4Gatsu no hajime (cap 2)

O brilho da lua se esparramou sobre a água da piscina esportiva do dormitório.
O portão foi fechado, as conversas dos estudantes se calou. Nos posicionamos.
Yuki
Yuki
Você esta pálido, esta com medo ?
Akira
Akira
Que nada (murmurei)
Por garantia nós apagamos a luz para que ele não notasse a claridade.
Yuki
Yuki
Onde ele estaria ate agora ?
Akira
Akira
Talvez nem venha
Mais ouvimos o portão do dormitório abrir. Yuki saiu as pressas para o corredor e, passado um minugo, voltou.
Yuki
Yuki
Ele chegou (eufórico)
Akira
Akira
Quem ?
Perguntei imbecilizado pelo nervosismo
Yuki
Yuki
Haruka, vamos logo se esconda
Akira
Akira
Onde ?
Yuki
Yuki
Aqui no armário. Mas ande logo, não ria e se tiver vontade de rir, abafe o sorriso.
Akira
Akira
Mas...
Yuki
Yuki
Corra ele chegou.
Entrei no armário. Yuki por sua vez -eu não entendo por quê- trancou a porta, e depois saiu na ponta dos pés. Isso não estava combinado.
Fiquei sozinho, escutei os barulhos dos móveis. Depois so o silêncio rangia.
Enquanto esperava eu fui tomado de uma vontade de rir, de uma adrenalina estupida, como o vento de abril que fazia lá fora.
Grudei minha mão fria, e úmida, sobre a boca, como Yuki tinha me recomendado. Depois dessa vontade passar, esperei loucamente por ele.
Mas porque ele vinha tão devagar? Estaria com medo? Eu queria sair mais não podia. A fechadura girou.
Haruka acendeu a luz e olhou a sua volta com um olhar indiferente. Notou o recado. O leu, sentou-se.
Akira
Akira
Que estranho, ele acha que esta sozinho (pensei)
Por algum tempo senti prazer da situação. Via claramente todos os movimentos dele. Diante de mim passa ereto, imerso, um garoto de ombros largos, saudável sério e indiferente era, Haruka. O brilho da luz iluminou seus cabelos brancos, quase que cinza. Eu o observava fixamente. Ele se movimentava me modo natural. Passou a mão por seus cabelos. Em seguida tomou agua. De outras vezes ele não bebia assim. Não é tão descuidado e descontraído. Seus movimentos são desinteressados e leves. O rosto é sério, porém seduzente. Cansado e pouco expressivo. Nossos rostos são assim quando estamos inteiramente sós.
Os olhos descansam, os passos são cansados e lentos. Eu não queria mais rir. Via a minha frente um adolescente, tremendamente cansado de estusar, num cansaço terrível. Então começou a ler, mais logo se entendiou, tomou mais um copo de água.
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