Descobertas

Melissa (mel)

Saber que estou presa me fez ficar acordada sem dormir, com medo daquele "Açougueiro dos inf" voltar, o que ele vai fazer comigo ? eu tenho que sair daqui, seja lá o que querem que eu faça.

Fico pensando em maneiras de escapar de um lugar que eu não sei exatamente onde é, será que ainda estou na sede da M.D.N.A, pelo que eu pude perceber por tatear as paredes, esse lugar já teve um hóspede antes de mim, ao passar minhas mãos na parede consigo sentir marcas de garras, eles prendiam algum animal aqui.

Assim que me sento novamente a porta é aberta vejo que deve ser de noite pois não tem tanta luz quanto da primeira vez, percebo que o homem do qual eu apelidei de Açougueiro ..., trouxe água e uma bandeja com alguma coisa que não consegui indentificar, logo após jogar a comida e a garrafa de água em mim, saiu sem falar nada, fechou a porta e se foi levando a única luz que eu poderia ver.

Mesmo no escuro peguei a água e pensei ele pode ter colocado algo nessa água, mas a minha sede já está me matando mesmo, abri a tampa e tomei em alguns segundos, me forcei a parar de beber a água, sabe se lá se ele vai me dar água novamente, vejo a bandeja em meu colo e sinto uma vasilha de plástico que praticamente virou na bandeja, quando ele atirou em mim, não sei o que tem dentro, não tem cheiro de comida.

Crio coragem e pego com a mão um pouco da suposta comida, ele não é burro de colocar um garfo e uma faca, eu perderia usar para tentar algo contra ele, experimento e percebo se tratar de arroz e feijão com ovos, não percebi mas comi igual um animal enjaulado literalmente, estava com tanta fome que mal comi um pouquinho e já acabou, pelo menos não querem que eu morra de fome, logo após terminar me deito nos trapos que tem no chão, melhor do que ficar em contato direto com esse chão frio.

Sem perceber acabo adormecendo, me assusto com rosnados altos, dando um pulo percebo que o local está mais iluminado, e que o Açougueiro estava saindo, ele olhou pra mim com um olhar do qual me fez arrepiar dos pés a cabeça, e ri como um louco ao perceber minha reação, ele chega mais perto da minha cela, antes não pude reparar tanto no lugar em que eu estou, mas agora o medo se apoderou de mim, várias celas, gaiolas, com numerações, olho para o lado e vejo outras gaiolas mais distantes da minha, ao meu lado estava uma garota jogada no chão, quando observei melhor, vi que se tratava de um N.E.

Meu coração parou ao ver o estado da menina, parece ser mais nova do que eu, eu diria que tem uns 10 ou 13 anos, com grandes cabelos loiros, sua pele suja de sangue, com laceração profunda, ela não se move, ficou jogada daquele jeito, imóvel, acredito que esteja fraca.

O monstro olha pra mim e com um sorriso psicopata aponta pra garota no chão e diz...

_____Essa é a minha cadelinha, sua nova colega de cela, ela gosta de morder cuidado minha ratinha...

Ele se vai em direção da porta e sai, observo em quanto ele se vai, dessa vez tem um pouco de iluminação, pude reparar melhor no lugar, me apressei em tentar ajudar a menina que não acorda de jeito algum, rasgo alguns pedaços da minha blusa e enfaixo sua perna e o ombro que estavam gravemente feridos, lágrimas inundam meus olhos, não consigo acreditar na tamanha crueldade que fizeram com essa menina, coloco sua cabeça em minhas pernas e encosto minha cabeça na parede enquanto choro por estar nessa situação, sinto medo, e acredito que isso não é tudo o que eu vou descobrir, fico pensando o que querem comigo, sou apenas uma pessoa qualquer, que validade eu teria para eles.

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Comments

Itana Santos

Itana Santos

sinistro

2022-08-24

1

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