Hoje fazem cinco dias que eu comecei a trabalhar na mansão Bennett. Ainda é pouco, mas dentro desses dias eu já comecei a me adaptar ao ambiente. Beth se tornou uma boa companhia e eu sempre converso com ela quando tenho tempo, principalmente quando Mathew está na escola ou dormindo. Depois da ligação que recebeu, o clima na casa tem estado bastante pesado. Sr. Bennett não tem vindo para casa, e isso começou a acontecer depois que ele descobriu que sua esposa estava voltando. Ele realmente está muito bravo com ela, e talvez isso seja muito fácil de entender.
Ela sumiu por semanas, não deu nenhuma notícia e não atendia as ligações da família. Mathew sempre fala sobre ela, pergunta ao pai sobre, e isso pode ter sobrecarregado-o, por isso, acha que a única forma de lidar com isso é se mantendo longe.
Acho que essa não é a melhor forma de resolver isso, mas eu não me atreveria a falar para ele, principalmente pela forma como ele vem tratando a todo mundo. De forma rude, curta e nem faz questão de manter uma conversa com ninguém, nem ao menos com o seu filho.
Eu sinto pena do Mathew pois ele é só uma criança e pode não entender o que está acontecendo e o motivo de estar sendo ignorado e evitado pelos pais. Sua tristeza é evidente, e sempre que posso, faço algo para que ele se distraia. — Querida, você está me ouvindo? — Beth chamou a minha atenção e eu finalmente acordei do meu transe
— Ah, oi, Beth! Eu estava distraída... Perdão. — lamentei e ela negou com a cabeça, como se dissesse para eu não me preocupar. — Aconteceu alguma coisa?
— Recebi mais uma ligação da Sra. Logan, e ela quer vai chegar aqui em meia hora. Ela quer ver o Mathew e é preciso que você vá buscá-lo mais cedo na escola. — eu pisquei algumas vezes, pensando um pouco sobre isso. Várias perguntas me vieram em mente, mas eu decidi não perguntar nada. O Sr. Bennett me disse que o Mathew não poderia sair da escola antes do momento certo, ao menos que fosse por um motivo muito, mas muito importante; bem, pelo menos eu acho que a chegada de sua mãe é importante.
— Tudo bem, eu vou lá. — me despedi, peguei as chaves do carro e saí de lá o mais rápido possível, para não acabar me atrasando.
•••
— Você realmente não vai me dizer o porquê de ter vindo me buscar agora, Any? — Mathew me questionou pela milésima vez e eu suspirei, o ajudando a sair do carro.
— Olha, eu acho que- — fomos juntos até a porta e quando eu a abri, dei de cara com uma mulher de aparência impecável. Ela é linda, ostentando cabelos negros, belos e aparentemente bem cuidados. Então essa é a mãe dele?
— Mãe? — Mathew pareceu surpreso, mas não esboçou nenhuma outra reação ao ver a mãe. Ao contrário dela, que olhou-o com compaixão, pude perceber seus olhos se enchendo de lágrimas.
— Filho, você não vai vir abraçar a mamãe? — ela questionou com os braços estendidos, e eu olhei para o garoto, realmente esperando que ele fosse até ela, mas não foi bem o que aconteceu.
— Onde você esteve durante todo esse tempo? — indagou-a cheio de si e eu arregalei os olhos
— Meu filho, eu...
— Mãe, eu não quero falar com você. Eu acho que- — sua fala foi interrompida por uma outra mais alta. O som ecoou por toda a sala e eu, por impulso, recuei alguns passos
— Que porra é essa aqui? — Sr. Bennett rosnou, olhando para a sua esposa com desdém
— Querido... — a mulher tentou falar mais foi interrompida
— Querido?! — ele sorriu irônico e olhou para o filho, em seguida para mim — E você? O que está fazendo aqui? Por que você foi buscá-lo na escola? Não era pra ele estar aqui! — suas palavras me assustaram ainda mais e eu engoli a seco, tentando buscar respostas para ele.
Por que eu não desconfiei de que esse não seria um bom motivo para ir buscá-lo na escola mais cedo?
— Senhor, eu-
— Sr. Bennett, eu a mandei buscá-lo na escola pois a sua esposa pediu que eu fizesse isso, porque queria vê-lo. — Beth interviu e eu agradeci aos céus por isso
— Você não deveria ter feito isso, Elizabeth! Quem manda nessa casa sou eu. Não lembra o que eu disse sobre me informar sobre as visitas? Eu não quero essa mulher aqui! — se referiu à sua esposa.
— É desse jeito que você fala comigo, William? Eu sou a sua mulher!
— Infelizmente sim. Mas pode deixar que eu vou resolver isso o mais rápido possível. Não quero mais você morando debaixo do mesmo teto que eu, já não aguento mais a sua presença, Sharon! Se você quisesse saber do seu filho, estaria aqui com ele e não sumiria por semanas. Você é uma cretina irresponsável, não tem direito nenhum de aparecer aqui sem me avisar! — eu me vi sem saber o que fazer. Mas sabia que Mathew não precisava ouvir aquilo, então o guiei até o seu quarto.
— Você não pode falar comigo desse jeito na frente do nosso filho, William. — ouvi a mulher retrucar antes de sair de lá. Cheguei no quarto do garoto e abri a porta, empurrando a sua cadeira para dentro dele.
— Vem cá que eu vou te ajudar a se livrar de suas roupas, você está precisando de um banho. — ao contrário do que eu pensei e do que acontece todos os dias, Mathew não me respondeu, apenas ficou quieto.
Depois de tirar suas roupas, o deixando apenas com uma cueca, o levei até o banheiro, o sentando no banco de mármore que havia dentro do box. Lembra do que eu disse sobre o banheiro ser totalmente adaptado para ele? Então. Ele conseguiria tomar banho sem a minha ajuda, e eu acho bom, pois será menos constrangedor para nós dois. — Olha, não precisa ficar triste, sim? Tudo vai se resolver, querido.
— Mas ela é a minha mãe. — um soluço escapou dos seus lábios e eu não pensei muito, apenas o abracei. Não falei nada, apenas fiquei abraçada com ele, pois sabia que era disso que ele precisava.
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Atualizado até capítulo 88
Comments
marizete oliveira
nesse caso a mãe tem que ficar ao lado do filho incondicionalmente. é a nossa missão de forma incondicional.....
2024-07-03
2
Genny Brandao
triste....
2023-11-02
4
Rizi🖤
🥺🥺🥺🥺🥺🥺🥺
2023-08-16
0