A garota do parque!

Depois de mais um dia de trabalho árduo, Joseph percorre o seu caminho de volta para casa. Joseph estava morando em um apartamento alugado na zona sul da cidade, e todos os dias, o rapaz faz uma caminhada de 20 a 30 minutos tanto para ir, quanto para voltar do trabalho.

Durante sua trajetória, Joseph passa pelo parque e percebe algo que nunca havia visto antes, na verdade, tratava-se de uma pessoa.

Joseph observa uma linda garota loira de cabelo curto acima dos ombros, óculos escuros, uma mine blusa branca, jaqueta de couro preta por cima, short jeans azul e um par de tênis brancos.

Joseph parou por um momento e enquanto observava a garota, ele acabou perdido em seus pensamentos.

- O que essa garota faz de óculos escuros durante a noite? – Pergunta para si mesmo.

De fato eu esqueci de mencionar esse detalhe.

A garota estava sentada no banco do parque, como se estivesse esperando por alguém, então Joseph resolveu dar os ombros e seguir seu caminho, mas outra coisa chama sua atenção, três caras vestidos como homens de preto, se aproximam da jovem e parecem dizer algo que a fez abaixar sua cabeça.

A jovem então balança a sua cabeça em sinal de não, mas um dos caras põe a mão em seu ombro.

O coração de Joseph dispara e o mesmo sente um pulso de adrenalina correr em suas veias.

- Droga Joseph isso não tem nada haver com você, isso não tem nada haver com você, isso não tem nada haver... Mas que droga!

Joseph respira fundo e se aproxima da garota e dos homens que a cercam.

- Oi, com licença, algum de vocês poderia me informar as horas, por favor?

A garota fica em silêncio, os homens olham uns para o outros e depois voltam seus olhares para Joseph.

- Cai fora daqui cara!

- Ou, calma aí amigo, eu só quero saber das horas! – Joseph ergue os braços.

- Nós não temos nenhum relógio, vaza! – Diz o segundo homem.

- E celular, eu duvido que vocês não tenham um!

O terceiro homem acaba perdendo a paciência com Joseph e o empurra.

- Escuta aqui o gigante, eu acho bom você ir caçar o seu rumo se não quiser se meter em problema! – O homem fala em um tom bastante agressivo.

- Bom se vocês não tem relógio, nem celular... – Joseph iria dar as costas e sair, mas uma voz doce e angelical o impede.

- Espera, rapaz... Eu tenho um celular, você pode ver as horas nele se quiser! – Ela ergue o celular que marcava exatas 22:00 horas da noite.

- Muito obrigado senhorita, é muita gentileza da sua parte! – Joseph fica sem entender o porquê ela simplesmente não disse as horas ao invés de mostrar seu celular.

- Não há de quê! – Diz a garota em um tom um tanto triste.

- Agora cai fora seu merda, antes que a gente perca a paciência com você! – Diz um dos homens.

- Escuta, não que seja da minha conta, mas... O que vocês estão todos fazendo a essa hora da noite em um parque deserto? – Joseph não esconde sua curiosidade.

Um dos homens com sua paciência esgotada, enfia a mão no bolso pegando um soquete e parte para a violência, ele acerta o rosto de Joseph em cheio, o mesmo recua um pouco após receber o golpe.

- Isso foi só um aviso, o próximo vai ser pra valer! – Diz o homem.

- Por favor, não façam isso, ele não tem nada haver! – A garota parece assustada.

- Cala a boca, esse merdinha está se metendo aonde não deve, ele merece uma lição! – Diz o segundo homem.

Depois de ter ficado em silêncio por alguns segundos, Joseph põe sua mão sobre o local onde havia recebido o golpe e sorri bem discretamente.

- Eu estava apenas sendo curioso... Eu tentei ser educado... Tentei ser até engraçado, mas vocês tiveram que partir para a agressividade, não é? – Joseph fica sério de repente.

- Mas que merda você está falando aí, seu bosta? – Pergunta o segundo homem.

Os três agora com soquetes equipados em suas mãos, começam a golpear Joseph de diversas formas, mas Joseph continua sem reação, ele apenas recua um pouco enquanto recebe os golpes sem parar.

- Não por favor, não façam isso com ele!!! – Grita a garota.

De repente eles param de bater em Joseph, os três ficam bastante ofegantes após desferir vários golpes contra Joseph, mas o mesmo continuava de pé. Joseph olha para os três homens, e então passa seu dedo polegar no lábio catando um pouco do seu próprio sangue.

- Vocês usam soquetes para isso? – Joseph lambe o seu próprio sangue.

- Mas que merda é essa, a gente... A gente acabou de espancar esse cara, porque ele não está no chão? – Pergunta o primeiro homem.

(Risada!) – Vocês não tem nem vergonha na cara de dizer que me espancaram não, que tipo de piada são vocês? – Joseph resolve provocá-los.

- Vai se foder!!! – O terceiro homem parte para cima de Joseph.

Infelizmente para o homem, Joseph já havia se cansado de apanhar e antes que o homem pudesse erguer um de seus braços, Joseph o golpeou no rosto com um poderoso e rápido soco, o homem quase gira no ar e cai no chão já inconsciente.

Joseph olha para os outros dois, eles olham para o seu parceiro caído no chão e então partem para cima de Joseph ao mesmo tempo, o rapaz derruba os dois ao mesmo tempo com uma única rasteira usando seu punho ao invés de sua perna, um dos homens tenta se levantar depressa, mas recebe o punho de Joseph no rosto e desmaia, o outro vendo o que acabava de acontecer, ergue suas mãos ainda deitado no chão.

- Tá certo cara você venceu, você venceu!!! – Diz o homem em desespero.

- Beleza, então cai fora! – Joseph olha para o homem com uma expressão séria.

O homem se levanta e sai correndo deixando seus companheiros para trás.

(Cospe sangue no chão!) – Covarde! – Diz Joseph insatisfeito.

A garota estava ofegante, então Joseph se vira para ela após escutar sua respiração agitada.

- Você está bem? – Joseph pergunta para a garota.

- Você... Você acabou com os três sozinho?

- Eu não queria ter feito isso, mas eles não me deixaram outra opção!

- Não deixaram? Você poderia ter ido embora!

- Sim, mas... E você?

- O que tem eu?

- Eu não sei, me diga você!

- Ah, entendi... Você ficou com pena de mim e quis me defender por achar que eu não poderia lidar com a situação, não é? – A garota não parecia nada satisfeita.

- O quê, do que você está falando? – Joseph fica confuso.

- Estou falando da pobre garota cega que está na sua frente, senhor herói!

Joseph fica pasmo ao ouvir o que a garota acabava de falar, no entanto muita coisa acabava de ser esclarecida em respeito ao estranho comportamento da garota.

- Cega? Me desculpa, moça, eu não havia percebido!

Não? – A garota fica em silêncio de repente.

- Não, me desculpe de verdade, eu vi que você não queria acompanhar esses caras, então só achei que deveria ajudar!

A garota sorri de repente.

- Entendi, você só enxergou uma garota em apuros?

- Sim, mas sem querer ofender, é claro!

(Risadinha!) – Não ofendeu, sou eu quem devo pedir desculpas aqui!

- Bom... Eu estava certo sobre esses babacas?

- Sim, e não!

- O quê, como assim?

- Esses eram os seguranças que meu pai costuma pôr para me vigiarem, e... É, eles são mesmo babacas!

- Mas que merda eu fiz?

- Não se preocupe, eu não vi nada! – Ela faz uma piadinha de humor negro.

- Uau, essa foi bem pesada!

(Risadinha!) – Só para descontrair esse momento de tensão!

- Ok, então eles estavam te acompanhando, o cara mal aqui chegou e espancou os três, mas que droga...

- Pois é, e agora não tem ninguém para me acompanhar até em casa! – Ela faz um biquinho.

- Merda...

- Merda nada, você derrubou os meus guarda costas, agora você terá de assumir a responsabilidade! – Diz a garota cruzando os braços.

- Ok, ok... Eu... Eu te levo para sua casa, mas tem que prometer que ninguém vai tentar me espancar quando chegarmos lá!

- Isso vai depender de você!

- Como assim, vai depender de mim?

- É só não me chatear, então você vai ser ileso! – Ela faz outra piadinha.

- Você é doida, não é?

(Sorriso!) – Talvez! – Ela estende a mão.

Joseph suspira e então segura a mão da garota ajudando-a a levantar-se do banco.

A garota fica corada de repente.

- O que foi? – Pergunta Joseph.

- Sua mão... Ela é tão grande!

- Na verdade é a sua que é pequena!

A garota ainda corada, sorri.

- Beleza, me passa o endereço e eu te levo até sua casa! – diz Joseph decidido.

- Você tem carro?

- Não, eu gosto de caminhar, algum problema?

- Não, na verdade é perfeito!

Então a garota passa o endereço de sua residência para Joseph, e os dois seguem caminhando de mãos dadas.

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