Havia um tempo em que o amor entre Emilly e Mateus era tão vibrante quanto o nascer do sol. Seus corações batiam em uníssono, cada olhar era uma promessa silenciosa de um futuro compartilhado. Eles eram a prova viva de que o amor podia, sim, ser eterno. Mas, como um jardim deslumbrante que é envenenado por uma praga invisível, a semente da tristeza começou a germinar. Pequenas decepções, palavras não ditas e escolhas equivocadas foram o adubo para essa dor crescente. A inocência do amor deu lugar a um silêncio carregado de mágoas, onde a alegria de outrora se transformava em um pesar profundo que consumia Emilly por dentro.
O que antes era apenas tristeza, lentamente se metamorfoseou em um ódio corrosivo. Cada lembrança dos momentos felizes era agora uma tortura, um lembrete cruel do que fora perdido. Mateus, alheio à profundidade da ferida que abriu, continuava seu caminho, sem perceber que Emilly não era mais a mesma. A pessoa que o amava com fervor agora planejava sua ruína. A vingança, antes um pensamento fugaz, tornou-se um objetivo concreto, a única forma que ela encontrava para equilibrar a balança da dor. Ela não queria mais o amor dele; queria que ele sentisse, de forma visceral, cada gota da tristeza que ela havia derramado.
E assim, Emilly, movida por um misto de ódio e um desejo distorcido de justiça, orquestrou seu plano. O confronto final não foi uma explosão de raiva, mas um silêncio gélido que ecoou mais alto que qualquer grito. Mateus, finalmente confrontado com as consequências de suas ações, viu nos olhos de Emilly não o amor que ele um dia conheceu, mas o reflexo sombrio de um ciclo de dor que eles mesmos haviam criado. O que restou foi a pergunta: seria a vingança um fim, ou apenas o começo de uma nova e eterna tristeza?