reencontro

        Confesso que meu coração se alegra em revê-lo, senti tanta falta dele todos esses anos, estou com pouco de receio estar em sua presença, já que o dia de hoje na empresa não foi nada agradável nosso reencontro, ele já me aguarda sentado à mesa de jantar, tudo já está posto Maria é sempre muito pontual e profissional, nunca deixou atrasar uma tarefa, a mesa de jantar está farta tem comida o suficiente para um exército, vou até a mesa puxo a cadeira e me assento de frente para Henry ele me observa senta eu fico sem jeito quando percebo seu olhar,  encolho os ombros Abaixo os olhos para não o ver, ele me deixa sem postura as vezes.

     -Posso servir o jantar senhor? -Maria a governanta pergunta esperando uma resposta.

-Sim claro, pode servir por favor. -Sua voz me causa arrepios é grossa e firme.

        As empregadas entram na Copa e nos ajuda servir o prato principal, Maria fez um dos pratos preferidos de Henry Caponata comida italiana, a empregada trouxe o seu vinho preferido e nos serviu era vinho seco ele ama vinho seco temos uma adega em casa com suas coleções, o meu preferido é o vinho tinto, depois de nos servir Maria e as empregadas vão para cozinha e nos deixar a sós, comemos calada sem dizer uma palavra se quer evitei olhar para ele, estava com um clima muito frio e constrangedor quando penso que ia ficar por isso mesmo ele  chama.

-Kathy -Ele disse com a voz baixa quase que um sussurro, eu olho pra ele e nossos olhares se cruzam. -Gostaria de esclarecer o que aconteceu hoje de manhã na empresa.

      Fico surpresa por ele querer falar do assunto achei que iria continuar com o teatrinho de me ignorar e fingir que não existo.

-Sim sou todos ouvidos -Falei duramente.

-Sei que nós temos um laço familiar e que trabalha na empresa porque eu a indiquei para Eric, porém gostaria de manter a descrição sobre nossos laços e sermos completamente profissionais na empresa não deixar que assuntos familiares atrapalhe nosso desempenho na empresa, -Ele dar uma pausa e bebe um pouco de vinho e continua.-Eu penso dessa forma até mesmo para você não sofrer retaliações dos funcionários por ser minha enteada e não afetar seu crescimento da empresa futuramente.

-Se esse é o caso, não se preocupe, não vou envergonha-lo se é isso que pensa, e nem deixar que ninguém descubra nosso "parentesco", - Faço aspas com as mãos para que ela entenda a ironia que exalava de mim.-Serei completamente profissional como senhor desejar, Agora se puder me dá licença?- Vou logo me levantando e saio da sala o deixando sozinho.

         Estou com raiva com a forma que ele falou mas se ele quer dessa maneira assim será, serei o mais profissional possível concordo em partes que o fato de não deixar claro nosso vínculo familiar será benéfico, assim posso agir normal sem ser julgada por ser a enteada do chefe e mostrar o meu trabalho sem o povo acha que é benefícios do patrão.

       Vou me deitar mais cedo hoje pois estou exausta são 9h30 da noite mal consigo ficar em pé, estou sem ânimo pra rede sociais ou qualquer outra coisa, troca de roupa coloca uma camisola rosa bebê com uma renda branca na beirada e nos seios, e vou me deitar fico passando em minha cabeça todo meu plano para o dia de amanhã até que eu pego no sono e mergulho na escuridão.

      São 5h30 da madrugada e já estou fitando o teto do meu quarto, isso que dá dormir cedo demais, levanto vou ao banheiro tiro minhas roupas e vou tomar um banho, me depilo por completo ensabou o meu corpo todo com calma e quando esfrego as laterais do meu corpo perto das costelas sinto uma dor maçante tento olhar o que é e vejo marcas de unha  mais um hematoma para a lista, eba !

     Vou no Closet e pego um vestido preto mide tubinho ele é de manga de Tullii preto com poa e com um  pequeno decote em V nas costas, coloco meu salto escarpã de  veludo preto pego minha bolsa e o notebook e vou para as escadas, quando estou descendo percebo que  Henry está parado perto da pilastra da saída quando me ouve descendo as escadas ele olha pra traz e céus como está charmoso, com seu terno Sling azul marinho com uma blusa branca com a gravata azul da mesma cor do terno o sapatos italianos, ele está perfeito com seus 1,87 de altura me deixando de boca aberta desci o último degrau e seus olhos ainda não se desgrudam de mim, só então percebi que está falando no telefone, ele diz suas últimas palavras e desliga, passo por ele e vou para a copa onde Maria já nos espera para o café da manhã.

- Bom dia Mariazinha !- Beijo sua testa Maria é tão fofa ela é baixa e rechonchuda branquinha do cabelo Chanel grisalho com seus olhos doces e ternos castanhos claro a senhora mais fofa que eu conhecerá em toda minha vida.

-Bom dia Kathy !- Comprimentou ela de volta com a sua voz meiga.

-Bom dia Maria como estás? - Henry  passa por mim e também a cumprimenta com um beijo no alto da cabeça e um abraço de lado.

-Bem meu filho,-exclamou sorrindo para ele. -Está tão bonito hoje meu filho ela fala levantando A cabeça para olha-lo nos olhos.

-Obrigada Maria, mas a gentileza sua.- Ele sorri de lado pra ela e eu me derreto toda ao ve-lo sorrir . Ele  se recompõe e se assenta a mesa eu Permanece de pé,  pego um pedaço grande de manga e coloca na boca ele me olha mas não fala nada, de novo repito a mesma ação então ele pergunta:

-Não vai se assentar pra comer -Eu olho pra ele meio sem jeito  e balanço a cabeça em negativa.

-Estou com pressa ,hoje o dia vai ser cheio e quero chegar mais cedo na empresa...

-Mentira !-Maria fala rápido e tampa a boca como se tivesse falado demais.

-Por que é mentira Maria ? -Henry pergunta e olha pra Maria curioso, eu fuzilo Maria com os olhos.

- Ela nunca come direito senhor, é todo dia a mesma coisa as vezes nem come e sai e fica dia todo com fome.

-Por que você está fazendo isso? - Ele me encara.

-Não estou fazendo nada só ando muito ocupada, agora me deixa ir senão vou me atrasar.- Tento escapar mas não adianta ele me para assim que me viro de costas.

-Espera pois eu irei com você, só um minuto que vou pegar minha pasta no escritório.- Ele levanta e vai até o escritório

        Quando ele sai me viro para Maria e a repreendo por falar demais.

-Você está demais Maria -Falo fingindo estar zangada porém não funciona com ela.

-Minha filha só falo pro seu bem, me preocupo com sua saúde.

-Eu sei Maria mas foi desnecessário.

        Pego minha bolsa e o notebook que está numa mesinha de parede e vou até a porta da mansão esperar pelo Henry, olho o relógio já são 6h20 vou me atrasar, no mesmo instante ele vem com sua pasta nas mãos, me viro de costas e ando em direção a porta, quando estou prestes a abrir ele segura meu braço com firmeza e diz.

-Nunca mais vire as costas pra mim, ou se retire antes que eu lhe de permissão, é a  segunda vez que faz isso e na próxima não irei tolerar -Ele diz com frieza, puxo meu braço com força e ele solta, então me atrevo a responder.

-Se não o que? - ele fica em silêncio e sai andando cerrando os punhos.

Fomos em silêncio até empresa. desci do carro primeiro entrei no prédio e fui para o meu andar.

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