As vezes, eu me pego pensando na gente.
Talvez , não era pra ser...
A gente como casal era só briga inconsequente.
Nos machucamos com palavras e ações,
Talvez, amar e ser amado precise de algo mais forte que apenas emoções.
No rádio ainda toca a nossa canção,
É aquela que te dediquei de todo o coração.
Hoje mais maduro percebo que para ter dado certo,
Não podia começar no erro.
É como a música da Marília Mendonça "Amante nunca vai casar".
E somente hoje tenho certeza que o que fazia era me usar.
Não me arrependo de te conhecer,
Mas de como me deixei ser influenciado e levado por você.
No fundo eu já sabia que você nunca me amaria,
Mas me agarrei a ideia de ficar do seu lado te ajudado a conseguir o que queria.
Amei você até me faltar amor próprio,
Só então, me vi mentindo mais que o Pinóquio.
Acho que foi o medo de ficar sozinha,
Ou talvez ter que lidar com minha própria companhia,
Ou então, os meus demônios que encheram minha cabeça com abobrinha,
Me fazendo submissa a sua vontade,
No fim, eu fiquei sozinha antes do fim da tarde.
O meu amor foi cego, louco e desequilibrado,
Tão intenso, que se fosse uma avalanche tudo teria sido devastado.
Hoje sinto o peso do meu pecado,
Te amar sem primeiro ter me amado.
Foi minha ruína, foi o que destroçou o meu reinado,
Sei que não posso voltar atrás, mas se pudesse seria diferente o meu passado.