Narração: Leandra
Eu tamborilei os dedos no volante enquanto o asfalto ia passando, até que ele disse
— Você foi super bem, só se cobra demais.
— Eu, quero ganhar esse campeonato, eu sei que um mundial tá longe devido a patrocínios e tudo mais, mas eu quero ganhar.
Ele começou um discurso sobre o quanto eu havia sido boa naquela competição, o bom é que aquilo além de fazer o tempo da viagem passar mais rápido fez qualquer crise de ciúme ser esquecida (ou ao menos adiada).
Chegamos no haras, meus amigos vieram me receber, martina logo deu um pulo nos meus braços.
— Que saudade que eu estava!
Eu comecei a girar com ela e quando fiz ela aterrissar no chão, dei um beijo em sua testa e falei
— Queria tanto que tu tivesse ido comigo.
Ela deu de ombros, era complicado ela me acompanhar nessas competições a sua carreira na música estava engrenando e projetos estavam por vir e seria egoísmo demais da minha parte se eu a fizesse ir comigo. Fernando me deu uma chave de braço por trás e me roubando o chapéu falou.
— Achei que ia perder a minha funcionária.
Eu comecei a rir e ele logo me acompanhou, ele me soltou e fez um charme antes de me devolver o chapéu, assim que eu coloquei o acessório na cabeça novamente, vi que a Martina olhava para o lado tentando entender o que acontecia, assim que acompanhei o olhar dela me deparei com Frederico chutando a grama a ponto de arrancar tufos de grama e deixar belíssimos desníveis no gramado. O porque de tudo aquilo? Um ciúme completamente desnecessário já que Fernando era nada mais que um bom amigo. Envolvi o pescoço da Martina com o braço e falei
— Polaca! Como esses dias demoraram a passar.
— Mas deu para curtir?
— Bah, que nada, era do caminhão pra pista de treino e da pista pro caminhão, nada mais.
— Que pena.
— É mas essa é a vida que eu escolhi para mim, não é?
Ela deu um sorriso e eu dei um beijo no topo da sua cabeça, desci o Ventania do caminhão e junto com a Martina o levei para o pasto, iamos rindo e falando besteira até que ela falou.
— Preta, me responda uma coisa com sinceridade, sinceridade. — Disse ela enfatizando a segunda palavra sinceridade.
— Manda. — Falei enquanto abria a porteira.
— O seu namoro com o Frederico, tá indo bem?
— Está sim, por quê?
— Tem certeza?
— Tenho e se tu estás me perguntando isso por causa do que ele acabou de fazer na grama, pode deixar que irei me resolver com ele depois.
Ela me encarou e soltou um suspiro.
— Polaca, não precisa te preocupar com nada.
— Eu sei Preta, mas mesmo assim eu me preocupo, ele parecia enraivecido.
Acariciando o rosto dela falei
— Eu sei lidar com ele e com o ciúme dele.
— Mas aquilo não era um ciúme normal, ninguém chuta a grama daquela forma por causa de um ciúme qualquer.
O nervosismo tomava conta da voz dela.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Rosely Gama Dos Santos
podia apresentar os personagens pra gente entender melhor o inicio do enredo né?
2022-05-27
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