Capítulo 19

Amanhece todos tomam café, Nathalie estava na cozinha lavando alguns pratos. Ralf entra na casa grande e comunica Frederico e Túlio precisam ir junto com ele até a cidade a tarde comprar alguns medicamentos para combater um fungo que afetava a pele de alguns cavalos...porém aquilo ele poderia verificar sozinho, mas precisava cumprir a vontade de Lúcia e afastar o patrão de lá naquela tarde.

Ele concorda passam as horas e depois do almoço vai se banhar para irem. Nathalie estava alimentando os porcos...Ralf entra sorrateiro em seu quarto levando uma cobra coral pequena dentro de uma caixa de madeira a solta dentro da bota que Nathalie sempre calçava.

Frederico e o capataz partem para a cidade e Lúcia fica em seu quarto já esperando que o plano surtisse o efeito esperado. Luana estava na cozinha com Lourdes ajudando a despalhar um milho para fazerem pamonhas...Nathalie volta para seu quarto e decide calçar as botas para andar a cavalo. Calça o primeiro pé e quando enfia o esquerdo...ela grita de dor desesperada, era uma ardência insuportável. Em seu quarto Lúcia cobria a boca rindo da situação, Lourdes e Luana correm para o quarto da moça e veem a cobra sair da bota que ela atirou longe depois da picada.

Luana - Ai meu Deus chama agora um dos peões Lourdes, para matar essa cobra.

Gritou Luana.

Nathalie já sentia seu pé formigar e doer ao mesmo tempo ela chorava apavorada. Luana a levou para seu quarto escorada em seu ombro. Um dos peões mata a cobra.

Inácio - Moça temos que pedir ajuda depressa, essa cobra é das piores e ela pode morrer bem rápido.

Luana - Vamos levá-la para o hospital da cidade é a única chance que ela tem.

Inácio - Os patrões saíram no carro e Ralf levou a chave da caminhonete dele.

Respondeu o peão.

Luana - Maldição o que vamos fazer agora?

Pergunta Luana e Lourdes chega com uma água com açúcar para Nathalie tomar.

Luana anda de um lado para outro e olhava Lourdes sem nenhuma resposta.

Luana - Vá Inácio...a cavalo mesmo, depressa traga meu pai e diga a eles para trazer o soro antiofídico para cobra coral e voando se não Nathalie não vai aguentar muito tempo. - Pediu Luana.

Nathalie já começava a se sentir mal sua temperatura subia e ela estava tonta.

Inácio - Mas e se eu a levar no cavalo comigo, não seria melhor?

Lourdes - Não Inácio ela está quase desmaiando não iria se equilibrar no cavalo anda vai voando de uma vez.

Lourdes pediu assustada.

Ele ia saindo do quarto correndo para pegar o cavalo quando Lúcia entra em sua frente.

Lúcia - Onde pensa que vai?

Inácio - Eu vou buscar seu Frederico temos uma emergência.

Lúcia - Você não vai a lugar algum.

Inácio - Mas dona é caso de vida ou morte.

Ele tentava passar por ela, mas era travado mais uma vez.

Lúcia - Pois se é o caso...que morra!

Lúcia mal fecha a boca e Luana sai feito uma fera do quarto ao ouvir o que saiu da boca de sua mãe.

Luana - Vá agora Inácio.

Lúcia tenta impedi-lo mais uma vez e Luana a empurra da frente dele, ele corre e vai pegar um dos cavalos.

Lúcia - Sua estúpida, como se atreve a me desautorizar com os empregados?

Luana - Mãe, a menina poderia morrer por sua negligência...

Responde Luana encabulada com a maldade da mãe.

Lúcia - Se for a hora dela nem mesmo Frederico poderá impedir.

Lúcia sai sorrindo e rezando para que Nathalie morresse de uma vez.

Luana entra no quarto e Lourdes estava apavorada, o pé da moça estava roxo e muito inchado mostrando que o veneno havia se espalhado rápido e em questão de horas ela poderia vir a óbito.

Luana - Em quanto tempo será que Inácio encontra meu pai? Que não seja tarde demais...

Orava Luana.

Horas depois Inácio chega no povoado, era muito pequeno e logo acharia o paradeiro de Frederico. Viu o carro parado em frente a uma clínica veterinária....chegou ofegante.

Inácio - Seu Frederico...seu Frederico!

Frederico - O que foi Inácio? Por que veio assim tão depressa?

Perguntou ele já nervoso.

Inácio - É que aconteceu uma desgraça...

Frederico - Que desgraça, desembuxa de uma vez.

Frederico gritou.

Inácio - Nathalie...

Frederico - O que aconteceu com ela?

O coração dele disparou.

Inácio - Ela foi picada por uma cobra venenosa...uma cobra coral.

Frederico - Meu Deus...temos que voltar agora.

Frederico sai andando rápido em direção ao carro. Enquanto Ralf lamenta que o maldito do Inácio tenha ido chamar eles a tempo de salvar a moça.

Inácio - Espera patrão, precisa ir até o posto e pegar o soro para cobra coral e rápido por que ela já se sentia mal.

Frederico e eles foram ao posto pegar o bendito soro, demoraram encontrar pois a um bom tempo não tinham ataques de cobras naquela região.

Eles pegam o soro e as seringas e levam para a fazenda. Túlio dirigiu pisando fundo no acelerador, temiam chegar tarde demais para salvá-la.

Frederico chega na casa grande feito uma bala, Luana o chama avisando que a moça está em seu quarto. Lúcia amaldiçoa eles terem voltado tão rápido e com o maldito antídoto.

Túlio era formado em medicina veterinária e sabia como pegar uma veia injetou com cuidado o soro em Nathalie ela estava com febre altíssima o veneno havia se espalhado por completo, gemia de dor e estava muito mal.

Túlio - Agora só nos resta rezar e esperar que o soro faça efeito a tempo.

Frederico - Me deixem a sós com ela.

Pediu Frederico se sentando na cama e olhando ela se contorcer em delírios da febre.

Todos saem e Luana fecha a porta.

Frederico - Nathalie? pode me ouvir?

Frederico chega perto do rosto dela que tremia inteira.

Nathalie - Sim...sim...seu Frederico.

Responde ela entre gemidos.

Frederico - Eu prometo que você vai ficar bem, eu te amo tanto.

Diz ele beijando sua boca e passando seu calor ao corpo dela, que tremia e delirava de febre.

Ela se acalma ao sentir o corpo dele lhe afagar, aquele frio estava passando e ela consegue dormir mais calma nos braços dele.

Alguns minutos mais tarde, ele desperta sobre ela que estava separada de seu corpo por um lençol que a cobria até o pescoço. Entre sussurros vindo de um sonho Nathalie acabou falando demais...

Nathalie - Seu Frederico...eu quero...que faça amor comigo.

Ela falava meio dormindo meio acordada ao pé do ouvido dele que ainda estava abraçando-a na cama.

Ele estava louco sentindo o cheiro dela, seus gemidos  mesmo que por causa da febre e Nathalie suadinha...ele a queria, o soro ainda estava pela metade mas já notava melhora. Frederico levanta o lençol para ver como o pé dela estava e acabou revelando um pouco mais do que devia, o vestido soltinho estava todo para cima revelando suas coxas grossas e sua calcinha de algodão.

Era uma peça juvenil e até meio infantilizada mas que o deixou ainda mais louco do que qualquer peça de renda transparente. Ela passava justamente a inocência a pureza dela o que ele tanto queria e sonhava em ter.

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