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Na escuridão, silêncio profundo,
ecoam segredos guardados do mundo.
Sombras dançam, frias, sem cor,
abraçam a noite, sufocam o ardor.
Mas no horizonte um lampejo se cria,
um raio suave rasga a agonia.
É a luz que nasce, frágil, serena,
cura a ferida, dissolve a pena.
Escuridão e luz, eterno enlace,
uma se esconde, a outra renasce.
No coração humano vivem em par,
força que apaga, força que faz brilhar.
E assim seguimos, passo após passo,
no breu do medo, no brilho do abraço.
Pois só quem viu a noite em cair,
sabe o valor do sol ao surgir.
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