No véu negro do céu sem cor,
um eclipse dança sem pudor.
A lua esconde seu brilho ardente,
como um amor que sangra em silêncio e mente.
Nos olhos frios de um irmão perdido,
há ecos de risos, há dor sem abrigo.
Caminhos que um dia andamos de mãos dadas,
hoje são trilhas de almas quebradas.
O amor nasceu, mas foi envenenado,
pelos sussurros de um passado calado.
Uma mãe de gelo, um pai em trapaça,
família despedaçada em pura desgraça.
Ela sorri, mas nunca acolheu,
seu amor era espelho de quem nunca viveu.
Ele jura promessas, mas todas vazias,
um teatro de mentiras em noites sombrias.
Mas na sombra cresce a vingança sombria,
como um eclipse que oculta o dia.
E quando a noite engolir a luz,
o amor e o ódio dançarão em sua cruz.