Sofia e Gabriel se conhecerem uma tarde comum, o encontro estava longe de ser ordinário. Ela, uma fotógrafa que viu poesia em cada detalhe do mundo; ele, um músico cuja alma vibrava em acordes. Era como se o destino tivesse escolhido aquele instante para uni-los. Durante meses, compartilharam sonhos, risadas e momentos que pareciam eternos.
Porém, a vida, com sua imprevisibilidade, colocou um obstáculo impossível de ignorar. Uma doença repentina levou Sofia a uma luta árdua, e Gabriel se tornou sua fortaleza. Enquanto ela enfraquecia, ele compunha músicas que prometiam que seu amor não seria esquecido, mesmo que o tempo tentasse apagà-lo. No último dia dela, de mãos dadas, prometeram se encontrar em outra vida.
Os anos se passaram e Gabriel manteve sua promessa. A cada primavera, ele visitava o campo onde se conheceram, tocando as músicas que havia compartilhado. Sua tristeza era profunda, mas a lembrança de Sofia lhe dava força para continuar. Ele sabia que o amor verdadeiro não se limitava à vida terrena.
Em uma dessas primaveras, enquanto dedihava o violão, sentiu uma brisa diferente, como se fosse um toque familiar. Levantou os olhos e viu uma jovem com o mesmo olhar curioso de Sofia. Ela sorriu, e, sem dizer nada, sentou ao seu lado. Era o começo de algo novo, mas tão incrivelmente familiar. Gabriel soube, então, que o amor pode atravessar o tempo e renascer, sempre.