Era uma noite de outono em São Vicente, uma cidade conhecida por suas florestas densas e histórias de fenômenos inexplicáveis. Sob a luz fraca de uma lâmpada, um grupo de amigos se reunia na casa de pedro,um entusiasta do sobrenatural. Ele havia encontrado um antigo mapa no sótão da casa de seu avô, que indicava a localização de uma mansão abandonada, chamada de “Casa dos Sussurros”.
“Tinha uma história que a dizia ser assombrada”, disse pedro, com um sorriso malicioso. “Dizem que quem entra na casa ouve vozes, sussurros de almas perdidas”.
Mara, a cética do grupo, balançou a cabeça. “Histórias de terror não passam de lendas urbanas. Vamos, isso vai ser divertido!” Os outros, animados, concordaram em ir. Eles se prepararam para uma noite de aventura, mal sabendo que estavam prestes a entrar em um pesadelo.
Naquela noite, a lua estava alta e as árvores pareciam dançar ao som do vento.
Ao se aproximarem da mansão, os amigos sentiram uma leve brisa que carregava um cheiro de decadência e mofo.
A casa era imponente, mas seu estado de abandono a tornava ainda mais assustadora.
Assim que cruzaram a porta rangente, um arrepio percorreu a espinha de cada um deles.
O interior da mansão era uma relíquia do passado: móveis cobertos de poeira, quadros desbotados e um silêncio que quase parecia palpável. Pedro, empolgado, começou a explorar cada cômodo, enquanto o grupo se dispersava.
Enquanto exploravam a casa, encontraram um velho diário em uma das prateleiras empoeiradas.
As páginas estavam amareladas e, ao abrir, puderam ler sobre a história da família que ali viveu.
O diário revelava rituais estranhos e a obsessão do patriarca em contatar o além.
A última entrada era assustadora e breve: “Eles vêm. Não posso mais ficar aqui.”
A excitação do grupo rapidamente se transformou em inquietação.
Mara, um pouco mais pálida, sussurrou: “Devíamos ter ficado em casa”.
Pedro, determinado, acendeu uma lanterna e propôs explorar o porão, onde os sussurros se tornavam mais intensos.
Descendo as escadas rangentes, o grupo sentiu que o ar ficou mais denso.
Conforme avançavam, ouviram os primeiros sussurros, ecoando por entre as paredes frias e úmidas. “Saia”, “Ajuda”, “Cuidado”... eram palavras desconexas e inquietantes que pareciam vir de todos os lados.
“Isso é apenas o vento”, pedro tentou tranquilizá-los, mas sua voz tremia levemente.
Justo quando ele terminou de falar, uma sombra rápida passou pela parede oposta.
O grupo congelou. “Alguém viu aquilo?” perguntou Thiago.
Mas antes que alguém respondesse, as luzes da lanterna piscavam de forma ameaçadora.
O terror começou a se espalhar entre eles. Durante a exploração, um por um começou a sentir que algo os observava.
Enquanto conversavam em sussurros, um grito repentino ecoou do andar de cima.
O grupo correu para ver o que havia acontecido, mas o que encontraram foi ainda mais aterrador: somente um dos amigos, Marina, estava no corredor.
Ela tremia, mas não conseguia explicar o que havia visto.
Pânico tomou conta deles.
Eles decidiram que era hora de ir embora, mas a porta de saída parecia selada. As paredes estavam cobertas de uma umidade que parecia pulsar, e novos sussurros ecoaram: “Vocês não podem sair”.
Desesperados, começaram a procurar uma saída. Mas, ao invés disso, encontraram uma sala secreta, onde os vestígios de um ritual macabro estavam dispostos em um altar improvisado.
“Precisamos que eles ajudem a completar o ritual”, sussurrou Marina, com um olhar distante.
Os amigos tentaram convencê-la de que não podiam acreditar, mas as palavras dela ecoaram em suas mentes.
Com a escuridão se aprofundando, as vozes começaram a se intensificar em um coro aterrador.
“Acreditamos que a casa precisa de um sacrifício”, murmurou uma delas. E, quando pedro foi puxado para a sala, a tensão aumentou, culminando em um confronto entre o desejo de escapar e o inevitável chamado da casa.
Finalmente, a verdade sobre o que estava acontecendo na casa se revelou. Eles estavam presos em um ciclo de terror eterno, onde as almas anteriores não encontrados buscavam novas vítimas.
Apenas um sacrifício poderia libertá-los, mas isso implicaria uma escolha difícil para um dos amigos.
Desesperados e divididos, confrontaram seus demônios internos enquanto as sombras da mansão se tornavam mais agressivas.
Em uma sequência eletrizante, um confronto final e um sacrifício inesperado mudariam o rumo de suas vidas para sempre.
Na manhã seguinte, a casa parecia silenciosa, mas os amigos que sobraram sabiam que não poderiam simplesmente ir embora.
Com suas experiências marcadas, eles lançaram um olhar para trás, conscientes de que a Casa dos Sussurros nunca realmente deixaria seus voluntários. E ao sair, uma voz suave sussurrou: “Até logo”.
Anos se passaram, e a cidade se esqueceu da Casa dos Sussurros.
Mas à noite, quem se aproximasse da mansão ainda poderia ouvir os sussurros de almas perdidas em busca de companhia.
A história da noite fatídica circulava entre os moradores, mas sempre com uma advertência: “Cuidado, nunca entre. A casa ainda espera”.
xxxxxxx Fim xxxxxxxx