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Segredos De Uma Noite

Episode 1

O sol brilhava no inicio da tarde, os raios aqueciam minha pele exposta, meu rosto, meu corpo todo.

Passei o ultimo ano viajando pelo mundo com minha irmã gêmea, na tentativa inútil de curar seu coração sem necessidade, ela apenas fugia de si mesma e do que sentia.

E lá estava eu, parado em frente a universidade S vendo a mulher a qual amei durante anos e talvez ainda ame, saindo com colegas e amigos. O que eu poderia dizer sobre minha irmã e seu inútil coração partido por alguém que sempre a amou e vai amar, se eu não tinha coragem de corrigir meus próprios erros com a pessoa que eu amava, se meu próprio coração tinha a mania de se auto partir e de levar o coração de quem amo junto?

Preferia deixar Mari o mais distante de mim possível, não poderia mais quebrar meu coração, e muito menos o dela.

Tentamos por anos fazer dar certo, ficamos juntos sem que ninguém alem de minha irmã e o irmão dela soubessem, isso não me fez bem, e muito menos a ela.

Agora ela parecia muito mais feliz, radiante. A final de contas, o grande errado nessa havia sido apenas eu, que em uma tentativa inútil de fugir de mim mesmo a deixei para trás com a desculpa de que o que tínhamos nunca tinha sido real, mas tinha sido o mais real possível para mim.

Meu coração se apertar ao ver um homem ao lado de Mari, ele pega seus livro e sorri para ela que retribui. Será que em algum momento da minha vida ela voltaria a sorrir para daquela forma de novo? Eu sentiria seu cheiro de jasmim misturado ao meu?  Seu calor? Seu corpo junto ao meu?

- Alo? - atendo o telefone que tocava desesperado em meu bolso me tirando de meus pensamentos.

- Jason preciso que você volte para casa o mais rápido possível\, agora..- a voz de minha mãe sai exigente e desesperada\, meu coração se contrai e minha mente começa a conspirar contra mim criando inúmeros motivos para aquela ligação.

dirijo o mais rápido possível e chego em casa poucos minutos depois.

- Mãe\, o que aconteceu\, a senhora esta bem? -  pergunto assim que a mesma abre a porta.

Eu a observo, minha mãe estava exatamente igual a algumas horas atras quando sai de casa. Ela sempre defendeu o lema de que em casa era necessário se sentir em casa, todos nos seguimos esse lema, usávamos chinelas, bermudas e blusas velhas e largas dentro de casa, o mais confortável possível, mas agora ela estava diferente, usava uma blusa comum e calças, minha mãe nunca ficava de calças em casa. Seus cabelos castanhos caiam em uma cascata ondulada em suas costas. ela estava usando sapatos, desde quando minha mãe uva sapatos em casa??

- Sim Jason\, eu estou bem. - ela quase nunca me chamava pelo meu nome\, na verdade ela evitava chamar qualquer filho pelo nome\, por isso deu apelido a todos\, algo não estava certo.

- A senhora tem certeza? - pergunto passando por ela que fecha a porta assim que entro.

- Sim Jason\, eu tenho certeza.

- Então por que a senhora esta vestida assim? Por que me ligou tão desesperada\, e por uqe toda hora me chama de Jason?

- Esse foi o nome que eu seu pai te demos não foi? - concordo com a cabeça. - Ótimo\, agora porque temos visitas.- ela me fuzila com os olhos e sua voz sai ameaçadora\, nunca pensei que a essa altura do campeonato\, com 25 anos\, eu teria de visitas inesperadas em casa.

Entramos na sala e vejo uma moça sentada no sofá, seus cabelos castanhos pendiam em um rabo de cavalo quando ela se vira para mim percebo o choque passar por seus olhos violeta, seu rosto era fino e delicado, em seus braços ela carregava um pequeno pacote que insistia em se mexer.

- Jason essa é a Cloe Taylor\, presumo que você já a conheça\, já que ela é a mãe do seu filho.

Episode 2

Meu filho??

- Quanto você quer para sumir da minha frente e levar essa criança com você? - pergunto sem olhar para ela e pegando minha carteira. - Aii. minha mãe me da um tapão na cabeça.

- Olha o respeito muleque\, ela é a mãe do seu filho.

- Mãe é impossível ela ou qualquer outra ser mãe de um filho meu\, a 10 meses atrás eu nem estava aqui.

- querida\, você pode dizer o mesmo que me falou por favor. - minha mãe agia de forma cautelosa mas atenciosa ao mesmo tempo. A moça afirma e começa a falar.

- A 10 meses atras você estava em uma cidade no interior. você foi a um bar\, tomou algumas bebidas\, nós dançamos\, e você me levou até a pousada que você tava hospedado\, nós acabamos dormindo juntos. - durante todo o momento que esta falando\, ela mantem a cabeça baixa.

- E o que me garante que você não teve esse filho com outro homem e veio até aqui por causa do meu dinheiro?

- Eu não quero seu dinheiro\, eu vim até aqui pelo meu filho. - pela primeira vez desde que cheguei ela me encara nos olhos e vejo chamas brilharem em seus olhos violetas.

- E por que trouxe seu filho até aqui? - eu continuo

- Porque ele merece uma vida melhor do que a minha\, e o pai dele pode dar isso a ele.

- Então você vai deixar a criança aqui e sumir das nossas vidas? - eu continuo a encarando. Vejo seu rosto se contorcer em desespero com a ideia de se separar da criança\,seus olhos antes em chamas agora se afogavam em meio as lagrimas pesadas que desciam pelo seu rosto. Em meio a tristeza ema acena com a cabeça.

- Jamais. - ouço minha mãe dizer ao meu lado\, por um instante eu esqueci de sua presença na sala. - Você não tem o direito de exigir isso dela\, ficou louco? - ela sai me puxando pelo braço. - Que tipo de pessoa é você Jason\, que separa o filho da mãe por dinheiro? Você já pensou se fosse eu no lugar dela? Ou uma de suas irmãs? Ou a Mari?

- A senhora ja pensou que ela pode ter sequestrado essa criança da mãe verdadeira e veio aqui nos subornar? Ou a criança é mesmo dela e ela esta a usando para arrancar dinheiro da gente?

- E você já pensou que ela pode estar falando a verdade? Isso nem sequer passou pela sua cabeça?

Minha mãe estava certa, durante aquele ano que passe viajando com Lia eu havia dormido com muitas mulheres na esperança de sufocar minha dor, a mulher sentada na sala poderia mesmo ter sido uma delas, e isso fazia com que aquela criança realmente poderia ser meu filho.

- Antes de tudo vamos fazer um teste de DNA\, um para ver se a criança é mesmo minha e outro para verificar se ela é mesmo a mãe.

- Eu já providenciei isso.

Saímos do escritório e encontramos Cloe ainda sentada no sofá, mas agora Lia e Zoe estavam la também, minha conversava com a mulher enquanto sua filha puxava o cobertorzinho que cobria o bebe.

- Conheci a amiga da senhora mãe. - Lia diz assim que aparecemos. Minha mãe abre um sorriso amarelo. - Zoe e eu vamos para a casa da Mari hoje\, vamos dormir lá.

- Tudo bem\, mas tomem cuidado.

- Ta bem. Foi um prazer conhecer você esse menininho lindo. Qual é mesmo o nome dele?

- Andrew. - Cloe me encara assim que pronuncia o nome da criança. Pela primeira vez eu volto minha atenção para aquela coisinha minuscula nos braços dela, ele tinha bochechas grandes e rechonchudas, seus olhos brilhavam em uma mistura de tonalidades entre violeta como os da mãe e castanhos, como os meus...

- Foi um prazer conhecer você também pequeno Andrew\, espero ver vocês de novo\, mas agora eu preciso ir. - Minha irmã passa pela porta e sai carregando Zoe nos braços.

- Eu também já vou indo\, peço desculpas pelo transtorno. - ela começa a recolher suas coisas.

- Querida espere\, para onde vai? - minha mãe pergunta.

- Estou hospedada em um hotel\, se você não quiser assumir meu filho\, tudo bem\, eu precisava pelo menos tentar para que ele tivesse uma vida melhor. Amanhã irei embora.

- Durma aqui hoje\, Jason vai até o seu hotel e pegará suas malas\, vamos conversar com mais calma a respeito disso\, eu não quero ficar longe do meu netinho. - Mia Fan pega o pequeno no colo e seus olhos brilham. Relutante eu me aproximo e ouso olhar novamente para ele\, algo dentro de mim se remexe e no meu peito uma pequena chama se acende.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Episode 3

Minha mãe leva Cloe e Andrew até um quarto de hospedes para eles passarem a noite, mesmo com a recusa de Cloe, minha mãe a fez ficar.

Como eu me meti nessa? Do que uma mulher não é capaz para conseguir o que quer. Penso comigo mesmo. Usar uma criança para conseguir um casamento era um absurdo e se esse era o plano dessa mulher, ela está completamente enganada.

- Onde está nossa mãe ? - pergunta Shina ao telefone.

- Foi dormir eu acho.

- Diz para ela que o resultado dos exames que ela me pediu vão sair daqui uma semana.

- Exames\, nossa mãe está bem? - começo a me preocupar.

- Exames de DNA\, não sei porque\, você acha que nosso pai pulou a cerca? - ele parecia desconfiado.

Então ela já tinha mesmo mandado fazer os exames, dona Mia Fan era mesmo uma mulher esperta.

Desligo o telefone e subo para meu quarto, passo pelo quarto de hospedes e vejo a porta entre a berta, minha mãe balançava o pequeno menininho nos braços enquanto conversava com alguém.

- Deve ter sido difícil chegar até aqui sozinha. - ela parecia solidaria a mulher recém chegada.

- Nada que uma noite de sono não resolva.- a voz de Cloe parecia cansada.

- Bom\, amanhã eu gostaria que vocês fossem a um medico para fazerem exames de rotina.

- Como o de DNA? - Cloe era esperta.

- Não\, esse eu já pedi para fazer. - vejo o rosto de minha mãe se contorcer em um sorriso astuto.

- A senhora foi rápida.

- Entenda minha querida\, eu faço de tudo pela minha família\, se sua intenção for mesmo o bem dessa criança sem nenhuma intenção de machucar minha família\, você será muito bem tratada aqui em casa\, ninguém vai te mal tratar\, não na minha frente. Agora se você está com a intenção de ficar rica\, na esperança de se casar com meu filho\, vou deixar bem claro que eu mesmo te coloco para fora. - mesmo com a criança nos braços minha mãe parecia a mesma de sempre\, mas seu tom de voz me fez arrepiar.

Eu não conseguia ficar naquela casa, precisava sair para clarear a cabeça.

- Você por aqui durante a semana? - pergunta Leo\, o dono do bar Damon\, amigo do meu pai de muitos anos. - Fugindo de algo?

- Oi tio. - digo me sentando no bar.

-Seus pais sabem que você está aqui?

- Não sou mais criança Leo. Eles não precisam saber.

- Tudo bem\, mas não me culpe se te entregar caso sua mãe apareça aqui. - ele da uma risada. - O mesmo de sempre?

- Não\, hoje eu estou sozinho. - digo desanimado.

- Certeza? - sigo o olhar de Leo e a vejo se aproximar.

- O mesmo de sempre então. - tento conter meu sorriso.

- Oi Leo\, Jace. - ela me cumprimenta e senta ao meu lado. - - Leo eu quero um ... - ela nem termina de falar e ele coloca um copo a sua frente. - Eu não.... - ela observa o copo e me encara. - Você? - confirmo levantando meu copo. Ela abre um sorriso tímido que faz meu coração parar temporariamente. - Obrigada.

- Como você está Mari?

- Muito bem Jason\, e você?

Naquela noite meu coração se entregou novamente a ela, como sempre foi.

 

 

 

 

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