capítulo 4

Vivian acordou depois de uma boa noite de sono. Levantou,foi ao banheiro,e viu uma roupa para ir trabalhar. Entrou na cozinha e se sentou para tomar café.

-Bom dia senhorita. -Bom dia. -Se precisar de alguma coisa é só pedir. -Obrigada.

Vivian tomou o café,e foi encontrar os outros. Todos estavam sentados tomando café.

-Bom dia. -Bom dia princesa,caiu da cama. -Nem sempre isso acontece. -Não vai tomar café? -Não Obrigada. -Acho que a princesa não gostou do café que é cultivado na fazenda. -Eu gosto do café daqui,apenas não quero. -Vamos lá meninas,deixem de conversa. -Já vamos Arthur. -Vamos estar esperando por vocês. -Senhor Arthur,nosso acordo ainda está em pé? -Sim. -Vamos lá princesa,o dia vai ser longo.

Eles foram separar as ovelhas novamente. Levaram elas aos poucos para banhar. Arthur acompanhava de perto,e conferia mais uma vez se estavam todas. Vivian estava tão entretida com aquilo que foi tirada daquele momento quando ouviu alguém gritando por ela.

-Vivian...Vivian...

Ela olhou e era o ex namorado.

-Droga. -O que foi princesa? -Cuida disso sozinha,eu tenho um problema para resolver. -Quem é? -Ninguém importante,já volto.

Vivian saiu,Meg foi chamar o Arthur.

-Arthur precisa vim aqui. -O que foi Meg? -Chegou um cara na fazenda,e ele estava gritando a novata,acho que é problema. -Eu avisei ela de que não podia receber ninguém na fazenda. -Acho que precisa ir até lá.

Arthur mandou parar o serviço e foi ver o que estava acontecendo.

-O que veio fazer aqui? -Eu disse que iria atrás de você,precisamos conversar. -Não temos nada para conversar,agora pega o seu carro e vai embora. -Vivian vamos conversar e acertar as nossas diferenças. -Já disse vai embora,não temos nada para falar. -Temos e você vai me ouvir. -Acorda garoto,deixa de ser criança,eu não vou voltar com você,teve a oportunidade que queria,agora acabou. Aliás como me encontrou aqui? -Isso não importa,vamos tentar novamente,eu amo você. -Por favor não fale bobagens, conveniência não é amor. -Eu gosto de você. -Não,isso é apenas mais um capricho seu,agora vai embora.

Vivian deu as costas a ele,e seguiu em frente. Ele agarrou o braço dela.

-Eu não vim até aqui para ser tratado dessa forma. -Me solta você está me machucando. -Não,você é minha e vai reatar o nosso namoro. -Nem se você fosse o último homem da terra,agora me solta. -Não... -Solta ela. -Quem é você para se meter nessa conversa. -Você está machucando ela,solta ela e vai embora. -Não,essa conversa é entre nós dois. -Eu já disse que não tem conversa alguma. -Eu já disse que não vim até aqui em vão. -Vai embora,e esquece que eu existo,e me solta você está me machucando. -Rapaz eu já disse para soltar ela. -Mas eu não vou,vai fazer o que peão?

Arthur deu um soco nele.

-Você... isso não vai ficar assim. -Senhorita está bem? -Sim. -Eu vou processar você por agressão. -Vai em frente,e eu dou parte de você na polícia,por invasão de propriedade,agressão,e por me fazer ameaças. -Vivian eu pego você na cidade. A nossa conversa não acabou, e você seu peão vai me pagar pelo que fez.

Ele entrou no carro e foi embora.

-Obrigada por me defender. -Você não precisa agradecer,mas não deveria trazer esses problemas até aqui. -Mas eu não sabia que ele viria até aqui,aliás não imaginava que ele soubesse que eu estou aqui. -Ele te machucou? -Um pouco quando apertou meu braço. -Vamos voltar ao trabalho,em breve você vai embora,e ele não saberá onde está. -Senhor Arthur eu... -Sua vida é pessoal,não me diz respeito. Eu defendi você pois era a coisa certa a se fazer. Agora vamos lá, o serviço já está atrasado.

Arthur saiu,ela seguiu ele.Cada um voltou as suas funções.

-O que aconteceu? -Meu ex veio até aqui. -Que babado menina. Como descobriu que você estava aqui? -Não sei. -Faz muito tempo que terminaram? -Alguns meses. -E qual foi o motivo do término? -Ele é muito ciumento,não queria que eu saísse com os meus amigos,não gostava das roupas que eu usava,ele queria controlar tudo. Terminei com ele quando me deixou trancada em um quarto,para que eu não pudesse sair. Ele quebrou meu celular contra a parede,e enlouqueceu de vez. -Eu sinto muito, foi por isso que resolveu trabalhar de fazenda em fazenda? -Meg... -Meninas deixem de papo,e mandem as ovelhas.

Elas voltaram a trabalhar. Vivian ia acabar precisando contar a verdade. Ela ajudou eles em tudo,depois foi se lavar para almoçar.

-Senhorita já podemos servir? -Claro.

A empregada deixou tudo preparado para ela almoçar.Arthur estava com os outros.

-Onde será que está a novata? -Não sei. -Ela vai me ajudar a levar algumas coisas hoje,então não contem com ela. -Você vai levar ela até o cafezal? -Sim. -Acho que alguém está conquistando Você. -Eu nunca faltei com respeito nem a ela,e nem a nenhuma de vocês. Então vamos continuar mantendo isso. -Está bem Arthur desculpe. Mas como ela não está dormindo no alojamento. -Como assim,se ela não está dormindo no alojamento está dormindo onde? -Queríamos saber também,sem falar que não tem nada dela no alojamento. -Eu vou ver isso. -Será que ela não vem almoçar? -Eu não vi ela depois do que acabamos.

Vivian apareceu depois de ter almoçado. Eles olharam para ela, Vivian se sentou e ficou quieta.

-Não vai almoçar princesa? -Não. -Senhorita Vick vamos carregar a camionete,acho que vai chover daqui a pouco. -Vamos.

Arthur saiu com ela,foram carregar com as coisas que precisavam deixar no cafezal.

-Senhor Arthur aconteceu um mal entendido,e eu gostaria de corrigir o erro. -Senhorita se foi por hoje mais cedo,a sua vida pessoal não me diz respeito. Apenas não receba pessoas estranhas aqui. -Senhor Arthur acho que o senhor não me deixou explicar o dia que cheguei. -Acho melhor a gente levar essas coisas.

Eles entraram na camionete,e ela precisava falar quem era.

-Hoje vai conhecer a casa onde ficam os empregados do cafezal,é um lugar bem grande. -Como consegue cuidar de tudo? -Eu gosto do que faço,e não é um trabalho muito ruim. -Bom quem sabe talvez arrume alguém para ajudar você. -A hora que acharem que eu não dou conta de todo o serviço,eles podem me substituir. Ou melhor ela pode. -Tem vida além da fazenda? -Eu vivo a maior parte do tempo aqui,mas tenho casa,tenho família,estão na cidade. -Quer dizer que é casado. -Não digamos que isso não faz parte da minha vida. -Quem espera por você na cidade? -Minha mãe,irmã,e avó. -Deve ser bom ter um monte de gente esperando por você. -É muito bom,eu vejo elas uma vez por mês, e gosto muito de ir para casa,e saber que estão bem.

Vivian ficou calada por um tempo,apenas observou a paisagem. Arthur não entendia por qual motivo ela fazia tantas perguntas. Era muito curiosa.

-Daqui até onde seus olhos alcançarem é café,bem vinda a outra parte da fazenda. -O café daqui é muito bom,eu tomo ele desde que me conheço por gente. -Já conhecia o café daqui? -Sim,eu conheço. Apenas nunca tinha vindo até aqui. -A casa principal é aquela,aqui também tem um administrador que cuida dessa parte. As vezes é impossível estar nos dois lugares ao mesmo tempo,mas tudo precisa passar por mim,e depois pelo dono da fazenda quando for algo muito importante,caso contrário eu resolvo. O senhor Boss quando estava bem,acompanhava de perto tudo sobre a fazenda,então estava sempre por dentro de cada detalhe,isso é muito importante. -Senhor Arthur acha... -Arthur ainda bem que conseguiu chegar antes da chuva,eu acho que vai desabar água. Senhorita como vai? -Bem. -Vamos tirar as coisas da camionete,não quero pegar chuva no caminho. -Então vamos começar.

Eles descarregaram tudo,a chuva já começava a cair.

-Querem esperar passar a chuva? -Não obrigado,precisamos ir. -Tem café novinho,tomem um café antes de ir. -Coisa boa. -Senhorita precisamos ir,esse café vai ficar para uma próxima vez. -Obrigada pelo café que não tomei. -Amanhã eu volto, até amanhã. -Até amanhã Arthur.

Eles entraram na camionete e saíram,no meio do caminho a camionete parou,e não pegou mais.

-Acho que temos um problema. -O que foi Senhor Arthur? -A camionete não quer pegar. -O que vamos fazer? -Precisamos voltar e pedir ajuda. -Na chuva? -Sim,eu vou,mas você fica aqui. -Sozinha? -Não vai acontecer nada,só fique dentro do carro,eu vou deixar meu celular,e as minhas coisas aqui.

Vivian escutou um estrondo. Arthur saiu da camionete.

-Espera eu não vou ficar aqui. -Vai se molhar toda,e ainda corre o risco de adoecer. -Então vamos nos molhar,e adoecer juntos.

Arthur e Vivian foram até a sede da fazenda,chegaram muito molhados.

-Arthur o que foi? -A camionete parou,e não quis pegar mais. -Venham eu vou pegar toalha para vocês se secarem,assim que passar essa chuva vamos até lá ver o que aconteceu. Eu vou achar alguma coisa para que possam vestir. Não sei se vou achar roupa para o tamanho do senhor,mas da Senhorita eu sei que tem. -Obrigada.

O homem saiu para procurar. Ela escutou mais um estrondo.

-Eu não gosto de tempo carregado. -Não se assuste,daqui a pouco passa. -Acha que voltamos hoje para casa? -Daqui a pouco é noite,se a chuva não parar agora,não tem como ir. -Tem lugar para dormir aqui? -Deve ter sim. -Pronto aqui estão as roupas de vocês. Arthur eu não consegui nenhuma camiseta para você. Mas vai poder colocar as roupas para secar em frente a lareira. -Está bem. Tem quarto sobrando? -Tem um,vão precisar dividir,é o único da casa. -Eu durmo pelo sofá mesmo. -Senhor Arthur pode dormir comigo no quarto,eu tenho medo quando o tempo está assim. -Acho que não ficaria bem a Senhorita dormindo comigo. -Senhor Arthur eu não ligo muito para o julgamento das pessoas. -Mas eu sim,não gostaria de ouvir comentários maldosos. -Arthur não vai poder dormir na sala,e o quarto que temos é o que era do patrão. -Eu não posso dormir lá. -É só por uma noite. -Não é certo,é o quarto do patrão. -Vamos dormir aonde? -A gente arruma uma cama pelo chão. -Não mesmo,com uma cama sobrando acha que eu vou dormir no chão. -Arthur não vai dar para dormir no chão,o melhor é dormir na cama,é grande cabe os dois. -Isso não está certo. -Senhor Arthur prometo que não vou incomodar o senhor. -Acho melhor vocês irem tirar essa roupa Molhada,vou mandar preparar café.

Arthur olhou para ela,e mostrou onde fica o banheiro.Eles trocaram de roupa. Arthur saiu sem camisa,ela olhou e não disse nada.

-Eu vou levar essa roupa para secar perto da lareira,talvez com sorte consiga secar a minha camisa. -Claro.

Arthur foi colocar a roupa dele em cima de uma cadeira para secar.

-Senhorita deveria por a sua roupa em cima de uma cadeira,assim ela pode ir secando. -Onde eu pego uma cadeira? -Eu busco uma. -Senhor Athur não está com frio? -Não. -Eu vou sentar perto da lareira. -Vamos esperar que essa chuva passe logo,assim vamos resolver o problema da camionete,e voltar para casa. -Parece que não vai passar,acho que vamos ter que dormir por aqui. -A ideia de ter que dividir a cama não me agrada nenhum pouco. Ainda mais sendo a cama do patrão. -Acredito que caiba nós dois. -Eu espero não ouvir comentários maldosos. -Se preocupa tanto com o que os outros vão pensar? -Por isso não dou motivos para falarem. -É uma noite,não vou agarrar o senhor.

Arthur ficou vermelho e saiu para buscar a cadeira. Vivian viu que já estava escuro demais,e eles não voltariam para a fazenda naquele dia.

-Senhorita tem café quentinho. -Eu vou querer. -Aqui está a cadeira. -Eu vou arrumar as minhas coisas, e já vou tomar café. -Vamos fazer comida a mais,vamos jantar cedo pois pode faltar luz. -Pode piorar? -Acredito que vá chover a noite toda. -Não dá para levar a lareira para o quarto? -Não Senhorita.

Vivian tomou o café,e esperou o jantar. Os outros funcionários vinham chegando.

-Boa noite. -Boa noite.

Eles seguiram conversando,Vivian era a única mulher na casa. Ela olhou para o Arthur,ele parecia com o pensamento em outro lugar. Vivian queria entender o que se passava na cabeça dele. Parecia sério demais,muito concentrado em tudo o que fazia,talvez o avô tinha motivos de sobra para confiar nele. Talvez amanhã seria um bom momento para contar a verdade. Eles jantaram,e juntaram as coisas da mesa. Vivian perguntou onde ficava o quarto. Arthur foi com ela.

-Boa noite a todos. -Boa noite Senhorita.

Ela entrou no quarto e olhou em volta. Ela olhou a foto do lado da cama do avô. Eles tiraram juntos em uma viagem. Ela abriu o guarda roupa, começou a tirar as cobertas. Arthur olhava para ela,como tinha facilidade de chegar e mexer nas coisas das pessoas.

-Frio não vamos passar. -Como pode chegar mexendo nas coisas das pessoas dessa forma. -Acho melhor o senhor deitar,pois está frio. -Eu vou dormir na poltrona. -Não mesmo,eu tenho medo de tempo carregado,o senhor deita aqui. Eu não vou dormir sozinha. -Não vai acontecer nada.

Arthur terminou de falar e faltou luz.

-O senhor escolhe ou deita aqui,ou eu durmo aí com o senhor. -Como vai dormir em uma única poltrona comigo? -Acredite darei um jeito.

Ela escutou mais alguns barulhos. Ela sentou na cama.

-Senhor Arthur,decida logo. -Deite,eu já vou deitar aí.

Arthur deitou e ela chegou para perto dele.

-Senhorita poderia chegar um pouco mais para lá. -Nem pensar,eu estou com frio,com medo,o senhor poderia me abraçar? -Eu não posso fazer isso,chega um pouco mais para lá. Acredito que daqui a pouco vai estar aquecida,ainda mais com esse monte de coberta. -Senhor Arthur,eu realmente tenho muito medo de tempo assim,não faça uma interpretação errada,eu tenho traumas,e muitas vezes eles não me deixam dormir em dias assim. -Eu não faria nenhuma interpretação errada,apenas não acho correto. -Por favor,eu vou congelar,e com medo é pior ainda. -Eu vou virar de costas,a Senhorita pode se encostar em mim. -Tudo bem,obrigada.

Arthur virou e ela se encostou nele,colocou os pés nas pernas dele para que pudesse se aquecer. Vivian colocou a cabeça em baixo da coberta, e rezou para que o tempo passasse.

Arthur não estava muito confortável com aquela situação,ainda mais que poderiam surgir conversinhas depois disso.

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Comments

Anita Siilva

Anita Siilva

os trabalhadores vão falar de qualquer jeito

2022-07-05

6

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