Capítulo 4

Com o longo sumiço do pai do seu filho, Valentina se convenceu ainda mais que o rapaz era o pior dos canalhas. E de que, mais dias menos dia, sairia de vez de casa.

Igual ao que aconteceu no primeiro ano que começaram a viver juntos. 

Assim decidiu apagar todos os contatos relacionados ao "ex-marido", e até mesmo o número do telefone do Àlex.

Na ocasião, até mesmo cogitou encontrar um novo companheiro.

Mas um companheiro de verdade, não outro irresponsável e mulherengo do feitio do Àlex.

Porém, tratou de tirar tal ideia do pensamento.

Só que dois, três dias depois, enquanto dava um retoque nas unhas, no salão da amiga. Já no final do expediente, quando não havia outra cliente, a dona do salão então lhe questionou:

- Valentina? Vou tocar num assunto que pode ser para você, no momento, um tanto delicado. E espero que não fique chateada.

- Sem problema, amiga. Pode me perguntar qualquer coisa.

- Está bem então, Valentina. Querida, você é tão jovem e bonita… não precisa ficar solteira. Sendo assim, não seria interessante arrumar um novo parceiro?

- Comadre, Abigail! Sabia que me peguei, esses dias, pensando nisso? Mas não sei. Acho que ainda é muito cedo para pensar no assunto. E o pior de tudo, é que não consigo tirar o safado do Àlex da cabeça.

- Apenas da cabeça, querida? - perguntou a dona do salão, sabendo da fama de amante inigualável que o companheiro da outra tinha. 

- Sabe muito bem que não, amiga - disse Valentina, com certa saudade da sua vida íntima. - Pois imagina um homem que na hora H te faz perder todos os sentidos.

– Ah, se imagino! - disse a cabeleireira, com o pensamento longe.

- O que disse, Abigail?

- Não, nada de mais não, querida.

- Tenho para mim - continuou Valentina - que em relação ao sexo, outro igual ao Àlex não encontro em qualquer esquina.

- Pelo menos você desfrutou e foi bem servida.

- Tem razão, amiga! Só que fazia falta não ter alguém com quem pudesse contar em todos momentos da. E o Àlex… você sabe. Nunca foi um companheiro que estava, ali, presente no dia a dia.

- Se é assim, por que não dá uma chance pro jardineiro do bairro.

- Para quem, Abigail? 

- Pro jardineiro do bairro. Quer dizer que nunca notou os olhares de cachorro morto do moço, quando passa ao seu?

- Não, juro que nunca notei nada. Mas também, sempre só tive olhos pro Àlex. E mesmo ele me traindo com qualquer traseiro empinado que lhe hipinotizasse. Nunca pensei em pagar na mesma moeda. Sendo que a única coisa que fiz, foi dizer que o trairia com o primeiro que aparecesse, mas apenas da boca para fora.

- Taí um bom momento para dar uma chance para outro cara. Pensa nisso! Eu sei que a profissão que ele exerce não proporciona grandes salários. Mas olha pelo lado bom. É trabalhador e parece ser super atencioso e dedicado.

- Que é isso, amiga? Sabe que não ligo para essas coisas. Sou mulher que vai à luta, e que estou sempre disposta a correr atrás do sustento de casa. Nunca dependi de homem para nada.

- Troca só uma palavrinha com o moço, Valentina. Quem sabe ele não pode ser essa sua outra metade que ainda te falta.

- Não sei não, Abigail. É melhor não precipitar as coisas. E depois, como eu já falei, não consegui esquecer o Àlex. Daí, para mim, não seria nada legal me envolver com outro homem tendo o pensamento em outro.

- O melhor método para tirar um macho alfa da cabeça, é estando nos braços de outro fortão, Valentina. E você sabe disso.

- Muito obrigada pelos conselhos, comadre! Mas, por enquanto, não pretendo segui-los. Antes, preciso resolver a questão do sofrimento do meu filho, para depois pensar nisso.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!