Marcos estava sozinho em casa numa noite chuvosa, com os trovões ecoando ao longe. Ele gostava de ficar sozinho, aproveitando a quietude da casa enquanto seus pais viajavam. Assistindo a um filme de terror na sala, o som da TV foi interrompido por um estrondo vindo do sótão. Ele pausou o filme, achando que era apenas o vento.
De repente, ouviu um sussurro. Pensou ser sua imaginação, até que ouviu de novo, mais claramente desta vez: “Marcos...”. Seu nome foi chamado numa voz baixa e arrastada, vindo da direção do sótão.
Seu coração acelerou. Ele pegou a lanterna e foi investigar. Subiu as escadas com passos cautelosos, cada rangido da madeira ecoando por toda a casa. Ao abrir a pequena porta do sótão, sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O ar era gelado, e o sótão parecia mais escuro do que o normal, como se a luz da lanterna não conseguisse penetrar completamente a escuridão.
Então, a voz voltou. “Marcos, você não deveria ter vindo aqui...”. Antes que ele pudesse reagir, algo frio e invisível agarrou seu braço, puxando-o para dentro da escuridão. Ele tentou gritar, mas sua voz sumiu. Tudo o que restou foi o silêncio do sótão e o eco distante de trovões lá fora.
Na manhã seguinte, a casa estava quieta. Os pais de Marcos chegaram e o chamaram, mas não houve resposta. O sótão estava vazio, exceto por um único som que ecoava nas paredes: “Você não deveria ter vindo aqui...”.
---