**Capítulo 2: Carregando a Culpa**
Lucas e Lia permaneciam sentados no Rustbucket, um silêncio pesado preenchendo o espaço entre eles. As luzes do amanhecer começavam a romper o horizonte, mas a beleza da paisagem parecia insignificante diante do que havia acontecido. Lucas encarava o Omnitrix em seu pulso, seus dedos trêmulos passando sobre a superfície do dispositivo.
— Isso é culpa minha... — ele murmurou, sua voz mal escapando dos lábios.
— Lucas, não foi sua culpa. Você não sabia... — Lia tentou consolá-lo, mas sua voz estava embargada.
Lucas se levantou abruptamente, quase derrubando a cadeira atrás dele.
— Não sabia? Eu toquei nisso! Eu virei aquele... monstro! E o Jonas... ele está morto por minha causa! — sua voz quebrou enquanto ele tentava controlar as lágrimas.
Lia não respondeu de imediato. Suas mãos ainda seguravam a foto de Jonas que encontrara no painel do trailer. Era uma foto antiga, tirada antes de suas viagens, quando tudo parecia mais simples. Ela sabia que nada que dissesse traria conforto agora.
Enquanto Lucas lutava com sua culpa, um som agudo ecoou pelo ar. Ele se virou, alarmado, e olhou pela janela. No horizonte, pequenas formas metálicas surgiam: drones voadores. Eles estavam rastreando a energia do Omnitrix.
— Eles estão nos rastreando... — Lia disse, com um tom de urgência na voz.
— Temos que sair daqui. Agora. — Lucas respondeu, voltando para o volante do Rustbucket.
Com um rugido, o trailer entrou em movimento, acelerando pela estrada irregular da floresta. Mas os drones estavam se aproximando rapidamente, e as viaturas do governo já podiam ser ouvidas ao longe.
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**Capítulo 3: A Fuga**
O som dos motores do Rustbucket ecoava pela estrada enquanto Lucas tentava se afastar dos drones. Lia, no banco do passageiro, ajustava uma tela no painel do trailer que mostrava imagens dos perseguidores.
— São muitos deles! E estão armados! — ela alertou.
Lucas apertou o volante com mais força. Ele sabia que não tinha ideia de como lidar com aquilo, mas a última coisa que queria era colocar Lia em mais perigo.
Os drones dispararam pequenos feixes de energia, mirando nas rodas do trailer. Um dos tiros acertou a traseira, fazendo o veículo balançar violentamente. Lia segurou firme para não cair, enquanto Lucas lutava para manter o controle.
— Não temos escolha... vou ter que usar isso. — Lucas olhou para o Omnitrix, com medo e determinação misturados em seu olhar.
Ele apertou o dispositivo, ativando o Pyro novamente. Com um brilho intenso, ele deixou sua forma humana para trás e emergiu como a criatura flamejante. Sem hesitar, abriu a porta lateral do Rustbucket e saltou para fora em meio à estrada.
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**Capítulo 4: A Batalha Descontrolada**
Os drones imediatamente redirecionaram seu foco para Pyro, disparando tiros de energia que explodiam ao seu redor. Lucas tentava se esquivar, mas suas chamas aumentavam descontroladamente cada vez que ele se movia.
Ele atacou, lançando rajadas de fogo nos drones, destruindo alguns deles no processo. No entanto, a batalha estava longe de terminar. Quanto mais ele lutava, mais o calor se intensificava, começando a afetar o ambiente ao redor.
Lia assistia da janela do trailer, gritando:
— Controle, Lucas! Você consegue!
Mas Lucas sentia a mesma desorientação que o dominou na clareira. Ele começou a lembrar do momento em que perdeu Jonas. As chamas ao seu redor cresceram, e ele se viu consumido pelo pânico.
De repente, um dos drones acertou um tiro direto no Omnitrix, interrompendo a transformação e trazendo Lucas de volta à sua forma humana. Ele caiu de joelhos na estrada, exausto, enquanto os drones se reagrupavam para atacá-lo novamente.
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**Capítulo 5: Uma Fuga Milagrosa**
Lia, vendo Lucas vulnerável, agiu rapidamente. Ela acelerou o Rustbucket e o posicionou entre Lucas e os drones, criando uma barreira improvisada. Abrindo a porta lateral, ela gritou:
— Lucas, entre! Agora!
Ele reuniu as últimas forças que tinha e correu para o trailer. Assim que ele entrou, Lia acelerou novamente, manobrando o veículo para desviar dos ataques.
Os drones continuavam em perseguição, mas Lia, usando sua inteligência e os sistemas improvisados do Rustbucket, conseguiu desativar vários deles. Finalmente, eles conseguiram despistar os perseguidores, entrando em uma área de terreno mais denso que dificultava o rastreamento.
Dentro do trailer, Lucas caiu no chão, ofegante. Lia se ajoelhou ao lado dele, segurando seu rosto com as mãos.
— Lucas... você fez o melhor que podia.
Ele olhou para ela, lágrimas nos olhos.
— Não é suficiente, Lia. Não sei se posso controlar isso... e se mais pessoas se machucarem?
Lia apertou as mãos de Lucas com firmeza.
— Então vamos descobrir juntos. Pelo Jonas. Ele acreditava em nós, e não vamos decepcioná-lo.
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