Fernanda - A Rendição Do Mafioso (Livro 2 - Série Mulheres)

Capítulo 3

Depois de algumas horas de sono acordo com fome, olho no celular e já são quase meio dia, lembro do convite do Felipe e fico pensando se devo aceitar, meu estômago ronca, coloco um short azul, uma blusinha azul e jogo um casaco azul no mesmo tom por cima dos ombros, coloco um tênis, alguns acessórios e resolvo descer para o restaurante do hotel

Chego no restaurante e sento em uma mesa, peço um bacalhau à Brás e uma taça de vinho, não vejo o Felipe no almoço, mas não me abalo com isso, minha viagem é solo, a minha vida é solo, termino minha refeição e vou dar uma volta pelas ruas da cidade, entro em algumas lojas, provo alguns doces típicos, compro algumas coisinhas que acho interessante, aqui é lindo e as pessoas são adoráveis, já está quase escurecendo e eu resolvo voltar para o hotel, preciso descansar e me arrumar para sair a noite

Chego no hotel e tomo um banho, coloco um roupão e deito na cama assim mesmo, acabo dormindo, acordo e já é noite, coloco um vestido vermelho agarrado no corpo, ele é de manga comprida, uma decote generoso na frente e a saia vai até o meio das coxas, faço uma maquiagem caprichada, arrumo meus cabelos para ficarem soltos e sedosos, coloco um salto dourado e pego minha bolsa, olho no espelho antes de sair e eu estou incrível, saio do hotel e pego um táxi

Chego em uma boate que pesquisei na internet e consegui colocar o meu nome na lista depois de muito custo, chego e consigo entrar sem pegar a fila, a boate é linda, tem bastante gente dançando e a música que está tocando também é ótima, vou até o bar e peço um drink, me sento ali mesmo e fico observando a pista, o pessoal está animado e eu começo a me animar, bebo todo o meu drink e vou para a pista de dança, começo a dançar seguindo o ritmo da música e logo algumas meninas se aproximam e começam a dançar comigo, uma delas fala ao meu ouvido

-Qual é seu nome? - ela grita por causa do volume da música

-Sou Fernanda, mas pode me chamar de Fê e você? - grito também e ela balança a cabeça, mas sem deixar de dançar

-Eu sou a Débora, mas pode me chamar de Debby, essas são Thaty e Vivi, você está aqui sozinha? - cumprimento as outras duas

-Estou sim, vocês são daqui mesmo? - elas sorriem

-Somos de Porto Alegre - Brasil, estamos aqui de férias

-Eu sou do Rio de Janeiro, também estou de férias aqui - elas estão super animadas e me abraçam como se fossemos ótimas amigas

-Que legal, você vai ficar com a gente, vem vamos beber alguma coisa - elas me puxam para o bar e pedimos quatro tequilas, brindamos e viramos de uma vez

-Gostei de vocês, são doidinha igual a mim - falo rindo e a Vivi coloca o braço em volta do meu ombro

-Nessa vida temos que ser doidas, senão não tem graça

-Concordo, agora vamos dançar e beber que hoje viemos para sair daqui doidonas - Thaty fala e pede mais tequila, bebemos e voltamos para a pista de dança

Ficamos ali dançando nos quatro, rindo e bebendo, já tinha perdido as contas de quantos drinks eu já tinha bebido e sinto vontade de ir no banheiro

-Eu vou no banheiro - falo com a Vivi e ela só balança a cabeça, ela está pior que eu

Vou abrindo caminho em meio a multidão e consigo chegar no banheiro, faço minhas necessidades, dou uma retocada na maquiagem e saio do banheiro, quando estou voltando para a pista esbarro em um homem e quase caio no chão, mas ele me segura em seus braços e quando vou gritar para ele me soltar vejo que estou nos braços do Felipe

-Fernanda - ele fala me olhando com os olhos intensos, eu estou paralisada em seus braços, ele esta com um blusão preto aberto até a metade deixando seu peitoral amostra e meu rosto está bem próximo a sua pele, seu cheiro amadeirado misturado com o álcool fazem meu coração acelerar e minha parte sensível fica úmida no mesmo instante - Você está bem? Se machucou? - sua voz me tira do meu devaneio

-Felipe, eu estou bem, só me assustei com esse esbarram, eu quase caí - ele assente e me solta, no mesmo instante sinto falta dos seus braços e minha vontade e agarrar o seu pescoço e me deixar levar pelos seus beijos que devem ser perfeitos, nossa o álcool está mexendo com meus pensamentos, eu preciso me controlar

-Desculpa a hora do almoço, meu agente me ligou e eu precisei ir em uma reunião que acabou ocupando meu dia todo, mas como você sabia que eu estaria aqui? - ele fala com um sorriso no rosto e eu levanto uma sobrancelha

-Eu não vim aqui por causa de você, se é isso que você está dizendo, eu vim aqui por que queria curtir minha noite e estou fazendo isso - ele me olha dos pés a cabeça e sorri

-Vem comigo pro camarote, estou com alguns amigos lá - eu concordo e vejo as meninas me olhando de longe, ele segura a minha mão e sai me puxando, eu aceno para elas e quando elas vêem ele me puxando me mandam beijos e a Vivi faz movimentos como se tivesse beijando alguém, eu começo a rir e vou seguindo ele, entramos no camarote, vejo alguns homens sentados e algumas mulheres dançando, todos são lindos e provavelmente todos modelos, mas eu não me abalo e chego com um sorriso no rosto

-Rapazes essa é a Fernanda, a linda mulher que eu conheci no vôo vindo para cá - eu olho para ele e ele sorri - Fernanda esses são Gustavo, meu agende, empresário e pai - Gustavo se levanta e aperta a minha mão, agora ele mais perto percebo que eles são muito parecidos, só que o Gustavo aparenta ter uns cinquenta anos, porém muito bem conservado

-Um prazer Fernanda, meu filho comentou sobre você, você já pensou em ser modelo? - Gustavo me olha com um sorriso enorme e eu olho para o Felipe que também está sorrindo

-Já pensei sobre isso, mas não sei se quero isso para a minha vida - ele me olha dos pés a cabeça

-Se um dia você achar que quer tentar para ver o que pode dar é só me procurar, tem um futuro brilhante esperando por você - ele me entrega um cartão e eu coloco na minha bolsa

-Obrigada, prometo que vou pensar no assunto - ele sorri e volta a se sentar

Felipe me apresenta a todos e ficamos ali dançando e bebendo, conheci a Fernanda sua irmã e ela também é modelo, uma linda garota com os cabelos castanhos até a cintura, os olhos azuis e um corpo de dar inveja em qualquer pessoa, ela me contou que já estava em Lisboa a um mês e que estava trabalhando ali com o pai que também é o agente dela, mas que o Felipe só tinha ido naquele dia porque a namorada não deixou ele ir antes, o que fez o pai dele obrigar ele viajar ou cancelaria os contratos de trabalho dele, logo viramos amigas e enquanto dançávamos os olhos do Felipe não saiam de cima de mim