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Imperatriz Do Mal

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*Ano xx nascimento das primeiras princesas gêmeas do império de Clover.*

"Parabéns vossa majestade são duas lindas meninas!"-Serva

"Deixe-me segura-la."-Pierre

"Vossa majestade, cuidado ela é muito frágil."-Serva

A serva entrega a criança para o imperador Pierre.

Ele pega uma de suas filhas com o maior cuidado do mundo, sorri e fala.

"Esta deve ser a mais velha certo?"-Pierre

"Sim senhor."-Serva

"A mais velha se chamará Ana e a mais nova Joana, elas representaram o império Clover e o país natal da mãe delas."-Pierre

O imperador pega as duas filhas no colo e se aproxima da rainha.

"Amélia, veja como elas são lindas."-Pierre

"Elas não terão um nome dado por você… "-Amélia

A rainha começa a chorar, as servas pegam as crianças dos braços do imperador e as levam para fora do quarto.

"Elas são minhas filhas, me deixe nomeá-las."-Pierre

"Você só me trouxe desgraça, não deixarei que você faça o mesmo com as minhas filhas!"-Amélia

"Me perdoe, eu fui obrigado a fazer aquilo..."-Pierre

Pierre se aproxima para tocar Amélia, mas ela se afasta recusando o seu toque, então o imperador suspira e sai do quarto.

*Seis anos depois* Ponto de vista Katherine

Corri rapidamente até o quarto da mamãe, para que ela pudesse me ensinar a língua do reino dela.

"Katherine, espera!"

"Irmã, como você é lenta!"-Mi-Rae

O quarto da mamãe ficava um metro de distância do nosso, mas pelo fato de minhas pernas serem curtas, eu sempre me cansava rápido demais.

Cheguei no quarto cansada, mamãe me da um sorriso e me pega no colo.

"Mi-Rae, você sempre esta cansada."-mamãe

"Não gosto de ficar andando, me deixe ficar no seu colo."

"Isso não é justo, eu também quero!"-Mi-Rae

Mamãe se senta na poltrona e Mi-Rae sobe em cima dela.

"Vocês estudaram?"-Mamãe

"SIM!"-Mi-Rae

"É só isso que a senhora deixa a gente fazer."

Mamãe franze a testa e me dá um peteleco.

"Vocês precisam aprender a serem independentes, se no futuro algo der errado, vocês duas podem partir para o meu reino natal e pedirem ajuda para o meu irmão que é o seu tio."-Mamãe

"O tio Kangdae? Eu gosto dele!"-Mi-Rae

Minha criação e a de Mi-Rae era totalmente diferente das outras crianças do palácio, mamãe não deixava nenhum homem se aproximar de nós, todas as servas do palácio rosa vermelha eram mulheres, mamãe nos fazia estudar por horas e ainda ter aulas de defesa pessoal.

Pelo fato de nossa criação ser diferenciada, viramos crianças super dotadas e inteligentes, isso criava uma certa inveja nas outras concubinas e em seus filhos, isso fez com que eu e minha irmã sofresse algumas agressões e xingamentos.

Mamãe também sofria por causa dessas pessoas malvadas, certo dia eu ouvi uma concubina falar sobre o ritual de consumação real, esse ritual era um costume de anos no reino de Clover, curiosa decidi pesquisar mais sobre este ritual, mas não encontrei nenhum arquivo sobre isso até que eu ouvi novamente algumas mulheres do harém tocarem neste assunto, pelo que entendi, o ritual de consumação é realizado quando um imperador se casa com sua rainha e eles tem que consumar o casamento na frente de seus súditos, mamãe havia sido obrigada a realizar esse ritual e com isso ela teve vário problemas psicológicos, às vezes ela gritava e tinha pesadelos, desde aquele dia ela não deixa o papai se aproximar dela e muito menos toca-la.

Esse ritual foi quebrado graças ao atual imperador que é o meu pai, com o fim desse ritual veio um decreto imperial que dizia que o próximo rei e nenhum outro homem podia tocar ou fazer algum mal as flores do império.

Quando Mi-Rae e eu nascemos, fomos declaradas como flores do império e ganhamos toda a proteção dos céus e terras, ninguém no império Clover poderia fazer mal a nós duas.

"Chega de conversa, vamos estudar."-Mamãe

"Mamãe me ajude com essa pronuncia."

Minha mãe se aproxima de mim e fala.

"Sarang"-Mamãe

"Qual é o significado dessa palavra?"-Mi-Rae

"Vocês nunca saberão o significado desta palavra, pelo menos não neste reino."-Mamãe

O sorriso de mamãe foi substituído por olhos tristonhos e opacos, percebi a áurea pesada então mudei de assunto.

"Mamãe, já estudamos muito por hoje, eu e Kathe podemos passear pelos jardins?"

Ela saiu de seu transe, sorriu e disse.

"C-claro! Vocês podem ir, levem algumas servas com vocês..."-Mamãe

Nos despedimos de mamãe e saímos de seu quarto.

Mi-Rae e eu corremos para brincarmos nos jardins.

"Irmã."-Mi-Rae

"Sim?"

"A mamãe não gosta daqui né? Ela sempre fica trancada em seu quarto e com as coisas do país dela, ela deve se sentir um pássaro preso em uma gaiola, neste reino as mulheres não são bem tratadas... "-Mi-Rae

Mi-Rae era pura e inocente, mas sabia e entendia tudo oque estava em sua volta, fomos criadas para desconfiar de tudo e todos, era de se esperar que Mi-Rae descobrisse sobre os sentimentos da mamãe.

"Como você sabe disso?"

"Mamãe disse que devemos ficar longe dos homens porque eles não tratam bem as meninas aqui."-Kathe

"Oque isso quer dizer?"

"Eu não sei, mas agora eu estou com fome."-Kathe

"Vamos comer debaixo da macieira!"

Mi-Rae me da um sorriso, pega na minha mão e com ânimo fala.

"Vamos!"-Mi-Rae

Nos sentamos debaixo da árvore e as servas no serviram suco de laranja com alguns sanduíches, quando os lanches acabaram Mi-Rae retrucou, dizendo.

"Eu quero mais!"-Mi-Rae

"Princesas nos esperem um pouco, iremos pegar mais doces para vocês."-Servas

"Eba!"

Elas se retiraram e nos deixaram as sós.