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Criada Por Lobos

#1- O começo de Tudo

Narrado por Vincenzo (supremo alfa)

 

 

 

Sinto o vento frio do anoitecer tocar meus pelos enquanto corro pela densa floresta, sinto as folhas e gravetos secos levemente molhadas sobre as minhas patas e sinto todos os aromas ao meu redor com riquezas de detalhes. É sempre assim quando estou em uma caçada, sinto meus extintos se ampliando e meu lobo tomar controle. E com todos os meus sentidos aguçados acabo escutando ao longe um barulho irritante ecoar pela floresta, sigo o som por um tempo e logo identifico como um choro de bebê, e tomado por puro extinto vou atrás, afinal não havia cidades de humanos tão perto de minha alcateia.

Não demoro muito a encontrar o responsável por todo aquele barulho, e como suspeitava era um bebê, e pelo cheiro era humana, o estranho é que não sinto nenhuma presença por perto, provavelmente foi abandonado.

Por um momento fico perdido no tempo vendo o bebê chorar na minha frente, me levando a lembrança dolorosas, e uma raiva se apodera de mim, raiva de TODOS os humanos, e com a minha mente nublada pelos meus sentimentos decido levá-la perante a alcateia e executa-la diante de todos.

Deixo minha forma lupina e pego aquela pequena criatura barulhenta em meus braços.

- Você é muito irritante! Cale a BOCA!! -rosno entre os dentes e para minha surpresa ela para de chorar e me olha com seus olhos castanhos profundo.

Demorando mais do que o habitual por não estar em minha forma lupina, finalmente chego em casa e do andar de baixo aviso Lara que cheguei e que logo faria um comunicado perante toda a alcateia e que queria sua presença.

-Estarei ao seu lado. -sua voz chega a mim fraca e triste.

Lara é minha irmã, e ela ainda esta muito triste por perder seu filhote, e para piorar ouve complicações e o médico disse que ela não poderá ter mais filhos a fazendo mergulhar em uma profunda depressão.

Acabo sendo tirado dos meus pensamentos pelo choro infernal dessa coisa em meus braços.

-CALA A BOCA -acabo gritando sem perceber, e acabo me assustando pelo rosnado que vem do topo da escada.

Olho em direção ao rosnado e vejo Laura me olhar com olhos cheios de fúria, e se transformando.

 

 

 

-Lara? O que está acontecendo com você?

Observo Laura descer letamente as escadas sem tirar um minuto o olhar de mim e do bebê.

Logo que ela para na minha frente rosna furiosa e avança para cima de mim, me vejo sem escolha e acabo soltando o bebê no chão para me defender do ataque de Laura, e antes que faça qualquer coisa sinto ser empurrado com força, me fazendo cair com força contra o pso de madeira. E sem entender muito vejo Laura segurar aquela coisa ds maneira protetora.

- Lara\, o que deu em você? -pergunto nervoso.

- VINCE\, eu sei o que irá fazer com esse bebê. E não vou permitir. -ela me responde feroz com os seus olhos ainda lupinos.

-Você não vê que é uma simples humana? -tento fazê-la entender. -Vou matá-la e fazer dela um exemplo para que nenhum humano volte a invadir meu território...

Paro de falar ao perceber seu olhar triste sobre mim.

-Você não tem coração!? Ela está indefesa, sozinha, faminta e com frio, e você em vez de ajudar quer matar, nem parece que é o meu irmão. -Ela me olha com olhos ja conhecido, e mesmo sabendo que irei me arrepender depois vou acabar cedendo, afinal ela é a minha única família, a única que restou.

- Fala logo o que você quer que eu faça com essa coisa? -digo apontando para o bebê em seus braços\, e ja sabendo que conseguiu o que queria\, ela me olha com um sorriso nos lábios e um brilho nos olhos.

- Eu quero ela. -ela responde sem pensar duas vezes.

Era óbvio que ela iria pedir isso, e respirando fundo respondo:

- Você pode ficar com essa coisa\, mas mantenha ela longe de mim e não a deixe sair de casa. -Minha cabeça já dói apenas em pensar no que a alcateia vai pensar de ter um humano na casa de um alfa supremo.

- Obrigado Vince\, não sabe o bem que está me fazendo. -Laura abre um sorriso que não vejo a um bom tempo.

Bom não gosto de ver minha amada irmã triste ou brava comigo. Eu disse, sempre sedo.

Tempos depois

Minha irmã está tratando como se ela fosse sua própria cria, até lhe deu o nome de nossa mãe, Elizabeth, é um bom nome, mas não para uma humana, mas me contento em ver a felicidade retornar a vida de Lara.

Depois de um ano Elizabeth já andará e começava a falar.

Ouço minha irmã grita para mim.

- VINCE\, VINCE\, VINCE! - Assustado corro a seu auxilio quando entro no quarto de Elizabeth\, Lara está chorando.

- O QUE ACONTECEU! - Ela me olha

- Ela falou me chamou de mamãe! - ela me diz enxugando suas lágrimas olho para Elizabeth\, ela vem em minha direção.

- Mamãe - a olho de cima e dou as costas\, se ela acha que vou mimá-la está muito enganada.

-Vince, ela não sabe que é diferente de você, tente pelo menos não ser tão ríspido com ela, faça isso por mim eu a amo mais que tudo nessa vida! - minha irmã me faz um pedido quase impossível para eu cumprir eu tenho ódio por todos os humanos, mas por ela posso tentar.

- Bom posso tentar\, mas não garanto nada -

Hoje é aniversário de 3 anos de Elizabeth, minha irmã quer apresentar ela para a alcateia como sua própria filha não sei mas estou com um pressentimento ruim quanto a essa festa, guardo minhas intuições para mim, e deixo correr a festa como Lara quer ainda ninguém sabe sobre o que se trata o anuncio, Lara se levanta para ir buscar a pequena, quando escuto gritos do lado de fora

- FOGO\, FOGO - Alec meu beta invade a festa aos gritos

- LOBOS SEM MATILHA\, ESTÃO ATACANDO E ATENDO FOGO PELAS CASAS - sem pensar duas vezes tomo minha forma lupina e corro para defender minha alcateia\, encontro o líder do ataque \, corro em suma direção onde entramos em uma batalha feroz e sangrenta depois de alguns minutos finalmente dou o golpe final\, rasgo sua garganta com minhas presas\, seu sangue escorre e eu fico aliviado em ver que depois de sua morte seu subordinados recuam\, eu arrasto seu corpo pelas ruas mostrando pra quem quisesse ver o que acontece se invadir meu território\, após essa batalha difícil volto para casa e me surpreendo quando vejo sangue nas escadas\, corro em direção ao quarto de Elizabeth onde minha irmã passa a maior parte do tempo com sua pequena entro no quarto que está todo revirado\, parece que ouve uma batalha dentro.

- LARA\, LARA - Grito para ela e não me responde sigo o rastro de sangue que vai para o outro lado da cama\, o que vejo minha doce irmã Lara caída sobre a pequena abas banhadas em sangue\, corro verificar o pulso\, Lara não tem mais Pulso\, o desespero me bate

- não! Não! Não! Só pode ser um pesadelo! LARA - não ia me importar\, mas a pequena era importante para minha irmã então abaixo e verifico ainda está viva\, só desmaio\, olho a janela quebrada tem rastro de sangue.

O culpado pele morte dela ainda está vivo, chamo Alec, que não demora aparecer.

- Vá atrás desse infeliz que ousou a tocar em minha irmã\, traga-o vivo que eu mesmo vou dar fim a vida dele - O ordeno com toda minha dominância\, olho para a pequena que está por despertar\, não que eu me importe\, mas sei que Lara não iria quer que eu a deixasse ver essa cena que mais parece de filme de terror\, a pego nos braços e não consigo controlar o choro\, choro por minha irmã como uma criança.

Levo a pequena para o quarto de minha irmã, lhe dou banho, coloco ela na cama, ela me olha curiosa.

- Onde está a mamãe? - A olho e não sei o que dizer para ela\, resolvo mentir

- Ela saiu e pediu para que eu a coloca-se para dormir no quarto dela -Ela segue me olhando sorri e diz:

- Mamãe me pediu para mim te chamar de "papai" hoje - Não sei o que dizer a pequenina\, sei que minha irmã a amava como a seu próprio filhote\, e eu a amava mais que tudo no mundo.

- Já que foi um pedido da Lara\, minha pequena pode me chamar de pai - Então ela fecha os olhos e para se entregar ao sono mas antes ela diz:

- Boa noite papai - saio do quarto tranco a porta para que ela não saia antes do amanhecer.

Estou decidido vou cuidar da Elizabeth, como minha própria filha pois ela trouxe de volta a alegria para a vida de Lara, e só por isso vou cuidar dela...

Depois de cuidar dos preparativos do funeral de Lara e de todos os outros lobos que perderam suas vidas em prol da alcateia, volto em casa para ver com o a pequena está.

- Por favor Elizabeth\, tem que parar de chorar - Assim que entro escuto a empregada falando com ela.

- O que aconteceu com ela? - a empregada me olha surpresa pois nunca me preocupei com ela.

- Senhorita Elizabeth quer sua mãe - me responde e logo me deixa a sós com ela\, tento ser o mais sensível o possível\, ela começa a chorar novamente\, eu a braço e choro junto\, de pois de quase uma hora chorando ela acaba dormindo em meus braços.

Após o enterro de minha amada irmã, volto para casa com uma ideia na cabeça, tenho que fazer de Elizabeth uma pessoa forte o suficiente para se defender sozinha...

Passaram 6 meses após a tragédia em minha alcateia, depois de planejar o futuro, está na hora de encontrar uma companheira e a presentar a Elizabeth como minha filha, vou fazer como minha irmã queria, tornar ela parte da minha família oficialmente, vou esperar ela completar 5 anos e então por ela na escola da minha alcateia.

Alguns anos mais tarde

- Papai\, amanhã será o meu primeiro dia de escola\, você irá comigo? - Ela já está uma mocinha\, nuca saiu de dentro de casa as únicas pessoas que sabem de Elizabeth são a babá e a empregada da casa que estão sobe contrato de sigilo máximo e meu beta sabe sobre ela.

- Papai? - Eliz me chama de volta de meus devaneios.

- Minha pequena\, desculpe estava pensando - ela me interrompe.

- No que pensava? - Ela me olha com um olhar brilhante até parecem duas safiras.

- Tenho que te contar uma coisa sobre nós\, mais sobre o que sou e os outros na vila - Como irei explicar que somos lobos e ela uma pequena humana.

Hoje à noite vou apresentar ela como minha filha então achei melhor lhe mostrar o que sou acho que assim vai entender mais rápido, dou uns passos longe da pequena e a aviso.

- Esse é o papai\, papai vai virar um lobo grande mas ainda vai ser o papai\, entendeu? - Ela me olha fixamente e concorda com a cabeça sem dizer nada eu tomo minha forma lupina em sua frente\, ela dá uns passos para traz e me olha.

-Pa.. Pa..Papai - Ela gagueja, para lhe dar coragem eu falo com ela.

-Ainda é o papai só que está maior e peludo, não tenha medo - Ela vem em minha direção e diz:

- Achei que só a mamãe podia fazer isso - Eu volto e a finto de boca aberta\, como? Ela já sabia?

Depois da festa e de apresentar ela como minha filha informei que sairia da alcateia atrás de minha companheira e que meu beta ficaria sobe o comando.

- Papai você vai me deixar? - Me corta o coração\, mas ela tem que ficar e ir à escola.

- Sim\, mas será por pouco tempo e Alec seu tio concordou em cuidar de você até meu retorno- Ela suspira com ar de quem vai chorar.

- Amanhã será seu primeiro dia na escola e na academia\, se esforce e me deixe orgulho\, seja forte - Lhe dou um beijo pego minha mala e parto em direção a outra alcateia na esperança de encontrar minha companheira o mais cedo possível\, para não deixar minha pequena longe muito tempo\, e também tive muita gente que não gostou que eu fiz Elizabeth seria minha filha e por sua vez minha sucessora.

Que a Deusa da Lua a proteja até meu regresso...

 

 

#2- Primeiro dia

Narrado por Elizabeth

Não sei o que está acontecendo direito, ontem meu pai me apresentou para a vila, me mostrou o porquê de eu ser diferente e não podia sair de casa, e logo depois de tudo foi embora para achar sua companheira.

- Elizabeth\, dessa é hora do café se não vai se atrasar para a escola! - tio Alec me chamou\, mas eu queria que fosse meu pai.

- Já estou descendo - Estou com medo da escola pois só a única que não é um lobo\, tio Alec disse que por eu ser filha do supremo não tinha o que temer e ele está mandado seu filho junto para minha proteção.

- Elizabeth\, esse é meu filho Athos\, ele estará ao seu lado\, para te ajudar no que for preciso - Tio Alec nos apresenta\, estou um pouco intrigada\, mas ainda assim o comprimento.

- Olá Athos\, prazer ente conhecer\, é o primeiro menino que vejo - Ele moreno\, cabelo castanho olhos negros e um pouco alto para uma criança de 6 anos.

-Vamos Eliz? Ou vamos nos atrasar para o primeiro dia de aula - Mal conheci Athos e já me colocou apelido, tenho uma sensação de que posso confiar nele.

-Vamos sim- olho para o tio Alec.

- Não vou poder acompanhar vocês\, pois tenho muito trabalho a fazer\, mas o motorista os deixará na porta da escola\, ok? -

-Até mais - Falamos em coro e depois seguimos para escola.

Já na frente da escola sinto um frio no estomago como se milhares de borboletas resolvessem migrar.

- Athos\, pode segurar minha mão? estou com medo - Abaixo a cabeça e fico olhando para o chão\, quando sinto sua mão na minha.

- Não seja boba\, erga a cabeça meu pai me disse que você como filha do supremo não deve temer os demais - assim que entro na sala o silêncio é de imediato\, todos me olham já tem uma mesa preparada para mim e para Athos bem na frente.

- Bom dia meus lobinhos\, sou Mirian tales sou vossa professora - ela entra na sala com um raio de sol\, sorridente e alegre quando ela põe os olhos em mim é como se tivesse visto um mostro.

- O que uma criança humana faz aqui? - ela não deve saber que sou filha do supremo\, quando ela chega perto fico acuda e Athos pula na minha frente e rosna para a professora.

- O que deu em você não percebe que ela não deveria estar dentro da alcateia? - Athos está bravo e começa a se transformar logo o segurança da escola entra para acalma-lo.

- Professora Mirian\, desculpe não deu tempo de lhe avisar\, essa pequenina ai é Elizabeth Müler e esse jovem lobo é seu futuro beta\, ela fora apresentada ontem à noite pelo supremo - Diz o segurança\, assim que ela se afasta de mim Athos senta e arruma suas roupas.

- Eu disse que ia cuidar de você - Athos diz sorrindo\, e seu sorriso me encanta\, realmente posso confiar nele.

- Obrigado\, só não sou acostumada com outras pessoas – falo retribuindo com um sorriso meio que envergonhado.

Passamos a manhã toda escutando o que nos ensinariam, mas o que mais me chamou a atenção foi sobre a primeira caçada, se não tiver êxito será reprovado e repetira de ano, isso me preocupou pois não sou um lobo, como vou pegar minha caça, eu levanto a mão e aguardo

- Sim Elizabeth\, qual sua dúvida? - ela fala comigo e eu congelo\, Athos me cutuca para que fale eu o olho e tomo coragem.

- Eu não... eu não sou um lobo como vou caçar? - Respiro fundo e me encolho na cadeira\, professora Mirian se abaixa perto de mim e me olha nos olhos.

- Bom é a primeira vez que tenho uma aluna que não seja um lobo\, e não posso te deixar de fora só por ser filha do supremo não seria justo com os outros- Ela fala e eu começo ficar com os olhos marejados\, assim não vou deixar meu pai orgulhoso.

- Meu pai não vai sentir orgulho de mim\, se eu não passar de ano - falo com a voz tremula\, o sinal bate e todos vão saindo\, Mirian me olha e diz

- Não tem nenhuma regra na escola que proíba o uso de uma arma na caçada - Eu a olho enxugando as lágrimas para não caírem dou um sorriso e ela retribui o mesmo\, quase não acredito ela me ajudou mesmo não gostando de uma humana em sua sala\, volto para casa e vou almoçar ainda tenho que ir à academia.

Na academia os lobos são treinados no combate corpo a corpo, e quando já tirem idade passam a usar armas de fogo, chego e vou a diretoria pois como sou humana tenho que ter um professor particular.

- Boa tarde\, sou Elizabeth\, estou aqui para minha primeira aula- A secretaria me mandou entrar e sentar pois meu professor estava um pouco atrasado\, mas não ia demorar\, fico brincando com meu celular\, quando entra um homem que aparentava ter um 27 anos\, cabelos lisos e compridos\, olhos azuis e pele branca quase que pálida e físico de quem malha todos os dias.

- Desculpe meu atraso\, o pneu da moto furou – Eu o encaro em quanto ele fala com a secretaria\, será que é esse o meu professor? ele se vira para mim.

- Você é mais nanica do que pensei - O que?

- Só tenho 5 anos\, ainda vou crescer bastante - O respondo como uma criança mimada que sou.

- Calma pequena fúria\, sou Filipi\, seu professor de combate e armas brancas - Ele se apresenta com um largo sorriso no rosto.

- Bom vamos começar pelo aquecimento - Logo que aquecemos ele me faz corre 10 voltas na quadra\, já estou cansada\, ele me olha

- Vamos não perca o ritmo\, sei que tem mais força do que aparenta - ele é bem exigente\, depois da corrida começamos com os movimentos básicos de pés e mãos.

- Olha você leva jeito\, com muito treino vai poder até me derrubar- quando ele faz esse comentário e sorrio e começo de novo\, depois de 2 horas de treino já estou pronta para desmaiar.

- Que arma você me indicaria para levar na minha primeira caçada? - Filipi me olha com atenção\, acho que deve estar pensando pois nunca ninguém tenha usado uma antes.

- Deixe me ver\, se eu fosse levar\, uma besta e uma faca - eu o olho e digo

- Bom você\, me ensinaria a usa-las? eu tenho 6 meses para aprender a caçar para a primeira caça - Ele parece pensar antes de responder.

- Tudo bem vamos treinar o combate corpo a corpo duas vezes na semana os outros dias vamos treinar a besta e a faca\, assim está bom para você? - Filipi me pergunta só concordo com a cabeça e já estou pronta para os treinos.

- VOU DEIXAR O PAPAI ORGULHOSO DE MIM! - Eu sem quer grito ele me olha e sorri

- Até amanhã no mesmo horário\, não se atrase - Olha quem falando eu cheguei na hora certa\, guardo meu comentário só para mim.

- Até mais - Me despeço e vou a caminho da porta quando vejo Athos sendo importunado por outros alunos da mesma idade.

- Virou cachorrinho de estimação da humana imunda! - Diz um dos provocadores

- Athos você não tem orgulho de ser lobo\, servindo uma humana como se ela fosse igual a nós - Diz o outro\, não consigo ignorar sei que são mais fortes que eu\, mas 2 contra 1 é covardia\, corro na direção do Athos assim que ele leva um soco.

- PAREM\, DEIXEM O ATHOS EM PAZ.- os covardes um agarra e o outro o soca\, entro na frente e não sei de onde tirei força e coragem acertei no meio do nariz quebrando\, Athos aproveita e se solta assim\, dando uma surra no que estava agarrando\, eu não sai ilesa pois tomei um soco abaixo do olho esquerdo o que deixou Athos mais bravo e bateu no outro menino até quase perder a consciência\, nós olhamos um pior que o outro.

- Como vamos entrar em casa sem o tio Alec nos ver nesse estado? pergunto para o Athos\, ele dá de ombros e diz:

- Bom eu vou estar de castigo por deixar você se ferir\, só vou contar a verdade - eu o olho gosto de sua coragem\, quando entramos dentro de casa\, o tio vem em nossa direção e pergunta o que aconteceu para estarmos nesse estado\, eu explico que o dia não foi dos melhores que tem muita gente que não gosta de mim\, e por isso entramos em uma briga.

- Senhorita Elizabeth\, seu pai no telefone - avisa uma empregada\, eu coloco a mão em meu celular e noto que o mesmo está descarregado.

- Obrigado\, vou atender em meu quarto -

Quando chego em meu quarto me jogo na cama e pego o telefone, lhe contei como fora meu dia e que estou de castigo por uma semana por entrar em uma briga acabei sem o celular e sem tv, meu pai ri muito da situação ele me disse que estava com saudades já e pedia desculpa por não estar comigo no meu primeiro dia de muitas coisas novas, ele disse que já estava a caminho da próxima alcateia, ainda nada de sua companheira, dei boa noite ao papai e desliguei.

Estou com saudades, mas vou me esforça para quando ele voltar, eu não seja mais uma menina mimada e sim uma verdadeira guerreira, depois do jantar subo e vou pro banho, me enxugo coloco o pijama me deito e espero tio Alec vir me dar boa noite, escuto passos no corredor, quando entram no quarto fico surpresa é Athos.

- Oi\, vim lhe dar boa noite\, e se precisar estou no quarto ao lado é só grita\, meu pai mandou um beijo e diz boa noite\, ele ainda está trabalhando! - Eu olho e respondo com um boa noite\, ele se vira e sai fechando a porta\, me ajeito na cama me entregando ao sono...

Vários meses já se passaram desde que meu pai me deixou sob os cuidados de seu beta Alec e seu filho Athos, agora falta um mês para a primeira caçada, achei que meu pai estaria comigo nesse dia importante, as coisas não mudaram muito sigo indo a escola e sendo importunada vou a academia estou cada dia melhor já consigo derrubar lobos da minha idade Filipi dissera que estou progredindo muito mais rápido que o esperado, isso é bom mas cada vez que saiu da academia encontramos a dupla de chatos Amom e Álvaro para implicarem comigo e com Athos, meu pai me liga quase todas as noites e ultimamente tenho mentido pra ele, na última vez ele ia abandonar sua busca para voltar e ficar comigo, e não posso privar ele de ter uma companheira.

O dia tão esperado chega a primeira caçada, Filipi disse que eu estava pronta pois treinei bastante e sai para caçar várias vezes com Athos até peguei uns coelhos, preparei minhas coisas verifiquei a besta coloque na bainha a faca e pus na cintura coloquei uma roupa de cor neutra para não chamar atenção no meio da mata.

Já na clareira que será o ponto de partida para a caçada escutamos atentos as instruções da professora Mirian.

-Todos pronto? - pergunta a professora Mirian

-Vocês terão 3 horas para pegar suas caças e voltarem para a escola, mesmo não conseguindo, retornem para o ponto de encontro, entendidos? - Em um coro todos respondem

-SIM-

- Athos eu vou sozinha ok! - Quero provar que sou capaz mesmo não sendo um lobo.

- Certo Eliz\, mas se não conseguir nos encontramos aqui! - Eu o olho franzo o ceninho.

- Não tem essa de não conseguir\, eu trabalhei duro para essa prova e não vou falhar por mim e pelo meu pai - Eu me concentro para não perder tempo.

- Preparar agora vão e tragam suas caças! - No mesmo momento saio em direção a onde sei que tem muitos coelhos\, ando por mais ou menos uma hora quando chego me deparo com um veado e nada de coelhos não tenho tempo para seguir procurando\, vai ter que ser ele.

 

 

 

Me deito no chão e vou me arrastando para achar uma posição melhor não posso errar não tenho tempo para correr atrás dele, prendo a respiração miro na altura de seu coração e atiro, quando me dou por conta não acertou o coração em cheio, como estou deitada ele corre pro meu lado não me dando tempo de recarregar a besta então me levando com a faca em punho salto no momento certo me agarrando em seu pescoço, ele tenta me derrubar mas eu não tenho escolha cravo a faca em seu pescoço e ele me derruba corre mais uns 10 metros e cai. Pronto corro até ele que já está sem vida é de pequeno porte deve ter em torno de 35 quilos ainda é muito pra mim carregar, então amarro uma corda nele e começo a puxar tenho quase 2 horas ainda pra voltar, acho que dará tempo, depois de uma hora arrastando ele pela mata decide descansar um pouco fico sentada uns 5 minutos e volto a andar ainda tenho um longo caminho pela frente e não posso falhar.

Quase esgota enxergo a clareia onde é um ponto de encontro, quando chego professora Mirian olha seu relógio.

- Meus parabéns Elizabeth\, conseguiu faltando 1 minuto para o tempo acabar e com a melhor caça do dia - Fico feliz de ter conseguido\, mas estou tão exausta que caio no sono ali mesmo...

 

 

 

 

Revisado 24/03/2018 qualquer erro é só avisar

E obrigado a todos que votam e cometam

Beijos meus Amados leitores

 

 

#3 - O Ataque

Narrado por Elizabeth

Acordei e já estava em casa, no meu quarto eram 6 horas da tarde me levantei e fui buscar algo para comer chegando na cozinha

- Parabéns Eliz\, achei que ia trazer um coelho!?-o olho para Athos e lhe dou um sorriso.

- E meu pai já sabe? - quero que ele saiba que estou me esforçando muito.

- Elizabeth\, seu pai no telefone - quando ouço corro pra atende-lo.

Fico uns 20 minutos com ele no telefone, conto como foi meu dia e a minha caçada e como dormi depois de arrastar minha caça por quase 2 horas, meu pai disse que está orgulhoso, espero que ele não demore para voltar. depois de falar com ele volto para cozinha onde Athos esta.

No meio do nosso lanche, escutamos gritos e barulhos vindos de fora da casa, Athos foi chamar seu pai, quando olho pela porta de vidro do lado de fora a uma sobra enorme vindo para a casa, com medo eu grito

-TIO ALEC - estou travada de medo não consigo me mover quando sinto a mão de alguém me puxando.

- Athos pra onde vamos? -. sinto um cheiro horrível de cachorro molhado misturado com mofo eu sei de quem é esse cheiro.

- Vamos até meu pai\, rápido Eliz! - Quando ele está por nos alcançar tio Alec entra na sua frente impedindo-o de nos alcançar.

- Corram saiam os 2 daqui AGORA!- Ele grita e Athos segue me puxando olho para atrás eles brigando o lobo invasor morde a pata esquerda do Alec que por sua vez o morde na nuca mas\, o invasor escapa\, sinto um ódio por esse lobo que não sei como explicar deve ser o seu cheiro horrível\, me concentro no cheiro por um momento\, e como um filme que passa na minha cabeça.

- É ELE - Eu grito meu tio está quase por ganhar a briga\, o lobo invasor vem em minha direção nesse momento\, eu grito novamente

- FOI ELE QUEM MATOU A MAMÃE - Alec o que pega pela pata direita traseira e o puxa jogando-o contra uma parede ele levanta cambaleando\, meu tio o pega pela garganta e o suspende.

- Você tem certeza que foi ele? - me pergunta intrigado

-Tenho sim, nuca esqueci seu cheiro horrível-, ele olha para o sujeito e diz

- É um sujeito se sorte\, morrerá pelas mãos do próprio supremo -. após os guardas o levarem para prisão meu tio me chamou para conversar.

- Elizabeth como foi capaz de lembrar do cheiro daquele sujeito? - Eu o olho e não sei como explicar.

- Eu sabia que conhecia o cheiro e me concentrei em inalar o cheiro e vi ele no meu quarto lutando com a mamãe\, foi só isso -. Não sei o que eu o tio quer só sei que quero ir para cama.

- Já posso ir dormir? - pergunto e ele acena com a cabeça. Já em minha cama estou exausta\, só quero dormir.

Narrado por Alec

Depois que Elizabeth saiu do escritório, fiquei pensando o como dela se lembrar de um cheiro que só é percebido por olfato apurados de lobos?

Bom isso não tem importância agora, tenho que avisar o supremo do ataque na vila.

chamada on

- Fala Alec - diz sem paciência

- Olá meu supremo\, desculpa incomodar a essa hora da noite -

- Fale logo\, aconteceu algo com minha pequena? - ele diz preocupado

- Não exatamente\, a vila sofreu um ataque de lobos desgarrados\, um deles invadiu sua casa - Ele não me deixa terminar.

- Se você deixou Elizabeth se ferir\, vou mata-lo com minhas próprias mãos - Ele está com raiva em sua voz.

- Meu supremo eu daria minha vida para protege-la\, nesse momento ela dorme tranquila - Respiro fundo e termino de falar

- Só queria avisar que já controlei a situação e que pegamos o assassino de sua irmã\, ele está acorrentado em correntes de prata na prisão esperando sua sentença! -

- Como o pegaram? se ninguém avia identificado ele. -

Não sei se conto que foi sua filha que deu a certeza, -Foi Elizabeth que o identificou, ela disse que nunca iria confundir o assassino de sua mãe-. é melhor não falar do olfato dela por hora

- Resolvo isso quando voltar\, até mais.

- Até -

chamada off

Narrado por Vicenzo

Depois dessa notícia não teria nem como contar que hoje encontrei minha prometida e que em uma semana estarei de volta, amanhã terei que ligar para minha pequena e preparar ela, e tenho que contar a minha amada que tenho uma filha adotiva e que ela será minha herdeira, vou deixar para amanhã essa conversa.

Me deito e meus pensamentos me levam a minha pequena está se esforçando para ser uma herdeira digna, quem diria que eu fosse amar uma humana frágil dessa forma, para mim que os odiava mas graças a minha irmã tudo mudou e eu sei a alegria de ter uma família novamente, deixo o sono me levar.

Já amanheceu não estou muito bem essa manhã, por mais que Alec tenha me dado certeza que minha filha está bem tenho que conferir com meus próprios olhos, bom vou acordar Mel Velask minha companheira, é linda tem olhos cor avelã , cabelos longos e sedosos, castanho claro é um pouco baixinha com seu 1,65 de altura tem 23 anos, estou apaixonado não é só pela ligação é amor verdadeiro.

- Bom dia meu Amor\, hora de acordar - Ela se espreguiça me olha e volta a dormir\, mas que preguiçosa. vou ter que apelar

- Eu já preparei o café\, se não levantar vai esfriar- eu termino de falar ela pula da cama\, bom vou ter que falar com ela hoje contar sobre minha pequena mas acho que vou manter em segredo a parte dela ser humana\, por mais que pretenda transformar ela quando tiver 18 anos já que nos lobos vivemos por muito tempo.

Depois do café convido Mel para sentar no sofá para conversarmos, ela senta e me escuta cada palavra sem dizer nada, conto desde o início mais ou menos tirei a parte que eu ia matá-la e que é humana, quando falei que fiz dela minha herdeira a Mel surtou.

-O QUE? É isso mesmo que ouvi, uma criança que não tem o sangue de um supremo será a futura luna é isso? -. do jeito que ela falou me magoou por eu amar Elizabeth, sem perceber solto minha dominância sobre ela grito.

- Eu como supremo tomei essa decisão\, e você ousa questiona-la?! -. ela abaixa a cabeça e só escuta\, no mesmo momento me arrependo de usar minha autoridade sobre ela.

A deixo ali pensando enquanto ligo para minha pequena, para lhe contar que vou estar de volta em uma semana, apequena gritava do outro lado da linha de alegria eu também já não aguentava perder o seu desenvolvimento senti que sua voz um pouco tremula quando ouviu que eu encontrei minha companheira, deve ser impressão minha, me despeço dela e volto a arrumar minhas coisas pois a viajem vai ser longo.

Narrado por Mel

Como ele pode fazer isso? uma criança que não se sabe nem sua origem ser proclamada futura luna roubando o direito de um futuro filho meu, não posso permitir isso e como ela já é conhecida com futura luna, terei que dar um jeito de sumir com essa criança da face da terra. Por hora só vou concordar com meu amado supremo, vou dar uma de mulher compreensiva já que ele não tinha escolha de cuidar da filha de sua irmã.

- Me desculpa\, eu não queria ofender a menina só que achei que tinham tirado o direito de meu filho não nascido -. essas desculpas devem ser o suficiente para amolecer ele.

- Também peço desculpas por usar a dominância\, você verá quando conhecer ela também se apaixonara por aqueles olhos que parecem safiras -. sua declaração prova que já amoleceu\, não tenho dúvidas tenho que dar um herdeiro a sua altura\, e assim sumir com essa usurpadora.

Arrumo minhas coisas e adentro no carro, tenho um bom tempo para pensar em como conquistar a confiança dela, uma semana vai ser o suficiente para pensar e conquistar mais meu supremo para me dar tudo o que quero.

narrado por Elizabeth

Assim que desligo o telefone, meu coração se aperto com uma tristeza que não sei explicar, deveria estar contente meu pai está voltando depois de meses longe, mas não sinto tão feliz como deveria estar, como se eu soubesse que algo está errado.

Logo papai vai ter seus próprios filhos, e meu lugar não será mais necessário. dou um suspiro ainda parada do lado do telefone tio Alec está passando para e me olha,

- Algo errado Eliz? - Ele abaixa e me assegura pelos ombros enquanto me olha com carinho eu não aguento e começo a chorar.

- Papai está voltando\, e eu...e eu não me sinto feliz\, Por que? - ele assegura meu rosto com uma de suas mãos me fazendo o encarar.

- Sabe seu pai a ama muito\, seu lugar no coração dele\, no meu e na vila não será perdido ninguém irá te substituir\, agora enxugue as lágrimas e vá estudar -. me sinto um pouco melhor depois da conversa com o tio.

Bom está decidido vou ser uma boa filha para ele não se arrepender de me escolher vou estudar e treinar todos os dias e não vou desaponta-lo.

Passei a semana pestanejando as boas vindas da Mel a família, será que ela vai gostar de mim? espero que sim, depois de 7 meses que meu pai partiu ele vai voltar estou tão feliz, espero que a Mel seja como meu pai, pedi para fazem um pequena recepção para eles em casa, já está tudo pronto estou na porta parada esperando, podem chegar a qualquer momento, quando vejo o carro entrando na propriedade meu coração acelera ansioso para ver meu pai, mas tenho que me portar e esperar calmamente o carro parar e meu pai vir até mim.

- Bem-vindo de volta papai\, estava com saudades suas -. Falo enquanto tento me conter em pular em cima dele. Meu pai não pensa 2 vezes me abraça e pega no colo\, me aconchego em seu braços e começo a chorar

- Não me deixe mais\, seja onde for me leve com você -. Falo aos prantos\, ele me põe no chão me assegura da mão e me leva até o carro.

- Venha minha pequena\, tem alguém que quero que conheça -. vejo uma linda mulher sair do carro faço uma pequena reverencia e a comprimento.

- Prazer em te conhecer\, sou Elizabeth espero que nos demos bem -. Logo que seu olhar cruza com o meu a vejo trocar sua expressão doce por uma como se tivesse tido nojo de me ver.

- Não me diga que você é uma humana!? - Papai não falou para ela\, acho que ela não gostou de saber disso.

Já estamos reunidos na sala, eu corro para o quarto buscar um cordão de ouro delicado com um pingente em forma de lobo que comprei para dar a Mel, quando volto e lhe alçando-a não o pega de minhas mãos de imediato.

- Um presente de boas-vindas - Lhe dou um sorriso e ela retribui com meio sorriso falso nos lábios\, depois da festinha meu pai me leva para me pôr na cama.

- Acho que ela não gostou de mim papai -. suspiro e me deito.

- Ela só está surpresa\, deum pouco de tempo a ela e você verá que logo vão ser amigas\, agora durma boanoite - papai fala e eu só ouço a porta fechando e me entrego ao sono...

 

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