Capítulo 2

O garçom traz os pratos e eles se servem, depois um outro garçom chega com as bebidas, Liam serve ela e ele. Eles ficaram em silêncio por um pouco de tempo enquanto comiam, mais uma vez o Liam recebe mensagens, ele visualiza e responde, dessa vez ele demora um pouquinho.

Louise: É trabalho amor?

Liam: Não, é um amigo, é meio importante.

Louise: Hum...

Ele deixa o celular na ponta da mesa e olha para ela.

Louise: Que horas você sai hoje?

Ele pega o celular e fica olhando.

Louise: Liam, estou falando com você...*f*ica irritada.

Liam: Oi amor, desculpas, eu tenho que responder

Louise faz uma expressão incrédula, ele quase não presta atenção nela, a todo momento está olhando o celular desde que chegou. Ela se inclina um pouco para trás na cadeira enquanto toma o suco. Ela olha para os lados e suspira como se estivesse desconfortável, até porque é desconfortável não receber atenção quando se estar em um restaurante acompanhada.

Ela bebe o suco todo em três goles, ele mal tocou no dele. Ela pega o copo dele e derrama um pouco no dela, ele olha desacreditado e rir brigando com ela, ela sorrir vitoriosa por conseguir a atenção dele, ele guarda o celular e volta a comer.

Após terminarem o almoço, ele paga a conta e saem do restaurante, eles entram no carro e Liam dar um selinho nela.

Liam: Ficou chateada por eu ter ficado no celular?

Louise: Desconfortável, mal conversamos.

Liam: Desculpas, não queria te deixar assim, é que são mensagens importantes.

Louise: Tudo bem.

Liam: Isso não vai mais acontecer... acaricia o rosto dela.

Eles saem e ele deixa ela na delegacia, depois ele volta para a clínica e já tem uma fila de pessoas para serem atendidas.

Recepcionista: Doutor Liam, um cliente deixou isso aqui para você, ele não quis se identificar.

Liam: Hum... ok, obrigado.

Ele pega o envelope e vai para o seu escritório antes de começar os atendimentos, ele abre o envelope e ver uma foto de dois rapazes conversando no restaurante, era ele e o Jonata.

Liam: Droga!!!... dar um murro na mesa.

Quem conseguiu a porcaria dessa foto? Isso é alguma chantagem?

Toc Toc Toc

Ele esconde a foto e põe na gaveta rápidamente.

Liam: Entre.

Auxiliar: Co-Licença doutor, as fichas já estão disponíveis, podemos começar?

Liam: Sim, vamos para sala.

Na delegacia.

Na delegacia estava tudo indo bem, as investigações, o trabalho, Louise se manteve ocupada lendo as informações do contrato.

O delegado deu uma semana para ela ir para Nova Iorque, agora a sua mente está uma confusão, essa história do Liam envolvido com o Jonata a deixou muito preocupada, mas, ela está pensando num jeito de descobrir. Ela não quer acreditar que ele possa ser um cúmplice ou conhece muito bem o Jonata e esconde dela.

Ela continua lendo e no fim das folhas assina. De repente uma barulhada se ouve por toda a delegacia, parecia ser briga. Louise se levanta imediatamente para ver, os outros também se aproximam e eles vêem o Jonata se recusando a ser preso. Ele se debatia seguro entre os policiais e avista a Louise.

Jonata: DESGRAÇADA! ME TIROU O MENINO PARA DEIXAR MORRER NAS MÃOS DE OUTRO MISERÁVEL!

Louise olha para ele com uma mistura de sentimentos por ele ter mencionado a morte da criança e por ser um cretino abusivo.

Jonata: Se pensam que vai ficar assim, vocês estão muito ENGANADOS! Eu vou me vingar da morte dele e vocês vão tudo se ferrar SEUS DETIVES DE MERDA!

Todos ficam olhando para ele apenas em silêncio. Jonata continuava a gritar sem parar, os policiais levam ele para uma cela e ele gritava cada vez mais, o delegado veio até ele e lhe acertou um soco na cara, fazendo ele desmaiar.

Delegado: Deixa ele na cela algemado, esse mimado vai levar uma boa lição.

Eles saem levando o Jonata e o Delegado vai até a detetive.

Delegado: Assinou os papéis?

Louise: Sim, já já eu levo na sua sala.

Delegado: Ótimo.

Louise e os demais voltam para seus lugares, agora está tudo calmo, Louise fica aflita, pois a morte da menino mexeu muito com ela. Adrian nota a diferença em seu semblante e tenta confortá-la, pegando em seu ombro. Ela sorrir entre lágrimas e dar um suspiro.

Trice: Você fez um bom trabalho detetive! Eu sinto muito pela a morte do menino, mas, não deve se sentir culpada. Você não sabia que ele ainda corria perigo, até então só sabíamos do Jonata.

Louise: Eu deveria ter protegido ele com mais segurança, a família deve estar super arrasada.

Adrian: Faça uma visita a eles.

Louise: Eles não vão querer me ver.

Trice: Pare de pensar isso Lou, nem mesmo o delegado diria o contrário. Eu também concordo com o Adrian, você deve ir e vai ser bom para a família a sua presença nesse momento tão difícil. E eles sabem muito bem o quanto você lutou para salvar ele.

Adrian: Nada de negatividade detive! Você é fera, cadê aquela mulher brava?

Louise: Ag! Vocês são os melhores, eu não vou negar que sinto muito a morte do pequeno Davi. Mas, mesmo eu fora do caso, quero saber de tudo e quem é esse tal criminoso. Quando o encontrarem e investigarem, façam o que sabe fazer de melhor... pisca para eles.

Trice: Você é terrível detetive.

Louise: O delegado é pior do que eu... Rir.

Adrian: Se alguém descobre, estamos fritos.

Louise: Enquanto não descobrem, podemos continuar trabalhando nisso...Se levanta... Não faz mal... Bate no ombro dele e sai.

Louise foi até a sala do delegado novamente, ela bate e ele manda entrar. Ele estava sentado mexendo no computador, ela se aproxima da mesa e pergunta se eles podem conversar, ele levanta e se senta num sofá perto das janelas.

Louise: Aquí estão os papéis... Entrega a ele.

Delegado: Obrigado.

Louise: Eu sei que não estou mais com o caso do Jonata, mas eu queria saber se posso continuar recebendo as informações, essa investigação foi muito importante para mim e ainda com a morte do Davi, eu fiquei totalmente arrasada.

Algumas palavras do Jonata me deixaram confusa, não entendo o porquê toda a fúria pela morte do menino, sendo que ele torturava a ele como objeto. E cheguei a acreditar que ele tem ligação com o assassino.

Delegado: Quanto a você ficar sabendo das informações, está livre, eu não iria te impedir assim. Até porque o caso é seu, só coloquei a Beatrice por causa do contrato em Nova Iorque.

Eu também tive algumas dúvidas em relação ao que ele falou sobre o assassino, eu estou cuidando disso, pelo visto, vai ser um trabalho a mais para resolver. Se ele não sabia do assassino, isso é um grande problema.

Louise: Isso é inacreditável, por um momento achei que tínhamos encerrado tudo... Se levanta passando a mão na boca.

Delegado: Estamos monitorando tudo, pode ficar tranquila, resolveremos da melhor maneira e o desgraçado não vai se safar.

Louise: Eu desejo sucesso, obrigada por ter me confiado o caso do Jonata até aqui, eu gostaria de vê-lo.

Delegado: Obrigado e tome cuidado.

Louise: Pode deixar delegado.

Louise sai do escritório e passa na sua sala, ela chama o Adrian para acompanhá-la. Eles chegam na cela e o Jonata está sentado no chão encostado na parede, assim que ele ver eles, se levanta rápidamente.

Jonata: Veio lamentar minha derrota detetive?...Se aproxima das grades.

Louise pede para levá-lo a sala de interrogatório, dois policiais entram na cela e ela o espera lá com o Adrian. Ele chega algemado e eles põe ele sentado, depois se retiram ficando na porta.

Jonata: Acha mesmo que uma cretina como você me venceu por tirar aquele muleque de mim?

Parabéns detetive, jogou ele nas mãos de um pior do que eu e que ainda foi capaz de tirar a vida dele, coisa que nem eu tive coragem de fazer!

Adrian: Isso não muda o fato do quanto você dar nojo, a morte é até melhor do que sofrer nas mãos de um miserável como você... Encara ele.

Louise: Adrian...

Adrian: Desculpas.

Louise: Eu vou ser bem clara e direta Jonata, se tem alguém que está aliado a você, é melhor me dizer, ou as coisas vão piorar para o seu lado. E sim, é uma ameaça, eu não tirei o Davi de suas mãos para fazê-lo sofrer ainda mais, você com certeza foi o culpado da morte dele e não venha com joguinhos de enigmas.

Jonata: kkkkkkkk Você é engraçadinha detive.

Ela permanece em silêncio e apenas o encara.

Jonata: O que querem que eu diga? Que eu tinha cúmplices? Que meus aliados se vingaram por terem se metido no que vocês chama de "caso" ?

Eu não sou idiota detetive, se acham que vão me ferrar me prendendo nessa maldita cela, sinto em dizer, mas não vão ganhar nada com isso. Sabe porque detetive?... Aproxima o corpo na mesa. Eu faço o que bem quero e na hora que eu quero, não tenho medo de polícia e muito menos de você, se acha que não vou sair dessa droga tão cedo, meus homens trabalham por mim lá fora.

Louise: Ok, muito obrigada pela informação, pelo visto são muitos os seus aliados. E pode ficar tranquilo aqui, enquanto eles trabalham por você, nosso plano entra em ação... Fala friamente.

Jonata: KKKKk Você realmente não sabe de nada não é detive? Tão fácil de ser enganada.

Adrian: Isso é chantagem Lou... Olha para ela.

Louise levanta e apoia as mãos na mesa o encarando firmemente.

Louise: Fica esperto Jon, não sou eu quem vai estar aqui quando seus homens caírem um por um.

Já deu por aqui Adrian.

Adrian: Vamos.

Eles saem.

Jonata: Isso foi um alerta?...Rir debochando.

Os polícias entram e o retira levando para cela, dessa vez eles tiram as algemas e ele fica indignado batendo na parede.

Louise e Adrian voltam para a sua equipe, a Trice não estava, mas, se juntaram aos outros.

Adrian: Você nem precisou falar muito para fazer ele relevar sobre os aliados... Rir.

Louise: Eu achei que ele fosse mais esperto... Se senta olhando o computador.

Adrian: Boa kk

A tarde na delegacia continuou normal, a Louise voltou a trabalhar como de costume no computador. Adrian também estava analisando algumas imagens, eles ficam compartilhando algumas informações e assim ficam pelo o resto do dia.

Já são 17h, Louise sai do trabalho e vai para casa. Ao chegar, ela encontra sua mãe sentada no sofá, lendo um livro. Ela vai até ela e dar um beijo no rosto dela toda desanimada.

Verônica: Minha filha! Que bom que chegou, como foi o dia hoje? Você parece abatida.

Louise: E estou mãe... Suspira se sentando ao lado dela.

Verônica: Me conta o que aconteceu meu amor... Se vira para ela.

Louise: Lembra do Davi? O menino que eu ajudei?

Verônica: Sim.

Louise: Ele foi assinado mãe...

Verônica: Ai meu Deus filha!... Tampa a boca.

Louise: Eu fiquei arrasada e com muito ódio, ele não merecia, sofreu tanto... A família dele sofria nas mãos daquele miserável, ele foi um tormento para aquela criança durante anos e não podiam fazer nada.

Verônica: Eu sinto muito minha filha, sei que fez um ótimo trabalho, mas você não sabia e não tinha como evitar.

Louise: Eu senti muito mãe... O Davi merecia viver uma vida feliz depois de estar livre do desgraçado. Tudo foi de mal a pior e agora é mais um caso a ser investigado.

Verônica: Oh meu amor, eu lamento muito, muito mesmo... Abraça ela.

Louise: Obrigada mãe.

Acha que se eu visitar a família vou ser bem vinda?

Verônica: Claro que sim! Você é maravilhosa, eles sabem que você foi uma heroína. Eu super apoio que vá ver eles sim.

Louise: Eu sou durona, mas, a morte do Davi mexeu muito comigo.

Verônica: Foi porque você lutou por ele, eu te entendo.

Louise: Obrigada mãe.

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