Era uma manhã ensolarada em Campina Grande, na Paraíba. O ar estava perfumado com o cheiro das flores que começavam a florescer e a cidade pulsava com a energia do início do São João. Entre as barracas de milho e as danças típicas, duas almas se encontraram de forma inesperada.
Maria, uma jovem sonhadora de dezessete anos, estava ansiosa para aproveitar as festividades. Ela sempre sonhou em viver momentos inesquecíveis e aquele parecia ser o dia perfeito. Enquanto caminhava pelas ruas decoradas, seus olhos se cruzaram com os de Lucas, um jovem morador da cidade que tinha o sorriso mais encantador que ela já viu.
Lucas estava ajudando a montar uma barraca de comidas típicas. Ao notar Maria, sentiu seu coração acelerar. Havia algo especial naquele olhar que prometia aventuras e segredos guardados. Com coragem, ele se aproximou e começou uma conversa despretensiosa. Os minutos se transformaram em horas enquanto eles riam e compartilhavam histórias sobre suas vidas.
Naquele dia, eles decidiram explorar a cidade juntos. Passearam por praças lotadas, dançaram ao som da sanfona e até experimentaram o famoso pamonha. A química entre eles era inegável; cada risada compartilhada parecia tecer um laço invisível que os unia mais a cada instante.
Quando o sol começou a se pôr, Lucas sugeriu que fossem até o mirante da cidade para ver o pôr do sol. O lugar era mágico, com uma vista deslumbrante das colinas ondulantes e do céu tingido de laranja e roxo. Sentados na beira do mirante, eles compartilharam sonhos e medos, revelando seus desejos mais profundos.
"Eu sempre sonhei em viajar pelo mundo", disse Maria, olhando para o horizonte. "Mas tenho medo de deixar tudo para trás."
Lucas sorriu compreensivamente. "Às vezes, é preciso arriscar para encontrar quem realmente somos."
Os dois passaram aqueles dias intensos entre risadas, confidências e promessas de amizade eterna. Mas como todo conto de fadas, a realidade logo se impôs: Maria precisava voltar para sua cidade no dia seguinte. O tempo parecia escasso e precioso.
No último dia juntos, eles decidiram fazer algo especial: escrever cartas um para o outro como forma de guardar aquelas memórias eternamente. Trocaram os papéis com promessas de nunca esquecer os momentos mágicos que viveram.
Quando chegou a hora da despedida, um misto de alegria e tristeza tomou conta deles. Eles se abraçaram apertado, sentindo que aqueles dois dias mudariam suas vidas para sempre.
"Quem sabe um dia nos encontramos novamente?", disse Lucas esperançoso.
"Eu vou guardar essas lembranças no meu coração", respondeu Maria com lágrimas nos olhos.
E assim, cada um seguiu seu caminho, levando consigo as memórias daquele passado esquecido — um amor efêmero que floresceu em meio às festas juninas da Paraíba. Embora nunca mais tenham se visto, ambos sabiam que aqueles dois dias permaneciam eternamente marcados em suas almas; uma lembrança doce e nostálgica que iluminaria seus caminhos por toda a vida.
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