A tragédia.

Aqui está a reescrita do Capítulo 5, trazendo mais profundidade emocional e tensão narrativa.

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Capítulo 5

O Ódio de Poul

O parque estava tranquilo naquela tarde.

Nina e Loren caminhavam lado a lado, sorrindo, completamente alheios ao olhar que os vigiava das sombras.

Dentro de um carro estacionado a poucos metros, Poul os observava, os olhos carregados de ódio.

Nina havia destruído sua vida.

Por causa dela, perdera o emprego.

Por causa dela, afundara em dívidas.

Por causa dela, agora vivia como um miserável.

E Loren…

Loren era um homem poderoso, com status e influência. Bastou um estalar de dedos para acabar com sua carreira. E tudo por causa dessa maldita criança.

Poul apertou o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos.

Se não fosse por esse bebê, nada disso teria acontecido.

Seu olhar frio acompanhou Nina se afastando de Loren.

Ela sorria. Estava radiante. Feliz.

Uma raiva ardente cresceu em seu peito.

Então, percebeu.

Tinha uma oportunidade.

Ela estava sozinha.

E atravessaria a rua em instantes.

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O Ataque

— Querido, vou comprar um sorvete. Encontre um bom lugar para descansarmos.

— Sim. — respondeu Loren, distraído.

Nina caminhou despreocupada, cantarolando baixinho enquanto esperava o sinal fechar.

Poul apertou os olhos, cada nota daquela música ecoando em sua mente como um insulto.

Ela não devia estar feliz.

Ela não devia sequer estar viva.

O semáforo ficou vermelho.

Agora.

Poul pressionou o pé no acelerador.

O carro avançou.

O ronco do motor foi abafado pelo grito de Loren:

— NINA!!

E então, tudo virou um borrão.

O impacto.

O barulho dos freios.

O corpo de Nina sendo lançado ao asfalto.

O som distante de pessoas gritando.

Poul não olhou para trás.

Acelerou e desapareceu.

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Nina

Paredes brancas.

Silêncio.

Uma dor surda no corpo.

Estou em um hospital?

Uma voz familiar preencheu o vazio.

— Acordou, Nina?

Pisquei, tentando focar a visão.

— Loren? O que aconteceu?

Ele abaixou a cabeça, visivelmente abalado.

— Nina… Você sofreu um acidente e…

Meu coração parou.

Meu filho.

Meus dedos apertaram o lençol.

— Onde está meu filho?

Loren não respondeu de imediato.

O silêncio dele foi suficiente para que a dor me atingisse como uma lâmina afiada.

— Não…

As lágrimas começaram a escorrer antes que eu percebesse.

Loren pegou minha mão entre as suas.

— Nina, a polícia investigou e descobriu que foi Poul. Ele está foragido.

Fechei os olhos.

Poul.

Ele havia tirado meu filho de mim.

Meu bebê.

— Eu sinto muito, Nina. — a voz de Loren saiu baixa, quase quebrada.

— Não há por que se sentir culpado… — sussurrei.

Ele balançou a cabeça.

— Eu não pude protegê-la.

Ficamos em silêncio por longos minutos.

Eu podia sentir a dor dele. Loren não era só um marido de contrato. Ele amava meu bebê.

E agora, esse laço que nos uniu estava quebrado.

Com a voz fraca, mas cheia de verdade, eu disse:

— Loren… Eu te amo.

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Loren

As palavras dela me atingiram como um raio.

Ela nunca havia dito isso antes.

Desde o início, aceitávamos nossa relação de coração aberto. Não esperávamos nos apaixonar. Mas aconteceu.

E, apesar da dor, foi reconfortante ouvir isso agora.

Peguei seu rosto entre minhas mãos, limpando as lágrimas que escorriam.

— Eu também te amo.

Ela sorriu, mesmo com a tristeza pesando em seus olhos.

Eu não descansaria até fazer justiça.

E eu cumpri minha promessa.

Meses depois, Poul foi encontrado e julgado culpado por tentativa de homicídio.

Nina e eu estávamos lá no tribunal para vê-lo pagar por tudo o que fez.

E quando tudo finalmente terminou, olhei para ela e sorri.

— Sabe o que eu acho?

— O quê? — ela perguntou.

— Que deveríamos ter nossa lua de mel.

Ela arqueou a sobrancelha.

— E seu trabalho?

— Digamos que ele não é mais excitante do que você.

— Loren! Fala baixo, estamos em frente ao tribunal!

Segurei sua cintura, puxando-a para perto.

— Se tivermos problemas, digo que você é advogada.

Ela riu.

— Não me envolve nisso!

— Sério? Porque você é a maior culpada. Quem mandou ser tão atraente?

Nina jogou o cabelo para o lado, colocando a mão na cintura.

— Você acha?

— Com toda certeza.

Ela se inclinou e sussurrou no meu ouvido:

— Então se prepare para nossa lua de mel.

Meu coração deu um salto.

— Então essa é a Nina sexy? Vai ser um prazer conhecê-la melhor.

Ela gargalhou.

E pela primeira vez em muito tempo, eu senti que estávamos realmente felizes.

Mas ao chegar em casa, meu sorriso desapareceu ao ver quem estava nos esperando.

Uma figura familiar se virou para mim.

— Olá, Loren.

Meu corpo ficou tenso.

— Laila.

O que diabos ela estava fazendo aqui?

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