Um bilionário bate à porta

Adriano:

Eu saí do meu escritório e fui até a cozinha, enchi um copo de água com as mãos trêmulas, ainda em choque com tudo o que estava acontecendo.

"O senhor está bem?" Laila disse preocupada se aproximando de mim.

"Não, Laila. Eu acho que estou enlouquecendo..." eu respondi e terminei de engolir a água.

"Mas o que aconteceu?" ela perguntou mas antes que eu pudesse responder, a campainha da casa tocou.

"Eu já volto, sente-se um pouco, procure respirar fundo." ela disse e saiu para atender a porta.

Logo Gabriel apareceu e se aproximou, parando ao meu lado.

"Vim o mais rápido que pude irmão. Como você está?" ele perguntou.

"Como você acha que eu estou?" eu perguntei aborrecido.

"Bom, me desculpe dizer, mas isso tudo é culpa sua. Quem mandou colocar uma aliança na mão de uma mulher em público? Ainda mais sendo uma completa desconhecida." Gabriel falou e eu suspirei com raiva, batendo a mão sobre o balcão com certa força.

"E agora Gabriel? O que eu vou fazer? A mãe e o pai estão vindo aí, acreditando completamente que eu estou casado. O que eu vou dizer pra eles?" eu indaguei olhando para o meu irmão.

"A verdade, o que mais você poderia dizer?" Gabriel respondeu.

"Que verdade, eles não vão aceitar a verdade! Sabe a quanto tempo eles estão me pressionando pra arrumar uma esposa, agora nossa mãe está nas nuvens achando que eu me casei. Ela é capaz de ter um ataque quando souber que tudo não passa de um mal entendido. E nosso pai vai fazer toda aquela cena de desgosto e me forçar a dar uma explicação pra mídia e para todos os sócios. Ah, meu Deus... Por que isso tinha que acontecer?" eu disse e me sentei em uma cadeira.

"Irmão, calma. Vamos nos concentrar em uma coisa de cada vez. A primeira coisa que devemos fazer agora é procurar aquela garota e os amigos dela, certo? Eles também estão envolvidos nessa história e precisamos encontrá-los antes que os jornalistas encontrem." Gabriel disse e eu respirei fundo para recuperar o foco.

"Sim, você tem razão. É isso que vamos fazer." eu disse e me levantei. "Talvez se falarmos com o administrador do parque, ele possa nos dar alguma pista do paradeiro daquelas pessoas." eu falei.

"Claro, isso faz sentido. Não se preocupe, deixa que eu cuido disso. Você adia os nossos compromissos na empresa e manda não darem nenhuma declaração pra imprensa." Gabriel disse e eu concordei acenando a cabeça.

"Tá bom, eu vou ligar pra lá agora." eu respondi.

"Ótimo. Eu te vejo mais tarde. Vê se não dá as caras na rua." Gabriel disse e saiu andando.

Eu voltei para o escritório e fiz a ligação para a nossa empresa, ordenando que nenhum funcionário falasse qualquer coisa com a imprensa até segunda ordem.

.....

Cristine:

Eu e Diego fomos para a cozinha e cada um encheu uma caneca de café até a borda, para nos ajudar a pensar melhor.

"Relaxa amiga, nós vamos sobreviver." ele disse e começou a beber o café dele.

"Que todos os santos nos ajudem." eu respondi e também comecei a beber o meu.

Nesse momento a campainha da minha casa tocou. Eu e Diego nos entreolhamos alarmados.

"Ai meu Deus, será que é a polícia?" eu falei preocupada.

"Não Cristine, que polícia, tá louca? Nós não matamos ninguém, deixa de paranóia." Diego respondeu. Eu coloquei minha caneca na mesa e corri até a sala para espiar quem era na porta.

Eu espiei pelo olho mágico e vi que quem estava lá fora era nada mais nada menos que o irmão caçula de Adriano Herrera.

Eu me afastei da porta assustada, cobri a minha própria boca com a mão, pois estava perplexa.

Diego se aproximou e disse: "Pela sua cara, não é nada bom. Quem é que tá ali?"

"Eu acho que é o herdeiro mais novo." eu sussurrei pois não queria que o cara lá fora ouvisse.

"Quê?" Diego perguntou confuso, também sussurrando porque me ouviu sussurrar.

"O tal do Gabriel Herrera!" eu sussurrei e Diego também abriu a boca surpreso.

"Como é que é? O bonitão do Gabriel Herrera tá aqui na sua casa?!" Diego sussurrou parecendo empolgado, em seguida foi até a porta espiar pelo olho mágico.

"Puta que pariu, é ele mesmo!" Diego disse voltando para perto de mim.

A campainha tocou mais uma vez.

"E agora o que a gente faz?" eu perguntei.

"Abre a porta pra ele garota, tá esperando o que?" Diego respondeu.

"Não! Tá maluco? Se ele veio até aqui pessoalmente é porque nós estamos muito ferrados, eu não vou deixar ele entrar na minha casa." Eu disse.

A campainha tocou de novo e o homem começou a bater na porta.

"Vai lá amiga, ele deve ter um bom motivo pra estar aqui, deixa de ser medrosa." Diego disse.

"Ah é? Por quais motivos um bilionário bateria na minha porta se não fosse querendo me matar?" eu retruquei.

"Deixa de ser doida Cristine! Se você não abrir a porta pra ele, eu vou abrir." Diego falou.

"Você nem ouse fazer isso!" eu respondi e enquanto discutíamos, Gabriel deu um jeito de abrir a porta. Ele entrou de repente e eu e Diego gritamos de susto.

"Calma, eu vim em paz!" Gabriel falou levantando as mãos.

"Como você entrou aqui?!" Diego perguntou colocando a mão no peito.

"Eu fui um cara meio rebelde durante a faculdade, então aprendi a abrir portas usando qualquer coisa." ele respondeu e mostrou um sorriso meio vaidoso.

"Você invadiu a minha casa!" eu exclamei indignada.

"Eu sei, perdão. Mas é que ninguém atendeu a porta e eu precisava encontrar vocês." Gabriel se justificou.

"O que você quer?" eu perguntei irritada.

"Bom, vocês devem ter visto as notícias hoje não é?" Gabriel falou.

"Escuta, nós não tivemos nada a ver com isso. Não foi ninguém da minha equipe que divulgou aquelas fotos." Diego respondeu.

"É, eu sei. Mas de toda forma, vocês dois e os outros amigos de vocês estavam lá e fazem parte dessa história, então eu vim aqui para levar todos para uma reunião." Gabriel disse.

"Como assim? Vai levar a gente pra onde?" eu perguntei desconfiada.

"Para a mansão do meu irmão." Gabriel respondeu.

"O QUÊ?" eu e Diego falamos em uníssono.

"Tá dizendo que vai levar a gente pra casa do Adriano Herrera? Ai, eu acho que vou desmaiar..." Diego disse.

"Eu sei que isso tudo é muito repentino..." Gabriel começou a falar e viu a caneca na mão de Diego. "Com licença, isso é café?" ele perguntou e Diego consentiu acenando a cabeça. Gabriel pegou a caneca da mão dele e bebeu o café todo de uma vez só. "Ah, me sinto bem mais calmo agora." ele disse entregando a caneca vazia de volta para Diego. "Enfim, tá tudo uma loucura, mas precisamos inventar alguma história para entregar a imprensa, então se puderem entrar em contato com os outros envolvidos agora, vamos resolver isso bem mais rápido."

"Não, espera aí. Você quer dizer que eu e os meus amigos vamos ter que ir até a mansão do Herrera pra inventarmos todos uma versão dessa história e depois contar isso ao público?" eu falei ainda muito desconfiada.

"É isso." Gabriel respondeu.

"Tá, entendi. Ô Diego, vamos conversar lá dentro rapidinho..." Eu falei e puxei Diego até o meu quarto, entramos e eu fechei a porta.

"Dá pra acreditar que vamos conhecer a mansão daquele cara, ai meu Deus, eu tô em êxtase." Diego disse empolgado.

"Não, nós não vamos pra lugar nenhum!" eu falei cortando o barato dele.

"Quê? Por quê?" ele perguntou.

"Você pirou Diego? Tá na cara que isso é armação! Ele vai ter todos nós reunidos e vai poder dar cabo da gente na hora que quiser." eu falei e Diego revirou os olhos.

"Para de ser paranóica Cristine! Você assiste filmes demais, se os Herrera quisessem acabar com a gente já teriam feito isso. Não custa nada a gente ir até lá escutar o que eles têm pra dizer." Diego disse.

"Se confia tanto neles, você vai, mas eu não saio daqui de jeito nenhum." eu respondi cruzando os braços.

"Cala a boca, você vai sim!" Diego falou e tirou o celular do bolso.

"O que tá fazendo?" eu perguntei.

"Ligando pra minha equipe." ele respondeu.

"Não Diego!" eu disse e ele me ignorou completamente, eu tentei tirar o celular dele mas ele não deixou.

"Fica quieta, eu já tô chamando eles." Diego disse.

"Nós não vamos pra lugar nenhum Diego!" eu protestei, Diego me ignorou completamente e saiu do quarto.

"Diego!" eu disse indo atrás dele.

...

"Eu falei com eles, já estão vindo pra cá." Diego disse voltando para a sala.

"Ótimo, quanto mais cedo sairmos daqui melhor. Os jornalistas não vão demorar para descobrir o endereço de cada um de vocês. Eu deixei os meus seguranças lá fora mas se uma manada de fofoqueiros aparecer eles não vão dar conta." Gabriel disse.

"Será que dá tempo de eu ir lá em casa trocar de roupa? Não quero encontrar o Adriano Herrera, vestindo isso." Diego disse.

"É melhor você ficar aqui. Não se preocupe, você está bem vestido." Gabriel falou e Diego sorriu lisonjeado.

"Ah, obrigada." Diego disse e olhou pra mim. "Você ouviu isso?" ele perguntou e eu continuei de cara fechada, pois não estava nada feliz com aquela situação.

"Mas já você senhorita, deveria trocar de roupa, se não quiser aparecer lá de pijama." Gabriel disse olhando pra mim.

"Eu não vou me trocar porque eu não vou pra lugar nenhum." eu respondi.

"Não liga pra ela. É claro que ela vai." Diego disse para Gabriel, em seguida se virou para mim e disse entre dentes: "Cristine vai colocar uma roupa decente agora, não me faz passar vergonha."

"Eu não vou, tô muito bem assim." eu respondi dando de ombros.

"Você tá parecendo uma salada de frutas, vai tirar essa coisa ridícula agora!" Diego disse.

"E daí? Eu posso me vestir de salada de frutas dentro da minha própria casa." eu respondi.

"Mocinha não me obrigue a te arrastar até o guarda roupa." Diego falou como se fosse meu pai.

"Eu gosto do meu pijama, qual o problema?" eu falei.

"Eu vou tocar fogo nessa coisa assim você estiver fora dele." Diego disse.

"Não despreza assim o meu pijaminha tá? Eu ganhei ele numa rifa, tive que gastar $7,00 e ainda precisei esperar duas horas sentada numa arquibancada lotada." eu falei e Diego me fuzilou com os olhos.

"Cala a boca, para de falar besteira garota." ele disse entre dentes me pegando pelo braço e levando até o quarto.

Assim que entramos no quarto, Diego fechou a porta.

"Meu Deus do céu, Cristine! Você é o ápice da vergonha alheia. Tem um bilionário parado no meio da sua sala e você vem me falar de rifa de $7,00. Qual o seu problema?" ele disse me encarando.

"Eu tô pouco me lixando se tem um playboy na minha sala, Diego. Dane-se ele! Eu só quero minha paz de volta, até ontem a minha maior preocupação era inventar uma desculpa pra faltar no trabalho hoje, agora eu tenho que inventar uma justificativa pra um boato absurdo sobre um casamento que nunca aconteceu!" eu disse extravasando minha frustração.

"Escuta amiga. Tudo vai ser resolvido facilmente se você for lá escutar o Adriano Herrera. Ele é um super magnata, já tá acostumado a ter que abafar escândalos, com certeza ele já pensou num jeito de acabar com essa confusão." Diego falou e eu considerei aquilo por um instante.

"Você acredita mesmo nisso?" eu perguntei.

"É claro que sim. Você não tem que se preocupar tanto." ele falou e veio me abraçar.

"Tá bom, então. Eu vou confiar em você dessa vez." eu falei e ele sorriu.

"Diz uma única vez que eu te meti em encrenca?" ele disse e eu dei uma risada.

"Quer que eu faça uma lista?" eu respondi.

"Falando melhor, qual foi a última vez que eu te deixei em uma encrenca sozinha?" ele falou.

"Nunca. A gente sempre se mete em confusão junto." eu respondi.

"E sempre saímos delas juntos, não é?" Diego disse.

"É, sempre." eu falei e nós dois rimos.

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Comments

Fatima Matos

Fatima Matos

kkkkkkkk essa sua amiga Diego é poca bosta kkkkkjk

2025-05-06

0

Fatima Matos

Fatima Matos

kkkkkkkkk estou chorando de tanto rir desses dois

2025-05-06

0

Fatima Matos

Fatima Matos

kkkkkk esses dois são.um barato

2025-05-06

0

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Capítulos
1 Sessão de fotos
2 Manchetes absurdas
3 Um bilionário bate à porta
4 Mansão
5 Contrato
6 Você topa?
7 Casados
8 Casa de recém casados
9 Samoieda
10 Cunhado, irmão e pretendente nas horas vagas
11 Mimos
12 Até outro dia
13 Jantar
14 Fim de noite
15 Preparação
16 Antes do jantar
17 Sogros
18 Otávio
19 Em uma social aleatória
20 Bala ruiva
21 Deu ruim
22 Telefone público, assalto e um riquinho lerdo.
23 Bobinho
24 Casados, casados, camas a parte.
25 Nosso quarto
26 Novo dia
27 Grifes e chocolate
28 Sogras, Sorvetes e Regalos
29 Abelhas, risos, raiva e mais sorvete.
30 Manhã
31 Empresa
32 Analistas, videogames e um beijo.
33 Saudosa inimiga de infância
34 Embate de esposas, sono e filme.
35 Vai aonde?
36 Casa do Gabriel e o drama de Adriano.
37 Crianças
38 Visitas
39 Mesa cheia
40 Belo dia de ofensas
41 Fuga
42 Mais confusão.
43 Entorpecentes
44 Invenções
45 Lua de mel obrigatória.
46 Casa de verão
47 Bananas, cobra e correria.
48 Cabana
49 Lua selvagem
50 A ajuda chegou.
51 Corra pelas galinhas
52 Suíte
53 D.R
54 Declaração
55 Triste notícia
56 De volta à casa.
57 Funeral
58 Primos
59 Paternidade
60 Enterro
61 Despedida e Advogado
62 Romantismo
63 Conflito interno
64 Apartamento e amigos reais
65 Almoço
66 Desaparecido
67 Cadê ela?
68 Crise
69 Ombro amigo
70 Buscas
71 Ligação
72 Madrugada de pesadelo
73 Criminosos
74 QG de ladrões
75 Amigo dado não se olha a ficha
76 Pedido de resgate
77 Esperança
78 Amanhecer
79 Corporação Herrera
80 E o rapto tem fim.
81 Propostas e Ameaças
82 Acordo
83 E a vida segue...
84 Inconsistente
85 Ciumezinhos
86 Desfecho e explicação
Capítulos

Atualizado até capítulo 86

1
Sessão de fotos
2
Manchetes absurdas
3
Um bilionário bate à porta
4
Mansão
5
Contrato
6
Você topa?
7
Casados
8
Casa de recém casados
9
Samoieda
10
Cunhado, irmão e pretendente nas horas vagas
11
Mimos
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Até outro dia
13
Jantar
14
Fim de noite
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17
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Em uma social aleatória
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Bala ruiva
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Deu ruim
22
Telefone público, assalto e um riquinho lerdo.
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Casados, casados, camas a parte.
25
Nosso quarto
26
Novo dia
27
Grifes e chocolate
28
Sogras, Sorvetes e Regalos
29
Abelhas, risos, raiva e mais sorvete.
30
Manhã
31
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32
Analistas, videogames e um beijo.
33
Saudosa inimiga de infância
34
Embate de esposas, sono e filme.
35
Vai aonde?
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Casa do Gabriel e o drama de Adriano.
37
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45
Lua de mel obrigatória.
46
Casa de verão
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Bananas, cobra e correria.
48
Cabana
49
Lua selvagem
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A ajuda chegou.
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Corra pelas galinhas
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De volta à casa.
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Madrugada de pesadelo
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Criminosos
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QG de ladrões
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Amigo dado não se olha a ficha
76
Pedido de resgate
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Esperança
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Amanhecer
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Corporação Herrera
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E o rapto tem fim.
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