A entrada em Konoha foi silenciosa. Não houve comemoração, apenas olhares atentos dos ninjas da vila enquanto Naruto e Sasuke atravessavam os portões. Para muitos, Sasuke ainda era uma presença incerta; para outros, um lembrete de antigas feridas. Naruto caminhava ao lado dele de forma firme, como se dissesse sem palavras que aquela era uma escolha sua — e definitiva.
O relatório da missão foi breve. Tsunade ouviu com atenção, satisfeita com o sucesso, mas deixou claro que Sasuke continuaria sob observação. Ao sair da sala da Hokage, Naruto riu, tentando aliviar o clima, enquanto Sasuke apenas suspirou, aceitando o peso daquela realidade. Konoha ainda não era um lar completo para ele, mas estava deixando de ser uma prisão.
Nos dias seguintes, a rotina voltou lentamente. Naruto treinava com Konohamaru, participava de reuniões e, sempre que podia, encontrava Sasuke nos campos mais afastados da vila. Ali, entre golpes e silêncio, eles se entendiam melhor do que em qualquer conversa longa. A rivalidade ainda existia, mas agora era atravessada por cuidado e algo mais profundo.
Numa noite tranquila, sentados no telhado de um hospital, observando as luzes da vila, Sasuke comentou que nunca imaginou voltar daquela forma — sem fugir. Naruto respondeu que também nunca imaginou que vencer não significaria derrotá-lo, mas tê-lo ali. O vento passou entre eles, e, pela primeira vez, Sasuke sentiu que Konoha poderia, um dia, ser realmente seu lar.