Luiza sempre foi uma mulher independente. Após um dia cansativo de trabalho, decidiu que precisava de um momento para si mesma. Ao cair da noite, vestiu um casaco leve e saiu para caminhar pelas ruas tranquilas do bairro. As luzes da cidade piscavam como estrelas, e a brisa fresca a fazia sentir-se viva.
Mas havia algo no ar que a deixava inquieta. Desde algumas semanas, um homem a observava. Ele era alguém que tinha cruzado seu caminho em uma festa, sempre com um olhar intenso e um sorriso perturbador. No início, Luiza pensou que era apenas alguém interessado, mas à medida que os dias passavam, o olhar dele se tornava mais penetrante, quase possessivo.
Enquanto caminhava, Luiza sentiu uma presença atrás dela. O coração acelerou quando ela decidiu aumentar o passo. Olhou para trás e viu o homem a seguindo, mantendo uma distância cuidadosa, mas claramente determinado. A sensação de estar sendo observada transformou sua caminhada relaxante em um pesadelo.
Ela acelerou ainda mais o passo, tentando encontrar um caminho mais movimentado. A escuridão parecia se fechar ao seu redor enquanto o homem se aproximava. Luiza virou em uma esquina e avistou um grupo de pessoas conversando animadamente em frente a um café. Com alívio, ela se aproximou deles.
O homem hesitou ao ver o grupo e parou a alguns metros de distância. Luiza respirou fundo e se juntou à conversa dos estranhos, tentando disfarçar o pânico que sentia. O homem ficou ali por alguns momentos, observando-a com uma expressão perturbadora antes de finalmente se afastar.
Quando a tensão diminuiu e ela percebeu que estava segura ali, Luiza soube que precisava agir. No dia seguinte, decidiu procurar ajuda e relatar o comportamento do homem às autoridades. Ela não poderia permitir que seu amor pela liberdade fosse sufocado pelo medo.
A partir daquela noite, Luiza aprendeu a valorizar ainda mais sua segurança e autonomia. E enquanto os dias se passavam, ela continuaria caminhando sob as estrelas – mas agora com mais cuidado e sempre atenta ao seu redor.