Ligação desesperadora

Assim que o dia amanheceu fiz todas as minhas atividades diárias e comecei a ler um dos meus livros favoritos. Honestamente eu estava fazendo o que podia para conseguir ou pelo menos tentar esquecer o ocorrido na Lograto, quando de repente ouço o meu celular tocar. Fiquei com medo que fosse alguém da Lograto, mas parecia não ser devido a insistência. -Com quem falo? _ perguntei. -Oi filha, como você está? Era a minha mãe. -Olá mãe, estou bem e vocês? Cadê o papai? Não reconheço esse número. -Olha,o seu pai está bem e eu estou bem também. Conseguiu trabalho? -Mãe, estou te achando abatida demais me conta o que está havendo. Ignorei a pergunta que ela me fez, pois sinto que algo não está certo. -Filha _ ela disse chorando_ o empréstimo que a gente fez está sendo cobrado e vieram uns homens estranhos na nossa casa. -Mãe, porque esconderam isso de mim? Eu comecei a chorar sem entender muito bem o que estava havendo. -Seu pai não sabe que eu liguei pra você. Este número é da Jaba a dona da padaria. -Tá, mas me conta com detalhes o que houve. -A gente tinha sido cobrado pelo empréstimo, mas não conseguimos pagar, então decidimos ignorar por um tempo. Depois de um tempo sem preocupação veio ontem alguns homens que não pareciam do banco e ... - E o quê mãe? - ... e bateram no seu pai. Disseram que querem o dinheiro. Quando ouvi aquelas palavras algo parecia me cortar ao meio. Esse banco parece ser mesmo o banco do cartel. Só eles poderiam ser capazes de tamanha brutalidade. -Maya? Ainda está aí filha? -Sim, estou. -Não está difícil de resolver filha. Não chore. -Eu não consegui emprego ainda mãe. -Vai conseguir filha. Eu tenho que ir, deixei o seu pai sozinho em casa. Fique com Deus. -Amém. Foi tudo o que consegui dizer.
Quero ir aí México, mas não tenho dinheiro. Quero trazê-los , mas não tenho dinheiro. Quero pagar a dívida, mas não tenho dinheiro. Não sei o que fazer, quero ver meus pais. Não consigo parar de chorar e não sei o que fazer, conheço algumas pessoas aqui, mas não poderiam me emprestar o dinheiro, além do mais a quantia é grande demais. Só me vem á cabeça uma palavra. Lograto.
Voltei a Lograto, pedi desculpas pelo meu comportamento e pedi para me explicarem os detalhes de como fazer parte daquilo. Charles me mostrou a empresa e começou a explicar como tudo ia funcionar. -Maya, aqui a gente treina nossas modelos, ajudamos com custos referentes á mudança de visual e começamos a carreira da nossa modelo criando um book chamado Book Inicial. Esse book vai carregar um pouco sobre você e as fotos serão tiradas no lugar onde você nasceu e cresceu até que chegasse aqui. Essa é uma forma que encontramos para mostrar aos nossos patrocinadores que nossas modelos podem ser menos superficiais se fotografadas naturalmente no lugar onde viveu. Já que é difícil não se emocionar voltando às origens.
Eu ainda estava emocionada com o que a minha mãe me contou, mas acho que consegui esconder. Charles me passou o contato e eu simplesmente assinei sem ler nada do que estava escrito. Ele disse então: -Maya, eu acho melhor você ler o contato, mesmo que vá levar com você uma cópia dele. -Eu não quero ler nada. O que eu precisava saber já sei. Vou ganhar muito dinheiro, ajudar minha família e conseguir algo melhor pra nós. -Ok. Você vai viajar mês que vem e dar início a tudo que está escrito no contrato. -Tá. obrigado. -Você se importa de só pegar a cópia do contrato um mês depois de iniciar os trabalhos? Ou quer levar agora? Você decide. -Bom... como já disse, sei o que precisava saber. -Tá ok. Tenha uma boa tarde Maya. Fui pra casa um pouco aliviada, liguei pro meu pai e disse que tinha um trabalho. Ele ficou ainda mais feliz quando soube que eu sairia em viagem para o México no próximo mês.
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