Em um ambiente peculiar, Peter nutria um amor incondicional por aventuras grandiosas, imaginando-se derrotando seres terríveis e inimagináveis.
Em um dia como qualquer outro, ele teve a crença de que seu grande sonho se tornara realidade: a borboleta azul era muito mais do que aparentava - era uma fada.
E aquela ideia não parecia tão absurda assim para ele. Com entusiasmo, ele abordou a mãe:
— Mamãe, borboletas são fadas!
— Oh, meu querido! Não se deixe levar por ilusões. — disse-lhe sua mãe.
— Mas não é ilusão! Tenho cinco argumentos que...
Neste instante, seu pai surgiu e ele o convocou para ouvir seus argumentos, como se estivesse em um tribunal.
— Oh, parece que precisamos de uma testemunha para você!
— Eu tenho, o Lucky. — disse Peter.
O cão Lucky abanou o rabo em concordância.
E assim deu início ao julgamento.
— Primeiro, borboletas estão sempre em fuga, para não descobrirmos o seu segredo. Além disso, possuem um pozinho como as fadas e asas encantadoras. — argumentou Peter.
Com uma lista repleta de argumentos convincentes, Peter defendeu sua teoria.
Seu pai proferiu o veredito, e ele saiu vitorioso.
A mãe gargalhou e o pai acrescentou:
— Ah, não podemos descartar a possibilidade. Quem sabe aquela borboleta era um anjo disfarçado.
Moral da história: Nem sempre a fantasia se alinha à realidade. Mas o extraordinário pode estar presente até mesmo na simplicidade do cotidiano.