Ao anoitecer meu médico apareceu no meu quarto com sua túnica vermelha, sua máscara lisa e com uma máscara e túnica nas mãos me fui instruída a colocá-las pois iríamos a minha inicialização, chegando a um teatro grande, sim essa casa não parava de me surpreender ela tinha um teatro agora, aviam vários membros com túnicas vermelhas e máscaras subi ao palco enquanto eles entoavam hinos para Satan, sim era uma seita satânica, quando cheguei ao topo avia ali uma faca muito afiada e uma tigela de inox com sangue presumi que fosse sangue de todos que estavam ali, fui instruída a cortar minha mão e deixar pingar ali também, me lembro de pensar o que e um corte depois de tudo que passei aqui dei litros e litros do meu sangue pra eles o que era mais uma gota, então sem muita demora cortei minha mão e o fiz meu médico imediatamente retirou sua máscara e túnica assim como todos que ali estavam, e eu quase que por instinto também tirei, naquele momento lembro-me de estar estranhamente feliz quase como se eu fizesse parte de algo maior como se aqueles malditos torturadores e estupradores fossem minha família fudida, que eles eram tão perturbados quanto eu, disso eu não tinha dúvidas, me senti unida a eles num episódio que achei ser algo como a síndrome de Estocolmo acabando ali voltei para meu quarto guardando os segredos que avia visto, várias atrizes e cantoras e cantores e atores também avia ali todas as profissões mais esses me saltaram os olhos será que eles eram forçados como eu ou estavam lá por vontade própria, bom chegando ao quarto dormi tranquilamente e não sonhei com nada o que era impossível pois tinha acumulado vários traumas.
Ao acordar no outro dia me deparei com meu médico mais arrumado que nunca estava com um chapéu velho daqueles que todo senhor tem um estava com uma máscara diferente com seus olhos cansados à mostra no estilo aviador com um tubo que saia dela e ia para suas costas e sumia como mágica seu terno branco avia dado lugar a um terno preto com direito a colete
Um colete preto um terno e uma calça, ele parecia aqueles senhores que eu via indo pro forró na minha cidade natal, porém ele parecia estar de mais bom humor, quando me viu falou:
-Bom dia menininha, se eu fosse você seguiria o excript, e não tentaria expor nossa irmandade se fizer isso vai preferir a morte. Disse ele com um sorriso psicopata no rosto aqui me gelou o coração foi com se ele soubesse o que eu pretendia, mas segui o meu plano e continuei calada apenas acenando com a cabeça.
Os próximos minutos foram estranhos, o médico da bengala resolverá me seguir de perto como se fosse minha sombra não saia do meu lado depois de esbarrar nele pela centésima vez o perguntei:
-O que você está fazendo ?
-Nada respondeu ele e bom que vc se acostume com minha presença já que vou ser seu médico vamos passar muitas horas juntos, para que a irmandade garanta que você nunca vai falar nada. Esclareceu ele.
-Mas como vamos fazer nos momentos que eu estiver no palco ou em algum lugar com pessoas que não deveriam saber de você?. Perguntei esperando uma resposta como aí não tem o que fazer aí vou estar atrás das câmeras como seu vovô alguma coisa assim, quando olhei pra ele, ele estava rindo como se tivesse novamente ouvido meus pensamentos.
-Menininha assim que sairmos daqui eu sempre estarei com você, não importa a hora ou o local, nós temos habilidades de ficar invisíveis pois vibramos as moléculas dos nossos corpos e desaparecemos, mas claro isso só acontece com uma roupa especial. Disse ele apontando pra sua roupa nova.
-Aiai você está me zuando né?. Disse eu desdenhando da sua tecnologia.
-você tem um médico agora pra você nada muda eu vou continuar lá mais para outras pessoas eu não existirei.
-Alias, todo membro que alcança fama e status tem um você verá vou ser como um grilo falante na sua orelha só vc vai me ouvir e ver. Disse ele como se isso fosse bom.
-Ta bem mais espera você não vai ao banheiro não dorme não come não em algum momento você vai ter que fazer essas coisas não vai ?. Perguntei eu esperando uma resposta positiva.
-Aiai criança tola eu já não sou mais um humano comum em eu não preciso comer ou dormir tão pouco ir ao banheiro não sinto atração por humanos a muitas décadas sirvo a está seita apenas por interesses em comum mais isso não vem ao casso e você como uma simples menininha não entenderia. Disse ele para meu terror, isso significava que ele não sairia do meu pé um minuto quando faria de minhas cartas públicas, sabendo que ele estava me observando a todo momento.
Novamente me encontrei suspensa no ar sem chão, meus planos teriam caído por terra, tudo que havia pensado morrera ali com aquela história maluca dele ser invisível para outras pessoas aquilo era insano inacreditável não tinha pé nem cabeça, achei por bem acreditar no primeiro momento e depois testar aquilo, porém não aguentei e acabei perguntando:
-Para onde você vai quando fica invisível?. Se e que fica mesmo, pensei eu ironicamente.
-Vamos para o limbo uma dimensão que fica entre essa e sete além um lugarzinho realmente desagradável, mas você não entenderia menininha, agora vamos já estamos atrasados para conhecer sua nova casa. Disse ele indo embora, o segui imediatamente, como já disse o pessoal aqui não e muito de esperar ou compreender principalmente o idiota que desfigurou com uma bengala.
-Eu precisei fazer aquilo menininha e preciso destruir para reconstruir e você está melhor agora. Disse ele como se pudesse ouvir meus pensamentos.