Personagens Principais
S/N Kobayashi (18): Ômega Puro. Feromônio: Vinho de Uva Verde (doce, inebriante, com notas ácidas). Personalidade: Desinibida, pragmática, festeira.
Haru Akizuki (17): Alfa Dominante. Feromônio: Carvalho (amadeirado, terroso, poderoso). Personalidade: Tímido, intelectual, virgem.
Capítulo 1: O Encontro na Névoa de Feromônios
O Club Zenith era um mar de luzes de néon e corpos suados. S/N Kobayashi estava no auge de sua performance. De cima, com seus cabelos pretos curtos e olhos cinzas cintilantes, ela parecia governar a pista de dança, uma deusa bronzeada e com pouca roupa. Seu feromônio de Vinho de Uva Verde era doce e audacioso, misturando-se facilmente com o álcool e o suor, funcionando como uma assinatura que anunciava sua disponibilidade e domínio social. Para um Ômega Puro, ela exalava uma aura de predadora, atraindo olhares e propostas com facilidade.
Seu foco estava em um Alfa de terno escuro que acabara de entrar. O dinheiro dele cheirava bem, muito melhor do que o Gin Tônica que ela segurava.
Foi então que ela o notou. Sentado no canto mais escuro, perto da seção VIP reservada para os super-ricos, estava Haru Akizuki.
Ele era um contraste brutal com o ambiente. Cabelos brancos quase transparentes caíam sobre olhos cinzentos pálidos, observando o caos com uma timidez quase dolorosa. Ele estava impecavelmente vestido, e sua pele pálida o fazia parecer uma escultura de mármore. O que a atingiu, porém, foi a força de sua aura. Ele era um Alfa Dominante, mas estava contendo seu cheiro de Carvalho com tanta veemência que era quase doloroso de se inalar. O carvalho era seco, antigo e incontestavelmente poderoso, mas estava escondido sob uma camada de nervosismo e inexperiência.
"Que desperdício," S/N murmurou para si mesma. Um Alfa Dominante, provavelmente virgem, escondido como um filhote assustado.
O grupo de amigos de Haru, três Alfas barulhentos, o puxaram para a beira da pista de dança. Um deles o empurrou em direção a S/N.
S/N aproveitou a chance. Ela se inclinou, e a explosão de seu feromônio de Vinho de Uva Verde atingiu Haru como um choque elétrico. O Ômega Puro estava intencionalmente liberando o aroma mais forte e tentador que possuía.
Haru cambaleou. Ele nunca havia sentido um feromônio Ômega tão potente, tão puramente tentador, ou tão explicitamente convidativo. Seu corpo reagiu antes de sua mente reservada. Seu cheiro de Carvalho, que ele tentava prender, vazou em uma onda incontrolável, misturando-se com o vinho dela. O ar ao redor deles tornou-se espesso e denso, um campo de batalha de feromônios Dominantes.
S/N sorriu, notando a reação física intensa do jovem Alfa.
"Desculpe," Haru gaguejou, o rosto corando violentamente.
S/N se aproximou, sua voz baixa e rouca. "Não se preocupe, Alfinha. Você cheira a inexperiência e muito dinheiro. Eu sou S/N Kobayashi."
O cheiro de carvalho dele estalou, não em raiva, mas em puro pânico e fascínio.
"H-Haru Akizuki," ele respondeu, sem conseguir desviar o olhar dos olhos cinzentos dela.
S/N sabia que tinha a atenção dele. O jogo havia começado.
Capítulo 2: A Proposta e o Contrato
No dia seguinte, Haru não conseguiu se concentrar em seu livro de física avançada. O cheiro de Vinho de Uva Verde, doce e quente, persistia em sua mente. Ele havia se retirado cedo da festa, a intensidade da atração sendo demais para seu sistema nervoso Alfa.
Ele a encontrou perto da universidade, onde S/N frequentava algumas aulas mais por obrigação social do que por ambição. Ela estava fumando um cigarro, vestindo roupas que eram simples, mas que destacavam suas curvas.
Haru a abordou, a timidez ainda aparente, mas agora temperada por uma necessidade primal que seu status Dominante amplificava.
"S/N-san," ele começou, a voz trêmula. "Eu... Eu não consigo parar de pensar no seu cheiro. Eu sei que foi rude, mas..."
S/N deu uma tragada no cigarro e soltou a fumaça lentamente. Ela o avaliou, o corpo atlético e a aura Dominante que gritava "riqueza".
"Você quer me dizer que um Alfa Dominante, de dezessete anos, virgem e multimilionário, está me seguindo?" ela perguntou com um sorriso seco.
Haru corou até a raiz dos cabelos brancos. "Eu não estou seguindo. Eu... Eu preciso de você." A palavra saiu como um lamento. "Meu corpo precisa que seu cheiro esteja perto. Não consigo dormir."
S/N apagou o cigarro. A vida dela era difícil; precisava de dinheiro para pagar as dívidas da mãe e sustentar sua própria liberdade. A atração primal dele era uma oportunidade de negócio.
"Certo, Haru Akizuki. Meu tempo e meus feromônios têm um preço. Eu sou uma Ômega Puro, e não dou isso de graça. Não sou uma garota para namoros fofos. Eu sou uma companhia."
Ela ditou o valor, um número alto o suficiente para assustar a maioria, mas que não passava de troco para a família Akizuki.
Haru não hesitou. "Eu aceito. Dinheiro não é um problema. Mas..." ele respirou fundo, soltando um pequeno pulso de seu cheiro de Carvalho. "Eu quero exclusividade, pelo menos enquanto eu a estiver pagando. Eu não quero que seu cheiro tenha vestígios de outros. E eu quero um contrato. Eu farei um contrato legal para proteger você e a mim."
S/N ficou momentaneamente chocada com a seriedade dele. Ele não estava apenas comprando sexo; estava comprando uma conexão e uma exclusividade. Isso elevava o jogo para um nível mais perigoso e mais íntimo do que ela estava acostumada.
"Um contrato de exclusividade total," S/N repetiu, sentindo o poder que essa proposta carregava. "Interessante, Alfinha. Você é ainda mais Dominante do que pensei."
Ela sorriu, mas desta vez, havia uma faísca de algo mais que pragmatismo em seus olhos. Ela estava atraída pela pura e inesperada possessividade dele.
"Feito. Mas você tem que aguentar o que vem a seguir," S/N disse, liberando uma onda inebriante de Vinho de Uva Verde, que o atingiu de forma deliberada.
Haru cambaleou, o cheiro de Carvalho dele respondendo com uma intensidade selvagem. "Eu aguento."
Capítulo 3: A Primeira Noite e a Invasão
O contrato foi assinado no dia seguinte. Um acordo legal em um escritório moderno, longe do luxo óbvio.
Haru alugou uma cobertura moderna e anônima no distrito de Shinjuku, garantindo que a privacidade de S/N fosse total.
Na primeira noite, a tensão era insuportável. S/N, confiante e experiente, estava ali como profissional, vestindo apenas um robe de seda preto.
Haru, por outro lado, estava quase paralisado. Ele estava usando uma camiseta de algodão e calças de moletom, o cheiro de Carvalho dele pairando no ar, tímido e avassalador ao mesmo tempo.
S/N se aproximou dele, seu cheiro de Vinho de Uva Verde agindo como um afrodisíaco direto para o Alfa.
"Você é patético, Haru Akizuki," ela provocou, mas sua voz era suave. "Todo esse poder Dominante, e você está tremendo. Eu pensei que você fosse me reivindicar no momento em que eu passasse pela porta."
O insulto funcionou. O Alfa Dominante dentro de Haru reagiu à provocação. O cheiro de Carvalho explodiu, derrubando o doce Vinho de Uva Verde de S/N por um instante.
"Não me chame de patético, S/N," Haru rosnou, a voz grave e autoritária, irreconhecível. Ele a empurrou gentilmente contra a parede, prendendo-a com seu corpo atlético.
A máscara de S/N quase quebrou. A força física e a aura que Haru emanava eram esmagadoras, a prova de que ele era um verdadeiro Dominante, apesar de sua timidez.
"Melhor assim," S/N sussurrou, a respiração acelerada. Ela liberou seu Vinho de Uva Verde, inebriando o Alfa. O perfume agridoce do vinho colidiu com a terrosidade do carvalho, criando uma mistura explosiva no ar.
O toque de Haru era inexperiente, mas sua necessidade era pura, intensa e sem filtros. S/N, pela primeira vez em muito tempo, sentiu-se a ser reivindicada em vez de apenas desejada. A inexperiência dele era, paradoxalmente, a força dele. Ele era honesto na sua atração, e isso a atingia de uma forma que os outros não conseguiam.
S/N, sentindo-se dominada pela intensidade primal do Alfa, sorriu. Esta não seria apenas uma transação. Seria uma experiência. Ela usou seu corpo e sua boca para guiar o tímido Dominante, ensinando-lhe o poder de seu próprio cheiro e a explosão de seu corpo. Ela era a mestre, mas também estava se rendendo à pureza e à intensidade do poder dele.
Quando tudo estava acabado, S/N estava deitada, exausta, sentindo o cheiro de Carvalho por toda a sua pele. O cheiro dele era uma marca de possessividade que ela não podia negar, e que estranhamente, ela não queria.
Haru a abraçou, o cheiro de carvalho dele envolvendo-a como uma manta de segurança. "S/N," ele murmurou, a voz rouca. "Você é... perfeita. Seu cheiro... eu nunca vou me cansar dele."
O coração de S/N apertou. Ele estava se apegando. E apego era a última coisa que ela precisava.
Capítulo 4: A Rotina Inesperada
A relação deles se estabeleceu em uma rotina peculiar. S/N visitava Haru três noites por semana. Durante o dia, ela bebia, ia a festas, e transava com outros (longe do cheiro de Haru) para ganhar seu dinheiro. Haru, por sua vez, passava os dias lendo, estudando, e gerindo sua fortuna, esperando ansiosamente pelas noites de S/N.
Haru se tornou viciado no cheiro de Vinho de Uva Verde de S/N e na sua companhia. Ele não a forçava a nada, respeitando o contrato, mas sua possessividade crescia a cada encontro.
Uma noite, S/N chega com o cheiro fraco de um Alfa que não era Haru, um perfume de pimenta do reino e tabaco.
Haru a encontra na porta, o cheiro de Carvalho dele explodindo no ar. Não era raiva, era ciúme e possessividade Dominante. A pressão era tão forte que S/N sentiu seus joelhos tremerem.
"Saia de perto de mim com esse cheiro, Haru," S/N exigiu, sua própria aura de Vinho de Uva Verde lutando para se manter firme.
"Você quebrou o contrato?" ele perguntou, a voz baixa, mas o poder contido era aterrorizante.
"Não. Eu disse exclusividade enquanto eu estivesse com você. Não disse que eu pararia de trabalhar."
"Você está vendendo o seu cheiro e o seu corpo?" Ele parecia genuinamente magoado. "Você não precisa disso. Eu te darei o que você precisar. Apenas... fique limpa para mim. Eu sou o seu Dominante, S/N."
S/N riu friamente. "Você não me entende, Alfinha. Eu não sou um brinquedo. E você não é meu Dominante. Eu sou uma Ômega Puro. Eu não preciso de um Alpha para me sustentar. Eu sou meu próprio Alpha. Eu só preciso de dinheiro. O mundo moderno não paga contas com feromônios Dominantes."
O rosto de Haru se contorceu de dor. Ele era um Dominante, mas ela o estava rejeitando no nível mais primal.
"Eu amo o seu cheiro, S/N. Eu amo o fato de você lutar comigo. Mas a ideia de outro Alfa ter o seu cheiro... eu não consigo suportar." Ele a puxou para si, inalando profundamente seu pescoço, o cheiro de Carvalho dele limpando o cheiro do outro Alfa.
"Vá tomar um banho. Agora," ele ordenou, a voz rouca. Ele não pedia, ele mandava. E S/N, para seu próprio horror, sentiu um leve tremor de submissão. A química entre um Alfa Dominante e um Ômega Puro era perigosa.
Capítulo 5: O Perigo e a Confiança
A situação financeira de S/N piorou. Sua mãe, doente e endividada, exigiu mais dinheiro. S/N, desesperada, aceitou um trabalho mais arriscado em uma festa privada.
Haru percebeu a mudança no humor de S/N, a tensão em seu cheiro de Vinho de Uva Verde.
"O que está acontecendo?" ele perguntou uma manhã, enquanto tomavam o café.
S/N foi vaga, mas ele era um Dominante, e podia sentir a aflição dela.
"Eu preciso de muito dinheiro, Haru. Coisas de família."
Haru, que passava o dia lendo sobre a história de sua família rica, a olhou seriamente. "Diga-me o valor. Eu cubro. Apenas pare de se colocar em risco."
"Eu não aceito caridade," S/N respondeu com raiva.
"Não é caridade," Haru retrucou, o Carvalho dele firme. "É investimento. Eu sou um Dominante. Eu compro exclusividade. E você me deu a sua."
S/N, teimosa e orgulhosa, recusou. Ela foi para a festa arriscada naquela noite.
A festa era um pesadelo. Os Alfas eram agressivos e estavam tentando forçar S/N a quebrar o que eles chamavam de "contrato ridículo".
Quando S/N estava encurralada, sentindo-se ameaçada, uma explosão de Carvalho furioso irrompeu pela porta. Haru.
Ele usava uma calça e casaco moletom, os olhos cinzentos faiscando com a luz dourada da raiva Dominante. Seu cheiro era um ataque químico, um rosnado primal de puro poder.
"Ela é Minha Ômega. Afastem-se Dela," Haru rosnou, a aura dele Dominante e letal.
Os outros Alfas, todos menores em poder, recuaram instantaneamente, seus corpos respondendo ao Dominante.
Haru correu para S/N, agarrando-a e inalando seu cheiro, o medo misturado ao Vinho de Uva Verde.
"Nunca mais faça isso," ele ordenou, a voz cheia de tremor. "Você tem o meu nome, você tem o meu cheiro em você. Você é minha. Meu investimento. Minha propriedade, se você insiste em usar essa linguagem."
S/N, pela primeira vez, não lutou. Ela se rendeu ao cheiro de Carvalho, sentindo-se estranhamente segura.
"Eu te dou tudo," Haru sussurrou. "Minha fortuna. Minha vida. Apenas fique comigo. Eu preciso do seu Fluxo. Você acalma a fera em mim."
S/N finalmente cedeu, exausta pelo perigo e pela luta. Ela o abraçou. "O valor é... alto, Haru."
Haru sorriu, um sorriso de satisfação Dominante. "Eu sou um Akizuki. É troco."
Capítulo 6: O Grande Acalento e a Reivindicação Total
O pico veio de repente. Haru, o Alfa Dominante, teve seu primeiro Rut.
Ele estava sozinho em casa, o cheiro de Carvalho explodindo em ondas incontroláveis de poder. A necessidade era avassaladora, a dor excruciante.
S/N foi avisada por seu telefone. Ela correu para a cobertura, o perigo iminente. Ela sabia que Haru, no Rut, era uma máquina primal, incapaz de reconhecê-la.
O apartamento estava uma bagunça de poder Dominante. Haru estava no chão, o corpo suado e esculpido tremendo. Seu cheiro era esmagador, puro carvalho, terra, e fogo.
S/N, a Ômega Puro, sentiu seu próprio corpo entrar em um Acalento de resposta imediata, um evento raro e explosivo para um Ômega que só acontecia na presença de seu par biológico ideal. Seu Vinho de Uva Verde explodiu em uma névoa doce e inebriante, a atração biológica a atingindo com força total.
"Haru! Sou eu! S/N!" ela gritou, lutando contra o impulso de se render imediatamente.
Ele a viu, os olhos dourados de pura necessidade. "Ômega! Meu Ômega!"
Ele a atacou, não com raiva, mas com a necessidade pura de um Alfa Dominante em Rut. S/N, no auge de seu próprio Acalento, não lutou contra o desejo, mas lutou pelo controle.
O acasalamento foi violento, intenso, e totalmente primal. Não havia timidez em Haru agora; havia apenas o Alfa Dominante reivindicando o Ômega Puro. S/N, pela primeira vez, se sentiu totalmente rendida ao poder de um Alfa, mas, paradoxalmente, sentiu seu próprio poder Ômega Puro florescer, guiando-o. O Vinho de Uva Verde e o Carvalho se misturaram em um cheiro de laço, profundo, inegável e eterno.
Na manhã seguinte, Haru acordou, completamente esgotado e coberto com o cheiro de S/N. Ele a olhou, os olhos tímidos de volta, mas havia uma força Dominante inegável em seu olhar.
"Nós nos acasalamos," ele murmurou. "Você me marcou, e eu marquei você. Não há mais contrato. Há um Laço."
S/N, exausta, sorriu. "Eu sei, Alfinha. Eu sei."
Epílogo: O Novo Fluxo
A vida de S/N e Haru mudou drasticamente. Haru, agora um Alfa Dominante totalmente realizado e ligado, tornou-se mais seguro, sua timidez suavizada por sua possessividade calma e o cheiro constante de Vinho de Uva Verde.
S/N, com todas as suas dívidas pagas e vivendo com Haru, não precisava mais de dinheiro. Ela ainda gostava de beber e festejar, mas agora, sempre voltava para o seu Alfa, seu corpo respondendo ao cheiro de Carvalho com uma lealdão inegável.
Haru, sentado em sua cobertura, lia um livro enquanto S/N dormia ao seu lado. O cheiro de Vinho de Uva Verde, agora misturado com um leve toque de Carvalho, era o seu novo normal.
Ele havia conseguido o que queria: a Ômega Puro que o desafiava, que tinha um fogo que só ele conseguia acalentar. E S/N havia encontrado algo que ela nunca soube que precisava: um Alfa que, apesar de sua timidez, era forte o suficiente para Dominar o seu Fluxo e lhe dar segurança total.
O contrato se foi. O Laço era tudo o que importava. E ambos eram pura intensidade.
FIM