Iluminando-me os olhos vejo a grandeza estelar. Sim, a grandiosidade que me cerca os olhos.
Sua aparência emana pureza e a complexa atração de sua beleza adentra a menina que habita em minha visão. Complexamente inexplicável para me encantar cada dia e novamente.
Seu esplendor transcende meu limitado intelecto e percebo o quão pequeno sou. Pequenino em meio à tamanha obra quase utópica; impossível, se eu não a contemplasse com meus próprios olhos. E mesmo fugindo de minhas compreensões, compreendo que existe Algo grande o suficiente para eu não compreender.
Não compreendo, mas contemplo. Logo, imagino a esperança em meio a generosa perfeição ocular. A esperança de que há razão por trás da aparente loucura. De que talvez meus problemas não sejam tão colossais quanto me pego a pensar. De que minhas preocupações são como vento em meio à passageira, mas bela, temporalidade que fundamenta a grandeza que observo.
Uma grandeza autoral. Sim, ela certamente reflete a enormidade de quem a criou. Mas tenho por mim que Este É ainda maior do que posso imaginar. Talvez tão glorioso que me permita imaginar tamanha glória. Talvez tão grandioso que me permita sentir acolhido pelo que não consigo colocar em palavras. Sim, certamente Este É grandioso.
E então, me pondo a cogitar a existência de eternos intentos, percebo que o Grandioso cercou meus olhos para entender a esperança que há por trás do perfeito firmamento.