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Você Aceita Casar Comigo?

Você aceita casar comigo?

Anne – Você aceita casar comigo?

Vicente – [pensando] É sério isso? Ela acabou de me pedir em casamento? Isso é uma brincadeira, né. Porque ela me pediria em casamento? O que está acontecendo?

Anne – Você pode recusar, e eu vou entender até porque fiz uma proposta sem sentido, me desculpa por incomodar você assim, professor.

[pensando] Ahh... o que eu acabei de fazer, que vergonha. Saí correndo da cafetaria, e deixei ele lá sem olhá-lo, agora ele deve pensar que sou louca. Ah meu Deus o que fui fazer? Devo ter pedido o juízo. Me afasto indo em direção ao ponto do ônibus, não consigo nem olhar a minha volta direito, só levanto a cabeça para ver se ônibus está chegando. Após passar alguns minutos, assim, mas que pareceram uma eternidade para mim, com a cabeça baixa percebo que algumas pessoas ao meu lado se movem para pegar um ônibus e logo levanto a cabeça e vejo o ônibus, fico um pouco aliviada pois era o ônibus certo.

Após, entrar tento encontrar um lugar vazio, com a cabeça cabisbaixa vou para o fundo e sento no assento próximo a janela, e para evitar olhar para as pessoas e pessoas me olharem, coloco o fone de ouvido para fingir que estou ouvindo uma música, só que quero sinceramente ouvir uma música bem triste para chorar à vontade e livrar-me desse sentimento. Depois, abro o livro e começo a lê-lo para esquecer por um minuto a vergonha que me submeti de graça com minhas próprias mãos, mas a leitura é interrompida com aquela cena.... aahhhh.... porque você foi fazer isso? Sua louca.

Sem perceber fecho o livro com força causando um estalo alto, e chamei a atenção para mim, por causa disto estou constrangida guardando o livro, e posiciono meu rosto na abertura da janela para sentir o vento, respirar calmamente e repetindo: Está bem, está bem, ele não vai aceitar essa proposta absurda. Está bem é normal ter um lapso de loucura por estresse. Está bem, está bem, está bem....

Vicente – [pensando] Saio do transe, após aquela proposta, quando a atendente me pergunta se vou querer mais alguma coisa e se está tudo bem. Acho que ela percebeu que fiquei em transe, olho ao redor e não vejo a Anne, deduzi que ela foi embora. Também faço o mesmo, ainda meio perdido vou direto para o caixa e lá a outra atendente me disse que o pedido está pago. Aí começo a recordar que eu e Anne pagamos o pedido separadamente por insistência dela e depois fomos conversar.

Logo após o incidente mais improvável que ocorreu, saindo da cafeteria, olho ao redor tentando localiza-la, mas não a vejo em lugar nenhum. Então, vou a caminho do estacionamento após olhar a hora e ver que já são dezessete horas e trinta e quatro minutos, tenho que dar aula mas estou muito confuso ou surpreso porque ela disse: “Você quer casar comigo?”.

Logo ela, a aluna mais tímida que dei aula fazer uma proposta desta, porque?....

A caminho do trabalho, me pergunto se ela fez isso porque gosta de mim, será que ela tem sentimentos por mim. Porque? Isso é impossível, aliás ela deve saber que não posso corresponde-la. Meus pensamentos estão tão profundos que faço o percurso para a faculdade quase no automático, cheguei faltando cinco minutos para começar a primeira aula.

Anne – [pensando] Depois de algumas horas, chego em casa e sou recepcionada pela minha bebê, Valente a nossa cachorrinha de estimação, brinco um pouco com ela e verifico a comidinha, também coloco água fresca para ela, minha alegria. Agora estou indo tomar um banho, após colocar minha bolsa e arrumar as coisas pro banho, passando uns vinte minutos estou na cozinha aprontando a janta, meus pais estão trabalhando e eu estou tentando ocupar minha cabeça, me entreter.

Logo já tudo pronto, olho o relógio na parede da cozinha e vão dar vinte horas, assim vou sentar na cadeira colocando o prato sobre a mesa, mas não consigo comer em paz pois meus pensamentos vagueiam para aquele momento. Então, decido sentar no sofá e ligar a televisão para dispersar aqueles pensamentos.

Meus pais chegam, um após o outro, já tinha acabado de jantar e estava indo pro meu quarto, mas fico conversando com minha mãe após desligar a TV, tentando ser a filha mais normal. Meu pai chega e eu o cumprimento, porém ele aparenta estar muito cansado e faz aquilo que sempre faz, vai para a sala de estar cochilar no sofá com a televisão ligada. Minha mãe continua falando sobre como foi seu dia, e seu sonho em me casar, nesse exato momento lembrei de algo que não devia lembrar. Fico com raiva de mim, mas acabei descontando um pouco na minha mãe.

Digo: Está bom, vou dormir agora. Bençã e dorme com Deus.

[pensando] Acabei de ignorar a minha mãe, e ela apenas respondeu: “Está bem, minha filha, Deus te abençõe. Você deve estar cansada, também vou tomar banho e dormir.”

Passei pela sala e meu pai ainda estava dormindo, após entrar no meu quarto e deitar na cama escuto minha mãe acordar mandando-o tomar banho.

Depois disso acordo no meio da madrugada para ir no banheiro, e volto fechar meus olhos, mas uns minutos passa e não volto a dormir, então pego meu smartphone e começo a mexer, olhando as mensagens e os e-mails que não havia visto, alguns respondo mas outros deixo para responder lá para às seis horas. Para ser exata agora são quatro horas e vinte e dois minutos de um sábado que promete ser sonolento pois perdi o sono, e agora vou trabalhar pelo notebook.

Bom, atualmente, trabalho como freelancer, … bem... está difícil obter um trabalho com a carteira assinada, para as vagas preciso ter experiência profissional e eu sou recém-formada, o que está me salvando são os cursos que fiz quando estava procurando uma vaga de estagiária durante o ensino médio, também sem sucesso. Bem... não sei se você está na mesma situação que eu... mas tenho me sentido inútil, toda vaga de emprego que me inscrevo recebo um NÃO ou NÃO APROVADA, sabe cansei dessa vida e agora sou freelancer mas meus pais não sabem, isso é um segredo.

Eles têm grandes convicções para mim, isso é uma grande pressão e me dá muita força para não desistir por isso estou pensando em participar de um programa de pós-graduação para dar mais pontos, e assim conseguir um emprego integral com a carteira de trabalho assinada.

Só que ultimamente, sempre vejo e ouço minha mãe falando sobre casamento aqui e ali, e suas amigas estão sendo avós, e mulheres mais novas que eu 'casando' (Nos dias atuais, os casais estão preferindo morar junto do que casar, como antigamente – lembro que minha avó mim contou que mesmo que tivesse pouco dinheiro faziam uma festa grande para dois e mais casais, após registrar no cartório a união. Após, um período acho que casamento virou sinônimo para festa grande de casamento, e não apenas a união entre duas pessoas.) e tendo seus filhos.

Olha a hora, já são seis horas e três minutos, vamos salvar esse arquivo e término de fazer minhas obrigações, e vou ao banheiro e depois de sair arrumada escuto o alarme tocar, agora deve ser seis horas e trinta minutos está na hora de acordar minha mãe, meu pai já saiu para trabalhar.

Estou na cozinha aprontando ao algo para comer, vejo a Valente em pé apoiada na grade da porta da varanda abanando o rabo, com certeza ela quer a ração dela. Organizo o que estava fazendo e vou abrir a porta, mas ela passa direto indo em direção ao quarto da minha mãe, ela é inteligente sabe quem compra sua comida e seus remédios. Coloquei a ração em sua vasilha, e continuo minhas tarefas, tenho que sair de casa antes das sete horas, minha mãe saí do banheiro e Valente caminha na frente dela indo para fora, só volta depois de perceber que sua “mãe” (Valente para nós é integrante da família, e como ela tem um elo forte com minha mãe, então minha mãe é sua mãe porque não a vejo minha mãe como sua dona, e eu e Valente somos boas amigas, talvez “irmãs” pois ajudei quando era apenas uma filhote abandonada na rua em situação de maus tratos.) não a seguiu.

Ela é muito engraçada.

Terminei, pego minha mochila e agora estou de saída, então me despeço carinhosamente da minha mãe.

Ainda bem que vim pro ponto de ônibus logo, o ônibus está próximo, entro e vou a caminho da biblioteca pública preciso terminar o trabalho de freelancer remoto para receber o pagamento, e pagar as contas e guardar para a pós-graduação. Tudo está caro, um absurdo e ainda corre o risco ter baixa qualidade se você não pesquisar bastante antes de comprar ou levar um golpe.

Entrei em uma fase da vida onde tudo é injusto, são as responsabilidades, não é. Em outras palavras, os padrões impostos pela sociedade e quem não está entre ou não conquista esses padrões é desajustado, louco ou um perdedor.

Durante todo o trajeto ouço a playlist de músicas internacionais calmas e românticas.

Vicente - [pensando] Tentei apresentar o conteúdo da aula de ontem o mais concentrado mas era impossível não lembrar o que havia acontecido, ainda bem que ninguém percebeu. Depois de terminar vim para casa, acabei de acordar e são sete horas tenho que sair logo, tenho uma importante reunião às oito horas parece que a diretoria toda vai estar presente, eles estão a semana passada e essa discutindo sobre a vaga de presidente da empresa com os acionistas. Mesmo que eu seja apenas o gerente financeiro tenho que fazer bem o trabalho para que ocorra tudo bem, e dessa vez fui escolhido para apresentar a situação financeira da empresa.

Consegui chegar na empresa a tempo, e a caminho da sala de reunião vejo que marca menos de dez minutos para às oito horas, entro no elevador. Chegando próximo a sala à visto minha equipe pronta recepcionando todos, apresso e entro na sala. Depois que todos acomodaram-se confortavelmente a reunião, deu-se início com a fala do vice-presidente, logo após assumo e a partir daí todos atentos a cada informação que é divulgada. As horas se passam, e a discussão fomenta até que o presidente dá a palavra final, cada um segue seu caminho, e eu e minha equipe estamos organizando a sala.

Anne – [pensando] Aahhh... que bom, consegui terminar bem antes do prazo final, humm olha a hora, se eu correr acho que vai dar tempo de entregar esses documentos e ir para a entrevista. Que bom, posso receber o pagamento, espero que dê tudo certo na entrevista também. Peguei um ônibus que passa lá em frente, devo chegar em uns trinta minutos.

Chegando lá, enquanto entrava no prédio bati de frente com uma pessoa, agora estou caída no chão tentando juntar todos os papeis, e pedindo desculpas com vergonha.

Heitor – [pensando] Quem é essa? Ela está louca? Não olha para onde anda, coitada e ainda fez essa bagunça na recepção da empresa. Pobre coitada, ainda bem que parece ter um pouco de juízo e sabe pedir desculpas, bom não quero estragar mais meu humor. Vou apenas perdoa-la e ir para meu próximo compromisso, então digo: Tudo bem, não precisa se preocupar. Só penso somente que olhe para onde anda corretamente.

Vicente – [pensando] Após terminarmos vamos para nosso setor, e guardamos todo o material e saímos para almoçar, até que presenciamos um incidente entre o diretor do setor estratégico Heitor e a outra pessoa parecem que eles bateram de frente, de onde eu estou vejo uma bagunça tem papéis espalhados pelo chão. Mas o que me deixou mais surpreso foi ver que quem era a outra pessoa, era a Anne.

Anne – [pensando] Aaahhhh... o que deu em você, hein. Anne, termine de coletar os papéis e levante calmamente, vá até a recepção identifique-se tranquilamente para entregar esses documentos para a Vitória, e depois siga seu caminho. Ahh... que vergonha, essa semana só fiz besteira e passei vergonha em público. Depois disso tudo atravessei o hall querendo fugir dali o mais rápido possível, mas não podia fazer isso, tenho que entrega meu trabalho, e a Vitória está contando comigo. O elevador fecha a porta e sobe, estou a caminho do quinto andar.

...****************...

Obrigada por ler, aguardo você no próximo capítulo. Espero que tenha gostado, estou começando algo novo e estou aberta a dicas e conselhos.

Um ponto final

Vicente – [pensando] Será que ela está me procurando? Ela sabe que trabalho aqui? Não, né.... isso é impossível, aliás como ela descobriu. Ela quer uma resposta assim tão rápido, mas por que ela está tão desesperada. Enquanto caminhava para fora por ser meu horário de almoçar, ela ia em direção oposta a caminho dos elevadores. Espera, ela está escondendo o rosto, portanto não me viu. O que será que ela quer?

Por um momento sem perceber meus olhos a acompanhou e parei no meio do caminho, estava

curioso e ansioso em relação ao motivo dela aparecer diante dos meus olhos naquele instante.

Fiquei mais surpreso com a minha reação quando ela passou por mim e ignorou totalmente minha

presença, senti uma angústia no coração, e eu nem sei porque senti isso. Para onde ela está indo?

Emily – Sr. Diretor Vicente, você não virá conosco almoçar?

Vicente – Sim, já estou indo.

Emily - [pensando] Aproximo do Vicente, e tento agarrar um de seus braços mas ele se afasta passando por todos indo em direção ao restaurante que nossa equipe comumente vai com passos rápidos. Que pena.... hunf, o Vicente é tão lindo e perfeito mas uma fortaleza fria com as mulheres, e sempre está afastando todas as minhas investidas. Mas não vou desistir, além disso não encontramos homens promissores com tanta facilidade. A caçada já começou, tentando alcançá-lo grito: DIRETOR VICENTE, ESPERA POR MIM.

Anne – [pensando] Estou no quinto andar indo em direção a mesa da minha amiga Vitória, quando chego no setor dela vejo algumas pessoas cochichando e ao passar por eles ouço algo sobre o diretor estratégico ter trombado com uma mulher no hall. É parece que as notícias correm rápido, e eu preciso sair daqui sem eles notarem que sou essa mulher, espera aquele homem é um diretor daqui.... aaahh... meu Deus, se descobrirem sobre mim, será que vou perda esse trabalho. Por favor, não.

Vitória – ANNE... ahhh que bom que você conseguiu terminar isso antes do prazo, amiga. Você é dez, não.... vale mil, obrigada amiga. Você acabou de salvar minha vida.

Anne – Vitória, minha amiga o que é isso, estou com o tempo sobrando e você precisou de mim, eu que estou agradecida. Obrigada, e não esquece de mim. Ok!?

Vitória – rsrsrs... É claro que não, bom deixa eu guardar isso pois terá uma reunião depois do almoço com a equipe financeira. Já transferi para a sua conta o combinado, e tenho um bônus também.

Anne – Bônus? Como assim? Ahh... obrigada miga, você é a melhor.

Vitória – Vamos almoçar, eu pago e não adianta recusar. Ok!

Anne – Não que isso.... obrigada pelo convite mas não posso tenho um compromisso.

Vitória – Nãoo... nem vem, vamos almoçar sim, aliás tem boas notícias para você e outra se você

tem um compromisso importante vai almoçar sim. Vamos.... vamos.

Anne – Você é impossível... te convencer né... está bom, vamos.

Estamos saindo do prédio para almoçar em um restaurante e durante o trajeto não paramos de

conversar e ri uma da outra. Logo chegamos no restaurante, e está bem movimentado.

Vicente – [pensando] Estamos terminando de almoçar, quando vejo uma pessoa passar pela porta do estabelecimento. Isso mesmo é a Anne, não sei se é coincidência ou se ela está me seguindo mas vejo ela em todos os lugares. O estranho foi sentir os batimentos cardíacos acelerar quando a vi sorri alegremente, aquele sorriso.... nunca vi ela assim, mesmo quando dava aula para ela.

Alguém me chama.

Carlos – Sr. Diretor.... diretor Vicente... oi, tudo bem com o senhor?

Vicente – Ahm... O que? Ah, está tudo bem. Terminamos de almoçar, então vamos voltar.

Todos – Ah... sim, claro.

Emily – Sr. Diretor, poxa achei que iamos comer a sobremesa agora, uhm.

Vicente – Bom, se vocês quiser podem ficar à vontade, mas eu vou voltar para a empresa, tenho que organizar alguns documentos.

[pensando] Essa era uma boa desculpa para mim separar deles e ficar de olho na Anne. Quem é essa pessoa com ela? Estava muito curioso em relação a ela. A aluna que não via há muito tempo, de repente entrou em contato comigo para pedir um conselho, e após trocarmos alguns mensagens, um encontro é marcado e nesse dia ela joga uma bomba em mim.

Emily – [pensando] Hoje você não escapa de mim, meu Vicente. Levanto do lugar onde estou e vou

sentar próximo dele, porém ele levanta de pressa e entrega uma cédula no valor de cem reais na

mão do Carlos.

Vicente – Bom, Carlos não vou poder aproveitar da sobremesa com vocês, mas por favor, passem bem. Estou indo.

Carlos – Sr. Diretor, o que é isso... não precisa.

Vicente – Insisto. Voltem depois da sobremesa.

Todos – MUITO OBRIGADO, SR. DIRETOR VICENTE.

Emily – Nãoo, Sr. Diretor. A sobremesa.... juntos.... vamos comer.

Paula – Emily, o Sr. Vicente falou que não quer e que podemos voltar apenas depois da sobremesa,

senta aí.

Emily – [pensando] Paula você vai me pagar depois, era uma oportunidade de ir atrás dele e ficar apenas nós dois. Aaaahhhh... aahhh...

Vicente – [pensando] Eles falaram tão alto, quase que a Anne me viu. Agora olhando de mais perto, eu conheço aquela pessoa, ela trabalha lá na empresa. Uhm... qual era mesmo o setor? Aaaa... lembrei, ela é do setor de estratégia, isso mesmo. Então, ela não sabe onde trabalho com exceção da faculdade. Consegui sair sem ela notar minha presença, espera aí porque estou escondendo-me e comemorando isso. Estou estranho desde daquele momento, isso vai acabar se eu respondê-la e impedir o desenvolvimento desse tipo de relação, aliás somos professor e aluna, apenas isso. E nada além disso podemos ser, somente mestre e discípulo, tenho que colocar um ponto final nisso.

Começo a caminhar pois o horário do almoço está acabando, e eu disse que ia para a empresa na

frente deles e também tem uma reunião daqui a pouco.

Anne – [pensando] Estamos sentada comendo e conversando, quando ouço alguém falar “Vicente”, nossa tomei um susto pois achei que era ele, senti meu corpo esfriar e um calafrio do pé a cabeça.

Mas acho que não é, deve ser outra pessoa com o mesmo nome ou ouvi errado pois estava concentrada conversando.

Pergunto a Vitória: Qual era a boa notícia que ia mim dar?

Vitória – É verdade, bom … a notícia boa é que a empresa onde trabalho, hoje abriu o processo seletivo para diversas vagas, então se inscreve para trabalharmos e almoçarmos juntas.

Anne – Sério, que bom. Ok, vou me inscreve e espero que dê tudo certo.

Vitória – Lógico que vai dar certo, você é incrível amiga.

Anne – Você falando assim até parece mesmo que sou incrível.

Vitória – O que é isso? Não estou te reconhecendo, você sempre foi otimista.

Anne – Nem eu, me reconheço. Imagina, você amiga... fiz uma loucura essa semana que nem te

conto.

Vitória – Como? Você fez uma loucura? Impossível, a minha amiga mais madura e ajuízada ter cometido algum erro.

Anne – Ahh... você não sabe, rsrsrsrsrs

Vitória – Agora estou curiosa. Que pena que não vai dar para mim ouvir com calma essa história por causa da hora, mas vamos marcar para nos encontrar. OK!

Anne – Claro. Com toda certeza pois preciso de alguns conselhos. Acho que quando você me ouvir

vai mandar eu ir buscar uma assistência psicológica.

Vitória – Nossa... fiquei mais curiosa, o que será que você aprontou... hein, lindinha. Hahahaha...

Anne – Bom, acho que ... algo surreal. Vamos se não você vai atrasar para a reunião e ainda tem

bater o ponto. VAMOS!

Vitória – OK! Mas miga não tem como você adiantar, hein. Dá apenas uma prévia. Vai, por favor. Uhm

Anne – [pensando] Eu esqueci como ela é insistente, o que faço agora. Humm... tive uma ideia!

Enquanto caminhamos de volta para a empresa, respondo-a: Miga vamos, deixar isso para outro dia, OK. Você tem que voltar a trabalhar e eu tenho que comparecer no meu compromisso. Certo?

Vitória – OK... está bom, você ganho desta vez mas vai ter que mim contar tudo, não pode deixar

nenhum detalhe de fora, hein.

Anne – Combinado. Eu ligo para você para marcar certinho.

Vitória – Isso, agora vou trabalhar. Boa sorte! E não se preocupa, ok. Tchau, amiga.

Anne – Está bem, obrigada e bom trabalho para você.

[pensando] Consegui convecê-la a deixar isso para outro dia, ufa. Ela entra e eu vou para o ponto de

ônibus, tenho que pegar o próximo para chegar a tempo lá. Vai dar tudo certo! Meu telefone vibra, parece ser uma mensagem … uhm … depois olho, o ônibus está vindo. Depois que para, entro, e vou em direção ao assento vazio, pego o telefone para verificar de quem era a mensagem e do que se tratava. Não sei se estou assustada ou surpresa por ter recebido a mensagem do professor

Vicente. Ah meu Deus!

......................

...{Mensagem}

...

...**Prof. Vicente**...

|Boa tarde, Anne. Amanhã, às 12:00, encontro você na cafetaria de ontem. Te aguardo lá, e não aceito um NÃO como resposta.| (13:14)

......................

Vicente – [pensando] Estou tentando verificar um documento antes da reunião começar mas não

consigo concentrar-me, tenho que dar um ponto final nisso. Então pego meu telefone, começo a digitar... |Boa tarde, Anne. Quando você está liv....|, mas paguei está muito livre e se ela me enrolar, e dizer que está ocupada.

É melhor ser direto, digitando.... |Boa tarde, posso marcar para amanhã noss....|, não assim também não e se ela fala que não.

Tenho que ser mais decidido, digito.... |Boa tarde, Anne. Amanhã, às 12:00, encontro você na cafetaria de ontem. Te aguardo lá, e não aceito um NÃO como resposta.| enviei.

Anne – [pensando] E agora, o que eu faço? Uuuhhmmm... Como eu deveria responder, aaa... já sei de um jeito simples, isso. Digitando.... |Ok. Até amanhã.|, enviado.

Vicente – [pensando] O telefone tocou, e é minha mensagem da Anne.

Digo: O que será que ela respondeu.

......................

...{Mensagem}

...

...**Anne**...

|Boa tarde, Anne. Amanhã, às 12:00, encontro você na cafetaria de ontem. Te aguardo lá, e não aceito um NÃO como resposta.| (13:14)

^^^(13:22) |Ok. Até amanhã.|

^^^

......................

[pensando] É sério que ela me respondeu assim, como ela pode, enquanto fiquei quebrando a

cabeça para mandar uma mensagem. Isso é inacreditavel!

Carlos – Sr. Diretor Vicente... Sr. Diretor... Diretor, está me ouvindo. Está na hora da reunião.

Vicente – Uhmm... o que? O que houve?

Carlos – Sr. Diretor, a reunião. Está na hora.

Vicente – Aaa... ata. Está bom, vamos.

Carlos – O senhor está bem?

Vicente – Sim, só estava concentrado, sabe pensando.

Carlos – Aaa... Sim.

...****************...

Obrigada pelo o seu apoio, até o próximo capítulo.

Ligação louca - part.1

Anne – [pensando] Enviei, agora é espera o amanhã chegar, mas não sei como enfrentar essa situação mesmo sabendo que eu causei tudo isso. Hunf... é normal pensar demais e ficar assim ... , pare Anne e fique calma ... respire fundo, além disso ele vai dizer não, com toda certeza ele não vai concordar com essa loucura. Tranquila.... hein, você vai ser entrevistada e conseguir um trabalho fixo.

 

Vicente – [pensando] A reunião foi boa, vários itens foram resolvidos e outros designados. O que me deixa preocupado é o encontro que marquei com a Anne para amanhã, a notícia boa disso é que não teremos mais uma ligação louca. Alguém, interrompe meus pensamentos ...

 

Paula – Diretor Vicente, aqui os documentos que pediu.

 

Vicente – Obrigado, Paula.

[pensando] Olho no relógio, está marcando dezesseis horas, vou tomar uma xícara de café já que tenho mais documentos para revisar e fazer um relatório.

 

Anne – [pensando] Agora são dezesseis horas, vamos para casa, o céu está com muitas nuvens escurecidas parece que vai chover. Caminho em direção ao ponto de ônibus, e começo sentir gotas d'água e vê-la marcar o chão, assim apresso os passos para me abrigar no ponto se começar chover forte, estarei um pouco reservada. Os relâmpagos e as trovoadas destacam o céu com os estrondos e o efeito colorido e brilhante cortam o céu.

Passando alguns minutos, as pequenas gotículas d'água se transforma em uma garoa, e um vento suave toca meu rosto fazendo sentir um brando frio com o depositar das gotículas na pele. Espero que o ônibus não demore, como o céu se encontra ... está anunciando uma tempestade.

Já tem quase dez minutos, ainda esperando, e o ônibus nada... três minutos depois vejo o ônibus, aceno e após parar entro e outros passageiros também, consegui sentar. A viagem segue, e logo após passar por alguns pontos de ônibus a chuva fina engrossa. Todo o trajeto percorrido até chegar em casa a chuva se fez presente.

 

Vicente – [pensando] Estava tão concentrado nas minhas tarefas que nem percebi quando começou chover, mas agora ouço o som de trovões.... bom, aparece que uma chuva forte está a caminho.

 

Anne – [pensando] Minha mãe já está em casa, ela tem muito medo quando chove com trovões e relâmpagos, rsrsrs... é bom vê-la em casa, lavo minhas mãos e rosto, e corro para abraça-la e beija-la. Digo: Bençã, mãe! Eu te amo. E aí, como foi seu dia?

 

Elena – Deus te abençõe, minha filha. Foi cansativo, mas filha ... você não sabe o que aconteceu?

 

Anne – O que aconteceu, hein?

 

Elena – Um carro com um estranho parou do meu lado quando estava no ponto de ônibus, mas graças à Deus o ônibus surgiu logo e eu caminhei com pressa em direção a porta do ônibus quando aquele homem saiu do carro em minha direção.Tenho certeza que aquele homem perguntou alguma coisa, mas não entendi nada, logo o ônibus passou e parou na frente do carro e eu segui meu caminho, entrando no ônibus.

 

Anne – Nossa mãe, está tudo bem, nada aconteceu. Graças a Deus que nada de ruim aconteceu. A senhora deve ter ficando assustada.

[pensando] A abraçando em um abraço caloroso fico tranquila que ela está bem, é muito perigoso.

 

Elena – Sim, estou bem. E você se cuida ... hein. Passei por um sufoco hoje, mas agradeço que estou bem, e melhor ainda por ver que você está aqui comigo.

Anne - Estou bem, e tranquila que a senhora está bem também.

[pensando] A abraço com mais força. Minha mãe é tudo para mim.

Elena - Agora vamos fazer a janta. Filha, minha ajuda a preparar a comida. Descasca o alho e prepara a salada.

 

Anne – OK, mãe. Só vou tomar um banho rápido. A senhora pode começar a preparar a carne para o meu pai comer.

Elena – Vai logo, e volta depressa... hein, Espertinha

 

Anne – [pensando] Consegui me livrar dessa parte, a alguns anos meu consumo de carnes diminuiu, depois que minha mãe fez uma carne suína e durante o fervimento enfestiou a casa com o aroma muito fedido. Aaaaa... foi horrível... nem quero lembrar. Um tempo depois saio do banho, me arrumo e vou para a cozinha, agora é a minha vez.

Enquanto estávamos terminando, meu pai chega, ele parece estar mais feliz e o semblante menos cansado, o cumprimento e após alguns minutos estamos jantando. No início está tudo quieto, a televisão ligada passando o jornal até que meu pai fala.

 

Francis – A estrutura foi aquecida, está abalada.

 

Anne – [pensando] Nossa que situação preocupante, será que vão interditar para a reconstrução ou irão abandonar... é triste essa tragédia, são muitas pessoas atingidas. Espero que dê tudo certo.

Meu pai continuou a discussão com a televisão... rsrsrs.

Acabei de jantar e estou muito cansada, e amanhã o dia será pesado, vou limpar os dentes e me preparar para dormir. Cumprimento meus pais: “Bençã mãe, bençã pai vou dormir”.

 

Vicente – Ah que bom que cheguei em casa ...

[pensando] Preciso descansar, amanhã vou me encontrar com a Anne. Ah estou tão cansado, é melhor me preocupar com isso amanhã. Tomo um banho, e vou dormir... mas antes de pegar no sono me vem a lembrança o dia que a Anne me pediu em casamento. Digo a mim mesmo: “Esquece isso, e vai dormir. Amanhã essa ligação louca vai acabar.”

 

Heitor – [pensando] Hoje o dia está cheio, tenho tantos compromissos, e o motorista não chegou ainda, preciso contratar uma secretária o mais rápido possível.

 

...{Ligação}...

...**Gerente do Recursos Humanos – Sra. Júlia**...

 

Heitor - Sra. Júlia, por favor abra um processo seletivo para uma vaga de secretário(a), já enviei os requisitos básicos para o seu e-mail, para começar com urgência. Alguma dúvida?

Sra. Júlia - Sr. Diretor Heitor, já vou providenciar, nenhuma dúvida.

Heitor - Me ligue, se precisa de alguma informação.

Sra. Júlia - Sim, Sr. Diretor. Vou anunciar no site agora mesmo.

Heitor - Ok. Marque o dia da entrevista para essa semana ainda, e outra coisa eu estarei participando também. Aguardo sua ligação sobre o dia da entrevista.

Sra. Júlia - Sim, Diretor Heitor.

 

[A ligação termina]

 

Heitor – [pensando] Agora estou à caminho do carro, preciso estar em uma reunião daqui a pouco. Chego e entro no carro, durante o trajeto vou analisar este documento.

 

Anne – [pensando] Acordei com muita dificuldade hoje, demorei dormir ontem preocupada em relação ao encontro que tenho com o professor Vicente. Ah que loucura, vou me arrumar logo ...

Saio do banheiro e vou para a cozinha, bebi água, enquanto guardava o copo no lugar, acabei fazendo um barulho muito alto ao fechar a porta do armário. Ah não... minha mãe está dormindo.

Que estranho, ela não reclamou, chego até seu quarto e não vejo ninguém até que lembro do que ela me falou hoje mais cedo? “ANNE, ESTOU SAINDO MAIS CEDO PARA CHEGAR MAIS CEDO HOJE, E NÃO ESQUECE DE ORGANIZAR TUDO ANTES DE SAIR.”

Depois de lembrar e continuar me arrumando, ouço o celular tocar, olho e vejo que é minha amiga.

 

...{Ligação}...

...**Vivi :D**...

 

Vitória - Oi amiga tudo bem

Anne - Sim tudo bem Helo E você como está

Vitória - Estou bem, e preciso conversar urgentemente. Podemos nos encontrar hoje, hein

Anne - AH bem que eu gostaria mas já tenho um compromisso hoje, é sobre o que ... não pode adiantar aqui hein... vai me diga, por favor

Vitória - Sério, nem a noite

Anne - Só se você ir lá para casa hoje, ai podemos conversar.. minha mãe me encarregou com as tarefas hoje ... como fazer o jantar.

Vitória - Está bem passo lá ... vou jantar hein, beijos amiga.

Anne - Está bem, vou caprichar ... rsrsrs tchau, beijos.

 

[A ligação termina]

 

Vitória – Essa minha amiga.... rsrsrs.... É tão engraçada.

 

Vicente – [pensando] Hoje despertei antes do alarme tocar, após ficar olhando para o teto e pensar muito, levantei. E disse a mim mesmo em voz alta: “Tudo vai dar certo.”

[pensando] Agora estou pronto, preciso me encontrar com o Carlos e entregar esses documentos. Entro no carro e sigo o meu caminho. Estou próximo da empresa, tive um ótimo trajeto, o trânsito estava bom.

Enquanto estacionava vejo Carlos, me apresso mas decido dar um passo atrás depois de ver a aproximação do Diretor Heitor, parece que ele cumprimentou o Carlos com muito respeito. Se que eles se conhecem e bem provável, aliás o senhor Carlos é um dos funcionários mais experientes e que trabalharam tanto tempo aqui.

 

Carlos – Sr. Diretor Heitor, bom dia.

 

Heitor – Bom dia, senhor Carlos. Tudo bem? Se precisar de algo me diga, por favor. Bom trabalho!

 

Carlos – O que é isso. Sr. Diretor não preciso de nada, estou muito bem.

 

Heitor – Ok. Se precisar uma transferência, só falar comigo. Será uma honra tê-lo em minha equipe.

 

Vicente – [pensando] Vou em direção ao elevador também, nos encontramos, digo: “Sr. Diretor Heitor e senhor Carlos, bom dia.

 

Heitor – Bom dia.

 

Carlos – Sr. Diretor, bom dia.

 

Vicente – [pensando] O elevador chega, entramos, está um total silêncio até chegar no andar que desembarco. Vou em direção a mesa de trabalho, começando trabalhar, designo algumas tarefas. Contínuo trabalhando...

 

Anne – [pensando] Ah meu Deus, preciso ir logo se não perco a hora e vou acabando chegando em cima da hora, salva logo documento.... Digo em voz baixa: "Vamos, vamos.... computador, não brinca comigo. Vamos, por favor. Ufa ..."

[pensando] Funcionou, saio correndo da biblioteca. No ponto de ônibus esperando, vejo um ônibus e aceno, mais de perto vejo que o ônibus está cheio mas não posso esperar pelo o outro. Entro e à caminho da cafetaria tento me acalmar, colocando uma música.

 

Vicente – [pensando] As horas passaram tão rápido, preciso ir logo. Saio da sala, eles estão se organizando para almoçar, porém passo perto com pressa, olho para o relógio após entrar no elevador e falta quinze minutos para o meio dia.

 

Emily – Sr. Diretor, o que irá comer?

[pensando] Ele simplesmente me ignora.

 

Carlos – Vamos almoçar pessoal. Emily, você não vem?

 

Emily – Claro.

 

Vicente – [pensando] No hall caminho com mais pressa, não quero chegar atrasado.

 

Anne – Será que cheguei muito cedo. Olho o relógio para conferir a hora e falta doze minutos para o meio dia. Observando tudo a minha volta, minutos vão passando... até que vejo o prof. Vicente entrando.

 

Vicente – [pensando] Chego, estou em frente a cafeteria e de fora vejo Anne olhando para todos os lados, ela aparenta estar ansiosa. Entro na loja em direção a ela, Quando nossos olhos se encontram sinto algo, parecendo um “calafrio" subir pela a minha costa. O que foi isso?

 

Anne – [pensando] Me levanto para cumprimenta-lo, e digo: “Oi professor, como está?”.

 

Vicente – Estou bem, Anne. E você?

 

Anne – Estou bem.

 

Vicente – Já pediu alguma coisa?

 

Anne – Apenas um suco.

 

Vicente – Bom, é meu horário de almoço. Vou pedir algo, você vai querer também?

 

Anne – Não precisa se incomodar, estou bem.

 

Vicente – Tem certeza?

 

Anne – Sim.

 

Vicente – Tem certeza, mesmo?

 

Anne – Tenho. Pode almoçar tranquilo.

 

Vicente – Ok. Tudo bem. Já voltou.

 

Anne – [pensando] Porque ele não diz logo o que quer, aaahh ... estou tão ansiosa. O pior que quando fico ansiosa me dá fome. Espero que ele me diga o que quer logo.

 

Vicente – [pensando] Não sei como começar a dizer o que eu quero para ela. Por enquanto, vou escolher a refeição e almoçar, tentando encontrar uma forma de dispensá-la. Não posso casar com ela.

 

Anne – [pensando] Terminei o suco tão rápido. Não posso sair do controle.

Ele está vindo. E digo a mim mesmo: “Calma, Anne. Vai dar tudo certo, você logo estará livre desta ligação louca que você se meteu. Respira fundo, calma.”

 

Vicente – [pensando] Depois de fazer o pedido estou caminhando de volta para a mesa. Olho para ela e a vejo mexer as pernas, com certeza está nervosa.

Para descontrair, pergunto novamente: “Tem certeza que não comer algo? Pode pedir eu pago.”

 

Anne – Já disse que não, entendo que você está na hora do almoço. Mas pode ser direto e dizer porque marcou esse encontro.

[pensando] ah meu Deus, acabei de ser grossa. Mas também toda hora fica perguntando se eu quero almoçar. A cada minuto que me enrola, a ansiedade aumenta, simplesmente não aguentei.

Respiro, e continuo dizendo: Se for para me dar alguma resposta daquela proposta louca que propus, não precisa. O seu silêncio daquele dia entendi como não, e aliás depois de pensar... não estava bem, perdi a noção do juízo e fiz besteira. Me desculpa! Não precisa me responder, esse assunto acaba aqui.

[pensando] Saí igual uma metralhadora, só que no lugar de balas foi palavras. Acho que o auge da loucura bateu.

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