dali com vida então ele lembrou que conhecia um lugar seguro mas estava longe dali teriam que voltar um pouco e subir por uma trilha pouco conhecida mas que ele a conhecia bem.

Assim o fizeram, era até engraçado eles tinham voz mas não podiam falar a não ser por sinais porque estava infestado de soldados ali perto, não morreram por pura sorte.

Teve alguns momentos que quase foram pegos pelo inimigo, outros quase morreram de fome e sede, mas eles não desistiram com a certeza de que iam alcançar seus aliados.

Enquanto isso, festejaram descaradamente sem se importar com quem quer que os ouvissem, deixando em seus caminhos um rastro de destruição.

Com muito custo Maryna e seu companheiro conseguiram voltar até o lugar da trilha e em meio a uma noite escura e sem lanternas os dois subiram de mãos dadas cuidando para não cair ou escorregar montanha abaixo.

Eles se puseram a caminho e as árvores começaram a ralear até ficar mato rasteiro, quase três dias depois com pouco descanso e muito medo de serem pegos pelos inimigos chegaram ao pé da montanha quase ao raiar do dia, olharam ao longe e viram alguns lugares serem bombardeiados mas não havia nada que pudesse fazer.

. Já quase dia subiram uma pequena trilha na encosta da montanha entrando em uma pequena fissura da mesma, quase não se via pois era bem protegida, e ali estariam seguros.

Quando entrei naquele lugar fiquei encantada, pois o lugar era uma caverna linda, tinha uma pequena cachoeira e um lago com águas cristalinas e no topo da montanha tinha uma pequena abertura bem protegida e por ali entrava os raios solares iluminando todo o lugar enquanto eu olhava admirando aquele lugar meu amigo buscava em algumas caixas ali onde tinha alimentos deixados por ele e seus amigos a algum tempo atrás pois eles planejaram passar as férias ali e agora já nem sabia se os mesmos estavam vivos, eles trouxeram até um rádio e num certo desespero ele procurava por pilhas, quando as achou pulou de alegria ligando o mesmo para ouvir o que estava acontecendo com a cidade que ele tanto amava.

Capítulo 5

Buscando o motivo

O rádio começou a falar de uma guerra sem propósito e sem motivo aparente estavam matando pessoas inocente por onde passavam as ordens era dominar aquela cidade principalmente a Marina pois ali podiam chegar em navios e também pelas vias ferroviária, já outros países estavam tentando a paz mas estava muito difícil pois não queriam de jeito nenhum sair dali.

A ordem era se apropriar daquele lugar, aniquilar todo o povo e constituir uma nova cidade para eles.

Meu amigo esmurra o chão e chora de raiva e eu fico ali perdida sem saber que rumo tomar então vou até ele e o conforto dizendo:

---- Não sei como mas tenho em mim que isso tudo vai acabar não pergunte quando mas algo me dá está certeza.

Ele me olha e chora me abraçando, pensando ser uma doideira minha.

Ali ficamos por um tempo e como estávamos de tanto andar para chegar a este lugar, dormimos por muitas horas.

Já era noite quando acordei sentindo um cheiro gostoso de café pensei estar sonhando mas tinha café mesmo.

Meu amigo toda vez que vinha ali deixava alguma coisa pra tão sonhadas férias e ali estava nós, me aproximei dele o qual me serviu um pouco de sopa e café quentinho sem falar nada tomei a sopa bem devagar perdida em meus pensamentos.

Eu tinha um sonho de me casar e constituir uma família mas tudo estava perdido e agora o que seria de mim em meio a está guerra.

Que acabava de ser declarada, então as lágrimas rolavam do meu rosto como lava quente a queimá-lo, por um tempo fico assim perdida em mim mesma.

Nem eu e nem ele nos falamos, só pensando no que perdemos e como seria de agora em diante.

A noite passou e nem se quer uma palavra pois nós perdemos em nossa dor de perder o pouco que tínhamos, me doía saber que agora não tinha mais meu apartamento, minhas coisas, minhas amigas,. meu trabalho, meus sonhos eu pensava foi tão difícil sair do orfanato um lugar que pra mim era tão especial.

Depois que a irmã Marry se foi recebi uma carta onde ela me dizia tudo a meu respeito e também que tinha deixado um apartamento para mim começar a vida, tudo isso aconteceu a dois anos.

E que de agora em diante era por minha conta, mas nunca me esquecer do que aprendi com ela de sempre respeitar todos a minha volta e nunca impor vontade mas seguir a vida como ela é, e agora tudo estava perdido o que seria de mim será que conseguiria sobreviver está guerra.

A noite passou e mais uma vez cansados em meio às nossas dores e decepções dormimos exausto com tudo aquilo.

Sabendo que tudo que um dia conhecemos já não existe mais, nossa cidade era completa apesar de ter pouca idade já era de primeiro mundo, todos nós sentíamos orgulho de tudo a nossa volta e nossas crianças tinham estudo de qualidade todo trabalho era bem remunerado não havia reclamações mas elogios.

Nossa cidade era um verdadeiro paraíso para quem morava e encantava todos os que vinham nas férias de verão.

No inverno nossa cidade ficava tranquila, havia pouco movimento mas ruas, maioria das pessoas ficavam em casa, trabalhando de outras formas, tudo era tão maravilhoso .

E assim o dia passou, já é final de tarde e eu acordo, e sem fazer barulho me levanto olhando aquele lugar tão especial a luz da tarde clareia todo lugar inclusive a pequena lagoa formada por uma minúscula cachoeira deixando o lugar com ar de encantamento.

Me sinto atraída pela água e vou até um cantinho retirei minhas roupas ficando só de camiseta e percebi que não estava de calcinha então me lembrei que fui atacada por dois brutamontes nessa hora sinto lágrimas escorrer pelo meu rosto e me lembro que foi meu salvador que me vestiu fiquei um pouco envergonhada mas agradecida pela atitude dele, agora era tentar descobrir um meio de sair daquela situação nem tinha ideia de como chegar a um lugar seguro onde pudesse começar tudo de novo.

Cansada de chorar resolve que lutaria de todas as formas para alcançar sua liberdade e dias melhores, agora dentro daquela água morna ela se assusta:

----A água está boa?

Uma voz pergunta, e Maryna pulou dentro d"água assustada pois foi pega de surpresa.

---- Assim.... Nossa que susto, não faz mais isso que medo senti agora.

---- Desculpe, não faço mais, você está bem.

Ele perguntou demostrando preocupação.

---- Sim, só pensando em como alcançar dia dias melhores.

---- Eu também estou trabalhando nisso, mas primeiro vamos nos preparar, você sabe algum tipo de defesa.

Ele pergunta isso e se senta ali perto de onde ela está mas de costas pra ela.

---- Não.... mas falo fluentemente cinco línguas, sabe aquele dia que aquela mulher caiu de joelhos pedindo misericórdia.

---- Sim!!.. lembro.

---- Aquele soldado disse que não era Deus para ter misericórdia dela, por isso a matou.

---- Eles falaram mais alguma coisa a respeito disso tudo.

---- Sim.... suas ordens eram para destruir tudo por onde passarem .

---- Pelo que vi eles vão vir em massa para cá.

---- Temos que achar os nossos e informá-los disso tudo.

---- Concordo mas primeiro você pode me dizer o teu nome.

Ela pergunta pra ele esboçando um sorriso.

---- Me desculpe, tudo bem acontecendo de uma forma tão rápida que nem pensei em dizer meu nome, Yago e você.

---- Maryna!!

---- Prazer em conhecê-la, Maryna pena que em circunstâncias tão terríveis, acredito que minha esposa gostaria muito de conhecê-la.

Ao dizer isso se entristece, ela percebe e o conforta procurando tirá-lo do foco pois não adianta sofrer antecipado.

---- Não pense no pior, acredite que ela está bem, mudando de assunto você sabe me dizer se tem roupas limpas naquelas caixas?

Maryna pergunta sem graça pois só agora viu que as roupas que usava estavam muito sujas.

---- Acho que Esther deixou alguma coisa, espera já volto.

Em alguns minutos ele vem com uma toalha de banho e uma muda de roupa, e deixa ali perto e vira de costas para ela mas continua a falar.

---- Sabe eu e minha esposa sempre dávamos um jeito de vir aqui, pois aqui é muito especial pra nós, aqui planejamos toda nossa vida, nossos sonhos e olhando agora sinto muita raiva de como perdi tudo em tão pouco tempo, porque alguém se achou no direito de acabar com nossos sonhos o que ele ganhou com isso.

Yago diz com voz embargada quase chorando.

Enquanto ele falava Maryna sai do lago e se vestiu ouvindo tudo calada, ela põe a mão sobre o ombro dele e diz com voz suave:

---- Gostaria de poder ajudar mas nem eu sei o que fazer, mas vamos achar um jeito de fazer algo, enquanto isso não acontece, tome um banho e procure pensar em como vamos sobreviver aqui pois o inverno costuma castigar muito.

---- Sim, eu sei disso, mas aqui temos tudo que precisamos não se preocupe.

E assim Yago tomou um banho, enquanto isso Maryna fez um pequeno passeio nesta caverna admirando o lugar pois parecia mágico.

Mais tarde já se sentindo melhor eles buscaram saber se daria para ficar ali até passar o inverno, sim daria pois a esposa dele contra a vontade dele trouxe muitos cobertores e agasalhos e também muitos alimentos e isso os alegrou muito.

Yago estava radiante porque sentiu o carinho da esposa ali presente.

Os dias foram passando e Yago a ensinou defesa pessoal e também a atirar arco e flecha pois não tinham armas e se tivesse os soldados inimigos ouviriam descobrindo onde estavam, então era preciso ser rápido e sorrateiro pelas sombras.

Maryna era rápida, aprendia tudo que podia para de proteger caso fosse necessário, agora se sentia mais forte e assim os dias foram cheios de esperança já não estava mais gordinha mas se sentia bem mais forte.

Yago tentou ouvir novas notícias mas as pilhas eram muito velhas e por isso não tiveram mais como saber qualquer coisa a respeito.

E assim se foram três meses de muita neve e muito frio, ali nessa caverna não fazia tanto frio e isso os ajudou muito pois eles só tinham agasalhos e isso era pouco para o frio que fazia ali e também alguns cobertores que a esposa dele teimava em trazer sem ele saber e isso os ajudou muito.

O inverno acabou e chegou a hora de partir dali, a neve já havia derretido bem e logo começaria a estação das chuvas, precisavam encontrar o mais rápido possível os soldados aliados para impedir que o inimigo avançasse.

No pé da montanha tinha restos de um pelotão inimigo e alguns até morreram de frio vasculharam o lugar e só acharam coisas inúteis mas eles viram um binóculo e o pegaram, também pegaram dois casacos e dois pares de botas que tiraram do inimigo pois agora eles não precisam mais, e isso ia ajudar muito pois ainda estava frio.

Seguiram em frente pelo caminho onde só havia muita destruição e algumas casas ainda queimavam mostrando que fazia pouco tempo que eles passaram por ali.

Yago conhecia bem a floresta dali e eu também pois quando criança sempre acampamos na floresta para aprender a sobreviver em dias difíceis, esse era o único passeio que o orfanato fazia naquela época e isso nos ajudou muito.

Mas antes de descer a montanha Yago memorizou os lugares de maior concentração do inimigo, andamos em zigue e zague pela floresta e isso nos custou dias, muitas vezes tivemos que nos esconder porque estava tendo patrulha de soldados inimigos.

Nos escondemos em valas no chão brechas de rochas árvores entulhadas tudo para não sermos vistos ou morrer de frio, certa noite encontramos um pequeno acampamento inimigo, não sei onde achei coragem enquanto Yago buscou um jeito de contornar aquele lugar eu me aproximei da tenda maior buscando saber qual seria o plano deles para avançar contra nossos aliados, vi um soldado deixando um papel sobre a mesa e saiu então vi que não tinha mais ninguém lá.

A tenda estava vazia mas sobre uma mesa estavam alguns mapas com aquele papel, era uma mensagem de lugares específicos a serem destruídos em determinada datas, mentalizei tudo aquilo então ouvi vozes vindo em minha direção, sai dali por uma pequena brecha na tenda sem que fosse notada encontrei Yago que trouxe roupas do inimigo para nos disfarçar vaso nos vissem, saímos dali em segurança.

Nossa segurança não durou muito pois logo a frente estava um vale repleto de soldados inimigos e não tinha como atravessar sem passar por eles, ficamos ali estudando um jeito de passar sem sermos notados vaso nos visse estaríamos mortos.

Era incrível como nós em tão pouco tempo já sabíamos o que o outro queria só de olhar com pequenos sinais e pronto já estávamos fazendo o que o outro queria.

Olhamos tudo buscando um jeito de passar sem sermos notados estava mas estava difícil.

As horas se passou e o tempo mudou de noite tranquila para um início de tempestade, alguns raios e relâmpagos surgiram nos céus iluminando todo o lugar nesse momento sentimos medo de sermos vistos e foi o que aconteceu só esquecemos que nós dois estávamos vestidos como eles e eles pensaram sermos de outro pelotão deles, assim um sargento nos mandou tirar o caminhão que estava atrapalhando o caminho nos dando as chaves do mesmo.

Então Maryna pegou as chaves e junto com Yago entram no caminhão sem falar nada ao liga-lo os ventos começaram do nada derrubando algumas barracas e destruindo parte do acampamento.

Os relâmpagos iluminavam todo o lugar e assim Maryna dirige vendo muitos soldados a correr de um lado para o outro, assim ela seguiu em frente fazendo zigue e zague para não atropelar os soldados, a tempestade se intensifica ajudando os dois a sair dali.

Agora Maryna já podia se sentir praticamente livre pois sabia que o pior tinha ficado para trás, uma lágrima escorre de seu rosto enquanto ela pensa que para estar ali teve que matar pra não morrer, se esconder, passar fome e muitas vezes chorou de desespero por não saber como sair daquele suplício e agora estava ali prestes a liberdade, parecia um sonho.

Maryna olha pelo retrovisor e vê os estragos ficando para trás então ela dirige a noite toda pela estrada que agora estava vazia, os trovões e relâmpagos rasgavam os céus com muito barulhos por algumas horas e assim se inicia a estação chuvosa restos de inverno e muita chuva e isso poderia ajudá-los muito pois de onde o inimigo vinha não sabia vencer dias de muita chuva e dias muito frios, muitos quilômetros depois já raiando o dia eles finalmente avistaram um grupo de soldados aliados, dirigindo na direção deles pararam o caminhão e desceram no mesmo instante se ajoelhando com as mãos na cabeça se rendendo, os soldados caem em cima deles como abelhas no mel.

Maryna e Yago ficam tão felizes em vê-los que esquecem que estão vestidos com roupas do inimigo.

---- Calma pessoal!!...

Disse Yago com as mãos levantadas.

---- Somos sobreviventes da cidade de Mont Blanc a quilômetros daqui e precisamos falar com o general pois temos algumas informações as quais vão ser de grande valia.

Diz Maryna em voz alta.

---- Quem é você ou melhor quem são vocês?

Pergunta um dos soldados se aproximando.

---- Sou Maryna Lima, eu trabalhava na revista parados e ele tinha uma loja de computadores e componentes.

---- Como conseguiram sobreviver ?

---- Obra do destino!!

Ela diz isso e todos ri mas não abaixam as armas, então Maryna diz:

---- Eu descobri alguns projetos dos que seriam de grande valia para o nosso lado.

---- Não sei se acredito, vocês podem muito bem estar mentindo e também disfarçados de inimigos para nós enganar diz um deles.

---- É!! tão disfarçados com um caminhão e roupas do inimigo, era só o que me faltava.

Diz Yago balançando a cabeça em negativo.

Maryna se levanta do chão baixando as mãos e diz zangada:

---- Agora é o momento que vocês decidem se vão nos matar ou levar-nos até o general.

---- Ninguém te mandou abaixar as mãos.

Uma soldado diz com cara de mal.

---- Quer saber! mata logo, já tô de saco cheio de fugir, e quase ser molestada, pra quem já passou pelo inferno o que é um tiro, mata logo pra mim já deu.

Maryna diz estás palavras e fecha os olhos esperando um tiro certeiro mas outro soldado lhe toca no ombro e diz:

---- Vem você me convenceu, vamos por aqui.

Maryna e Yago seguem aqueles soldados, quase um quilômetro depois chegaram em um acampamento repleto de soldados aliados os dois ficaram muito felizes pois finalmente estavam perto da liberdade tão sonhada.

Os dois contemplaram alegres todos aqueles soldados a alguns metros a diante deles e mais a frente estava o comando central onde havia um general francês a delegar ordens naquele acampamento.

Ao chegar em frente da tenda do general alguém que estão com a gente diz:

---- Avise o general que trouxemos duas pessoas que precisam falar com ele.

---- Sim tenente agora mesmo.

Este saiu indo avisá-lo.

Maryna só agora entendeu o porquê dos outros obedecê-lo, e achou bonito pois nunca tinha visto algo parecido e nem tão pouco um tenente de perto, ele a puxa em direção da tenda e apresenta Maryna e Yago em francês sem saber que ela também entendia tudo.

O general quis saber de onde vínhamos e porque estávamos ali, enquanto ela observava aqueles homens.

Ele devia ter um metro e sessenta de altura, magro com rosto cansado e um pouco abatido, cabelos esbranquiçados pela idade e um bigode, ele tinha algumas rugas e não era como no cinema mas era um homem comum usando uma farda.

Depende de saber tudo a nosso respeito ele se aproximou e bem educado perguntou:

---- Como posso ajudar?

Antes que o tenente possa traduzir ela responde em francês e aproveita para contar tudo que aconteceu com os dois, também contou sobre os planos do inimigo depois de ouvir tudo a respeito se mostrou preocupado, então ela pede para Yago mostrar no mapa ali na mesa onde estava o inimigo e assim ele o fez.

O tenente marcou com alfinetes os lugares onde o inimigo estava, e o general agradeceu a nós e deu ordens para que nos levasse para tomar banho e alimentar-nos.

E assim um soldado nos conduz até um pavilhão onde logo na entrada fica os banheiros e chuveiros.

O lugar é misto pois lá todos são iguais e por isso eles se respeitam, trouxeram roupas limpas e toalhas de banho para nós então pegamos nossas roupas e cada um foi para um lado.

---- Eles pensam que somos um casal.

---- Nós somos um casal só que de irmãos kkkkk.......

---- Verdade Maryna, será que Esther está bem ?

---- Sinceramente não sei o que dizer, pois estes dias foram intensos mas, mais cedo ou mais tarde vamos descobrir.

Maryna tira suas roupas em silêncio em como chegou até ali com poucos arranhões, quem a conhecia jamais diria que ela era tão forte assim e por um instante ri de si mesma.

---- Tá rindo de que ?

Pergunta Yago de sunga ligando o chuveiro perto dela.

---- Eu estava pensando em como chegamos até aqui, quem nós conhece jamais imaginaria tal proeza.

---- Verdade foram dias terríveis, nem eu acredito que estamos vivos depois de tudo que passamos.

---- Mas conseguimos e aqui estamos.

---- Tá pentelha termina logo esse banho pois tô com muita fome.

Ali nos banhamos e trocamos quando saímos pra fora o soldado que nos trouxe estava esperando para levar-nos ao refeitório pois já era hora da janta e por ser noite era pouco iluminado para nossa proteção a tenda do refeitório estava cheia e todos nós olhavam, muitos já sabiam de nossa história só não sabiam que não éramos casados, então começaram a nós tratar como um casal e uma soldado pergunta se sentando ao nosso lado:

---- Oi eu sou a Cabo Maya e quem são vocês e de onde vem?

---- Eu sou Maryna e ele é Yago, nós somos de Mont Blanc e estamos aqui por um milagre.

---- Porque milagre, todos de lá morreram?

---- Não sei!.... Pra te dizer a verdade não sei se ainda tem gente viva lá, não tive tempo para nada só para fugir.

---- E vocês têm filhos?

Maryna e Yago caíram na risada largada, eles se olhavam e riam e os outros não entendiam o motivo do riso.

Enquanto isso o tenente fica de longe a observa-los e querendo saber qual motivo da risada.

Yago tira do pescoço um pequeno medalhão com duas fotos e apresenta a Maya dizendo:

---- Está é minha esposa e está é minha menininha Milena, já esta aqui.

Ele abraça Maryna rindo e continua a falar:

---- É minha irmã do coração, eu a conheci nesta guerra onde enfrentamos muitas aflições certo minha querida irmã.

Ele diz isso e a beija no rosto com alegria.

---- Eu a adotei como minha irmã querida.

E Maryna confirma, retribuindo com carinho passando a mão em seu rosto, ela sorri.

---- De onde vocês tiraram isso chega ser engraçado.

Disse Maryna sorrindo, então o Tenente se aproxima da mesa e pergunta:

---- Onde aprendeu a falar francês?

---- Eu aprendi em um orfanato onde fui criada junto com outras crianças que eram abandonadas e que falavam outras línguas, foi assim que aprendi, por quê ?

---- Não, nada não, você fala bem.

O tenente fala isso e se senta na mesa ao lado saboreando sua janta, mas não deixa de observa-la de longe.

---- Por favor, é difícil saber se minha esposa esta segura, gostaria de saber como faço para ter notícias dela.

---- Onde ela está? Pergunta Maya.

---- Ao norte da capital Berna, Suíça.

---- Fique tranquilo pois essa guerra só acontece aqui e o pouco que sabemos é o que passou no rádio, eles não disseram o porquê desse ataque tão repentino.

---- Tem como eu falar com minha esposa?

---- Sim, termine seu jantar que te levo na tenda de comunicações, e lá você fala com elas se possível ainda hoje certo.

---- Obrigado.

---- Não há de quê.

Todos acabaram de jantar alguns ficaram outros foram dar uma volta e Maryna se despede de Yago, ela vai até uma árvore ali perto se sentando em um banco abaixo da árvore e começou a olhar a noite que está belíssima como se nada estivesse acontecendo e ali se perde em seus pensamentos e chora pois ainda não tem ideia de como vai se virar depois de tudo isso que aconteceu com ela.

De repente ela dá um pulo assustada e rapidamente ela se põe em posição de defesa pensando ser um ataque inimigo.

Quando uma voz a tranquiliza surgindo das sombras.

---- Desculpe não quis assustá-la.

---- Eu é que me desculpo pois ainda não caiu a ficha, que estamos a salvo.

---- Bem! Não é bem isso, mas em parte você sabe que enquanto estiver aqui correrá alguns riscos.

---- Não pensei nisso, mas o que você quer saber?

---- Gostei disso, você é direta, bom eu quero saber como vocês escaparam e conseguiram chegar até aqui desde o início por favor.

----Ta certo, tudo começou....................

Maryna contou tudo desde o início e até seu salvamento dos dois brutamontes, e o tenente ouvia calado quando ela termina ele perguntou:

---- E sua família onde estão ?

---- Eu nasci em um orfanato, minha mãe era interna de lá, ela era autista muito linda tinha o corpo de mulher mas a sua idade mental era de quatro aninhos e numa certa noite ela foi abusada por um enfermeiro que trabalhava lá.

No ato ela conseguiu gritar e uma freira ouviu trazendo dois médicos que estavam de plantão assim pegaram ele ainda em cima dela tentando enforca-la para não gritar mas não teve jeito a ajuda veio, enquanto seguravam ele, ela começou a passar mal fazendo os médicos soltarem ele para acudi-la e nisso ele pulou a janela ali perto tentando fugir mas não calculou direito e assim caiu quebrando o pescoço.

Mais tarde todos ficam sabendo que ele era mal, batia na esposa e judiava dos filhos e também não era a primeira vez que ele abusava de minha mãe porque nós exames ficaram sabendo que ela estava grávida, essa freira a ajudou na gravidez mas foi muito difícil para mamãe pois ela não entendia nada daquilo, mas o tempo passou e eu nasci.

Naquele dia minha mãe morreu no parto pois foi difícil para ela suportar toda aquela situação de tocarem nela pois além dos problemas dela ainda sofria de toque então ela não resistiu, mais tarde essa freira se sentindo culpada pelo acontecido adotou-me e como ela trabalhava no orfanato tornou meus dias mais alegres.

Por ter criança de todos lugares foi fácil aprender outras línguas, ela me deu estudo e juntou suas economias e quando completei vinte anos ela faleceu, mas me deixou um apartamento simples e algumas econômias para um começo, ali onde morei até chegar essa guerra.

Antes dessa guerra chegar eu trabalhei em pequenos serviços para me manter e assim terminar meus estudos.

E agora não sei o que vai ser de mim e nem por onde começar.

Maryna se encolhe abraçando seus joelhos, triste então o tenente senta atrás dela e num gesto a abraça tentando conforta-la em seus braços,

nesse momento o tenente sentiu seu coração palpitar mais forte, mesmo assim ele insiste em abraca-la carinhosamente e ficam ali sem dizer nada um pro outro apenas abraçados, ela não sabe o porquê mas sentiu alguns arrepios com o toque do tenente, então ela vê que é bom e logo se acalma sentindo algo que não sabe decifrar naquele momento apenas fica ali com os olhos fechados deixando algumas lágrimas escorrer pelo rosto.

Sem que percebam o general estava ali perto e ouvia tudo pensando; E se fosse minha filha, tenho que fazer algo.

Então foi até um soldado e pediu um pelotão específico, este era preparado para ir a frente e passar coordenadas para um bombardeio localizado e assim foi feito apenas três homens foram escolhidos e na mesma hora foram até Yago havia mostrado no mapa e ali estavam os inimigos como Maryna tinha dito já era seis horas da manhã quando as coordenadas foram passadas e logo começou o bombardeio destruindo tudo que ali estava.

Algumas horas antes Maryna agora cansada e com sono se desvencilha dos braços do tenente que ainda estava abraçando ela e vai até o alojamento junto com ele, se despede e vai até sua cama, olha em volta todos estão dormindo até Yago já dormia numa cama perto da dela então ela se joga na cama e dorme vestida mesmo, alguns minutos depois o tenente vem ver se ela está bem e a vê ali a dormir num sono pesado então ele tira as botas, as deixa do lado da cama e a cobre indo embora, alguém pergunta ao tenente se está tudo bem e ele afirma com a cabeça que sim.

O dia mal começou a clarear, o sol ainda não tinha nascido quando se ouviu ao longe muitas explosões despertando todos ali inclusive Maryna e Yago, em questão de segundos todos já estavam vestidos para um possível ataque, e Maryna já estava a postos.

Todos foram para seus lugares, já ficando de prontidão caso fosse preciso, mas logo foram informados que não era necessário e todos foram tomar café e buscar suas ordens para o dia, pois ali cada pelotão tinha seus afazeres ou treinos para os dias seguintes.

Maryna procura Yago mas não o encontra, então fica sabendo que tem treino ali perto e vai até lá, ali tem tiro ao alvo e ela pede para alguém ali ensina-la.

O tenente é chamado e este se prontificou a ensinar, ela é bem aplicada aprende rápido, todos ali ficam admirados com a destreza de Maryna e está leva a sério o que aprende pois será de grande valia já que ela está pensando em se tornar uma soldado e assim poder defender os inocentes, depois dali buscou aprender um pouco mais de auto defesa e o tenente a ensinou vendo que ela estava sendo bem aplicada aprendendo rápido novos movimentos pois já sabia um pouco, as horas passaram e ela ficou muito contente com seu empenho, mais tarde tomar banho e como já era hora do almoço, foi almoçar já com planos de falar com o general e lhe pedir que ele a aceita-se como mais uma recruta pois não tinha família e ali poderia ser mais útil.

No começo ele não queria aceitar mas ela além de insistir ainda provou ser capaz e que não tinha medo dos perigos os quais já havia passado sem saber se defender, mas agora estava pronta para lutar na guerra por aqueles que precisam de ajuda.

Sendo assim ele a recrutou e a colocou no pelotão do tenente Rocco, nessa hora ela fica feliz por ser aceita deu um pulo abraçando o general que a repreendeu rindo dizendo:

---- Sou autoridade e você subordinada de agora em diante é bater continência e dizer sim senhor, não senhor, compreendeu ?

Ele diz ainda sorrindo.

Ela se desculpa e concorda, e assim o general chama o sargento Eloá e lhe dá ordens para mostrar seu pelotão e também para dar-lhe seu uniforme pois agora ela pertence ao exército.

E assim foi feito primeiro foi cortado seu cabelo em seguida recebeu seu uniforme e assim as hora passou muito rápido chegando a hora do jantar o sargento Eloá apresentou Maryna como a mais nova recruta, só ali ela veio saber que aquele tenente tão atencioso para com ela chamava-se Rocco Spinelli e que agora teria que obedece-lo pois agora estava subordinada aos cuidados dele.

Já ele não gostou muito e sem dizer nada vai até o general pedir para que ela volte para sua casa, mas o general lhe diz que ela não tem ninguém e está apta a servir ao exército.

O tenente fica furioso por um tempo e passa um tempo na academia treinando bravo com a atitude dela.

Maryna está feliz pois todos a receberam muito bem, procurou Yago para lhe dar a notícia de seu alistamento mas não o achou ficou por ali mais um tempo e foi andar um pouco pensando em como seria dali pra frente e em meio ao pensamentos ouviu:

---- Ei maninha eu soube que está me procurando. Diz Yago todo alegre.

---- Sim eu tenho algo para dizer, eu me alistei, sou um soldado agora o que você acha.

---- Como assim, vai já desfazer isso!

---- Sinto muito maninho, mas eu não vou fazer isso porque aqui terei uma chance de me achar ou morrer tentando.

---- Mas eu falei com Esther e ela está doida pra conhecer você, lá a gente se ajeita você vai ver com o tempo tudo vai dar certo.

---- Yago entenda eu preciso fazer isso, tenho que ajudar no que for preciso, por favor não dificulte minha atitude.

---- Mas você é minha irmã querida, eu sempre quis ter uma assim como você e agora como vai ser !...

Yago pensa no assunto mas vê que ela está decidida e ninguém vai mudar isso.

---- Tá certo mas com uma condição, você vai ter cuidado, muito cuidado promete ?

---- Prometo!... E assim que tudo acabar vou conhecer minha cunhada e minha sobrinha linda.

---- Tá mas você vai escrever pra nós sempre que der.

---- Sim sempre que puder, quando você parte?

---- Depois de amanhã, você tem certeza que vai ficar, ainda dá tempo para desistir, pense bem!..

Maryna balança a cabeça em afirmação e o abraça com ternura, as lágrimas rolam seus rostos mas não tinha o que dizer naquele momento então ficam por um breve tempo assim, até que alguém os interrompe, era o tenente Rocco que diz:

---- Bom agora que você é um soldado vá arrumar suas coisas, pois partimos amanhã antes do dia raiar.

Marina não entende o porquê do tenente estar seco com ela mas não liga para ele, então se despede de Yago e antes dela sair o tenente chama a Cabo Maya e diz:

---- A Cabo Maya vai te mostrar onde fica o armamento e lá só diga teu nome que de agora em diante é soldado Lima.

Maryna confirma com a cabeça que sim, então o tenente continua a esperando ela responder e bater continência, ela se lembra e o faz:

---- Sim senhor, tenente Rocco .

Ela fala sério,se despede dos dois e sai indo cumprir suas novas ordens.

Rocco mal a conhece mas ele vê agora uma mulher decidida e pronta a acatar suas ordens sejam qual for elas, até Yago se surpreende com o jeito dela não mais aquela mocinha assustada mas uma mulher determinada, gostando do que viram ambos sentiram orgulho dela.

---- Ali vai um soldado de atitude.

Diz o tenente, então se despede de Yago e sai.

Naquele momento Yago sentiu que sua irmã de coração cresceu e agora só a veria de novo depois que a guerra terminasse.

Maryna fez tudo que lhe foi ordenado e se preparou para dias difíceis sem demostrar fraqueza pois agora estava onde queria .

A noite passou devagar e Maryna simplesmente se deitou e aproveitou para dormir tranquila pois sabia que depois dali não teria mais noites tranquilas e talvez nem poderia dormir só cochilar e isso a salvaria da morte.

Maryna acorda antes do horário e vai tomar um banho pois sabia que depois ficaria dias sem banho, sem fazer barulho toma seu banho e se senta já com tudo pronto do lado de fora do dormitório.

O tenente fica surpreso por vê-la já pronta mas não diz nada, a comprimenta e está bate continência ao vê-lo ele sorri com os olhos mas não deixa ela perceber e entra no dormitório acordando a todos saindo em seguida, diz:

---- Soldado Lima.

---- Sim senhor.

---- Venha comigo, traga seu equipamento.

Maryna obedece, ele a leva até o depósito de munições e dá ordens para o soldado responsável lhe entregar alguns armamentos necessário e sai a deixando ali.

Alguns minutos mais tarde ele volta com uma jaqueta com o sobrenome dela em letras garrafais e lhe entrega.

---- De agora em diante você será chamada de soldado Lima e não tire está jaqueta pois ela te ajudará muito.

Na jaqueta havia muitos bolsos onde guardaria até granada de mão, ela a vestiu e respondeu:

---- Sim senhor!.....

Então o tenente se afasta dela e sem ela o perceber ele a observa de longe admirando sua coragem, mas ele ainda não entende o porquê daquela admiração sentindo seu coração bater mais forte.

Ele procura entender o que está sentindo, pois toda vez que está perto dela seus sentidos mudam, sua vontade é beija-la e às vezes é as pernas que ficam bamba outras seu ar lhe falta e agora observando de longe seu coração palpita mais forte, ele briga com ele mesmo ali não é lugar de se apaixonar então ele diz baixinho: ---- shiii se aquieta aqui não pode. Ele diz ao coração, e sai indo buscar seus equipamentos pois já está quase na hora de ir.

Alguns minutos mais tarde ele volta em um caminhão e chama todos ali Maryna viu sua nova família a qual tinha que proteger a qualquer custo, ao todo eram vinte e cinco, homens e mulheres todos uniformizados alguns ainda riam de algum assunto mas quando o tenente Rocco chegou todos ficam sérios e entram no caminhão, em alguns segundos e todos estão dentro o qual saiu do acampamento sentindo desconhecido, ali todos se benze e o silêncio toma lugar, agora só nos resta ouvir o som do caminhão seguindo pela estrada.

Maryna procura não pensar pois sabe que dias difíceis viram e agora precisa ser forte pois todos ali contam com ela.

O caminhão parou a alguns quilômetros a frente e todos desceram rapidamente, pois ali não é seguro, o tenente se despede dos dois que estão no caminhão que volta para o acampamento nos deixando ali.

De agora em diante temos que achar um lugar seguro pois nossas ordens são para andarmos só a noite e não sermos vistos, assim seguimos pela mata afora buscando encontrar um lugar seguro para nós esconder pois só andariamos a noite.

Bem mais tarde depois de andarmos muito descansamos em algum lugar desconhecido para os outros mas Maryna se lembra de já ter passado ali então descansa sabendo que logo seria de noite e que ali perto tinha soldados inimigos, então ela relaxa fechando os olhos por alguns instantes e assim fica inerte em seus pensamentos.

A tarde chegou rápido e a floresta já começou a ficar escura então eles começaram a usar o infravermelho, buscamos encontrar os soldados inimigos de surpresa, nossas ordens era para abater o inimigo, pois sabiamos que alguns deles haviam sobrevivido ao ataque e estavam em algum lugar a espreita esperando para atacar quem quer que passasse por ali.

E assim foi feito todos seguimos em silêncio por entre a mata procurando não deixar rastro, a noite está bem escura pois a lua não apareceu e isso nos ajudou muito mas podemos sentir o frescor da noite sobre nós.

Agora o tenente Rocco nós separa e dá ordens para fazer um arrastão naquele lugar e eu ele deixou na retaguarda junto com a sargento Eloá.

Todos nós estamos usando comunicadores de baixa frequência mas eu peço autorização para a sargento Eloá para subir em uma árvore ali, ela me concedeu e eu subo bem rápido buscando encontrar algo em comum e vejo um grupo de soldados inimigos bem a frente dali nesse momento aviso ao tenente Rocco pelo comunicador pois eles estão bem a sua frente quase em cima deles, o tenente Rocco para e pergunta como ela sabe e ela diz onde está e que sua visão é bem nítida.

Então ele volta e reagrupa todos nós e dá novas ordens e assim todos as cumpriu menos eu pois minhas ordens são para ficar no alto da árvore orientando eles com o que vejo, nessa noite tudo correu bem e assim os cinquenta homens foram pegos de surpresa sendo mortos ali mesmo.

Ficamos por ali e então encontrei um buraco no chão ao olhar eu quis chorar mas já não tinha mais lágrimas em mim, mesmo assim ali dentro tinha umas quinze crianças e cinco mulheres todas estavam mortas jogadas como bonecas velhas a tristeza se apoçou de mim e ali sem que alguém ouvi-se eu jurei que por onde eu passa-se e tivesse uma chance os mataria sem dó e nem piedade.

Naquele momento peguei uma enxada ali perto ecobri-os com terra aqueles cadáveres, a Cabo Maya e a sargento Eloá me ajudam sem dizer nada, mas sempre me observando preocupada com minha atitude.

Aquele lugar antes era uma fazenda e agora não restava mais nada se nós tivéssemos chego alguns minutos antes teríamos salvo aquelas mulheres e crianças pois seus corpos ainda estavam quente.

Sinto uma tristeza profunda por ter sido assim, então para que ninguém visse, procurei um lugar alto e deixei minhas lágrimas correrem pelo meu rosto tentando entender tal maldade que a guerra nos tráz.

E assim vou até o telhado de uma casa e ali fico deitada olhando para o céu buscando encontrar uma rasão para essa atrocidade e não a encontro, o tenente Rocco me procura mas não acha até que a sargento Eloá aponta para o telhado da casa.

Ele vem até mim mas não diz nada só se senta ao meu lado assim ficamos ali até bem tarde.

Eu posso sentir o calor de seu corpo encostado ao meu e sem explicação me sinto confortada apenas por sua companhia.

Isso me faz bem e ele não sabe como isso é bom, e por mais um momento ele fica ali deitado bem próximo a mim posso sentir seu cheiro que para mim é tão gostoso e assim fecho meus olhos.

Cansada acabo cochilando um pouco pois agora meus descansos são curtos e atentos.

Por um tempo o tenente Rocco fica ali olhando ela, sua vontade é de abraca-la e conforta-la por aquela dor que ela sentia mas ele não pode demonstrar seus sentimentos que a cada dia vem aumentando contra a vontade dele pois na guerra não é lugar de se apaixonar, é um lugar onde há muita dor e sofrimento.

Com muita dificuldade ele sai dali buscando forças para não beija-la e demostrar seu amor que só cresce a cada passo que dá, muitas vezes ele se afasta para não toma-la em seus braços pois sua luta interior é grande.

Novamente seguiram em frente a procura de soldados inimigos, Maryna buscou em lugares altos por soldados inimigos mas nada deles e por alguns dias nada encontraram.

Maryna sempre estava atenta com barulhos, ela sempre subindo e descendo das árvores como se tivessem escadas sua facilidade de subir e descer encantava a todos ali ela era graciosa e querida não se importava em obedecer o que quer que a manda-se fazer em tudo ela obedecia.

O tenente Rocco cada dia mais se encantava com ela até seus subordinado já perceberam tais sentimentos que ficava cada vez mais difícil de esconder mas não dizem nada.

Apenas ficam de longe admirando os dois, mas Maryna não percebeu nada pois seu coração está fechado para tais sentimentos, ela nem sonha com tal possibilidade só segue em frente por dias melhores.

Mais um dia se passou e no final da tarde ouvê-se tiros mais longe Maryna rapidamente sobe em uma árvore ali perto e vê alguns soldados inimigos eles estão brincando de tiro só alvo com pessoas mutiladas por eles, como alvo.

Nessa hora Maryna endurece seu coração e seu semblante muda ficando mais sério, descendo dali ela informa o tenente Rocco que direciona seu pelotão para aniquilar o inimigo a passos lentos.

Eles vem sobre os soldados inimigos sem dó aniquilando a todos ali mas já é tarde de mais mesmo assim Maryna vai até uma jovem que ainda respira e a conforta mas num ato rápido ela torce o pescoço da jovem sem demostrar piedade pois ela acatou o que a jovem pede.

Agora ela olha para a jovem ali toda esfacelada com cortes profundo em seu corpo frágil ela devia ter apenas quatorze anos, esses soldados eram desprezíveis por onde passava deixava um rastro de pessoas torturadas e mortas.

Maryna procura uma enxada e enterra aquela jovem sem dizer nada, todos ali sabem o que ela está passando e não dizem nada pois mesmo que dissessem não adiantaria já que eles conheciam bem os efeitos da guerra e suas atrocidades.

O tenente Rocco sentiu vontade de conforta-la mais um vez, mas não se atreve a dizer nada, desta vez fica de longe a observa-la pois seu coração dói pois vê-la triste, mas tudo que pode fazer é ficar longe pois os outros estão perto dela a confortando.

Os dias vão passando já não se sabe se é segunda feira ou sábado resumo , horas e semanas nada disso tem sentido aqui neste lugar, apenas viver ou morrer conforme passa os dias até a comida perde o sabor.

As noites não fazem sentido neste lugar como pode haver tanto sofrimento em um lugar tão lindo como aquele, o que se passa na cabeça do inimigo para invadir este país tão lindo com pessoas gentis um verdadeiro paraíso, o que será que eles almejam ali.

Maryna a cada dia que passa fica mais forte e determinada a conquistar mais terreno, livrando assim este lugar de gente amarga e ruim que não tem compaixão do próximo e assim não sente dó daqueles que só querem destruir, a cada passo que ela dá vê casas queimando e corpos espalhados por todos lugares alguns estão pendurados nas janelas de suas casas.

As fazendas totalmente destruídas o estrago é grande ela não consegue entender tamanha maldade em vários lugares, alguns eram turísticos com lugares paradisíaco parecendo uma pintura.

Ela se perguntava o que eles queriam porque aquilo tudo qual a razão dessa matança, mas a resposta não vinha.

Mais uma vez ela encontra outros soldados inimigos tentando se esconder no meio da mata, Maryna os vê e simplesmente avisa ao tenente Rocco que dá ordens para tentar pegá-los vivos e tentar saber o motivo dessa invasão destruidora, com muito custo conseguiram pegar os dois que se renderam, achando que estavam seguros em nossas mãos.

O tenente Rocco interroga eles mas não deixa eles perceber que falamos a língua deles mesmo assim eles falam pouco mas já dá pra ter uma ideia, então Maryna aparece diante deles, ela olha pro nada abre o cantil e bebeu um pouco de água fingindo não vê-los.

Então eles começam a falar em francês o que fariam com ela se não tivessem sido pegos pensando que ela não sabia o que falavam, todos a olham e ela age como se não entendesse nada, seus companheiros sabiam que ela falava francês mas ficaram quietos e deixaram aqueles soldados inimigos a falar a vontade, era nojento parecia que estavam loucos insanos.

Enquanto Maryna fingindo não entender nada do que eles falavam apenas pegou um café que tinha ali perto pois estavam no acampamento improvisado e bebeu ali perto olhando ao longe como se eles não estivesse ali, e o tenente Rocco insistia em dizer que não entendia o que eles diziam.

Estes por sua vez falaram um ao outro o que com ela e não adiantava perguntar, eles não sabiam nada só que tinham que aniquilar todos ali um por um até então ela nada fez.

Mas um deles começou a falar que ela se parecia com uma moça que ele matou, ele lembrava bem, ela estava de vestido vermelho a diferença entre elas era o cabelo pois ele não gostava de loira mas de ruiva, quando ele falou isso Maryna viu nitidamente o casal recém casados morrendo sem motivo algum.

Nessa hora ela sentiu uma tremenda raiva foi até eles sem demostrar emoção e olhou dentro dos olhos deles estes estavam amarrados e sentados no chão a olha-la fazendo gestos obscenos com a língua para ela.

Então sem piedade ainda olha profundamente nós olhos deles e os mesmos agora sentem medo mas ela sem piscar puxou a faca e cortou sua garganta, fazendo o mesmo com o outro num gesto bem rápido saindo dali sem dizer nada, nessa hora todos ficaram com medo dela a qual ágil rápido.

Mais adiante ela senta em baixo de uma árvore ali perto olhando para longe e se lembra daquele dia que não pode fazer nada só olhar o suplício daquela família sendo morta bem a sua frente.

O tenente Rocco se senta ao lado dela.

---- O que foi aquilo, você pode me dizer?

---- Para começar eles não iam dizer nada mase disseram exatamente o que eu precisava saber.

---- E o que era ?

---- Quando eu e Yago passamos exatamente aqui a muitos dias atrás eu vi eles matarem uma mulher loira de vestido vermelho, a mesma que eles falaram e eu jurei que se tivesse a oportunidade eu os mataria sem dó.

---- Estou preocupado com você ?

---- Não há necessidade.

---- Você tem certeza ?

---- O caso é que eu vi muita gente inocente de todas idades morrerem na minha frente e na hora nada pude fazer só chorar, por isso não se preocupe estou bem.

---- Tenente Rocco tem uma chamada de rádio para o senhor é urgente.

Um soldado o avisa e ele vai se certificar sobre o que é.

Ao falar com o general por via rádio ele é informado que mais a frente tem um acampamento dos inimigos e que suas ordens são para tentar chegar na pequena cidade de Luz e passar as coordenadas do lugar para bombardear o acampamento inimigo.

O tenente Rocco chama todos e notifica que mais a frente tem um acampamento inimigo, por isso teriam que ir com mais cuidado dali em diante.

Maryna procura obedecer os comandos dali em diante, logo começam a jornada a alguns quilômetros a frente encontram o lugar onde o general disse, a tarde está bem quente e todos ali estam muito cansados pois de onde estavam até ali percorreram alguns quilômetros por caminhos acidentados e isso os desgastou muito, precisavam de um descanso.

O tenente Rocco também se desgastou muito e resolveu que mereciam um bom descanso por algumas horas já que estava quase escuro.

Maryna subiu em uma árvore grande com galhos enormes ali perto e de lá ficou observando o acampamento inimigo.

O tenente Rocco também subiu, já estava acostumado a ficar em lugares altos e assim ele podia ficar perto de Maryna, as vezes conversa com ela outras nada dizia apenas ficava a seu lado imaginando o que ela pensava e como seria bom tê-la em seus braços.

Marina por sua vez olhava tudo á sua volta para encontrar soldados inimigos sem prestar a atenção nele, sua meta era matar o inimigo e acabar com essa guerra sem sentido, seu coração não tem tempo para mais nada naquele momento.

Assim ela vai seguindo em frente buscando dias melhores e quem sabe um futuro para todos.

Ali na árvore Maryna se deita e descansa um pouco pois ela subiu em uma árvore frondosa de galhos vigorosos, mas as folhagem estão começando a cair mostrando seus galhos por isso ela procura um lugar mais protegido e ali fica, o tenente Rocco também vai até ela mas não deita só encosta na árvore para descansar.

---- Você está bem ?

---- Porque a pergunta ?

---- É porque você está mais quieta desde que matou aqueles soldados e isso me deixa mais preocupado pois não quero que sofra, se precisar me procure.

---- Não precisa se preocupar estou bem agora.

---- Se precisar dasabafar com alguém basta me chamar estou aqui para ajudar no que for preciso, eu só quero ajudar.

---- Não há necessidade já passei por coisas piores e estou aqui, fique tranquilo.

Maryna diz isso e fecha os olhos sem pensar em nada, cochilou um pouco.

O tenente Rocco fica olhando para ela e fica a imaginar o que será que ela passou além do que ela contou ao pensar nisso ele acaba cochilando também, mas antes se certificou de está seguro para dormir sentado, e assim o faz.

O tenente Rocco sonha com dias melhores e neles ele encontra Maryna nós braços de outro homem, feliz a comemorar dias alegres e isso lhe dá uma grande dor no coração pois ele a ama mas nunca disse isso a ela então acorda chorando e sendo acordado por Maryna, que está comovida com tamanha dor que ele demostra.

---- Tenente Rocco acorde.

Maryna passa a mão no rosto dele carinhosamente com olhar preocupado.

Ele acorda e a olha um pouco assustado e sentindo uma vontade imensa de beija-la mas responde:

---- Foi só um sonho ruim mas já passou.

Sem perceber o tenente Rocco acorda e lhe dá um abraço apertado sentindo um cheiro suave de Maryna ele ainda estava chorando pois pensou que ainda estava no sonho ao perceber ele a solta se recompondo e disfarça.

---- Me desculpe já estou bem foi só um sonho ruim, às vezes os tenho eles são difíceis pra mim.

Maryna sentiu algo diferente mas não soube direto o que era apenas que ao toca-lo seu coração bateu sem parar parecia que ia explodir a qualquer momento deixando ela sem graça, logo se afasta sem dizer nada mas o observa com ternura.

O tenente por um instante ficou em êxtase pois o perfume dela não saia de sua narina o deixando sem graça também, logo se recompôs pois sua posição não lhe permitia tais sentimentos e aquele lugar não lhe favorecia em nada.

Maryna o deixou ali e subiu mais alto o chamando pois de onde estava dava pra ver ao longe um clarão que devia ser o acampamento dos inimigos.

O tenente subiu rapidamente e com o binóculo infravermelho mapeou em sua cabeça o caminho para não se desviar dele então eles desceram da árvore.

Ele pegou um mapa e em voz baixa transmite suas ordens ao pelotão, assim segue rumo daquele lugar.

Ouviram um barulho mais adiante então se dividiram em grupo de três soldados para averiguar aquele barulho.

Maryna de encontrou duas crianças e uma senhora chorando muito, eles estavam apavorados mas Maryna fala com eles os acalmando e perguntando de onde eram então eles falam que tinha mais alguém com eles ao falar isso o soldado Nicolas surgiu com um senhor, ele aparentava ter uns cinquenta anos era magro de semblante cansado ele trazia água de um rio ali perto para as crianças e a senhora era sua cunhada.

Eles falaram que eram de uma fazenda ali perto e conseguiram fugir, mas sua esposa morreu tentando fugir e ainda tinha quatro famílias lá, eles buscavam ajuda.

O tenente Rocco se informou sobre aquele lugar como era e suas fraquezas o senhor disse tudo que podia para ajudar.

Então ele destacou o soldado Pedro e Tony como responsáveis por eles e os enviou para o acampamento nosso.

O tenente Rocco pede a Maryna que suba em uma árvore para localizar a tal fazenda então ela o faz com destreza lá em cima ela agora pode ver com clareza está bem perto cerca de oitocentos metros a sua frente.

Maryna diz ao tenente e mostra no mapa, ela também mostra também onde estão os soldados inimigos que estão bem atrás cerca de um quilômetro e meio depois da fazenda, já na fazenda não se pode ver quantos tem lá.

Agora o tenente Rocco segue em frente sorrateiramente por entre as matas, por causa das dificuldade de chegar ali pois o lugar é muito acidentado horas mais tarde encontram a fazenda, antes que o tenente Rocco lhe pedisse para subir em outra árvore Maryna já estava descendo agora ela passa as fraquezas daquele lugar lhe mostrando um moinho ali perto mas ele está muito velho por isso ninguém subiu ali, assim não tem ninguém na vigiando o lugar e os soldados estão se divertindo.

O tenente Rocco então planeja como será a entrada deles ali, antes ele dá ordens para a soldado Lívia subir no moinho e sinalizar para que o pelotão possa seguir em frente.

Maryna engana a soldado Lívia e sai sorrateiramente e logo alcança o lugar e dá sinal para avançarem o mais rápido possível e assim todos se põe em suas posições e o tenente Rocco fica sabendo que Maryna está sobre o moinho com fuzil de mira infravermelho ele fica bravo pois ela desacatou suas ordens que era pra ela ficar atrás na retaguarda e assim ficaria protegida.

Mas como ele não queria mostrar sua preocupação com ela, seguiu em frente com o plano sabendo que ali ela estaria segura.

Maryna começou a olhar aquele lugar e bem a sua frente mais afastado ela visualizou uma janela semi aberta e viu um movimento suspeito, então procurou ver dava para ver dentro e conseguiu ali tinha uma mulher chovendo muito suas roupas estavam rasgadas então a mesma tentou pular dali pela janela mas foi puxada por um capitão inimigo ele jogou a mulher na cama e começou a tirar as roupas, assim todo cheio de si foi até a janela abrindo-a bem e rindo de prazer, em seguida se dirige até a mulher que chorava muito, lhe deu um tapa e rasga o resto das roupas dela, quando ele a agarrou ele vai morto sobre ela.

A mulher gritava desesperada sem saber direito quem a salvou, mas não para de gritar e assim os outros não percebem que estão sendo atacados.

Maryna havia atirado bem na hora que teve uma boa mira e não desperdiçou seu tiro pois estava na posição certa, como estava com silenciador ninguém ouviu, enquanto isso seu pelotão foi chegando de mansinho e pegou um a um os matando sem alarde.

Assim conseguiram se apossar do lugar e ainda havia algumas pessoas vivas ali, todos ficaram felizes por serem salvos.

As horas estão passando e logo será dia eles precisam se apossar daquele lugar o mais rápido possível mas ainda tinha dois soldados inimigos ali escondidos e como eles não viram que Maryna estava no moinho se esconderam ali perto mas fora da mira de Maryna.

Ela da sinal para o tenente Rocco que a entendeu, um deles é encontrado e morto sem alarde, já o outro tira suas roupas e se disfarça como um fazendeiro dali ameaçando os mesmos para não falar nada.

Marina desceu e vai até lá se mostrando não saber de nada e começou a falar em francês com todos ali e assim foi liberando um a um e quando chegou a vez daquele soldado disfarçado ela disse no ouvido do tenente Rocco quem era ele, ela queria interroga-lo mas o tenente não deixou.

Mas, ágil diferente foi até ele lhe deu um cigarro o acendendo em seguida e começou a perguntar se os soldados disseram o que queriam com esta invasão e este sorridente começa a falar que não sabia pois tinha ficado preso o tempo todo mas num descuido do tenente ele consegue pegar a arma do tenente e o prendeu pelo pescoço e pondo a arma em sua cabeça deixando bem claro que o matara a qualquer momento se o seguirem.

Enquanto isso Maryna está em posição sem que ele perceba, é quando ele chega exatamente onde ela está.

Ela avança sorrateiramente e num golpe ligeiro ela cortou sua garganta, ele cai no mesmo instante, o tenente Rocco olha assustado para ela que limpa sua faca na roupa do morto.

---- Que foi? eu sabia quem ele era eu te falei, mas você achou que ia te falar dos planos deles, esqueça, isso não vai acontecer.

---- Como você fez isso ele dominou todos.

---- Não eu dei sinal para eles chegarem a atenção dele, me dando tempo de pegá-lo.

O tenente Rocco fica por um tempo pensativo a olhar aquele homem ali no chão e ela olhando friamente para o corpo do inimigo sem vida.

O tenente Rocco pensa que até então ela era uma cidadã a pouco tempo e agora estava se tornando uma assassina fria, será que no futuro ela ficaria bem ou isso a prejudicaria, a deixando com problemas mentais ele não queria que isso acontecesse pois tinha planos para um futuro distante com ela.

Mas todos ali a admiravam, mesmo o próprio tenente Rocco, o qual via que todos confiavam nela.

Mais tarde Maryna vai ao quarto onde tinha uma mulher que não falava só chorava então Maryna entrou no quarto e carinhosamente começou a falar com ela por sinais, pois está mulher era surda e muda e ninguém desconfiou disso.

Assim Maryna acalmou está mulher que lhe agradeceu pois sabia que ela tinha atirado na hora certa, então ela fala seu nome para Maryna que agora se comunica com ela.

Ayla estava contente pois finalmente foi salva e tinha encontrado alguém que a entendia já que só o marido a compreendia e ela não sabia se ele estava vivo, Maryna pergunta a todos ali, se ele estava com eles mas ninguém sabia dele, então ela começou a procurar por cada canto da fazenda e finalmente encontrou ele estava amarrado numa cerca ali perto, ele estava bastante machucado mas estava vivo e era isso que importava naquele momento.

Maryna o tirou dali e junto com outros soldados o pegou e o levou para casa lá Ayla veio correndo e o reconheceu na mesma hora dizendo que ele era seu marido nessa hora ela abraçou Maryna agradecendo com muitos beijos e sorrindo para ela que a acalmava carinhosamente.

Assim todos ali ficaram muito felizes com a alegria de Ayla a mulher que não falava.

Ela era tão formosa, tinha cabelo ruivos como Maryna mas seus olhos eram verdes e sua pele era rosada, seu corpo era esbelto e ela estava grávida de poucos meses era o primeiro filho, seu marido era jovem como ela.

Ele era o dono daquela fazenda a pouco mais de três anos, ele era moreno claro seus olhos azuis e tinha um porte atlético pois lidava com cavalos, mas mesmo sendo forte quase morreu com a surra que os soldados inimigos lhe deram.

Seu rosto estava muito machucado, mas ele agradecia por Maryna ter salvo sua esposa amada, e sua esposa lhe diz o quanto o ama e lhe cobre de beijos feliz por vê-lo vivo.

Maryna sorri com a felicidade da mulher e a tranquiliza dizendo que agora ficará tudo bem.

O tenente Rocco ficou impressionado com o jeito amoroso de Maryna pois até agora ele só tinha visto a destreza dela em matar com precisão e isso o assustava às vezes.

Tudo se acalmou e Maryna pegou seu fuzil para subir no telhado mais alto e lá ficou sentada satisfeita por ter salvo uma família.

Olhando o horizonte feliz por ter tido a chance de salvar mais algumas famílias, agora ela se sentia satisfeita pois só agora entendeu o porquê dela sobreviver até aqui e isso a encheu de alegria.

O sol já começou a se esconder tornando um lindo final de tarde e os pássaros estavam voltando para seus ninhos, a brisa da tarde era suave e o sol ainda morno brincava no rosto dela tudo parecia tão mágico que por um instante ela fechou os olhos e sorriu para o sol satisfeita por estar viva.

Ali com os olhos ainda fechados alisou seus cabelos que já havia crescido um pouco e agora estava preso pelo capacete que usava, assim o retirou soltando os cabelos ruivos, passou sua mão os bagunçado e assim se sentiu melhor.

Ali teve vontade de se deitar para aproveitar o resto da tarde e assim o fez respirou fundo sem se importar com nada e por ali ficou.

O tenente Rocco a procura mas não acha ela então pergunta para soldado Lívia e ela lhe mostra o telhado, ele vai até lá, sem que Maryna perceba ele fica ali parado observando como a cada dia que passa ela fica mais linda e que mexe com ele de um jeito que ele não está conseguindo mais disfarçar sua vontade é de beija-la e dizer lhe o quanto a ama mas como fazer isso bem no meio dessa guerra infernal então ele se controla e respirando fundo se aproxima dela e pergunta:

---- Você está bem?

Sua voz rouca quase não sai né isso a dispertou Maryna olha para ele e nesse momento seus olhares se cruzam e ele vê seus olhos estão tão azul que ele não resistiu e como que encantado a beijou e ela corresponde o abraçando com força sentindo seu corpo arder em chama.

Seus lábios devoram os dele como se não houvesse amanhã seus sentidos se afloram mostrando o quanto se amam e naquele momento esquecem da guerra não se importando com nada a sua volta, ali Maryna e Rocco se entregam em êxtase aos beijos e abraços, assim se deitam ali no telhado pois onde estão ninguém pode vê-los a tarde se vai e chega uma linda noite com uma linda lua a brilhar no céu tudo é tão mágico.

Agora Rocco olha dentro de seus olhos azuis mais uma vez e sem dizer nada apenas a olha apaixonadamente e passa a mão na face dela que o olha ternamente e assim ficam em completo silêncio porque seus olhos já dizem tudo mais uma vez eles se beijam desta vez intencificao a o beijo até perderem o fôlego mas eles se lembram que estão em meio a uma guerra então com um abraço forte se despedem com uma troca de olhares e ele sai.

Rocco agora com a certeza de que ela também o ama mal se cabe de tanta felicidade sua vontade é de sair correndo e gritando o quanto a ama mas ali não é o lugar certo e nem é a hora certa de se apaixonar mas como evitar as coisas do coração ele sabia que a amava e isso era tudo para ele pois tinha a certeza que havia encontrado seu grande amor e não deixaria ele sair de sua vida lutaria por ele ainda mais agora que viu que ela também o amava.

Marina fica ali olhando aquela noite mágica e seu primeiro beijo apaixonado ainda sentindo o calor do corpo dele ela suspira se sentindo maravilhosamente apaixonada então olha para o céu que está com uma lua brilhante clara como o dia e suas estrelas parecem dançar no céu e por um tempo ela veslumbra isso mas como tudo tem seu fim logo algo a despertou para a realidade daquele lugar.

Mas se sentindo feliz com o acontecido se deitou ali no telhado e quando olha para as estrelas que estão a brilhar no céu mas algo lhe chama a atenção então ela pega o fuzil e olha pela mira dele e vê um grupo de cinco soldados inimigos vindo pela estrada na mesma hora ela dá um sinal a todos que se prontificou para atacar de acorda com o sinal que ela disse.

O tenente Rocco ficou na retaguarda do sargento Eloá junto com três soldados que se colocaram em lugares estratégicos, pois os soldados inimigos estavam tão tranquilos que nem imaginavam que seriam atacados.

Maryna procurou se tinha mais alguém mas era só eles que estavam a pé sorrindo pela estrada, então ela deu o sinal de ataque e todos caíram sobre aqueles soldados inimigos que ali morreram.

Mais tarde o tenente Rocco mandou dois de seus soldados levarem todos sobreviventes daquele lugar para o acampamento pois ali ainda não era seguro, depois com os soldados que restou seguiu em frente para saber as fraquezas daquele acampamento inimigo.

Já era bem tarde quando chegaram lá ali constataram que era bem grande aquele acampamento e era bem próximo a fazenda mesmo sendo um quilômetro e meio longe.

Ali todos estavam se sentindo muito seguros ao ponto de não terem sentinelas para guardar o lugar, eles estavam em festa, todos do acampamento achando que tudo ali pertencia a eles por isso não viram que corriam perigo.

Maryna obedecendo ordens subiu em uma pequena montanha ali perto junto com o soldado Ravy e o tenente Rocco para averiguar o lugar e dali passar as coordenadas daquele lugar para o comando.

Em dez minutos aquele lugar virou um campo minado explodindo em todos os lugares e todos ali corriam sem destino apenas tentando se esconder das muitas bombas que vinham dos céus, enquanto isso Maryna ficou olhando pela mira do fuzil e viu um general e um comandante saírem juntos de uma tenda e seguirem para o helicóptero que ali estava esperando com as hélices ligada pronto pra sair dali.

O soldado Ravy percebeu que Maryna estava estatística então ele buscou ver onde ela estava olhando e viu o infravermelho do fuzil dela um pouco abaixo da hélice do helicóptero, ele ouviu ela falando com o tenente, então não tirou os olhos de lá esperando pelo tiro, Marina diz:

---- Tenente olhe ali no helicóptero eles estão na mira aguardando ordens.

Então o tenente olha pelo binóculo e dá a ordem, no mesmo instante ela atira entre a hélice e o helicóptero o mesmo solta a hélice que sai matando alguns que ali estavam.

Com isso o helicóptero desceu com tudo no chão pois estava a poucos metros do chão mas não matou nenhum dos dois que estavam ali, estes tentando se safar buscaram sair o mais rápido dali quando o general pôs os pés para fora levou levou um tiro entre os olhos que Maryna deu, então o outro comandante não quis sair dali em seguida uma bomba cruzou os céus e atingiu o helicóptero em cheio destruindo tudo em volta.

Nisso o tenente Rocco apontou um grande avião cargueiro no céu e dele saíram muitos soldados nossos que desciam de paraquedas já era quase dia e Maryna se encantou com a destreza daqueles soldados a colorir os céus com seus paraquedas era lindo de ver.

Então no rádio o general chama o tenente Rocco e dá novas ordens estás são para estás são para seguir rumo a pequena cidade de Luz e ajudar aquele povo o mais rápido possível.

Maryna ainda observa aquele lugar sendo aniquilado mas o tenente Rocco bate em seu ombro e faz sinal para descer dali virando as costas para ela, ele segue em frente junto com Ravy descendo a pequena montanha.

Agora o tenente Rocco aponta no mapa onde estão e pra onde deve ir então todos seguem rumo a pequena cidade de Luz, ainda se ouvia tiros e algumas explosões que ficava para trás.

Aos poucos tudo foi ficando para trás voltando ao silêncio cotidiano nem os bichos faziam barulho medo talvez, e assim aquele lugar passou a ser nosso novamente não testando nenhum soldado inimigo para contar história.

Por mais que tentássemos capturar os soldados inimigos eles simplesmente se suicidavam na hora da captura essas eram as ordens deles.

Mais tarde depois de andarmos por alguns quilômetros, e agora um sol tranquilo começou a raiar no horizonte mas não se ouvia nenhum som de pássaros, tudo estava muito quieto chegava ser medonho.

Próximo daquela cidade não sei se era por causa das explosões ali perto ou porque deveria ter alguns soldados inimigos ali, então seguimos em silêncio esperando o pior.

Todos estavam ainda na mata fechada e agora para chegar naquela pequena cidade eles tinham que passar por um campo de camomila em sua florada, ali a cidade era famosa por produzir alguns tipos de chás e a camomila era um destes.

Tudo ali era perfumado de um lado um grande campo de camomila e no outro lado era um campo de erva doce o perfume era adocicado e majestoso todos ali sentindo a brisa que soprava o perfume sobre eles e naquele momento todos se esqueceram do cansaço.

É como se nada estivesse acontecendo naquele lugar, mas aquele silêncio incomodava, e o tenente Rocco olhou em volta mas tudo estava calmo demais, e isso não era bom.

Então já que Maryna tinha uma boa visão mandou que ela subi-se o mais alto possível e busca-se ver algo suspeito naquele lugar ela assim o fez.

Maryna agora em cima de uma árvore frondosa procurou por vários lugares na pequena cidade de Luz mas só viu jovens andando sem destino pelas ruas, parecia que estavam com medo de algo, ela buscou na torre da igreja que teimava em ficar de pé pois parte dela tinha sido destruída nesse momento viu um movimento estranho e buscou algo mais ao fazer isso viu alguns soldados inimigos escondidos nos escombros da pequena igreja da cidade de Luz e também outros escondidos em lugares estratégicos e assim ameaçavam os sobreviventes a fingir que estava tudo bem.

Foi as explosões que alertaram eles os quais ficaram preparados para quaisquer ataque então Maryna memoriza cada canto onde estam e vai até o tenente Rocco e informou tudo sobre aquele lugar mostrando no mapa cada canto onde estão escondidos.

Mas ela pode ver a fraqueza daquele lugar era um lugar pequeno mas ali seria sua única chance de ataca-los de surpresa e assim poderiam cair sobre eles aniquilando a todos sem destruir a cidade e sua pequena população.

Nessa pequena entrada daria pra ir um pequeno grupo de soldados e também tinha um outro lugar mas era mais arriscado e não tinha jeito eles tinham que ir também por ali assim poderiam pegá-los.

Este outro caminho eles teriam que dar a volta pelo campo de erva doce e assim com dois de nós em lugares alto poderemos ajudar dando o sinal para o momento certo de atacar.

O tenente Rocco ficou satisfeito com a destreza de Maryna e põe em prática o plano dela, agora ela e Lívia que também tem boa pontaria vão a frente buscar lugar estratégicos em lugares opostos e bem alto para poder ajudar.

Enquanto isso os outros vão sorrateiramente até suas posições esperando o momento de atacar aquele lugar.

Já é quase final de tarde o lugar está bem iluminado entregando a posição dos soldados inimigos, o tenente Rocco busca um meio de entrar sem fazer alarde então pergunta para Lívia e Maryna se tem como entrar lá se tiver é para dar um sinal e assim obterem sucesso naquele momento.

Mas a posição de Lívia não era muito boa só dava para proteger a entrada daquele lugar mas ela não tinha como ver os soldados inimigos então o tenente Rocco a manda buscar outro lugar o mais rápido possível e assim ela o fez.

Alguns minutos mais tarde a soldado Lívia encontrou um e avisa a todos do pelotão e assim as duas passaram as entradas certas ambas de lados opostos e assim eles entraram sorrateiramente naquele lugar e em completo silêncio pegaram um por um daqueles soldados ninguém viu eles chegarem.

E assim a operação foi um sucesso eles conseguiram dominar aquele lugar bem rápido.

Mais tarde já com tudo tranquilo todos estavam felizes pois não se perdeu nenhum dos que habitavam naquela pequeno cidade, seu povo era querido, quando tiveram a certeza que finalmente poderiam ter dias de paz começaram a cantar a felicidade deles era contagiante.

Enquanto Maryna e alguns soldados cantarolavam junto com o povo o tenente Rocco chama Ravy e passa as coordenadas daquele lugar para o general o qual manda dois pelotões para ajudar no que for preciso mas vai demorar um dia enquanto isso é pra eles descansar por ali pois dentro de dois dias eles teriam novas ordens.

Maryna e alguns soldados deram uma volta na pequena cidade pois acharam estranho que tivesse mais jovens, crianças e velhos então buscaram pela cidade e para tristeza de todos Maryna e a sargento Eloá encontraram todos mortos em uma vala atrás da igreja e alguns dentro da mesma e não viram que ainda tinha dois soldados inimigos escondidos entre os corpos, sem que percebe-se os dois soldados inimigos saíram dali se escondendo em um lugar mais alto.

Enquanto isso Todos buscaram enterrar aqueles pobres coitados que foram torturados com requinte de crueldade e deixados ali para apodrecer.

Maryna se entristece pois gostaria de tê-los salvos mas desta vez chegaram tarde e mesmo que quisesse não teria como pois eles foram os primeiros a morrerem e isso aconteceu a quinze dias atrás.

Mesmo assim todos sobreviventes estão festejando pois sabem que estão seguros agora e assim preperam algumas golusemas para comemorar sua liberdade, agora eles contam o porquê ainda estão vivos porque eles gostavam de fazer maldades com os mais fracos essa era a diversão deles, algumas meninas e meninos tinham sido molestados por aqueles bando de soldados inimigos.

Agora com os olhos cheios de esperança e alegria pois estão livres não correm mais perigo então todos querem festejar.

Maryna vendo a alegria deles ali cantando e rindo inocentemente esqueceu sua tristeza e cantarolou com eles sorriu como criança pois também sabia que agora poderiam viver suas vidas em paz.

Um senhor de idade avançada tocava um violão e batia o pé no chão como se fosse bateria e assim logo veio um garoto de apenas quatorze anos tocando uma pequena gaita todo feliz e assim todos começam a dançar e cantar alegremente Maryna não se cabe de tanta alegria, a canção era animada e ali todos conhecem a letra então cantam e assim as crianças pegam nas mãos dos soldados e dançam ali mesmo no meio da pequena cidade.

O tenente Rocco ri só ver sua amada dançando e cantando alegremente com uma criança que segura suas mãos as horas passam e o tarde vem mas ninguém se importa pois hoje é dia de festa agora já está quase noite e por um momento esquecem que estão em guerra e estes são momentos preciosos para eles que precisam matar pra que outros vivam.

Maryna continua dançando com as crianças ainda alegre parecendo ser mais criança do que as mesmas então vem em sua direção uma pequena menina com seu corpinho franzino ela tem seis aninhos mas parece quatro anos ela está feliz e trás uma flor para ela e após dar lhe a flor ela abre os bracinho para Maryna pegá-la no colo, e assim ela faz a pequena menina lhe dá um beijo e lhe abraça forte com um sorriso doce em seus lábios vermelhos ali elas dançam alegremente todos olham a cena e se maravilhas com as duas.

A pequena menina tão doce e inocente quem a visse jamais imaginaria que viu seus pais serem torturados na sua frente e seus irmãos serem judiados de com várias maldades ela por sua vez perdeu a voz de tanto gritar e não se sabe como ainda está viva pois também a judiaram, mas ali está uma sobrevivente da guerra seu sorriso doce comove Maryna que se encanta com está pequena valente.

Derrepente ouvi-se um tiro e este era para acertar Maryna mas atingiu a pequenina em seus braços está dá um último sorriso e desfalece nós braços de Maryna que caí de joelhos no chão abraçada a menina e chorando muito.

O tenente Rocco viu da onde veio o tiro e sem que o vissem ele chegou bem perto do casebre e jogou uma granada de mão e espera ali escondido a pela explosão e está acontece jogando dois corpos de soldados inimigos que ali estavam escondido e ninguém percebeu, os outros foram e novamente vasculharam todos os cantos até os mortos eles averiguam para não ter mais surpresas como essa.

O tenente Rocco vai até Maryna que ainda segura a pequena menina agora morta em seus braços, ela vê muitos ematomas roxas no corpinho franzino da menina mesmo com tudo aquilo que aconteceu com ela, ela ainda mantém um rostinho sereno e delicado seu semblante parecia que estava descansando agora, então ela procura ver onde o tiro pegou e foi bem no coração a bala atravessou as costas indo direto ao coração ela nem sentiu dor foi rápido.

Ele tentou abraçar Maryna mas ela se afastou com a criança no colo chamando a sargento Eloá e a Cabo Maya para ajudar e assim foram com ela e ajudaram a enterrar a pequena menina a qual parecia que dormia num sono profundo então elas se despedem e enterram.

horas mais tarde Maryna como sempre está sobre um telhado pois não se sente segura em outro lugar e ali no telhado do casebre cochila um pouco mas ela tem alguns pesadelos então fica o resto da noite falando com as estrelas as vezes chora outras reclama e assim o dia chega.

Enquanto isso o tenente tentou acha-la para conforta-la mas não teve jeito pois além de não achar ela ainda chegou os dois pelotões que estavam pra chegar e isso impatou o tenente de encontrar ela.

O dia vem com uma bela manhã e todos começaram a retirar alguns entulhos pois a vida continua para os vivos e assim aos poucos os sobreviventes buscam seguir em frente.

Já para o tenente Rocco as coisas ainda não estão bem pois recebeu ordens de seguir em frente rumo a Mont Blanc onde tudo começou e é lá que está a concentração do inimigo, ele vai a procura de Maryna e a encontra sentada em um banco tomando uma xícara de café distraída ele pega um café e se senta perto dela e diz:

---- Te procurei e não te achei, onde você estava ? eu precisava falar com você.

---- Eu não queria falar com ninguém precisava ficar só com minha dor.

---- Era por isso que não queria que você vinhe-se para esse inferno agora você viu como é sofrido aqui e muitos de nós não sobrevive a isso.

---- E você pensa que vim enganada, não ! não vim, eu sofri muitas outras coisas sobrevivi por pura sorte hoje sei disso.

---- Você não precisava passar por isso de novo sinto muito que tenha passado por isso novamente, mas agora não tem como desistir.

---- Eu não quero desistir apenas quero devolver a eles toda dor que me causaram e a todos do meu país.

---- Terá sua chance então pois amanhã seguiremos para Mont Blanc.

---- Tenente eu ouvi bem nos finalmente vamos conhecer a cidade tão falada?

---- Sim sargento Eloá avise a todos que sairemos está noite pois ainda tem muita estrada para percorrer.

---- E quanto aqui tenente o que vai ser desses jovens!

---- O general está trazendo o acampamento para cá e também está fazendo um arrastão por todo caminho e assim devolvendo as propriedades para seus donos, já era pra eles estarem aqui mas eles estão reconstruindo os lugares destruídos, mais alguma pergunta sargento?

---- Não senhor, já tô indo lá avisar a todos.

---- partiremos em três horas.

---- Sim senhor.

---- Então é verdade que vamos para Mim Blanc.

---- Sim a não ser que você queira ficar aqui, eu posso te colocar aqui pra ajudar os sobreviventes você quer ?

---- E perder a alegria de ver aqueles invasores fora de nosso país não perco está chance nem brincando, vou pegar meus equipamentos.

O tenente Rocco avisa a todos ali que em vinte e quatro horas o general estará ali para ajudá-los no que for preciso e estes dois pelotões vão ficar só até o general chegar Depois eles seguiram atrás deles.

Maryna vai até onde enterrou a pequena menina colocou algumas flores sobre a cova se despediu saindo em direção a seu pelotão vendo que alguns já estavam ali ficou esperando para partir.

As horas passou rápido e lá vão eles novamente dessa vez ele fica distante de Maryna pois tem sido difícil pra ele estar perto e não poder expressar seus sentimentos por ela, algumas vezes ele se pega namorado ela a distância então se afasta para que ninguém perceba.

Mal sabe ele que todos torcem por eles pois sabem que os dois lutam por dias melhores sacrificando a vida deles pois não sabem se vão conseguir chegar até o final.

agora a muitos quilômetros da pequena cidade de Luz o tenente Rocco passa para o pelotão suas ordens de como será o ataque.

Então Maryna é chamada para dizer sobre as fraquezas da cidade e como podem entrar sem serem vistos, se é possível tal façanha.

Maryna por sua vez mostrou no mapa pontos específico onde podem cercar a cidade e não serem vistos mas vai precisar de mais soldados pelo menos mais três pelotão pois a cidade é grande e assim o tenente diz que se encontraram com reforços próximo a cidade pois eles estão indo por outros caminhos e que também os dois pelotões que ficaram na pequena cidade de Luz logo estariam com eles, Maryna avisa que na Cidade é necessário uma boa estratégia pois não será fácil dominar o inimigo ali.

E assim seguiram em frente pois a cidade de Mont Blanc estava bem longe e o terreno era bem acidentado.

por muitos dias percorrendo caminhos completamente acidentados todos estão bem cansados então acampam ali para descansar, o tenente Rocco olhou no mapa quanto andaram e pode ver que ele precisava mudar de caminho pois o que pegou seria muito cansativo pois tinha muito desfiladeiro.

Maryna novamente foi chamada então o tenente Rocco pergunta se a outros caminhos mais fácil para seguir rumo a cidade, ela mostra no mapa que o único caminho fácil é pela estrada e está é melhor eles desviar ou esperar os outros pelotões chegar e assim limpar a estrada seguindo pela mata próxima a estrada aniquilando os soldados que estam nela é o único jeito.

O tenente Rocco chama Ravy e pediu para falar com os pelotões que vem ajudar através do rádio e assim Ravy o faz , horas mais tarde o tenente é chamado para falar com eles.

Então o tenente Rocco diz das dificuldades e que precisam seguir juntos para acabar com tudo isso de vez e assim todos ficam ali a espera a noite foi longa todos aproveitaram bem o descanso mal sabia eles que logo encontrariam muitos soldados inimigos a frente e estes eram pior que os que eles encontram no caminho estes eram sádicos e sentiam prazer em torturar seu oponente eles tinham tanto ódio das pessoas ali e descarregavam sobre os moradores desse lugar era como se tivéssemos roubado suas terras e destruído suas famílias.

Maryna se manteve distante do tenente e aproveitou para descansar também pois sabia que logo teria chumbo grosso pois ainda se lembrava de como saiu do apartamento e daquele soldado com um lança chama queimado tudo a sua frente até mesmo as pessoas vivas as vezes ainda ouvia os gritos daquelas pessoas sendo assadas em vida mas ela procurou pensar positivo pois agora era diferente tinham como reagir.

Os pelotões chegaram num total de dois pelotão pois um se perdeu e ia demorar para alcanca-los, então novamente chamaram Maryna, ela mostrou no mapa todos os pontos específicos daquela cidade e suas fraquezas e também informou sobre uma mina de diamantes abandonada e uma gruta turística , ambas ficavam em pontos estratégicos e eles poderiam usar está gruta pois era segura ela tinha vários lugares onde se esconder isso do lado de fora e a visão era perfeita ali poderiam dar as coordenadas para o comando enviar o bombardeio localizado.

O tenente Rocco ficou encantado com a destreza dela em falar com todos ali sem ficar nervosa ou tímida com as pessoas a sua volta, alguns fizeram perguntas e ela respondeu prontamente a todas sem exitar ela deixou bem claro todos os impedimentos e facilidades da cidade de Mont Blanc, ela era esperta e inteligente e isso deixava o tenente Rocco mais apaixonado.

Agora eles se preparam para seguir a frente e Maryna se lembra que era para tomarem cuidado pois tinha alguns lugares com minas terrestres.

Agora eles se separam e cada um segue seu destino, o pelotão do tenente Rocco segue pela mata próxima a estrada ele se sente feliz pois como Maryna conhece o caminho ela tem que ir com ele agora, assim ele pode desfrutar da companhia dela e não terá impecilio para conversar com ela.

E assim eles andaram por horas sem descansar não viram ninguém na estrada mas mesmo assim não arriscam a sorte mais a frente eles tem que atravessar um vale todo cheio de descidas e subidas como se fosse uma montanha russa mas cheia de árvores e matos cobrindo parte do caminho até chegar a uma clareira Maryna subiu em uma árvore e procurou pelo inimigo e o achou mais adiante na estrada então desceu rapidamente e avisou o tenente Rocco que prontamente se juntou com cinco dos seus e antes de ir ordenou para que os outros descanca-se enquanto ele iria resolver este assunto.

Assim eles foram atacar os inimigos de surpresa com sucesso pois como sempre ninguém vigiava nada, Maryna por sua vez subiu na árvore novamente só pra ver se podia ajudar de alguma forma e com o fuzil apontado na direção deles olhando pela mira teve um momento em que eles pensaram que não tinha mais ninguém e quando o tenente estava voltando para o lugar onde estavam eis que surgiu do meio do mato outro soldado com uma machadinha nas mãos e vinha direto para atacar o tenente Rocco e Maryna viu lá do alto da árvore e esperou o momento certo e a quase dois passos do tenente ela atira acertando a cabeça do inimigo, quando o corpo cai ao chão fazendo barulho é que o tenente vê o perigo que correu na verdade ele não percebeu o homem atrás dele com certeza ele teria morrido alí mesmo.

Então ele olha na direção do tiro e agradece.

Todos chegaram junto dos outros ainda assutados pois quase perderam o tenente Rocco, por causa disso saíram dali e andaram mais alguns quilômetros mas o cansaço estava castigando muito eles estão novamente descansaram agora em segurança.

enquanto todos buscaram dormir um pouco resgatando as forças o tenente vai até Maryna para agradecer mas ela finge estar dormindo e ele prefere não mexer com ela mas senta ali perto e acabou cochilando também.

Algumas horas mais tarde eles seguem o caminho em silêncio usando o infravermelho pois está noite sem lua e o caminho não é fácil, ali em plena floresta e não se ouve nada nenhum barulho apenas o silêncio Maryna faz sinal pra pararem e ela sobe em uma pequena casa abandonada ali o tenente Rocco também ele quer saber o que ela viu e ele não, ela mostrar falando baixo então ele vê mais adiante um grande clarão de uma fogueira e parece ter música.

Eles tentam ver melhor mas está um pouco longe eles teriam que chegar mais perto.

Os dois dessem do telhado e com uma pequena lanterna olham no mapa que lugar era aquele, era um risort turístico tipo fazenda só que maior com pescaria e outras distrações, Maryna não passou por ali então não conhece o lugar agora eles continuam em silêncio e chegam lá mas aparentemente tem poucos soldados.

Ali não tem árvores grande só mato alto então eles ficam deitados no chão enquanto o tenente Rocco manda três dos seus avaliar o lugar e vê se dá pra atacar eles mesmos.

E assim foi feito os três olharam tudo e só tinha alguns soldados logo chegariam mais foi o que ouviram então voltaram para onde estava o tenente e informaram o que viram e ouviram.

Sabendo que tinha poucos soldados inimigos o tenente Rocco combinou com seus soldados e atacaram aquele lugar não deixando ninguém escapar e depois passaram as coordenadas para o general que estava vindo com todos do acampamento, o tenente pediu para eles enterrar as pessoas que ali estavam pois eles não podiam fazer isso já que tinham que chegar logo na cidade de Mont Blanc.

O general concordou pois já estava perto dali ele chegaria em dois dias,

sabendo disso o tenente Rocco se junta aos seus e sai dali indo e na direção da cidade.

Maryna segue atenta pois sabe que o inimigo não veio pra brincar e sim destruir tudo e todos assim ela vaculha cada lugar onde passa agora ela lembrou que ela e Yago tiveram que desviar dali porque estava cheio de soldados inimigos então eles pegaram o caminho mais difícil se não tivesse feito isso não teriam sobrevivido.

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Comments

Jaqueline Morares Moraes

Jaqueline Morares Moraes

acredito que fica traumas pro resto da vida .a guerra deixa seguelas .

2023-09-09

1

ivania s.n.temporini

ivania s.n.temporini

tem mais, quero ler continua to gostando

2022-06-24

3

ivania s.n.temporini

ivania s.n.temporini

esses soldados inimigos são muito perversos da raiva deles do nada vao chegando e matando o povo ruim.

2022-06-24

4

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