Capítulo 10

Samantha casteli

"Vamos la, acho melhor você colaborar ou serei obrigada a chamar o patrão e penso que você não vai gostar disso,não é mesmo?" — diz a tal governanta.

Acho que ela tem 40 a 47 anos no máximo, seus cabelos estão presos em um coque atrás, e seus olhos verdes marcantes estão me encarando já sem paciência.

- eu nem sequer sei aonde serei levada - digo baixo - eu não sei qual é o problema do seu patrão. O que eu fiz? Você sabe me dizer o porquê ele me mantém presa? - pergunto ainda sentada na cama tentando não chorar.

Governanta : escuta.. Eu sei que agora tudo está de cabeça pra baixo, mas tenho a certeza que se você colaborar e não desobedecer as ordens do Heitor.. Quer dizer do Cappo, não se meterá em problemas

Heitor? então esse é o nome de quem me mantém presa nesse lugar?

- mas e se ele me matar?

Governanta : ele não vai. Uma das poucas coisas que sei. Agora levante-se e venha trocar de roupa.

Me levantei e fui até ela.

Governanta : o Cappo quer que você vista isso - a mesma me entregou um vestido ,saltos e algumas joias , possivelmente caras. - vista-se o mais rápido possível, porque já está atrasada!!

Peguei o vestido em questão e me segurei pra não rasga-lo.

Me visto rápido e vou até o espelho me ver

- céus.. Essa não sou eu..

Limpo a lágrima que desceu e arrumo meu cabelo cacheado em um coque e deixo alguns fios de cabelo descerem.

- seu patrão não deixou que eu me maquiasse? - perguntei com sarcasmo - Não quero demostrar fraqueza e muito menos que estive chorando.

Governanta : espere um pouco.

Ela saiu do quarto ,mas logo voltou com um estojo de maquiagem.

Governanta : sente-se.

Me sentei e ela começou a me maquinar

[..]

Governata : vamos.

Estou do lado de fora do quarto e o ambiente está frio aqui, as paredes com o tom preto e branco assustam-me e mostram que estou realmente perdida.

Passamos por inúmeros quartos até chegarmos nas escadas. Descemos

Governata : antes que eu me esqueça.. Quando perguntarem o seu nome no evento diga que se chama Ana Letícia de castillo.

-porque?

Governanta : se não quiser morrer antes do tempo, sugiro que me obedeça.

Engoli em seco antes dela girar a maçaneta.

Pela primeira vez em 2 dias consegui observar a luz do sol.

O céu está alaranjado sinal de que brevemente vai anoitecer, admiro a vista incrível em minha frente.

Um quintal enorme coberto por árvores muito bem cuidadas, rosas e margaridas brancas dão um toque de gentileza nesse ambiente sombrío.

Governanta : meu chefe está de olho em você, tente não fazer besteira.

Encarei o tal de Heitor que me encarava também.

Desvio o olhar para qualquer canto, pois tenho vontade de chorar, mas tenho fé que tudo isso vai acabar.

Estou cara a cara com ele neste momento e minhas pernas estão bambas, minha respiração lenta e sinto que a qualquer momento posso desmaiar ali mesmo.

Heitor : fez um bom trabalho, esta ragazza está molto bella governata(ela esta muito linda)

Desviou seu olhar do meu.

Governata : grazie senhore mio

Heitor foi para o outro lado do carro e entrou sem abrir a porta para mim.

- idiota - falei baixo abrindo a porta.

Estando dentro tento me acalmar fechando os meus olhos, mas a voz grossa de Heitor me assusta

Heitor : quando chegarmos, quero você perto de mim o tempo todo, você e eu somos os mais aguardamos.

- para que? Você vai pedir para me matarem? - deixo escapar.

Sua mão se levantou e quando estava prestes a tocar em meu rosto ele parou

Heitor : escuta ragazza, eu não quero ser obrigado a te bater toda vez que for insolente. Você é meio que a minha escrava apartir de agora. Mas para todos, nós somos um casal apaixonado que está prestes a anunciar seu noivado na noite de hoje

Perai o quê?

Os Meus olhos se aregalam e balanço minha cabeça em negação.

Heitor : você não tem escolha ,a não ser me obedecer. Quer dizer.. Ao menos que queira aquele pirralho vivo e todos os outros também

-não se atreva a encostar um só dedo neles. Faça comigo o que você quiser, mas deixe-os em paz - minha voz falha na última

Seu riso horripilante arrepiou os pelos em meu corpo.

Heitor : em uma coisa você tem razão, a culpada não é você e sim o seu pai!

O meu pai morreu tem alguns anos.

O que esse cara está dizendo? Quis abrir minha boca, mas o mesmo me proibiu.

Heitor : não quero ouvir sua voz. Trate de arrumar sua postura porque a viagem é longa. E quando chegarmos faça os outros acreditarem que você está perdidamente apaixonada por mim. Pelo seu próprio bem não tente nenhuma gracinha, fique logue das pessoas, a não ser que eu permita algum tipo de envolvimento. Estamos entendidos Ana Letícia de Castillo?!

Balanço a cabeça e vejo o seu corpo relaxar na cadeira.

Encarei a estrada contendo o choro que já havia começado.

Que venha a minha pena de muerte

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