CAPÍTULO 30

— Eu já entendi. — Emilly respondeu depois de ouvir o pai reclamar de mais um monte de coisas.

— Não! Você não entendeu! — Erick disse apontando o dedo pra ela. Arthur observava em silêncio, ele desviou os olhos de Erick e olhou para o jovem que estava encolhido ali próximo claramente desconcertado de estar no meio daquilo.

— Eu te pedi uma coisa! Só uma! E você desconsiderou completamente a segurança de todos ao seu redor só para me contrariar e fazer a sua birra de sempre — Erick disse e Emilly franziu o cenho ao ouvir aquilo.

— Acha que eu fiz isso pra desafiar você? Ah, pelo amor de Deus, você é mesmo um egocêntrico. — Emilly retrucou.

— Eu acho, acho sim, porque você não passa de uma garotinha mimada que quebra tudo ao redor quando não consegue o que quer, mas dessa vez eu não vou passar a mão na sua cabeça, fique sabendo disso. — Erick falou.

— Pai, isso que você tá dizendo é absurdo! Eu não fiz aquilo de propósito, e eu não teria ido parar naquela sala se a porcaria da agente que você escolheu pra me vigiar não tivesse me largado sozinha naquela cozinha! E pra piorar o seu querido Pedro me levou até uma sala de crianças infernais e no final eu fiquei sozinha vagando por esses milhões de corredores que eu não conheço, essa merda de agência parece mais um labirinto! E se o Leo não tivesse me ajudado, agora eu poderia estar em situação muito pior. Tudo por culpa dos seus agentes incompetentes! — Emilly respondeu, se defendendo.

Erick já ia responder quando Arthur entrou na frente dele e o impediu.

— Calma. Você já brigou com ela, agora vamos resolver isso do jeito certo. — Arthur disse olhando para o irmão.

Erick respirou fundo e se afastou, indo se apoiar na mesa de reuniões.

Arthur se virou para olhar para a sobrinha e o agente Leo que já se preparava para ouvir qual seria sua punição.

— O que vocês fizeram foi errado e sabem disso. Os dois. — Arthur disse olhando para os dois. — Emilly, está certa quanto a atitude da agente Roberta e vamos falar sobre isso depois. No momento o assunto principal é o que vocês dois fizeram no laboratório.

— Eu só tava testando as substâncias, não sabia que eram tão perigosas. — Emilly falou.

— Senhor, se me permite, eu também tive responsabilidade nisso, não devia ter deixado a senhorita Newman entrar no laboratório e eu poderia ter impedido que ela misturasse aquelas substâncias. — Leo disse.

— Senhorita Newman? — Emilly indagou olhando para o agente.

— Eu também acredito que foi culpa minha ela ter caído naquela poça química e tudo o que aconteceu como consequência disso. — Leo completou sua fala se referindo ao que houve com o vestido de Emilly, pois não conseguia tirar aquela parte da cabeça.

— E vocês poderiam ter se machucado feio por causa disso. — Erick disse, um tanto insatisfeito, se referindo a última fala de Leo.

— Me chamou de senhorita Newman? — Emilly perguntou olhando para Leo.

— Eu não sabia que você era a filha do meu chefe, devia ter me contato. — Leo respondeu, em tom de voz baixo, olhando para ela e Emilly riu.

— Ah qual é, nós somos amigos, que diferença faz saber de quem eu sou filha? — Emilly disse.

— Voltando a focar no que importa — Arthur disse chamando a atenção dos dois para o assunto principal novamente. — Podem começar dizendo porque entraram na sala. E como eu sei que o agente Leo foi apenas arrastado pra essa confusão, vamos deixar que a Emilly conte o que aconteceu.

— Obrigada tio Arthur, por começar uma conversa como uma pessoa NORMAL. — Emilly disse, dando ênfase na palavra "normal" como uma provocação para Erick.

— E indo direto ao assunto, eu queria dizer que o Leo não tem nada a ver com isso. Eu que convenci ele a ficarmos na sala e também fui eu que misturei aqueles sucos estranhos e deu no que deu. E eu sei que normalmente não faço isso de assumir a culpa das coisas ou livrar a barra de alguém, mas o Leo é um cara legal e também é gatinho, então ele não merece ser punido por nada, só eu. — Emilly disse e deu um sorriso amigável para Leo.

— OK, então é isso, o agente Leo está absolvido desse caso e você Emilly irá receber o castigo. — Arthur falou com naturalidade.

— Sério? Achei que vocês iam ser mais complacentes, mas tudo bem. — Emilly falou olhando para Erick e Arthur e logo depois olhou para Leo.

— E você? — Emilly indagou olhando pra ele que estava calado. — Eu achei que fosse tentar me impedir de assumir toda culpa ou coisa do tipo, não é isso que você deveria fazer?

— Bom, eu realmente te avisei que era má ideia entrar na sala e tentei te impedir de misturar as substâncias… — Leo respondeu e Emilly olhou para ele incrédula.

— Ah sério? Eu acabei de colocar o meu na reta por você e é assim que você me agradece? Amizade é uma via de mão dupla cara, tem que ter parceria dos dois lados, já te disseram que você é um baita vacilão? É por isso que você não tem amigos, vacilão. — Emilly disse para Leo. Em seguida ela apoiou as costas na cadeira e cruzou os braços, claramente descontente com a atitude de Leo.

— Desculpa, devia ter me dito o que fazer, como eu poderia adivinhar o que você esperava de mim? — Leo disse em um tom de voz genuinamente inocente.

— Eu te ajudei hoje cedo, seu otário! O mínimo que você devia fazer é retribuir. — Emilly respondeu voltando a olhar pra ele.

Antes que Leo pudesse responder, Erick interviu.

— Tudo bem agente, pode ir agora. — Erick disse se aproximando deles novamente. Erick estava mais tranquilo agora, parecia que a irritação de momentos atrás já havia acalmado.

Leo levantou-se e saiu da sala.

— Agente idiota. — Emilly murmurou.

— Que tal falarmos agora sobre a sua punição? — Arthur disse esboçando um sorriso, olhando para Emilly.

Emilly respirou fundo e soltou o ar, se rendendo, mostrando estar pronta para ouvir qual seria seu castigo dessa vez.

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