ENVERGONHADA

Acorda, acorda por favor.

Cross desesperado com aquela jovem em seus braços desmaiada, sem saber o que fazer. A colocou no sofá de seu gigantesco escritório, tentando acorda-la.

— Moça você está bem, como se chama

— Kira Monterad

O que aconteceu! Por que estou deitada aqui.

Senhorita Monterad você desmaiou e eu a trouxe pra minha sala.

— Você está bem ?

— um pouco

— tá sentindo alguma coisa !

— kira continuou calada.

— me diga o que você está sentindo, quero poder lhe ajudar.

— Você se alimentou hoje ?

Eu é, e ficou em silêncio, Senhor Cross continuou insistindo pois ela continuava muito pálida.

Não sei exato quando comi alguma coisa, talvez ontem pela manhã , não sei .

Como assim você só se alimentou ontem.

Cross pega o telefone e logo ligou para Stela sua secretária.

— por favor traga aqui três sanduíches e dois copos de suco de laranja.

— sim, senhor.

Em menos de cinco minutos, batem na porta é Stela levando o que o senhor Cross tinha pedido.

— Aqui está, coma.

— Mas eu não estou com fome

— Como assim você não está com fome, você acabou de desmaiar aqui na minha frente. Desde ontem que não se alimentar, tá explicado o seu desmaio não acha.

— Mas, sem mas Monterad coma estou mandando.

Por favor me chame de kira, então kira você está muito pálida e não quero que você desmaie novamente.

Kira começou a comer, e Cross fez o mesmo.

— então, senhor gross falou

— Me fale sobre você, kira

— Olhe pra mim,a minha vida não interessaria a um homem como você.

— Estou olhando!

Ah, tenho uma vida muito complicada e não quero incomodar.

— Mas me fale, quero saber de você

— Senhor, desculpas mas não quero falar e minha vida não é interessante, e fica de cabeça baixa em silêncio.

kira, por favor foi algo que eu falei, me desculpas.

Não, é que estou em uma fase muito difícil, acabei de pegar meu marido com uma vagabunda na minha casa, na minha cama, sei que não estamos mas juntos a vários mês, sei que não temos mas nada, só queria que enquanto estivéssemos morando na mesma casa ele me respeitasse. Mas O pior de tudo é que dediquei cinco anos da minha vida a uma pessoa que nunca foi honesta comigo. Não tenho pra onde ir então me sujeitei a muitas humilhações. Desde o momento em que não dormia na mesma cama que ele, comecei a passar por várias dificuldades, não tinha dinheiro nem pra me alimentar pois ele jamais iria mim dá nada. Às vezes ia para casa da minha mãe com a desculpas de visitá-la, mas na verdade era só pra poder comer, sabe. Várias vezes o porco do meu ex marido ofereceu um prato de comida em troca de sexo, me sentia um lixo mas nunca me submetia a isso, preferia passar fome.

— Cross chocado, começou a andar de um lado para o outro.

Essa é uma entre muitas etapas da vida que quero esquecer.

Me diga você não tem pra onde ir ?

— Não tenho, ah não ser voltar pra minha casa onde divido com meu ex marido.

— E a casa de sua mãe ?

— desde que minha mãe casou de novo, jurei pra mim mesma que jamais voltaria a morar com ela, não gosto do meu padrasto. Desde o primeiro dia em que ele entrou na minha casa, ele me comia com os olhos, eu só tinha 13 anos não sabia nada da vida. Fugi de casa, morrei em um abrigo até os 15 anos. Foi aí que conheci o Fred meu ex marido. Um homem quinze anos mas velho que eu, mas demonstrava que gostava muito de mim então não pensei duas vezes fui logo morar com ele. Pra não viver debaixo do mesmo teto do meu padrasto. No começo vivíamos felizes até que ele começou a mudar chegando tarde em casa todos os dias, me batia quando questionava onde ele estava, sempre bêbado. Aí resolvi da um basta em tudo aquilo. Foi quando uma amiga me falou que estavam contratando uma auxiliar do grande gastrônomo Carlus Froaid. Participei da entrevista e fui aprovada . Estou trabalhando aqui a um mês, e com o meu primeiro salário pretendo alugar um lugar pra morar.

— Que história essa a sua, eu sinto muito por você ter sofrido tanto.

— quantos anos você tem ,Kira ?

— Tenho 20 anos

— Tão novinha e já com uma vida sofrida.

— Você já encontrou um lugar pra morar?

Para ser sincera não. Tudo aconteceu muito rápido, mas ao sair daqui vou começar a procurar.

— Está se sentindo melhor ?

Sim senhor bem melhor, um pouco cansada pois não durmo desde ontem.

— Acho melhor você deixar pra procurar um lugar pra morar amanhã, pois já passa das dezoito horas tá um pouco tarde pra sair aí pelas ruas procurando casa pra alugar e ainda mas sozinha.

— Venha, onde quer que eu deixe você

— Pode ser em um ponto de ônibus, onde posso ir pra casa de uma amiga e pergunta se posso ficar lá.

Os dois saem juntos e vai até o estacionamento onde está o motorista do senhor Cross.

— Boa noite senhor! Boa noite senhorita

— Boa noite, Hold, vamos para casa e no caminho deixamos Kira no ponto de ônibus.

— Sim senhor.

No caminho Kira adormece, antes de chegar na parada do ônibus onde ficaria. Cross fica com receio de acorda- lá pois dorme profundamente, então decide leva-lá pra sua casa.

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