O homem estranho

Um sentimento ruim tomou conta de mim, que não tive nem reação depois do tapa, Matteo me pegou pelo braço e me colocou dentro do carro, ele estava furioso, meu braço tinha ficado vermelho com o jeito que aquele homem pegou e o Matteo apertou em cima deixando mais dolorido, mas nada era comparado ao pavor que eu estava sentindo.

MATTEO

Fui até a faculdade e quando parei o carro, vi um homem parar Giullia na esquina, ele a segurou pelo braço e lhe entregou algo, depois vi os seguranças correrem até ela, o homem correu enquanto ela estava parada, parecendo que estava em choque.

Me aproximando dela chamei pelo nome mas ela estava estática, não tinha nenhuma reação, eu já estava irritado então acabei batendo nela.

Mas ela só abaixou a cabeça e começou a chorar, pela primeira vez na vida eu só queria pedir desculpas, não sei o que está acontecendo comigo, fujo rápidamente desse pensamento, pego ela pelo braço e a coloco dentro do carro.

Pensei que ela reagiria, mas algo de muito errado estava acontecendo e eu odeio isso. Os seguranças conseguem capturar o homem e trás até mim.

Segurança:

- O Sr. quer fazer o que?

Matteo:

- Leve-o para você sabe onde, irei mais tarde.

Giullia não se atreveu a olhar aquele homem, foi o caminho todo de cabeça baixa.

Levei ela para meu quarto de hotel, ela estava tão desnorteada que nem reparou onde estávamos.

Entrei, mandei que ela entrasse e fui chamar Maria para cuidar dela.

GIULLIA

Fui o caminho todo pensativa, meu pai disse que ele havia morrido, e agora ele volta para me assombrar?! isso não faz sentido, eu não quero que faça sentido.

Quando dei por mim estava em um quarto gigantesco de hotel, Matteo começa a chamar uma mulher chamada Maria, derrepente entra uma mulher loira, muito vulgar, com peças pequenas chamando Matteo.

Ela me vê, me olha de cima a baixo e me encara por alguns minutos.

Eliza:

- Quem é você?

Giullia:

- Ninguém importante.

Eliza:

- Cadê o meu dono?

Eu já sabia que ela falava do Matteo, mas o que eu observei é que ela saiu do quarto a frente do dele.

Giullia:

- Está lá dentro, mas já retorna.

Ela se sentou e disse que iria esperar. Como eu não podia piorar minha situação, por mais terrível que fosse eu sabia que com ele estava segura. Então permaneci ali calada.

Matteo entra na sala e seus olhos estão escuros, como se ele não tivesse gostado de ver sua amante sentada ao lado de sua futura esposa, a loira entendeu aquele olhar e saiu sem dar um pio. Eu permaneci ali, ainda era quarta-feira e se antes eu queria que o tempo se arrasta-se para eu não voltar pra casa, agora ir pra casa era a única coisa que eu queria.

o Capo me avisa que iremos embora na sexta-feira a noite, quando eu ouvi isso...

MATTEO

Voltei pra sala e Eliza estava sentada ao lado da minha noiva, fiquei com raiva, e só com o olhar mandei ela sair. Me aproximei de Giullia e disse que iríamos retornar a Palermo na sexta-feira, mas derrepente ela começou a me implorar para irmos o quanto antes. Não sou de ceder, mas ela estava apavorada com algo, e isso me irritou.

Passamos na casa dela, ela pegou suas coisas e entrou no carro sem falar absolutamente nada. Deixei ela na minha suite fui interrogar o cara que pegou ela mais cedo.

GIULLIA

Implorei pra irmos embora, eu queria minha mãe 🥺, então ele me levou pra casa, peguei minhas coisas e entrei no carro, achei que ele iria pedir outro quarto, mas estava enganada, ele me deixou em sua suite e saiu batendo a porta.

Eu sei como a máfia funciona, ele não volta hoje sem respostas.

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