Eles se conheceram sem perceber que aquele encontro mudaria tudo. Foi numa tarde comum, quando o céu parecia pintado em tons suaves de rosa e azul, como se o mundo tivesse decidido ser gentil por algumas horas. Ela estava sentada sozinha, observando o movimento da rua, enquanto ele passava apressado, carregando sonhos que ainda não sabia nomear.
O acaso fez com que seus olhares se encontrassem. Não houve palavras naquele instante, apenas um silêncio confortável, daqueles que não pedem explicação. Ainda assim, algo ficou suspenso no ar — uma promessa invisível.
Com o tempo, os encontros se repetiram. Conversas tímidas viraram risadas soltas, e as confidências passaram a nascer naturalmente, como flores que se abrem sem pedir permissão. Ele descobriu nela um abrigo. Ela encontrou nele um lar.
Havia dias difíceis, é claro. O amor não se constrói apenas com sorrisos, mas com paciência, escolhas e coragem. Mesmo assim, sempre que o mundo parecia pesado demais, bastava um toque de mãos para lembrar que não estavam sozinhos.
Numa noite tranquila, sob um céu estrelado, ele segurou o rosto dela com delicadeza e disse aquilo que o coração já sabia havia muito tempo. Ela sorriu, com os olhos marejados, porque algumas verdades não precisam de grandes discursos — apenas de sentimento.
E assim, entre silêncios e promessas, eles aprenderam que o amor verdadeiro não é feito de perfeição, mas de presença. É ficar. É escolher. É amar todos os dias, mesmo quando o resto do mundo insiste em partir.