Capítulo 05

Rodrigo está em casa e sua mudança chega, ele está na cidade à pouco tempo, ele comprou uma fábrica e está cuidando de tudo pessoalmente, Alberto ficou à frente da outra fábrica da qual são sócios, Rodrigo pretende ficar apenas um ano, pois até lá a fábrica já estará funcionando na sua totalidade e não será necessária a presença dele diariamente, ele está contratando mão de obra local e enquanto a fábrica é reformada os novos funcionários recebem treinamento. Ele trouxe apenas uma de suas funcionárias mais antiga, pois ela já sabia de seus gostos, as outras ele contratou pela cidade mesmo. E o final de semana foi só para colocar a casa em ordem.

Manu e Paula foram ao parque, pois o Dominique adora brincar com as outras crianças que sempre estão lá brincando, a brincadeira preferida dele é com a bola.

Enquanto Dominique brinca, Paula conta como foi o jantar na casa do Lorenzo.

Paula: A família do Lorenzo é um amor, me trataram super bem, a minha sogra tem mãos de fada, a comida estava deliciosa.

Manu: Que bom! fico muito feliz por vocês e agradeça-me por dar esse empurrãozinho. rsrsrs

Paula: Como assim?

Manu: Se não fosse eu abrir os olhos dele, ainda estariam na mesma.

Paula: Nada disso, se ele não tivesse falado nada eu ia falar, já tinha decidido.

Já estava quase anoitecendo e as duas foram embora, Dominique chorou, pois queria continuar brincando.

Segunda feira na hora do almoço as duas foram a uma churrascaria perto da escola, elas sempre almoçavam por lá, ela já conhecia a dona e as vezes até penduravam a conta para pagar depois.

Elas sentam na mesa de sempre, fazem o pedido e conversam enquanto aguardam.

Elas estavam tão distraída que não perceberam quando Rodrigo se aproximou.

Rodrigo: Bom dia! posso sentar com vocês?

Manuela não acredita na cara de pau dele, depois do que ele fez ainda tem coragem de olhar na cara dela.

Manu: Não!

Ele não se importou e sentou mesmo assim.

Rodrigo: Eu queria te pedir desculpa, pelo mal entendido daquele dia, eu não tive a intenção de ofender você.

Paula: Então esse é o b@bac@ que você falou, olha você tem muita sorte, se é eu aquele dia você tinha saído com a cara desfigurada.

Rodrigo: Pois que bom que foi sua amiga e não você. Rodrigo disse isso tentando ver qual expressão ela fazia.

Paula: Já pediu desculpas, agora você pode dá licença?

Rodrigo: Mais eu ainda não fui desculpado.

Ele continua olhando para Manu que o ignora.

Paula: O que você fez não tem desculpa.

Rodrigo: Digam meninas o que eu posso fazer para me redimir.

Paula: É só ficar longe da gente que está de bom tamanho.

Rodrigo: A minha secretária comentou que vocês usam o galpão da fábrica, eu não tenho nenhuma intenção de usá-lo, então se vocês quiserem pode continuar usando, e se precisarem de mais alguma coisa é só falar.

Paula: Vamos pensar, se aceitamos ou não.

Manu: Paula! a gente já tinha falado sobre isso.

Paula: Calma Manuela, eu não disse que aceitava, disse que a gente ia pensar.

Manu: Não tem nada para pensar.

Rodrigo: Não tem porque vocês não aceitarem, estou oferecendo sem nenhuma intenção que não seja ajudar, sei que a escola é pequena e não tem espaço suficiente e o galpão está desocupado sem uso nenhum, as crianças precisam desse espaço não neguem isso a eles. Pensem com carinho e se aceitarem, nem precisa falar nada é só usar como quiserem.

Rodrigo sai e as duas ficam se olhando.

Paula: Amiga ele tem razão as crianças adoram essas atividades e o único espaço que dá para fazer essas atividades é o galpão e além do mais ele explicou que foi só um mal entendido, e que não quis te ofender, ele apenas a confundiu com outra pessoa.

Manu: Mesmo assim, ele não pode tratar ninguém assim, e também não deixou de ser canalha só porque pediu desculpas. Mas de uma coisa ele está certo, as crianças precisam desse espaço.

As duas almoçam e voltam para a escola, quando elas chegam são cercadas pelas crianças que estão ansiosas para saber se eles continuarão no galpão, eles amam as atividades desenvolvidas lá, e ficaram muito tristes com a possibilidade de não poder mais usar aquele espaço.

Paula: Calma meus amores, ainda não temos uma resposta.

Manu: Vocês gostam muito de lá né crianças?

Crianças em coro: Simmmmm!

Paula: Então Manu o que você decide, aceitamos ou não a oferta do canalha?

Manu: Está bem! Vamos aceitar, mais se tiver que tratar de qualquer assunto com aquele ridículo, você quem vai resolver tudo com ele, eu não quero nenhum tipo de aproximação com ele. Entendido?

Paula: Tanta raiva assim, parece até outra coisa. kkkkk

Manu: Palhaça.

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