Louise espreguiçou-se languidamente, sem a menor disposição para vestir-se. Seu desejo era ser envolvida pelo calor de uma banheira repleta de pétalas de rosa, permitindo-se afundar em um abraço de tranquilidade enquanto as notas suaves de Creed a envolviam, como um abraço sonoro para embalar seus sentidos. Os olhos dela cerraram-se lentamente, imersa em um devaneio onde me imaginava segurando-a com ternura, dedicando carinhos que transcendiam o espaço físico.
Um arrepio sutil percorreu minha pele, uma reação quase instintiva à imagem mental que se formava. Meus olhos se iluminaram com um matiz azul mais claro, refletindo a chama de um desejo contido. Meus lábios se curvaram em um sorriso sedutor e aveludado, um indício do que estava por vir. Um olhar carregado de sugestão percorreu o corpo de Louise, explorando-a com uma intensidade maliciosa que provocava arrepios na alma.
Minha voz, propositalmente rouca e repleta de promessas, quebrou o silêncio:
— E para o café da manhã, Louise, o que deseja?
Ela virou-se na banheira, um sorriso brincando em seus lábios, seus olhos refletindo uma cumplicidade íntima que não podia ser ignorada.
— Apenas um suco de uva e algumas frutas, meu querido...
Meu coração pareceu dançar em compasso acelerado, enquanto tomava um gole do meu café sem açúcar no balcão próximo. O vapor da banheira envolvia Louise, tornando-a ainda mais radiante e misteriosa. Eu lembrava vividamente da última vez que a vi assim, sedutoramente submersa em águas perfumadas, uma visão que me levou a viajar pelas linhas sensuais de seu corpo, pintando com minha mente uma paleta de desejos profundos.
O eco de nossos beijos apaixonados reverberou em minha memória, uma sinfonia ardente que ecoava com o gosto intenso de saudade e anseio. Minha mente flutuava entre recordações e fantasias, eu sabia que o amor entre nós se construía em pequenos gestos, como os dedos que roçam suavemente uma pele aquecida, os olhares que traduzem sentimentos silenciosos e o pulsar de corações que dançam em sintonia.