Um homem se aproximou de mim com passos um pouco rápidos. Seu rosto estava desfigurado pela chuva constante, com as roupas encharcadas e os cabelos grudados na testa. Seus olhos, cansados e tristes, tinham um brilho de desespero. Sua postura denotava não apenas a pressa, mas uma carga de preocupações que o encurvava.
Bom, está chovendo! Então, por que sinto que vou morrer? Bem, a água da chuva estava machucando meus olhos, minhas pernas estavam doloridas, e viver parecia um tremendo tédio e uma solidão. Toda a escuridão do mundo estava ao meu redor, tremendo, assim como aquele homem, como se ambos quiséssemos acabar com tudo, como se estivéssemos envoltos na chuva escura, como se estivéssemos presos em um cotidiano miserável, como eu. Eu tinha uma faca, mas minha carteira tinha apenas vinte reais. Ele parecia cansado, como se a vida o tivesse esgotado.
Será que entendi o ponto aqui? Pretendo reagir ao assalto e morrer. Isso se classificaria como suicídio?
Bem, se ele atirar em mim por vinte reais, ele também vai se matar. Talvez eu devesse matá-lo antes. Assim, pelo menos, ele sentiria um pouco de vergonha.
"Estranho, ele começou a correr!"
Ah, claro, a faca. Até esqueci que falo sozinho ou penso sozinho. Bom, o ponto é que ele não vai para a polícia. Acho que não vou morrer hoje, talvez?