SOBREVIVA – STARTERUPS
[Ep 1: Família Aidan]
No interior de Startups, Steward City, vive uma pequena aldeia em que não conseguiram chegar no padrão de Starterups, o centro.
A cidade contém inúmeros prédios e estabelecimentos renumerados que são quase uma lenda para os que vivem no interior de Startups, já que a pobreza não os possibilitam ter o mínimo que a Cidade Grande.
Uma das maneiras de chegar perto da Cidade Grande é por meios do trem, que muitos tentaram e poucos conseguiram entrar.
O trem tem apenas uma ida, no começo do mês, pagando uma grande quantia de dinheiro e como no interior tudo é difícil, o esforço pode ser apenas em vão.
Jhow Aidan, filho de uma família pobre e humilde, que apesar das dificuldades sempre se esforçaram para conseguir o mínimo de dinheiro para a comida, conseguiu o dinheiro que é preciso para o trem.
Com o pouco de dinheiro que conseguiu, Aidan irá viajar para Starterups, o centro de Stewart City, que na visão de muitos do interior, deve ser o melhor lugar do mundo e onde provavelmente irá conseguir as melhores coisas na vida.
Faltam apenas 2 dias para a viagem e a ansiedade aumenta a cada momento que passa, mas isso não é apenas pela felicidade de conseguir viajar, e sim pelo julgamento de seus pais:
— É... — Mariane Aidan, mãe de Jhow, começou a resmungar. — Não acho uma boa ideia isso, meu filho. Para que ir à cidade grande? — perguntou para Jhow, que está encostado na janela da cozinha, com os seus braços cruzados.
— Mãe, a senhora precisa saber que isso será o meu novo futuro! — Jhow se pronunciou, revirando o olho por já estar de saco cheio de sua mãe falando aquilo.
— O Seu futuro é nessa casa! — ela se virou enraivada, pois nega ter que aceitar não ter seu único filho em casa.
— Essa casa? — o garoto lhe respondeu, e sem receio falou — Essa casa não é meu futuro, sabe por que? Porque essa casa não foi o seu futuro também! — Jhow bateu o pé e encarou sua mãe, que está perplexa com o comentário de seu filho, que nunca lhe respondeu antes.
— Como é? — com o rosto franzido e a boca entre aberta, ela nega com a cabeça o comportamento do mais novo.
— É isso mesmo mãe, já que Você não queria um futuro decente, Eu quero. — ele se virou e foi para o quarto, emburrado com a briga que começou.
Mariane, com seus 40 anos ainda chocada com o comportamento do filho, ignorou e se virou para seu afazeres e quando terminou foi diretamente para a varanda, esperar seu marido chegar das vendas.
[•••]
“Não vejo a hora de finalmente ir à Cidade Grande, esperei tanto por esse momento, meus 18 anos com certeza será o melhor momento da minha vida.”
Com um sorriso no rosto, Jhow se deita em sua cama e se prepara para dormir, mas ouve um barulho vindo da cozinha, como uma pancada forte, ele não sabia o que era, então correu até o cômodo ao lado e se deparou com uma pessoa agachada e com a pele escura.
Era seu pai, esfaqueando sua mãe, que já estava totalmente desfigurada em todos os lugares do corpo.
— PAI? MÃE?! — Jhow gritou e ficou em desespero, olhando com os olhos marejados aquela cena tenebrosa, a que ele nunca imaginou ver.
Mumificado contra a parede, vendo a cena, os olhos de Aidan se encontram com o do pai, que estão completamente negros e escorrendo sangue por todo o rosto, mas a serenidade no sorriso do homem faz com que tudo fique mais amedrontador.
Sua boca está cheia de sangue e ele sorri, lambuzando todo seus lábios sentindo o gosto.
Não há palavras para descrever a angústia que Jhow sente, é como um pesadelo, porém real, e muito.
O cheiro é forte e sem tentar esperar mais um segundo, Jhow corre até seu pai e começa a querer socá-lo, mas é impedido pelo maior que dá gargalhadas, não conseguindo ser acertado pelo jovem desesperado e descontrolado.
O corpo morto de sua mãe some e Jhow percebe que vozes entram em sua mente:
“Hahahaha”
“Que tolo!”
Vozes agudas e sombrias, dando arrepios fortes e um desespero maior.
— ME DEIXEM! — Jhow gritou esperando que aquilo passasse mas para sua surpresa, apenas continua.
— Filho? — uma voz grossa e feminina é soada atrás do garoto, e com receio de olhar, Jhow gritou novamente.
— PAREM! — Aidan gritou com os olhos mergulhados em lágrimas e tentando socar o seu pai, que o olha com desprezo.
— Filho! — o corpo de Jhow é sacudido e quando ele olha para trás, seu corpo se levanta da cama com sua mãe ao seu lado.
Respirações ofegantes e o suor percorrendo no corpo, mas com calma pois percebeu que era apenas um pesadelo.
— … — ele respirou fundo e olhou para sua mãe. — Mãe... — seus olhos encheram de lágrimas novamente e ele escondeu o rosto no meio das pernas.
— Sim meu filho, o que houve para gritar assim? — ela se sentou ao lado do garoto que esconde o rosto.
— Tive um... pesadelo. — Mariane suspirou aliviada por alguns segundos.
— Que bom que foi apenas isso, não é? — ela passa a mão nas costas do garoto, sentindo algumas coisas que não deveria sentir. — O que é isso?
Assustada com o que poderia ser, ela sobe a camisa do filho com força e vê inúmeros arranhões sangrando toda as costas do jovem e dando um pulo para trás, ela pergunta:
— Mas o que é isso?! — Mariane começou a pensar que seu filho estava sendo possuído e o mal está em sua casa.
O garoto retira seu rosto dos joelhos e olha para sua mãe assustada e logo pergunta:
— O quê? — ele tocou suas costas e sentiu o sangue em suas mãos, que iniciam a tremedeira de medo.
A bizarrice estava acontecendo de novo, mas na vida real... Ou não.
A visão fica distorcida e um novo suspiro se inicia, e esse agora é o que Jhow acredita ser real, a sua realidade.
— Mas que loucura... — o garoto se sentou na cama e viu pela janela que ainda era dia, e decidiu dar uma volta antes do anoitecer.
“Espero não enlouquecer antes de ir à Startups.”
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Rafa_Malf0y
vey se eu falo isso pra minha mãe, ela me dá umas palmadas🤣🤣🤣
2022-08-27
1
Lah
toma 😎
2022-08-07
1
L.W DAS 97
Perfeito contexto 😎👍
2022-07-22
1