capítulo 1

Scarlet Larson

 Suspiro uma vez mais ,o cansaço me consome outra vez , a pressão da editora não me ajuda em nada a terminar mais um de meus livros , tenho vários livros publicados desde romance a mistério e dramas  ,  estava com um bloqueio , um dos grandes , nada parecia bom o suficiente pra acabar com  aquele romance , mais na verdade  bem no fundo de meu ser , eu saiba o motivo , para que definitivamente nada do que eu tenha escrito ultimamente , parece no mínimo aceitável pra finalizar aquela bela história de amor .

No fundo eu sei que me apeguei aquele casal, retiro os óculos do rosto e aperto meus olhos, que ardem pelas árduas horas frente a tela do meu notebook, sei que tenho que me desapegar, mais não está sendo nada fácil, e a pressão só está piorando ainda mais.

Por fim resolvo me levantar e saio do escritório, acabo tropeçando em uma das muitas caixas de mudanças espalhas pela casa, não, eu não acabei de me mudar, na verdade já estou na pequena e pacata cidade a exatas três semanas, mais meu foco total era na finalização do livro, que por pura ironia continua no mesmo capítulo que, a três semanas atrás.

Resolvi depois de muito tempo retornar a minha terra natal, e agora que sou uma escritora de renome mundialmente famosa, voltei finalmente para a paz do interior do Texas, depois de viver por praticamente boa parte da minha vida em Nova York, meus país se separaram quando eu tinha apenas treze anos de idade e Amália minha irmã mais velha tinha dezoito, tinha acabado de se forma no colégio e seu maior sonho era cursar faculdade em Nova York, meu pai  como bom texano que era não quis deixar suas terras para ir para a cidade grande , então  resolveram se separa , minha mãe como sempre fazendo tudo que Amália queria me arrastou junto  com elas.

Naquela época não tive outra escolha a não ser seguir a minha mãe até Nova York, já que meus avós maternos moravam lá iriamos ficar com eles por tempo indeterminado, apesar de que se fosse minha escolha, teria ficado com meu pai, sempre me dei melhor com ele e sua forma de ser, já a minha mãe era um caso aparte, sempre criticando meu jeito meus gostos pra roupas, e naquela época até mesmo minha paixão por cavalos e animais em geral.

Sorri ao me lembrar de como ela vivia dizendo Scarlet Larson, isso lá é brincadeira de mulher seu pai te estragou me criando como se eu fosse o filho homem que sempre sonhou , nas várias vezes que me sujava de lama ou saia pra tomar banho no rio escondida dos meus país, era sempre a mesma história, ou até mesmo para cavalgar, ah como sinto falta disso, das aulas de violão com meu pai até altas horas, ele fez questão de nós ensinar, apesar de Amélia   não levasse jeito pra coisa, ele insistia que ela ao menos tentasse

Já eu sempre tive facilidade nessas coisas da roça, como minha irmã adora frisar com seu jeito esnobe e arrogante de ser, adoro tocar e cantar apesar de levar jeito na música e de ter uma bela voz, minha timidez me impede de seguir o caminho que meu pai um dia havia almejado pra mim, sim meu velho queria que eu me tornasse uma cantora de country.

E apesar de adorar cantar e tocar meu violão minha timidez, não me permitiu seguir esse caminho, então logo após me mudar descobri minha paixão pelos livros no começo não foi fácil deixei tudo que conhecia pra trás, e acabei me encontrado na leitura, devorava dois livros em um só dia, fui crescendo mais a paixão pela leitura cresceu junto comigo.

 Aos dezessete já escrevia meu primeiro livro, que para a surpresa de todos foi um sucesso em uma plataforma digital, ganhei milhões de seguidores e um contrato com uma grande editora, meus livros fizeram sucesso nas livrarias e foi aí que eu consegui meu contrato especial, a partir daquele momento tudo que eu escrevesse seriam publicados por eles, e hoje vivo de uma das minhas paixões que é escrever.

Balanço a cabeça e sigo rumo a cozinha, desviando de mais algumas caixas no caminho, voltei finalmente para minha amada terra natal, respiro fundo sentindo o ar puro adentar meus pulmões, mais a apesar de ter retornado para o Texas, decide por comprar uma fazenda em uma cidade vizinha a cidade onde meu pai vive New Búfalo City, não queria atrapalhar. já que meu velho voltou a se casar a cinco anos, adoro sua esposa que é uma doce senhora que não teve filhos e considera a mim e a Amália com suas próprias filhas.

Eleonora Jackson, esse é o nome da senhora que ganhou o coração carrancudo do meu pai, sei que não foi nada fácil para ele deixar que suas duas filhas fosse embora pra tão longe, mas ele era muito ocupado e não poderia cuidar de uma adolescente cheia de hormônios, agarro uma taça da pequena adega ao lado do armário e escolho um bom vinho, estou muito esterçada e preciso relaxar   pois também sou uma filha de deus, após me servir me aproximo da janela  e observo a lua que brilha no céu em todo seu esplendor magnifica trazendo luz a escuridão da noite .

Suspiro uma vez mais, ao olhar para o relógio preso a parede da cozinha, quatro horas da manhã, mais uma noite perdida sem conseguir pregar meus olhos, outra vez, agarro garrafa de vinho e saio pela porta da cozinha, para o grande alpendre na porta dos fundos.

 Um dos motivos por ter me apaixonado por essa terra era as grandes arras que ficava ali nos fundos, desde pequena sempre amei esses belos animais majestosos, como a minha mudança ainda é recente ainda tenho poucos exemplares, porém pretendo adquirir mais alguns com o decorrer do tempo.

Estar de volta a minha terra me traz uma paz inexplicável, bebo mais um gole do vinho e me sento em uma das cadeiras de balanço esperaria ali pra ver o nascer do sol, não era fraca pra bebida e por isso continuo com o meu companheiro das madrugadas e das noites frias de solidão, Apolo, meu fiel companheiro se aproxima e se deita aos meus pés, meu cachorro esse era mais um companheiro nas noites que não consigo dormir ou se quer escrever.

Apolo era um mastim inglês, o ganhei ainda filhote apesar de ser um grande animal é completamente dócil com seus 75 quilos e seus 80 centímetros altura, ele foi adestrado para me proteger, graças a ele hoje estou aqui, a um ano minha casa foi invadida por um ladrão, que ficou furioso ao não encontra a quantia que imaginava e resolveu que me mataria pela falta de dinheiro, quase pedi minha vida, se não fosse por meu grande cachorro talvez eu não estivesse aqui agora. sorri com a lembrança que me atinge, me lembro de estar com a arma apontada para minha cabeça em um segundo e no outro um som alto de um corpo se chocando contra o chão.

Quando me virei depois de me certificar de que não tinha sido atingida pelo disparo , me deparei com a seguinte sena  , o ladrão caído no chão com meu cachorro sobre seu corpo, Apolo  rosna furioso mostrando suas presas , porém  o que me chamou mais atenção naquele momento foi que volta  e meia, Apolo  , olhava pra mim , como se estivesse verificando que eu realmente estava bem , e o pobre ladrão gritando para que eu tirasse meu doce cão de cima dele , como se eu , fosse realmente trouxa pra fazer aquilo .

Afago a cabeça de Apolo que a repousa sobre minhas pernas em um ato de carência sorri , com o jeito sem vergonha  de ser , Apolo foi um presente do meu melhor amigo Jacob metil  , ele era modelo  e o havia ganhado de uma fã apaixonada , como sempre saia  em viagens de trabalho quase nunca estava em casa , então por isso ele resolveu me dar o  grandalhão aqui , que se tornou meu protetor a partir daquele momento , ele apesar de parecer sempre relaxado está sempre em alerta pronto pra me proteger , sorri . 

Ao me lembrar de Jacob, meu amigo destrambelhado e completamente bissexual de como já me meteu em muita enrascada, para esconder sua sexualidade de seus pais, que já sabiam a muito tempo desse fato.  Jacob era um moreno escultural desenhado pelos Deuses tamanha sua beleza seus cabelos negros realçavam com seus olhos extremamente verdes, o corpo definido, era adornado por diversas tatuagens, posso afirmar que ele era um adônis. Jack era o melhor amigo, que eu poderia ter, sempre me ajudando e me apoiando em tudo, me defendendo das humilhações que recebia gratuitamente na faculdade, só pelo fato de não me importar com roupas e futilidades, sempre fui prática, não me vestia mal, porém não passava horas na frente de um maldito espelho só para me sentir bem com minha imagem.

Suspiro ao ver o sol começar a subir atrás da montanha banhando as arvores com seus raios tingindo-os de laranja com seus raios solares, aprecio a vista em silencio repouso a taça de vinho na pequena mesa ao lado de minha cadeira de balanço, escuto o cantar do galo anunciando mais um nascer do sol, me levanto da cadeira de um salto acabo por assustar Apolo que me observa com curiosidade.

- Hei garoto que tal darmos um passeio – Apolo inclina a cabeça pra um lado enquanto me observa com atenção – vamos, me espera na entrada que vamos dar uma voltinha de carro – falo entrando na cozinha sigo pelo pequeno corredor até a escadas, subo de dois em dois degraus, decide fazer uma pequena visita a meu pai, já faz uma semana que não o vejo.

Ao chega em meu quarto vou em direção ao banheiro, tomo um banho rápido e saio enrolada na toalha, em direção ao closet, escolho uma calça jeans e uma camisa xadrez   branco e preto, calço minhas amadas botas sem salto que já estavam desgastadas pelo uso contínuo nas últimas semanas, prendo meus cabelos ruivos em um rabo de cavalo alto, sem ao menos me dar ao trabalho de me olhar no espelho. saio do quatro desço as escadas saindo da casa com a chaves da minha caminhonete em mãos.

Apolo me aguardava ao lado do carro na porta do carona ele abana seu rabo ao me ver feliz pelo passeio logo pela manhã, meu grande cachorro de pelagens cinza chumbo me observa caminha em sua direção e abrir a porta pra que ele entre, com um salto ele se deita no banco do carona e observa até que eu de a volta no carro pra partimos.

Uma hora de viagem depois finalmente estaciono meu carro frente à casa de meu pai, desço e abro a porta para que meu cão desça, Apolo desce com um pulo e para ao meu lado, quando observo uma vez mais a fazenda onde cresci, nada mudou a casa grande continua a mesma. suas paredes amarelas e as janelas brancas, a soleira também na cor branca tudo ali me traz um ar nostálgico, as flores do pequeno jardim florescem outra vez, caminho pelo pequeno caminho de cascalho, rumo a porta da casa que se encontra aberta.

Era comum que meu pai se levantasse cedo para ordenhar as vacas, imagino que algumas coisas nunca mudam, adentro a casa depois de ouvir um barulho na cozinha, sigo o barulho e cheiro de café recém preparado, me guia até eles, ao adentrar no cômodo me deparo com meu pai sentado na cadeira da cabeceira da mesa uma de suas mãos segurava o celular no qual ele mexia sem sessar, sua outra mão segurava firme mente uma caneca de café.

Ao lado direito de meu pai, Eleonora, tomava seu café tranquilamente enquanto tagarelava sobre a horta beneficente na qual ela trabalhava três dias da semana, Apolo espira ao meu lado o que chama atenção para minha chegada, meu pai salta na cadeira ao me ver e abre um sorriso calorosos, como sempre fazia quando eu o visitava.

_Scarlet querida estava a ponto de te ligar, que surpresa melhor te ter aqui­ -ele me abraça apertado, retirando o ar de meus pulmões por breves segundos antes de me soltar, Eleonora indica uma das cadeiras me convidando pra me sentar, observo ela se levantar e arrumas um prato a mais pra pôr a mesa

- Vamos querida tome café conosco aproveita que está tudo fresquinho - aceno om a cabeça aceitando o convite sirvo uma xicara de café e tomo um pouco antes de responder a meu pai, que não tira os olhos de mim nem por um segundo, o que me indica que algo ele andou aprontando, agora só me resta descobrir o que ele aprontou dessa vez.

- Estava meio ocupada, ando atolada no meu livro e não consigo dar continuidade a ele – beberico mais um gole do café forte, o típico café texano – mais me diz pai, por que ia me ligar - ele encara a caneca com café por alguns segundos em silencio, e isso só me dá a certeza de ele realmente aprontou

- Sabe minha filha você já ouviu falar da cidade fantasma aqui aos arredores de New City, fica em uma fazenda e os proprietários resolveram abrir para o público em acampamento pagos e muito bem remunerados - franzo o cenho em confusão ao não entender a que ponto ele queria chegar com essa história toda, ele volta a falar – acho que deve ser uma experiencia e tanto o que acha - assenti estranhando todo aquele papo

- é deve ser uma grande experiencia passear em meio a uma cidade completamente abandonada e fantasma – respondo apreensiva ele amplia seu sorriso, aí e me recordo daquela música, vai da merda vai, vai da merda vai da merda, vai a com toda certeza vai.

- que bom que você concorda que será uma experiencia  maravilhosa por que eu comprei os primeiros bilhetes para o acampamento teste em um leilão-  ai meu deus eu sabia que eu estava lascada , não poderia recusar , já que ele tinha frisado que era bem remunerados – já liguei pra sua irmã que ficou super empolgada pra viver essa experiencia inusitada , imagino que pra você não será um problema já que sempre foi apaixonada por essas terras , e sua irmã que sempre foi.....................cheia de frescura aceitou e trará uma amiga – meu pai do céu me ajuda nessa hora que não seja que eu imagino que é , seria um martírio penso quando ele  volta a falar chamando ,minha atenção   -  a querida você também pode convidar alguém são quatro bilhetes.

 Sorri disfarçando o espanto de meu rosto não poderia recusar de forma alguma, só sei eu não será nada fácil participar desse maldito acampamento se minha amada irmã mais velha trazer sua queria amiga, se bem que eu também posso levar alguém, sorri ao chegar à conclusão de quem seria meu acompanhante.

- Claro pai será uma experiencia que eu tenho certeza de que eu nunca vivi não vejo a hora de ir para esse acampamento – minha boca diz essas palavras enquanto meu coração chora e grita, POR QUE ISSO TINHA QUE ACONTECER COMIGO  

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