NovelToon NovelToon

Paixão Sob Suspeita

Cap. 1- Despertando.

Olá eu sou Alicia, ao menos é isso que me disseram.

Bom deixa eu resumir, a minha tragédia pessoal para vocês.

_ Imaginem vocês acordaram em uma cama de hospital.

_ E não se lembrarem de nada, isso mesmo.

_ Não se lembrarem de exatamente nada.

_ Pois é isso que aconteceu comigo.

_ Minha cabeça... É uma tela pintada em branco.

_ Como se não existisse passado.

Sendo Assim, não sei realmente quem sou, e nem se posso confiar nas pessoas que estão ao meu lado.

Algumas horas antes.

_ Pi..pi...pi...pi..pi...pi..

Escuto esse barulho infernal que me incomoda, grito para que alguém desligue.

Por mais que eu grite, ninguém faz nada para parar esse barulho.

_ Me esforço.. grito mais e mais alto.

Então meus olhos se abrem, e uma claridade me incomoda.

Fecho meus olhos novamente, enquanto apenas escuto alguém gritando.

_ Ela acordou.... ela acordou.

Silenciosamente imploro que ele cale a boca, pois a minha cabeça dói.

Já não basta o maldito barulho, e a claridade... agora mais esses gritos.

_ Eu quero voltar, para o lugar silêncioso em que eu estava.

_ Quero voltar a dormir.

Sou tirada de meus pensamentos, quando sinto alguém me tocando.

Com muita dificuldade, volto a abrir os meus olhos.

Me deparo então,com aqueles olhos que me encaram.

_ Alicia... está tudo bem?

Quem é ele? quem é Alicia? quem sou eu? Onde estou.

Várias perguntas começam a gritar, em minha mente.

Enquanto aquele, cujo olhar me causa calafrios me encara.

_ Ali.. está me escutando.

Desvio meu olhos do dele, e começo a observar o quarto.

Tentando entender o que está acontecendo, e o porquê de sentir tanto medo com a aproximação dele.

Observo que estou em um quarto todo branco, acredito que seja o quarto de um hospital.

Meus olhos vagueiam até que encontro, o que fez me fez acordar.

_ A máquina de monitor cardíaco.

Então volto meus olhos para ele, que ainda me encara.

_ Que....

Tento falar, mas não aguento minha garganta dói .

_ Não se esforce.

_ O médico já está vindo.

Assim que ele termina de falar, um senhor já bem de idade entra pela porta.

_ É bom vê-la em fim acordada.

Ele fala se aproximando, enquanto aquele homem se afasta de mim.

Não sei porque mais o fato dele se afastar, já me causou um certo alívio.

_ Alicia está me escutando.

Balanço a minha cabeça, confirmando que estou o escutando.

_ Eu sou o doutor Benjamim Fonseca.

_ Agora eu irei fazer algumas perguntas, e te examinar, ok?

Tento novamente falar, mas agora não sai nem se que um som, apenas sinto dor.

_ Calma não precisa se desesperar.

_ Isso é normal, a sua voz assim como todos os seus movimentos voltará aos poucos.

Espera como assim, a minha voz e todos os meus movimentos.

_ Você se lembra do seu nome?

_ Sabe o que aconteceu?

Apenas olho para ele assustada, negando com a cabeça.

Então aquele homem que me causa tanto medo volta a se aproximar da cama.

_ E de mim?

_ Você se lembrar? Sabe quem eu sou?

Olho para o doutor assustada, e como em um grito de medo, ou de desespero do meu corpo.

O monitor cardíaco dispara, em um ritmo frenético.

_ Ei.. calma.

_ Não precisa ter medo, ou ficar nervosa.

O médico fala segurando em minha mão, enquanto mesmo não olhando para ele.

Sinto o olhar daquele desconhecido, queimando em minha pele.

_ Cristian, talvez seja melhor eu conversar com ela sozinha.

_ Ela está confusa, assustada, com medo.

_ E talvez a sua presença aqui, somente atrapalhe.

O doutor Benjamim se dirige a ele, que agora sei se chamar Cristian.

Ele se aproxima de mim, segura em meu queixo me fazendo olhar em seus olhos.

_ Vou estar lá fora.

Fala me encarando, antes de me soltar, e sair do quarto.

_ Você não precisa ter medo dele.

_ Ele é o seu marido... aliás ele foi quem trouxe você para o hospital.

_ E desde então, esteve todos os dias aqui com você.

Olho para a porta, por onde o tal Cristian saiu, e me pergunto.

Como eu posso ser casada com ele, se eu sinto tanto medo dele.

_ O.. que..a..acon..teceu?

Com muito esforço, consigo enfim fazer com que a minha voz saia, e perguntar o que aconteceu.

Tenho tantas perguntas para fazer, mas talvez essa seja mais importante, descobrir o que aconteceu comigo.

_ Talvez leve um tempo para você se lembrar.

_ Devido ao traumatismo que sofreu em sua cabeça.

_ Mas você, e seu marido sofreram um acidente de carro.

_ Por sorte, ele só teve alguns arranhões.

_ Já você chegou aqui, já quase sem vida.

_ Chegamos a acreditar que não sobreviveria, mas depois de meses em coma.

_ Você nos surpreende acordando.

Escuto ele falando, tento me lembra do que aconteceu mas nada.

Mas mesmo não lembrando de nada, não fico indiferente ao medo que a proximidade daquele homem me causa.

_ Sei que é muita coisa para você pensar.

_ Então vou terminar de examina-la, e deixa-la a sós para pensar um pouco.

E foi exatamente isso que ele fez, terminou de me examinar e saiu pela porta.

Assim como o tal do Cristian fez, algum tempo antes.

E desde então estou pensando em tudo que ele disse.

_ Se tudo é realmente verdade?

_ Se me chamo mesmo Alicia?

_ Se realmente sou casada, com o tal Cristian?

E o principal... O por que de eu sentir tanto medo dele.

E quanto mais penso nele, mais medo sinto... É como se o simples pensar nele, me alertace de perigo.

Cap. 2- Apenas confie em mim...

🅐🅛🅘🅒🅘🅐

Sozinha aqui nesse quarto de hospital, vejo o dia passando e a noite chegando.

_ As únicas que entram aqui, de hora em hora são as enfermeiras.

_ E o curioso, é que elas sempre perguntam do meu marido.

Isso chega a ser até incômodo, ver o interesse delas em saber dele.

_ Mas não tenho tempo para pensar nisso agora..

_ Preciso sim descobrir, o que de fato aconteceu?

Estou perdida em meus pensamentos, quando sou surpreendida, pela porta se abrindo.

E ao invés de ser as enfermeiras, quem entra por ela é o tal do Cristian.

_ Que bom que ainda está acordada.

Ele fala, enquanto fecha a porta e se aproxima da cama.

_ Eu queria ver como você está?

_ Se conseguiu se lembrar de algo?

Me pergunto o porquê dele estar, tão interessado em saber se eu me lembrei de algo.

_ Não... Não sei quem sou.

_ Nem quem é você.

Falo diante do olhar observador dele, que agora está sentado na beira da cama.

_ Você me parece bem melhor.

_ Não precisa ter medo de mim, Alicia.

_ Nunca faria nenhum mal a você.

Ela fala, ao perceber meu olhar de medo ao se aproximar mais de mim.

_ O que aconteceu?

_ Como sofremos o acidente?

Ao escutar a minha pergunta, vejo as suas expressões mudarem ao lembrar de algo.

_ Não, se preocupe com isso agora Ali...

Ele fala passando o polegar, por cima de meus lábios.

O que me faz ficar paralisada, com a droga do coração disparado.

_ Precisamos sair daqui...

_ Já estamos a muito tempo, expostos aqui.

_ E a cada dia, corremos mais perigo.

_ Sei que não se lembra agora, que está confusa.

_ Mas, precisa confiar em mim Alicia.

Ele fala com o seu rosto a centímetros do meu, em voz baixa, para que ninguém além de mim o escute.

Escutar ele falando tudo isso, só me deixa mais confusa.

Ao mesmo tempo, que tê-lo tão perto de mim, seu perfume invadindo minhas narinas.

Me deixam desconcentrada, e não consigo pensar direito.

_ Quem é você... quem sou eu?

Pergunto, mas acabo ficando sem resposta com a porta se abrindo.

_ Senhor Hofman

_ Já está tudo preparado, para a transferência.

_ Só preciso, que o senhor assine alguns papéis e já estarão liberados.

O doutor já entra falando com o Cristian, que arruma a sua postura se distanciando um pouco de mim.

_ Claro doutor.

_ Alicia, volto logo.

Ele se aproxima de mim, e fala em meu ouvido para que o doutor Benjamim não o escute.

_ Pense no que eu disse.

_ E apenas confie em mim.

Fala finalizando com um beijo, em meu rosto e se afastando em direção a porta.

_Enquanto eu me pergunto, como posso confiar nesse homem.

_Se ele me causa medo, incômodo... um misto de sensação que não sei dizer o que é.

Fecho os olhos, me lembrando das palavras dele... tentando entender o que está acontecendo.

_Até que escuto os passos de alguém se aproximando bem lentamente da minha cama.

Abro os olhos, e me deparo com uma enfermeira que me olha de uma forma estranha.

_ Então quer dizer... Que a bela adormecida decidio acordar.

Ela se aproxima, falando e então o travesseiro em suas mãos chama a minha atenção.

_ Sabe...era melhor ter permanecido em coma.

_ Agora, serei obrigada a mata-la.

Mas que droga tá acontecendo, quem é essa louca e por que me matar.

_ Quem é você?

_ Por que?

Falo, enquanto tento mexer o meu corpo, que não responde aos meus comandos.

_ Você não tem noção do quanto a sua cabeça vale...

Ela fala, colocando sua mão sobre a minha boca, para que eu não grite.

Enquanto inutilmente, tento mexer o meu corpo que não respondem ao comando do meu cérebro.

_ Droga.. Isso até parece uma piada de mal gosto...

_ Eu acordo do coma, depois de sei lá quanto tempo..

_ Para ser assassinada...

É inevitável, não me desesperar quando vejo ela aproximando o travesseiro de meu rosto..

_ Adeus...

Ela fala um sorriso enorme em seu rosto, antes de cobrir o meu com o travesseiro.

Que começa a me sufocar, e já não tenho mais força para respirar...

Cap. 3- Nós corremos perigo.

Já estava acreditando que o meu fim teria chegado.

Quando escuto um baque alto e o travesseiro é lançado para longe do meu rosto.

_ Enquanto inspiro, puxando o ar para os meus pulmões, com dificuldade.

Vejo, que Cristian me olha, e apesar de estar abala ainda, noto em seus olhos o desespero.

Então desvio meu rosto, olhando para o lado na tentativa de fugir de seu olhar, enquanto ainda tomo fôlego.

Quando sou surpreendida, por ele segurando meu rosto me fazendo o encarar e tomando os meus lábios em um beijo.

_ Me desculpa... eu.. eu quase cheguei tarde.

_ Me desculpa.

Ele fala fitando meus olhos, com sua testa colada a minha, e nossos lábios ainda a centímetros de distância.

_ Por que?

É tudo que eu consigo falar, sem concluir a minha pergunta.

Ter ele assim tão perto de mim, mexe comigo... É um misto de sentimento... Não sei explicar, antes era claro o medo, mas agora já não sei o que sinto.

Eu que já respirava com dificuldade, agora depois de ser beijada por ele... preciso me concentrar, para conseguir me lembrar de como se respira.

_ Ali sei que tem perguntas.

_ E prometo responder todas, mas agora preciso tirar você daqui.

_ Nós corremos perigo ficando aqui.

Ele fala, se afastando indo até a porta e olhando para os dois lados.

Como se quisece se certificar, de que não tinha ninguém escutando.

_ Aquela mulher , ela tentou me matar.

_ Cadê ela?

Falo chamando a atenção dele para mim, que imediatamente volta a se aproximar de mim.

_ Ela saiu correndo.

_ A minha vontade seria elimina-la.

_ Mas isso nos traria, problemas.

_ Ela foi só a primeira, outros virão.

_ Por isso preciso tirar você daqui.

Escuto ele falando, mas nada faz sentido, e tudo que me pergunto.

É o porquê de alguém tentar me matar? O que eu fiz para merecer isso.

E seria mesmo seguro eu confiar nele?

Me pergunto, enquanto observo ele indo até onde acredito ser o banheiro do quarto e saindo de lá com uma bolsa.

_ Para onde iremos?

_ Ainda não estou recuperada?

Pergunto o fazendo para de discar no seu celular e olhar para mim.

_ Não se preocupe, estou cuidando disso.

_ Iremos para outro lugar, onde você irá receber todos os cuidados necessários.

_ Sem correr perigo.

Fala voltando a sua atenção para o celular, que parece estar mais interessante do que eu.

_ E se, eu não quiser ir?

_ Não sei quem é você, posso muito bem me recusar a sair daqui com você.

Volto a perguntar, o desafiando o fazendo guardar o celular e caminhar em minha direção.

_ Ficar aqui não é opção.

Ele fala abrindo um sorriso, que até então não tinha visto.

_ Como sempre, você e sua teimosia.

_ Isso que aconteceu a pouco, foi só o começo.

Agora ele fala novamente sério, se referindo a fracassada tentativa daquela louca de me matar.

_ Irão vir outros.

_ E, eu posso não estar por perto da próxima vez.

_ A escolha é sua se confia ou não em mim.

_ Mas ficar aqui, não é opção.

_ Além do mais, a nossa carona já chegou.

Como ele pode ser tão petulante assim, e decidir as coisas sem eu ter o direito o opinar.

_ Cristian...

Ia começar a falar, mas sou calada por ele tampando minha boca.

Enquanto a enfermeira entra, para retirar o soro outros medicamentos que ainda estavam injetados em meus braços.

_ Nós vamos para casa querida.

_ La já está tudo preparado, e eu irei cuidar de você.

Ele fala fazendo ceninha para a enfermeira, que olha encantada para ele.

Droga mereço isso, só falta agora essa aí começar a babar, tanto que olha para ele de boca aberta.

_ Queria acho melhor olhar para mim.

_ Aliás, eu sou a paciente e não ele.

Chamo a atenção dela, tentando controlar a raiva que a cada segundo cresce dentro de mim.

_ Me.. me desculpe, já irei retirar o soro.

Ele fala se desculpando, enquanto o Cristian me olha com um sorriso em seu rosto.

E a vontade que tirar aquele sorriso idiota do rosto dele cresce a cada nano segundo que passa.

_ É uma droga estar sem meus movimentos.

_ Mas eu juro, que assim que meus braços estiverem fortes.

_ Que terei o maior prazer, em arrancar esse sorriso idiota do rosto dele.

Não demora muito, a enfermeira termina de retirar o soro e os medicamentos e sai.

Me deixando novamente sozinha com esse, que se diz meu marido.

_ Hora de irmos.

Ele fala enquanto a enfermeira volta a entrar agora com uma cadeira de rodas.

Sem se atrever a voltar a olhar para ele, que a encara sem acreditar que ela está o ignorando.

Sou carregada então por ele, e colocada na cadeira de rodas, com todo o cuidado.

_ Para ir, para só Deus sabe onde.

Peço internamente, que ir com ele seja realmente a melhor escolha.

_ Ou estarei em grande perigo.

_ ⊙︿⊙

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!