Às vezes sinto medo,
As vezes sinto repulsa,
De ser eu mesmo,
E me afogar em calúnias.
Mas às vezes sinto vontade,
Juro que estou tentando!
Não me perder em faces,
Que vivo criando.
Eu queria ser eu mesmo,
Queria ficar em paz,
Mas eu sou sujo e finjo,
Enquanto meu coração,
Aos poucos se desfaz.
Por favor, não me culpe,
Por favor, não se engane!
Me machuco quando você acredita...
Internamente quase peço...
Para que você me esgane!
...
Eu juro que irei tentar mais...
À você isso eu prometo...
Mais acontece que vivo preso,
Em uma prisão com grades frias de ouro,
Pois os elogios são recompensas
Que caem como tesouro...
Se eu ser o que eu quero,
Se eu demonstrar oque sinto,
Sou imediatamente julgado,
E claro, que não sou compreendido.
"Você é tão rude. "
"Seja mais educado."
Eles não param de dizer...
Então eu permaneço calado
Elogios me cercam
por aquilo que estou preso,
Elogios me cercam
por aquilo que me deixa ileso
Elogios me cercam...
E fazem meu coração implodir por dentro.
Eu...
Só...
Queria...
Ser...
Eu...
Mesmo...
Mas eu sinto, que minha essência própria já evaporou,
Desde o momento,
Em que decidi agradar,
Desde o momento,
Em que decidi não me manifestar,
Então, isso foi só o que me restou.
Ass – Mary.