Capítulo 2

Alicia Walton

Eu acordo e faço minhas higienes, tomo um bom banho, coloco minha saia lápis rosa bebê, um body branco de renda e um terninho também rosa bebê combinado com a minha saia. Faço uma make básica, dando destaque para minha boca como sempre e desço para tomar meu café da manhã.

-Bom dia Alicia. 

-Bom dia Maria. (Eu falo com um enorme sorriso.)

Maria foi minha babá quando criança e hoje é a governanta no meu apartamento. Desde que comecei a trabalhar na empresa do meu pai, eu comprei esse apartamento, que fica bem próximo a empresa. Eu tomo meu café bem reforçado e desço para o estacionamento, pego meu Porsche, e em menos de 10 minutos eu estou na empresa, eu desço do meu carro e vou em direção ao elevador. Para meu desprazer, a primeira pessoa que eu encontro no meu dia é o Adam.

-Bom dia, Senhorita Walton. (Ele fala com aquele maravilhoso sorriso cafajeste que ele tem.)

-Poderia ter começado melhor, se você não fosse a primeira pessoa que eu tivesse encontrado, Sr. Johnson. (Eu falo tirando os óculos escuros e colocando na bolsa.)

-Esse seu bom humor matinal, é contagiante. (Ele fala, me olhando nos olhos e depois desce para o meu decote.)

Eu reviro os olhos e viro para frente, ajeitando meu terninho. Nós paramos no andar da sala de reunião e assim que as portas se abrem, Wallace (Meu secretário) me recebe. 

-Bom dia Srta. Walton. (Ele fala com um sorriso encantador.)

-Bom dia Wallace. (Eu falo sorrindo. E vejo Adam revirar os olhos.)

Entramos na sala de reuniões, como esperado somos os primeiros a chegar, o Adam assim como eu é pontual. Eu me sento e começo a mexer no celular, quando me sinto observada.

-Poderia me encarar menos Sr. Johnson, não sou uma das suas secretárias. (Eu falo sem olhar para ele.)

-Impossível, estou tendo uma visão maravilhosa. (Ele fala, e eu sei que tem um sorriso cafajeste no rosto.)

Logo a sala enche, e o último a chegar é meu pai e o meu tio (Como tio ela se refere ao pai do Adam, o Joseph.) Quando os dois entram todos se ajeitam na cadeira, inclusive eu, que ainda estava mexendo no celular. 

-Bom dia a todos. (Meu pai fala se sentando na ponta da mesa de reunião.)

-Bom dia. (Todos falam juntos.)

-Como eu tinha informado na reunião anterior, assim que a minha filha estivesse apta ela assumiria o meu lugar na empresa. Porém devido aos últimos relatórios das empresas em Los Angeles, eu estou remanejando ela para lá. (Eu olho para ele incrédula.) Na verdade o remanejamento, vai ser da nossa sede principal, minha filha já está totalmente capaz de comandar isso tudo, então como ela vai estar lá, a nova sede da empresa vai ser lá. Inicialmente eu e a minha família iríamos para lá, mas o meu sócio mais antigo e também amigo da minha família, disponibilizou seu filho, também aqui presente Adam Johnson para comandar a parte que eu faria em LA. (Nesse momento nós dois olhamos incrédulos para ele.) Assim a minha filha Anne, junto com o Patrick, vão cuidar das empresas no Canadá, onde antes estava o Adam. E a minha filha caçula Mia, vai começar seu estágio junto a mim aqui em NY. Eu estipulei o tempo de um ano para ajeitar as coisas em LA. E depois a sede volta para cá e as coisas voltam ao normal. Ou se necessário, esse tempo pode se prolongar, isso vai ser decidido aqui, na nossa última reunião de acionistas anual. Essa reunião extra foi somente para esse aviso. Vocês estão dispensados.

Eu ainda estou sem palavras, assim que todos saem, ficamos somente os envolvidos e meu pai.

-Que você me odeia pai, eu consigo entender, mas me colocar um ano ao lado do Canalha Johnson é pedir demais. Eu posso muito bem resolver o nosso problema de LA, daqui. Eu sei que você sonha que eu me case com ele, mas isso não vai acontecer e me forçar a conviver com ele diariamente na empresa, não vai mudar isso.(Eu falo e ele me olha sério, espalhando uns papéis na mesa.)

-Eu tô noivo sua louca, e se não percebeu eu também não quero ficar perto de você. Mas infelizmente o problema das empresas em LA, é bem complicado para ser resolvido remotamente. (Ele fala revira os olhos.)

-Exatamente Adam, nós tentamos resolver, mas o caso lá é pior do que imaginamos, olhe você mesma. (Ele aponta para os papéis.) Se isso continuar, nós vamos à falência em menos de um ano.

-Só não entendi porque eu tenho que ir para o Canadá. (Minha irmã fala indignada.)

-Vocês tem que contestar tudo o que eu digo? Acha que eu não sei o que eu estou fazendo. (Meu pai fala nervoso.) Você é da parte financeira Anne, e as empresas Johnson são a melhor nessa área. Seu aprendizado vai ser bem maior lá. E você vai para lá até se formar.

-Tanto faz. Estou no aguardo para o dia que você vai perguntar o que queremos antes de decidir nossas vidas. (Minha irmã fala e sai.)

-Aonde você vai? (Meu pai pergunta.)

-Arrumar minhas malas Papai, já que eu vou para o Canadá por tempo Ilimitado.(Ela sai chateada.)

-Esse caos financeiro é enorme papai, você deveria ter me informado antes, para trabalhar nisso. (Eu falo colocando os papéis na mesa.)

-Na verdade, o Adam conseguiu segurar esse caos por três meses para que você pudesse se formar. Ele está por dentro de todo o caso, você pode consultá-lo, até por isso que ele vai junto com você.(Eu reviro os olhos.) Já está tudo pronto lá, a casa, os carros dos modelos que vocês gostam e o jatinho já está esperando, é só fazer as malas e ir.

-Eu vou levar o Wallace comigo, ele é meu braço direito. (Ele me interrompe.)

-Ele já está com tudo pronto, inclusive, moradia e carro para ele também.

O que me estranhava e o quão quieto o Adam estava, ele deve estar adorando tudo isso. Mas mesmo se não estivessem, os filhos Johnson, jamais contestariam o meu tio Joseph, a palavra dele é lei. Eu pego minhas coisas, me despeço e vou para o meu apartamento, arrumar minhas malas. Eu não vou levar muita coisa, a maioria eu vou comprar lá. Faço uma mala pequena, me despeço da Maria, deixei combinado que pagaria o salário dela normalmente e ela vem manter a casa em ordem para mim a cada quinze dias. E vou em direção ao aeroporto.

Adam Johnson - 26 anos

Eu sabia que meu pai não estava me pedindo para voltar à toa, o senhor Joseph Johnson nunca dá ponto sem nó. Eu estou bem no Canadá, mas para ele eu tenho que me casar. E a mulher ideal, Alicia Walton, claro, eu sabia que ele tentaria algo. Mas me colocar um ano trabalhando com ela, eu realmente quero distância, eu quero que tudo que eu sinto por ela desapareça, como já estava acontecendo até vê-la novamente. Eu evito discutir com meu pai, porque eu sempre acabo fazendo o que ele diz, eu só saio, coloco as coisas de volta na mala e vou para o aeroporto. Eu chego e lá está minha tentação, com uma calça jogger branca, uma regatinha e uma blusa de moletom, cheia de conversa com tal Wallace.

-Vamos? (Eu falo chamando a atenção deles para mim.)

-Ela me olha, ué cadê a sua NOIVA?(Ela enfatiza a palavra noiva.)

-Voltou para o Canadá, onde é o lugar dela.(eu falo passando por eles e indo em direção ao jatinho.)

Ela se senta de um lado, eu do outro e o Wallace do lado dela, o jatinho decola e os dois não param de conversar. Não sei porquê mas isso está me irritando. Eu me levanto para ir até o banheiro, e esbarro na aeromoça, que me enche de desculpas, eu vejo que a Alicia não tira os olhos da gente, então acaricio o rosto da moça, e ela se acalma e vai em direção onde Alicia está sentada.

-Vai demorar muito Sr. Johnson, tem mais pessoas querendo usar o banheiro.( Ela não cansa de me provocar.) 

Eu abro a porta e puxo ela para dentro junto comigo, está bem apertado, eu pego ela no colo e ela coloca as pernas em volta da minha cintura.

-O que você quer Srta. Walton. (Eu falo mordendo o lóbulo da orelha dela.)

-Que… que você me solte agora, Sr. Johnson (Ela fala, tentando se manter firme.)

-É se eu não quiser. (Eu prendo ela mais contra a parede do banheiro e dou uma mordida de leve no pescoço dela.)

-Me solta agora Adam, eu estou mandando.(ela fala firme.)

Eu aproximo meu rosto do dela, nossas respirações estão descompassadas. Então eu a beijo, e aperto a bun'da dela e ela solta um leve gemi'do.

-Para de me provocar Alicia, ou talvez você não aguente as consequências. (Eu a solto, precisando de todo meu autocontrole para não fu'der com ela ali mesmo, e volto para o meu lugar.)

Um pouco depois ela aparece, e se senta na frente, longe de mim e do Wallace. Talvez seja divertido estar de volta. Eu dou um sorriso.

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Ai ai esses dois, muita faísca.

Patrick Hunt Johnson - 24 anos (Primo)

Andrew Johnson - 22 anos (irmão mais novo.)

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