capítulo 1

Cidade de São Bento 1963, Emily é uma moça muito bonita com longos cabelos ondulados castanho escuro, olhos azuis, 1.58 de altura, corpo esbelto, ela estava se arrumando para o ensaio de casamento de sua amiga Regina com Rodolfo, no qual ela seria madrinha, então ela coloca um vestido azul claro rodado, ela fica deslumbrantemente linda, sua mãe Olga entra no quarto.

Olga: filha você já está pronta?

Emily: quase

Olga: então se apresse, a Clara e o pai devem chegar logo para te levar para o ensaio.

Emily: somente vou passar um batom e ficarei pronta. – ela passa um batom vermelho – e ai como estou?

Olga: linda, aliás nesse casamento deverá ter muitos rapazes de bom partido, o Rodolfo tem muitos amigos importantes, seria a solução dos nossos problemas se você achasse um pretendente rico.

Carmem: vai chover de pretendentes, quando ela ganhar o concurso Miss São Bento – Carmem é tia de Emily

Emily: Tia a senhora acha mesmo que eu irei ganhar? – Ela se olha no espelho

Carmem: tenho é certeza – ela sorrir

Olga: as outras concorrentes não serão pareô para você minha filha

Emily: tem razão eu sou a melhor – diz ela com soberba

Carmem: quando você ganhar, os homens ficaram aos seus pés. A Regina mesmo foi assim, quando ela ganhou o concurso o ano passado o Rodolfo ficou louco por ela.

Olga: Minha filha você tem que conquistar um bom partido, porque com a morte do seu pai nós estamos na falência, em breve essa casa será leiloada, você se casando com um homem rico será nossa salvação.

Emily: nós estamos tão ruins assim financeiramente?

Olga: muito, já vendi a casa em São Pedro e o carro que ainda bem que não vai dá muito na cara da nossa situação perante a sociedade, já que não sabemos dirigir, mas em breve terei que demitir alguma das empregadas.

Carmem: falei para sua mãe para nos mudarmos para uma casa menor, assim teremos a justificativa de não ter mais tantos empregados.

Olga: filha não vamos ter como manter, o nosso padrão de vida por muito tempo. A nossa renda atualmente vem das três casas que temos no aluguel e da pequena porcentagem nas vendas que temos na loja do nosso irmão, e isso não dá para nada.

Emily: e o meu colégio como vai ficar?

Olga: por sorte antes de morrer seu pai pagou pelo seu ano de estudo, então está quitado, mas vamos ter que maneirar nas despeças.

A empregada bate na porta

Carmem: entra

Empregada: licença, mas a sua amiga já chegou com o pai e estão te esperando – diz ela a Emily

Emily: avise que já estou indo

Edgar é um homem muito bonito, forte de cabelos escuros, olhos azuis, 1.85 de altura, ele estava em sua fazenda império na cidade de São Bento, cuidando dos bois com seu caseiro Antônio e seu filho Jonas.

Edgar: Antônio pega aquele bezerro para que eu consiga vacina-lo – diz ele apontando para o bezerro

Antônio: sim senhor - ele pega o bezerro e o segura

Edgar: segure bem firme – ele aplica a injeção no bezerro – pronto

Jonas: com esse já são 88, agora faltam mais uns 5, para finalizar esse lote – diz ele anotando em um papel

Edgar: então estamos quase acabando, essa cidade precisa de mais veterinários, tem muito poucos.

Antônio: esse diz que quer ser veterinário – ele aponta para seu filho Jonas

Edgar: verdade Jonas? – Ele aplica injeção em outro bezerro

Jonas: sim senhor, eu gosto bastante de bichos

Edgar: eu também, minha mãe queria que eu fosse medico, mas depois de 1 ano de faculdade eu desistir e entrei em medicina veterinária que é minha paixão.

Jonas: o senhor também é advogado né?

Edgar: sim, aí já foi mais uma exigência do meu pai, aí concluir as duas graduações.

Antônio: eu já falei para o Jonas que tem que estudar bastante, para entrar na faculdade – ele traz mais um bezerro

Edgar: Jonas você tem quantos anos? – Ele aplica a injeção no bezerro

Jonas: 17

Edgar: então esse ano você se forma?

Jonas: sim senhor

Edgar: então eu pago sua faculdade de medicina veterinária, mas passar no vestibular é com você. – diz ele sorrindo

Antônio: isso é sério?

Edgar: sim Antônio, mas tem uma condição, após ele formar ele tem que trabalhar para mim por pelo menos 10 anos, claro que você vai ser remunerado, eu coloco esse prazo pelo caso de você mudar de cidade, aí não irei me beneficiar. – Ele sorrir

Jonas: pois eu aceito! – Diz ele sorrindo

Antônio: senhor nem sei como te agradecer, eu já estava pensando como que eu iria pagar a faculdade para esse menino.

Edgar: não precisa agradecer a Antônio, para mim isso funciona como um investimento, eu sempre preciso de veterinários e tendo o seu filho a disposição para mim é ótimo.

Antônio: agora é você estudar para passar – ele fala para Jonas

Edgar: Acho que a faculdade mais próxima de medicina veterinária é em São Paulo, lá tem o André e o Carlos que estão fazendo engenharia de produção, que eu também estou custeando, você pode morar com eles no apartamento que eu aluguei lá.

Antônio: então o senhor já está pagando para outros? – Ele traz mais um bezerro

Edgar: sim, até porque é uma área que eu preciso de funcionários nas usinas e tem muito poucas pessoas especializadas nessa área, eu seja mais um investimento. – Ele aplica a injeção no bezerro – a Laura filha da Bete eu paguei a faculdade de enfermagem já que lá na fazenda do Mato grosso, vira e meche alguém se acidentava, aí eu precisava de alguém que entendesse de primeiros socorros, já que a cidade mais próxima lá fica a mais de 4 horas.

Jonas: você também paga o colégio aqui, para a Luana e a Debora né?

Edgar: sim, elas vão se formar agora esse ano no ensino médio, lá na fazenda do Mato Grosso eu estou fazendo uma escola, para as crianças e elas duas vão ser as professoras. Esse ano eu pretendo matricular mais umas três garotas lá no colégio.

Antônio: esse é o último – diz ele trazendo mais um

Edgar: ótimo, daqui a pouco eu tenho um ensaio de casamento para ir, onde serei o padrinho. – Diz ele aplicando a injeção

Antônio: Pronto!

Edgar: amanhã nos continuamos a vacinar o restante! – Ele retira as luvas e olha no relógio - já estou atrasado, eu tenho que chegar lá as 16 horas.

Antônio: não vai dar tempo, daqui até o centro da cidade demora cerca de 25 minutos e só falta 15 minutos para as 16 horas.

Edgar: então vou ter que ir assim – diz ele olhando a roupa que estava usando

Antônio: se quiser chegar a tempo

Edgar: então já vou indo!

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