Havia certa vez, um jardineiro, que amava com apreço o seu jardim e que com todo zelo cuidava desse seu bem precioso.
Porém, quando ele deitava para descansar, sempre sonhava com a mesma rosa todas as noites, uma muito bela, mas que parecia gradualmente está morrendo, e mesmo em incontáveis vezes tendo ido à procura dessa rosa, nunca a achava.
Até que em um dia muito chuvoso e de forte vento, ele sonhou com a rosa novamente e a viu entre espinhos. Não podendo se conter, ele correu em direção ao muro de espinhos que havia ao redor do jardim e começou a buscar pela rosa, até que um forte relâmpago reluziu, e junto a ele uma cor vermelha, uma cor conhecida por ele, era a rosa.
Então, com toda delicadeza, o jardineiro retirou aquela rosa do terrível lugar onde estava plantada e a levou para dentro de seu lar, cuidou da rosa e a plantou novamente em um vaso que havia ali.
Ao amanhecer ele regou a rosa e a colocou para ver a luz do sol, para ele aquela rosa aparentava surpresa por ver a luz, já que a muito não a sentia, pois entre os espinhos a vida para ela era dolorosa e sombria.
A rosa ainda estava um pouco murcha, no entanto, ao decorrer do tempo ela foi desabrochando e resplandecendo sua beleza, era como se o cultivador fosse a conquistando com todo o seu carinho e amor, fazendo despertar o melhor que havia nela.
Chegou um momento em que aquele jardineiro se apaixonou profundamente pela rosa.
Já a rosa mostrava suas lindas pétalas a ele, como se estivesse agradecendo aos cuidados dele, ainda sem perceber aquele amor.
Contudo, aquele moço teve que passar três dias fora, o que fez com que a rosa fosse murchando, desapegando de sua cor e perdendo o brilho, por outra vez temer o desprezo e o abandono.
Quando o cultivador enfim voltou para casa, a rosa estava melancólica e no seu momento final, aquela cena assombrou o jardineiro e o entristeceu muitíssimo. Mas como em reconhecimento a tanto amor recebido, a rosa deixou cair sua última pétala avermelhada, portanto, com o suspirar do moço aquela face da rosa morreu.
Todavia, o jardineiro apaixonado não desistiria da rosa, e com muito esforço ele plantou a rosa na terra mais rara e melhor que havia, a regou cuidadosamente e mostrou a ela a luz.
Assim como um fio de esperança, aquela rosa começou a brotar no coração do jardineiro, agora com novas cores, anunciando que se pode haver recomeços, quando a vida é regada com afeição e persistência.